sexta-feira, setembro 30, 2011

Aos estudantes universitários que deviam era estar nas aulas...


Sabem o jardim público que começam a ocupar a partir das nove empunhando imperiais (sim, às vezes cada um tem mais do que uma) e mais recentemente acompanhados de imberbes amarrados a latas de cervejas pelos tornozelos?

Esse jardim, por mais estranho que vos pareça, não é só para vocês nem para os senhores que vão queimar a relva e outras plantas com os xixis e cócós dos seus cães pela manhã (poupo-vos à foto). Nesse jardim, mesmo no meio da cidade, há quem queira aproveitá-lo para se sentar a uma sombra e ler um pouco no intervalo do almoço e há miúdos que correm e jogam à bola nessa relva que com o passar do dia vai ficando escondida por latas e copos, xixis - ok, não esconde nada, mas cheira mal - e cócós, e, beatas e outros lixos.

Mas sabem uma coisa? O pior de tudo são as garrafas partidas que deixam para trás e que por vezes a equipa de limpeza, que passa logo de manhãzinha antes de voltarem a assentar arreais, não vê e acaba por deixar para trás.

E se experimentassem ir às aulas para variar? Se calhar até aprendiam qualquer coisa, não?


[desculpem a acidez, mas os vidros partidos de hoje tiraram-me mesmo do sério. ou não carregasse há 30 anos a marca de uma garrafa partida que deixaram caída junto à minha escola primária...]

quarta-feira, setembro 28, 2011

Quando se me acaba a lenha, compro carvão para me queimar...


O miúdo deixou o piano e começou a bateria. Ele está para lá de eufórico e ontem trouxe os seus primeiros exercícios.

O nos safa é que por enquanto só precisa de umas baquetas e de almofadas para treinar.

Pelo andar da carrugem, está-me a querer parecer que nas obras devia ter pensado em insonorizar um dos quartos...

terça-feira, setembro 27, 2011

Eu* sou corajosa! Eu não tenho medo dos TPC...

ou melhor, não tinha, até a flauta ter entrado em cena.

[e diz que ela no domingo foi ensaiar para a rua. pobres vizinhos...]


* eu mesmo, a mãe

segunda-feira, setembro 26, 2011

O Miguel e a barreira...

Na última sexta foi a sua primeira aula de ballet com as mais crescidas (turma dos 6 aos 8) embora elas já tivessem começado as aulas no início do mês. Quase que não chegava a tempo de o apanhar no final da aula mas lá consegui e quando chego, encontro um menino com um sorriso de orelha a orelha. Assim que se começou a vestir e sem que lhe perguntasse o que quer que seja, começou:

- sabes mãe, eu, a X e a Y, fomos os que fizemos melhor. Eu fiz barreira mãe! E uns saltos muito difíceis e aprendemos a terceira posição! Eram difíceis mas eu consegui mãe!
- e gostastes de fazer barra?
- gostei! quer dizer, mais ou menos. faz doer os pés no calcanhar.

De seguida veio a professora tecer-lhe elogios e eu sempre a achar que era tudo só para o manter motivado e tal, mas eis que ela se volta para mim e diz: "olhe que ele saiu-se mesmo bem. nem eu imaginava que ele na primeira aula se saísse assim." para depois confirmar o que ele me havia dito.

Mas o que me enche o coração não são os elogios da professora, é a forma como ele fala, o sentir entranhar-se na (minha) pele o gosto dele pela dança através das suas palavras, das suas expressões, e, o saber que mais uma vez, podemos contar com a professora de ballet e a escola para nos ajudarem a mante-lo entusiasmado (uma vez que ele vai ao ballet através do colégio mas a aula dele não é a mesma da turma do pre-escolar).

sexta-feira, setembro 23, 2011

Só tu Benfica, só tu...

Quando vim fazer o post de há pouco, fui dar sem querer à página de estatísticas do blog. Nunca lá vou, por isso estou a leste de quem é que aqui chega, donde e como. Mas já que lá fui dar, decidi espreitar o new look da página e foi quando, na lista das palavras-chave mais utilizadas para cá chegar, dou com a seguinte informação relativa às pesquisas desta semana:


Experimentei alargar a pesquisa para o "sempre" e vai daí o resultado passa a:


Receita para fazer um benfiquista?! mas eu lá sei a receita?! Isso existe?! Se existe está no google, vai daí:


Em segundo lugar no google?! Afinal até parece que eu sei a receita caseira!

Ou melhor, achava que sabia, porque até ver ainda nenhum se decidiu exclusivamente por um que seja.

Sobre plumas de porco, sim é bom e pelos vistos tb já escrevi sobre isso mas carambas, quem cá chegou ainda penou bem a passar as páginas dos resultados do google... é que eu cheguei à 20 e não encontrei o link em lado nenhum!

Das dez às oito...

Não, não é um horário de trabalho. Foi o que eu dormi esta noite.

Vêem como sou bem mandada?

[se bem que a partir das cinco acordava - forçava-me a adormecer - acordava - forçava-me a adormecer - ...]

quinta-feira, setembro 22, 2011

Vem a onda baloiça o barquinho e o barquinho faz chap! no mar...


até esta segunda-feira andei um pouco melhor. Percebi que o vinho está absolutamente proíbido porque me põe a andar de barco até dizer chega, que não convém subir e descer escadas (especialmente as rolantes) depressa ou sem ir junto do corrimão e que tudo o que implique subir/descer é o que me atrapalha mais.

Estar ao computador também é bastante desgastante (porque fico mal disposta) o que dá um jeitão tendo eu duas profissões que dependem disso, mas vai-se fazendo com algumas pausas estratégicas, e andar durante muito tempo também me deixa agoniada.

Mas tudo estava mais ou menos controlado com a medicação até esta terça. Voltei a piorar e até há uns minutos não conseguia encontrar nenhuma razão para isso ter acontecido. De repente fez-se luz: nestas últimas noites fiz o que se pode chamar de tentativas de noitadas, ie, decidi que tinha de começar a acelerar nos trabalhos que tinha em atraso, estabeleci metas e fiquei acordada até cerca da uma/uma e meia todos os dias (o que para quem se deitava normalmente às 4h supostamente deveria ser canja). Acredito que deva ser disso, já que nos outros dias todos me tenho deitado cedo porque simplesmente não consigo ficar acordada.

Que chegue o dia 30 depressa para ter nova consulta e saber mais sobre esta coisa. Isto está a desgastar-me e não é pouco :(

terça-feira, setembro 20, 2011

Terça-feira...

há dias em que percebemos que temos de mudar alguma coisa.
há pessoas que me cansam.
vídeos que ainda mexem comigo.
há alturas em que atirar a toalha ao chão não é desistir, é ganhar força para o próximo round.
há pessoas que fazem tudo valer a pena.
e há a certeza que tudo acontece por um motivo.


mas no meio disto tudo, percebo que tenho muito mais coisas que me me fazem feliz do que as que me fazem chorar.

E é bom ter-se a noção disso.

three really big stickers...


- ena Joana! hoje vens cheia de autocolantes!
- não são autocolantes quaisquer mãe! são dos grandes! e ganhei-os de uma só vez!!!
- de uma só vez?! bolas! mas o que é que fizeste para os mereceres?
- então, a professora disse que o primeiro que dissesse bem o número que ela ia escrever ganhava três autocolantes dos grandes, ela começou a escrever e assim que parou eu levantei o braço no ar, como ela me deixou responder eu disse e ganhei os autocolantes!
- então e que número era?
- era o M-M-C-C-C-X-L-I-I-I  e eu disse 2343 *. hoje aprendemos a numeração romana. mas é fácil. ainda por cima a Raquel já me tinha ensinado nas férias quando brincávamos às professoras.

E assim num abrir e piscar de olhos, senti-me numa viagem no tempo e lembrei-me de quando era eu que preenchia páginas e páginas a fio de números romanos do I ao M e depois o milhar seguinte, e o seguinte, e por aí fora até eu própria, que era a doidinha dos trabalhos de casa, já deitar numeração romana pelos olhos.

E logo a seguir agradeci a sorte que temos tido com as educadoras e professoras que têm feito parte da caminhada que sendo deles acaba por ser de todos, e que tudo têm feito para que eles aprendam mas aprendam com gosto e satisfação, estimulando-lhes a curiosidade e a vontade de ir mais além.



* pode muito bem não ter sido este que a memória já não me chega para tudo, mas era um dois ou três mil e qualquer coisa

A sério...


o que é que me espera daqui a uns anos?!


[e atreva-se alguém a dizer que ele usa cristas à Cristiano. Fica todo ofendido.]

[e caso não percebam para onde ele está a olhar fixamente, é para o "disco" espelhado que serve para fechar/abrir o tampão da banheira.]

sexta-feira, setembro 16, 2011

Isto hoje mais parece segunda...

O humor não está famoso e sinto-me que nem adolescente sem estrelas no céu a dourarem-lhe o caminho, pelo que quando fui desafiada por umas colegas para ir almoçar fora, levantei-me logo da cadeira.

Fez-me bem, sim. Só não me posso voltar a levantar assim tão depressa da cadeira. Diz que aquele meio copo de vinho branco à pressão partiu os travões ao carrosel.


aaaawwwweeeeeee.

quinta-feira, setembro 15, 2011

I shall say this only once...

- então Miguel o que é que fizeste hoje?
- mãe, eu não gosto que me estejas sempre a perguntar isso. agora só perguntas quando eu te disser: mãe podes perguntar o que é que eu fiz hoje.

...

- mãe podes perguntar o que é que eu fiz hoje.

Desabafos de uma mãe pela manhã...

Procurar, colorir, imprimir, recortar e colar dragões que tenham o focinho com a expressão que ele quer, a quantidade de fogo a sair pelas narinas que ele deseja e uma cauda com o comprimento que ele acha certo, antes das oito da manhã devia ser proibido.

[e já agora, ter o trabalho todo e depois não encontrar o papel autocolante para forrar, meter o automático e enganar-se no caminho à ida para o trabalho, e, chegar ao metro e perceber que não se trouxe o passe também podia ser proibido.]

terça-feira, setembro 13, 2011

Olá, eu sou a Sandra...

tenho dois exames médicos para fazer hoje e não sei onde os marquei.



[ter-me lembrado que os tinha marcado já é um feito só por si inédito. ter anotado na agenda a hora a que os vou fazer já não é mau, mas custava muito ter escrito o nome da clínica?!]

segunda-feira, setembro 12, 2011

Do que me faz falta...


Ontem não me sentia novamente bem (ter trabalhado até quase às 3h não deve ter ajudado) e por causa disso não me juntei a uma festa de alguém muito importante para mim.

Assim, saí de casa apenas para a ir buscar à avó, para comprar o material dela e para o ir buscar a ele a uma festa de anos na margem contrária do rio.

Para fugir às filas de regresso a casa, fomos até à praia e lá estivemos, a quatro, sem pressas, sem pensar em obrigações, simplesmente a gastar tempo quer jantando a horas de um lanche tardio num dos bares à beira da praia, quer ficando a vê-los treinar os pinos e as rodas na areia molhada enquanto nos arrepiávamos com a aragem fresca e húmida da neblina que se instalava.

Sei que a certa altura deixei escapar um estou a ficar mais tonta e ouvi de imediato um Tens de descansar mais mãe. Estás a trabalhar muito! Sorrimos os dois e eu anui. É muito provável que tenha razão. Mas já que durante mais uns tempos vai continuar a ser a abrir, vou esforçar-me (vamos) por fazermos mais escapadelas destas, assim curtinhas e simples, porque só nos fazem bem.

E eles merecem. Ele merece. E eu também.

Confissões de uma pre-pre-adolescente...

A única coisa de que não gosto na escola é de não poder dormir até às horas que quero.

Joana, 7 (quase-ai!-8) anos.

[e aposto que se este blog fosse do pai lá de casa, o comentário a tal declaração seria algo como "bem-vinda ao clube!".]

Primeiro dia de aulas a sério...

os livros não estão forrados, os cadernos e afins estão etiquetados mas as etiquetas estão ainda em branco à espera de serem devidamente personalizadas por ela. Os lápis, as canetas, as aguarelas, os pincéis estão uns marcados (porque o foram o ano passado) e outros por marcar (porque foram culmatar as faltas dos que se gastaram entretanto) e assim hão-de continuar pois até esta data não se destrambelharam nenhuns por não estarem marcados. O caderno de música foi comprado hoje depois de já a ter deixado na sala e ficou com a auxiliar para me fazer o favor de lho entregar à hora do recreio. O dicionário foi o antigo mas ainda hei-de mandar o certo (meti na cabeça que o que lhe tinha comprado o ano passado já era a edição com o novo acordo ortográfico mas afinal não e só dei conta disso quando o fui buscar para por na mala). A régua de 50cm ficou em casa porque não dei com ela ontem à noite e o livro de inglês ficou a fazer companhia à régua porque nem me lembrei do dito.

Os primeiros dias são muito bonitos e tal, mas ainda bem que só há um primeiro dia destes por ano.

quinta-feira, setembro 08, 2011

Manhãs...

E despacha-te Miguel. E veste-te Miguel. E anda lá. E decide-te. E temos de ir. E já estou atrasada. E olha que quanto mais demoras agora, mais tempo demoro depois eu a ir buscar-te. E isto. E frito. E cozido.


Hoje estava a ser uma manhã como as outras até que:

- olha Miguel, eu já não te aviso mais. Já sabes que depois vamos buscar-te mais tarde.
- és uma chata!
- Miguel!
- és cha... hoje é quinta? ai esqueci-me! é dia de caça ao tesouro! despacha-te mãe que tenho de lá estar às 9h30! anda! despacha-te! olha que não me posso atrasar!

coméqueé?

quarta-feira, setembro 07, 2011

Hoje...


ao entrar na escola só ouvi gritos chorados. Conforme caminhava para a sala com ele aos pulinhos à minha frente, o som aumentava e assim que virei para o corredor vi-as, mãe e educadora, calmas enquanto o tentavam despegar da primeira e acalmá-lo também a ele.

Sorri para a mãe, mas um sorriso cúmplice, onde tentei por as palavras e o abraço que lhe queria dar ali mesmo por os ver assim e por, durante anos a fio, ter sido aquela mãe.

A todas as mães e pais de filhos que choram, resistem e se alapam em nós sempre que os deixamos na escola/ama/avós mas que logo depois de os deixarmos já não é nada com eles e se divertem a valer, e, que nunca se querem vir embora quando os vamos buscar, aqui vos deixo um abraço solidário e a certeza de que isso um dia passa.

Coragem. Um dia eles também vão avançar aos pulinhos à vossa frente.

[quanto ao querem vir embora da escola quando os vão buscar sem vos pedir mais um bocadinho, isso agora é que já não prometo nada...]

Síndrome Vertiginoso (ou de Menière)

é o nome da minha flutuação em montanha-russa.

Agora é fazer medicação para controlar os sintomas e acompanhar o evoluir da dita, mas é coisa para me ir habituando.

Por isso já sabem, se me virem a trocar os passos na rua a culpa não é de nenhum Esporão ou Lambrusco, são mesmo vertigens.

terça-feira, setembro 06, 2011

Em obras...

é como anda este blog.

[este post é daqueles que deixou de fazer sentido a partir do momento em que todos passaram a seguir blogs através dos seus feeds, mas pronto, fica na mesma o aviso para que a meia-dúzia que ainda vem cá pelo browser não se assuste e pense que bateu na porta errada.]

Flutuando sobre uma montanha russa...

ora a todo o vapor, ora a velocidade de cruzeiro sem sequer sair do mesmo sítio. É assim que me sinto desde ontem à noite e é um espectáculo. Ou então não.

Ao sair de casa de amigos, uma tontura que me pára e que podia muito bem ter sido seguida da piadola não devia ter bebido tanto! se não tivesse eu bebido apenas iced tea a noite toda. Na cama era ainda mais divertido. Eu deitadinha sem mexer, o mundo todo à roda e eu "no ar" com a sensação que me ia estatelar no chão a qualquer movimento.

Hoje de manhã, a tensão continuava óptima e eu continuava a viajar de carrossel. Um compasso de espera antes de sair de casa a ver se melhorava qualquer coisa (e despachar mais umas coisinhas dos últimos trabalhos, que isto de se desperdiçar tempo não está com nada) e assim que me senti confiante para pegar no carro lá vim eu, decidida a vir ao médico aqui no trabalho.

É claro que com a minha sorte hoje não veio nenhum médico, portanto fiquei apenas com o diagonóstico, recomendações e o cuidado da enfermeira, que de vez em quando liga para saber como é que eu estou.

A confiança para voltar a pegar no carro é que já é uma cena que não me assiste (para imitar o outro).

Será que se me puser a andar à roda muito depressa no sentido contrário ao de tudo à minha volta a coisa pára?! (brincadeirinha, sim?! eu sei que sou doida mas não tanto! :p)

domingo, setembro 04, 2011

Amor de mana é...

no único dia em que esteve separada do irmão, fazer-lhe o seu bolo favorito antes de voltar para casa só para o fazer feliz.



[é bolo de bolacha, para o caso de terem ficado na dúvida com a apresentação que ela lhe escolheu dar]

quinta-feira, setembro 01, 2011

Novelas...

Eu tenho a opinião de que há certos programas de televisão que só fazem sentido para certas idades. No entanto, também defendo que não se deve levar a opnião anterior demasiado à letra.

Pelo meio, tenho uma filha viciada na Laços de Sangue e numa outra da qual nem percebi o nome à conta de estar há três semanas com os avós, e que já trata as personagens com uma familariedade que me lembra o tempo em que não perdia um episódio da Sassaricando.

Por um lado acho que aquilo não é novela para a idade dela, mas por outro em 1987 eu tinha (7)* 12 anos e apenas guardo na memória as parvoíces que me divertiam na novela.


* não te cures não... e estudaste tu matemática!