«(...) São todos esses benefícios que levam a OMS a recomendar a amamentação como alimento exclusivo até aos seis meses de idade do bebé e, depois, como complemento até aos dois anos (...)»
in Pais e Filhos, Janeiro 2005
Tudo muito giro mas trabalho e amamentação não é assim tão fácil de conciliar (especialmente durante a amamentação exclusiva!). Conseguir manter a produção de leite necessária a satisfazer as necessidades do bebé quando não estamos presentes, envolve muita força de vontade e um punho forte porque são precisas muitas "bombadas" para extrair o que os nossos bebés tiram em poucos minutos! A própria logistica não é pêra doce, andar de geleira, bomba e biberões de casa para o trabalho e vice-versa não agrada a todas! Conciliar o horário de trabalho com as horas das tomas é difícil e para muitas já era bom conseguirem as duas horas de amamentação, mesmo durante o primeiro ano de vida do bebé.
Para mim, a amamentação sempre foi algo feito com muita naturalidade e com muito prazer, mas houve uma altura que me apeteceu parar.
«(...) Se é hoje um dado adquirido que o leite da mãe é o melhor para o bebé durante os primeiros meses, a verdade é que, a partir daí, os consensos desaparecem. Até aos dois anos? Que horror! É assim que muitas pessoas reagem perante a perspectiva de ver mamar um bebé que já anda, já fala e tem a boca cheia de dentes. (...)»
in Pais e Filhos, Janeiro 2005
A minha menina é assim, já fala, já anda e tem uma boca cheia de dentes. Mas principalmente, adora mamar! O que fazer nestes casos?!
«(...) O ideal é responder às necessidades do bebé e, se nos primeiros meses, um recém-nascido mama fundamentalmente para se alimentar e obtém como bónus calor e segurança do amor de mãe, já um bebé de oito, dez ou doze meses continua a mamar por razões que se prendem mais com conforto e segurança do que com necessidade alimentares. Ou seja, se oferecermos um biberão de leite a um bebé dessa idade, ele até pode aceitá-lo, mas isso não substitui, para ele, o colo e o contacto com a pele da mãe. E é isso que, para muitas pessoas, é motivo de preocupação. Será que a criança não vai ficar muito dependente da mãe? Será que vai tornar-se mimada? A estas perguntas, há quem responda com um simples: «Isso já é vício! O melhor é largar a mama!» Cristina Leite baseia-se em toda a informação que La Leche League disponibiliza, mas também em toda a experiência de quatro anos como moderadora de reuniões de mães que amamentam, para responder peremptoriamente: «Não! Não há quaisquer consequências negativas por uma criança ter dois anos e mamar. Pelo contrário, pode tornar-se mais segura e confiante. É um miminho.» (...)»
in Pais e Filhos, Janeiro 2005
E é isso mesmo que é para a minha filhota. Mas foi um miminho difícil de dar naquelas noites em que acordava, às vezes de hora em hora, todos os dias semanas a fio. E quanto a isto...
«(...) Outro argumento que costuma ser utilizado como contra-indicação da amamentação prolongada é o facto de os bebés acordarem mais durante a noite, para mamar, do que aqueles que já foram desmamados. Fernando Chaves considera que esta crença não tem fundamento: «Há bebés amamentados que dormem a noite inteira e crianças que aos três anos ainda acordam de noite para beber biberão. Isso tem a ver com o ritmo de cada bebé, mais nada.» (...)»
in Pais e Filhos, Janeiro 2005
E pronto resumindo e concluindo fiquei sempre sem resposta! Agora a fase difícil já passou e nós podemos novamente desfrutar da amamentação sem stresses. Mas a questão mantém-se "até quando?"
O melhor é não pensar mais nisso e desfrutar enquanto dura!
3 comentários:
Tenho dois filhotes.
Dei de mamar à mais velha, a Inês, até aos 15 meses. Parámos naturalmente porque deixei de ter leite suficiente para a gulodice dela à noite. E nessa altura ela passou a preferir o biberon de leite.
O Gonçalo mamou até aos 2 anos e 1 mês. Parámos talvez porque achei que ele estava grande de mais e muito dependente da mamã. Mas no fundo também foi natural. Foi de forma gradual e natural para os dois.
A amamentação é muitissimo importante, mas a partir dos 2 anos em termos nutricionais ou de aporte alimentar já não faz sentido - ( considerando os países industrializados )-,
É também importante que não seja a mãe a ser dependente da amamentação instigando a criança mesmo sem se aperceber.
Mais importante é que cada uma seja livre de dar mama até lhe apetecer, ou até ter mama para dar.
Se há coisa que me dá imenso prazer é dar de mamar ao meu filho e sei que para ele tb sãos os melhores momentos do dia. Passo é as noites sem dormir (uma vez que este meu rapaz é muito mamão e adora brincar com as maminhas da mãe) ando com umas olheiras que só visto mas ando feliz :D
Vou ter muita pena quando deixar de amamentar.
Enviar um comentário