sexta-feira, abril 15, 2005

A consulta...

Hoje foi dia de consulta de rotina. A consulta dos 18 meses. Confesso que só de dizer o nome me parece que atingi uma meta. 18 meses. Nem é um ano nem são dois, são 18 meses. Acredito que possa parecer um pouco idiota a leitura do texto acima, mas não sei porquê, mesmo quando tinha ainda a minha menina dentro de mim esta era a idade que mais me fascinava. Os 18 meses. É claro que tenho que admitir que todas as idades da minha filhota me fascinam, não fosse ela a minha primeira filha e ser tudo novidade... Alto! Isto não quer dizer que o(s) próximo(s) não terão direito ao mesmo fascínio... a diferença é só na data da estreia. Bem lá estou eu de novo a divagar quando estão à espera das especificações técnicas. Pois elas já estão afixadas na caixinha do lado muito tempo antes deste post estar concluído. Ahh agora é que foram espreitar... já viram? Então continuando. Esta consulta foi diferente. Primeiro, porque pela primeira vez a Dona Joana não colaborou em nada (só a dizer adeus e a mandar beijinhos para ver se ia embora do consultório). Aliás, fez um autêntico berreiro. Mas as diferenças começaram ainda antes de entrar no consultório. Quando chegámos estava uma avó à espera da neta que estava com a mãe a ser consultada, e uma avó que destilava kilos de baba pela sua neta recém-nascida a qual trazia ao colo e a mãe da dita bebé. Ora a minha filha que já conhece aquilo de uma ponta à outra, assim que entra dirige-se imediatamente para o carro da Chicco gigante que está na sala de espera. E toca de despejar os baldes de brinquedos. Pum tás, catrapum! A sala ganhou música ambiente talvez no estilo de uma banda que deu que fazer a esta amiga. Eu ao princípio nem me apercebi pois já estou habituada a tal cenário. Foi só quando olhei para a expressão daquela avó que acada som provocado pela minha filha fazia uma cara de desagrado porque o sono do seu tesouro poderia ser quebrado. Agi imediatamente e tentei controlar o tesouro, o meu. Fiquei a pensar nas primeiras vezes que esperei naquela mesma sala. Nas mesmas expressões que fiz quando era eu que estava na pele daquela avó. Revi-me totalmente naquela senhora. E senti-me envergonhada. Não tanto pela actual situação que fugia em parte ao meu controle, mas por ter reagido da mesma forma como ela o fez. É natural e defensivo, mas quando eles são assim tão pequenos parece que pensamos que tudo e todos devia girar em volta daquele ser frágil e indefeso que acabou de chegar. Enfim. O post já vai longo e ainda não disse o que queria. (deixa é guardr o que escrevi até aqui antes que lhe dê alguma macacoa) A consulta foi também diferente pelo desfecho. Em vez do "Não há nada a dizer está tudo bem." veio a meio um "As minhas suspeitas não estavam erradas. Ela está a desenvolver uma rinite." Por incrível que possa parecer a notícia não me assustou nem foi um balde de água fria. O pai sofre do mesmo, havia a possibilidade logo falada na primeira consulta. A hiper-sensibilidade da pele a certas coisas (que se demonstrou logo nos 3 meses), as várias constipaçõezitas (entenda-se nariz ranhoso e só) que a mãe pouco ou nada ligava, apenas aumentava o número de enubolizações com água do mar e as lavagens com soro fisiológico, acrescentando uns aerossóis consoante a necessidade. Desta vez a minha menina também andava constipadita... nada que os xaropes não levem ao sítio... dizia eu. Mas não ouvia barulhos nos pulmões e aquele nariz não havia maneira de desobstruir. Já andava a fazer-me confusão e só esperei porque a consulta era já hoje. Além disso começaram a aparecer umas manchitas na pele, borbulhagem e a pele ficou muito seca de repente. Deve ser qualquer alergia à relva ou afim relacionada com a primavera. Afinal são tudo sinais do mesmo. Uma crise de rinite (ainda não totalmente confirmada). Assim a minha filha vai tomar pela primeira vez antibiótico porque isto já não vai com xaropes, e quando viermos de férias (sim porque vamos de férias mas isso é outra conversa) vai começar um tratamento para minimizar os sintomas. Afinal o nariz herdou-o mesmo do papá... é pena não ter sido apenas o formato... Beijinhos Sandra

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