sexta-feira, junho 29, 2007

Vamos ajudar...

A Ana, pediu-me para divulgar, por isso deixo-vos aqui um pedido muito fácil de satisfazer, especialmente se forem da zona:
Olá o meu nome é AFONSO DINIS LEITE, tenho cinco meses, e há um mês foi-me diagnosticado "LEUCEMIA".
Preciso da vossa ajuda para um transplante de medula. Vamos fazer um rastreio NO DIA 01 DE JULHO, NO CENTRO DE SAÚDE DE DELÃES, concelho de V.N. Famalicão. É muito simples...Basta apenas tirar uma pequena amostra de sangue, e podem salvar-me a vida!
Conto com a vossa ajuda...!
Até ao dia 01 de Julho, das 9.00H às 17.00H
Cumprimentos,
Patrícia Carvalho


Adenda: Podem confirmar a autenticidade do pedido aqui: http://www.guimaraesdigital.com/index.php?a=noticias&id=34295. Obrigada Ana, por esta informação.

quinta-feira, junho 28, 2007

Quem está a adorar...

o irmão ir para a cama tão cedo é ela. - ó mãe, o mano já está a dormir? - está. - então posso brincar com os jogos das peças pequeninas, boa?! As atenções não divididas, o acesso aos brinquedos proibidos quando o irmão está por perto e mais paciência da nossa parte. Ingredientes fundamentais para devolver os fins-de-dia que ela já não tinha há muito tempo. [e eu também já tinha saudades de me sentar no chão a brincar com ela, sem me preocupar que o mano coma as tintas, as plasticinas ou as pulgas do bóbi]

Geralmente...

perder peso é bom e quando acontece o pessoal fica todo contente e tal e coiso. Nas últimas semanas perdi dois quilos (sem ter feito nada para isso, muito pelo contrário. Só de pensar naquela baba de camelo caseira de domingo, salivo!). Fixe! Não é que estivessem a mais, mas assim como assim, não faziam falta nenhuma e as calças assentam melhor. A chatice toda, é que agora a barriga ainda sobressai mais. E ser toda estrelicadinha* com uma barriga altamente suspeita só dá aso a confusão. Tanto é assim, que duas colegas e a enfermeira, depois de não sei quantos olhares furtivos, já me perguntaram por meias palavras se estava grávida. Tenho mesmo de começar a fazer abdominais a sério, ou corro o risco de me começarem a oferecer lugar no autocarro! * sem gordurinhas (expressão herdada da minha mãe)

O puto...

foi mordido pela mosca tsé-tsé, só pode. Decidi pedir à avó Tina, que tentasse ela dar-lhe ontem o jantar mais cedo, a ver se com ela comia qualquer coisa antes de aterrar na cama. Não resultou. O pai foi buscá-lo e depois de lhe tentar dar mais umas garfadas sem sucesso, foi deitá-lo. Ainda nem sete horas eram. Cheguei a casa, e o sono dele, permitiu-me tratar do nosso jantar e ainda fazer duas sopas diferentes. Quase às oito da noite tenho uns olhos ramelosos agarrados às minhas pernas. Era ele. Olha que bom que acordou. É da maneira que janta, pensei eu. Vinha bem-disposto, mas só isso. Mordiscou um bocadinho de banana e antes das nove já estava a dormir novamente. Hoje acordou já quase às oito ainda sem grande vontade. Durante a noite teve um sono mais agitado, mas a mama só o adormecia mais rápido e o leite recusava sem provar. Vamos lá ver se com este sono todo, o meu menino que comia tão bem, não me vai ganhar o hábito de saltar o jantar.

E no momento...

em que começamos a julgar que a nossa filha afinal já é mesmo uma crescida, como ela própria nos diz há sei lá quanto tempo. Quando nos rendemos às evidências do seu crescimento, tanto pelo seu raciocínio como pelos centímetros que já lhe faltam nas calças compradas na última estação. Quando, finalmente, nos preparamos para admitir isso tudo ao nosso coração de mãe. A minha filha agarra-me pelo pescoço com a força toda que consegue, fala-me com voz de bebé mimado até à quinta casa, e, ameaça irromper num pranto descontrolado se eu tiver a triste ideia de a deixar na sala e vir trabalhar. Afinal, ainda há uma bebé pequenina dentro dela...

quarta-feira, junho 27, 2007

Nunca...

estamos satisfeitos, essa é que é a verdade. Se é porque o puto não dorme e passa a noite a protestar, é porque o puto não dorme e não nos deixa dormir a nós. Se o puto chega às seis da tarde tão podre de sono, que mesmo que lhe ponham o jantar à frente a essa hora ele só se cala quando o deitam, adormecendo em cinco minutos, e, só acordando no dia seguinte às oito da manhã, é porque o puto está a adormecer cedo demais e não janta. [14 horas! Esta noite dormiu 14 horas! xiça...]

Ontem...

ela ainda não sabia, mas ia acontecer algo de mágico esta noite.

Na escola começaram as semanas dedicadas à leitura. As actividades diárias, desenvolvem-se todas a partir da história do livro escolhido para essa semana.

Esta semana o livro é A Pequenina Sereia, de Laura Garnham, il. de Patricia Maccarthy.

Ontem, cada menino trouxe um búzio para casa e uma missão: Ouvir o mar antes de adormecer e pensar na Talita (a pequenina sereia). Ela iria fazer-lhes uma visita em sonhos se eles pensassem nisso com muita força e formulassem o desejo de a conhecer.

Aos pais, foi confiada a tarefa de fazer surgir, com um verdadeiro passe de mágica, uma lembrança que a própria Talita, com as suas mãozinhas pequeninas, preparou para eles. Pronto, o pessoal da escola pode ter dado uma ajuda, mas isso não interessa para nada.

Resultado, pai e mãe empenhados em fazer com que tudo resultasse, excitados por antecipação, ouviram com ela o mar e dormiram, também eles à espera da visita da Talita.

O dia acordou, e ela acorda com o nariz enfiado na mão, nada pequenina, que deixava a lembrança nesse preciso momento. Algumas manobras de diversão de última hora e a magia foi concluída com sucesso.

O que os pais (e as educadoras) não esperaram, foi o total desinteresse da miúda para o assunto. A procura da lembrança só foi feita porque os papás insistiram, e, a agitação dela ao vê-la era a equivalente à da água num copo.

Magia?! Visitas em sonhos?! Isso não é para ela!

terça-feira, junho 26, 2007

Os manos...

também se mimam.

Doze horas...

foi o que ele dormiu, esta noite. Faltavam uns vinte minutos para as dezanove horas quando ele adormeceu. Saltou o jantar, não mamou, protestou pela chucha por volta das onze da noite e só às duas da manhã reclamou por leite. Ninguém deu conta dele até quase às sete da manhã. Acordou cheio de vida, com um sorriso rasgado e os olhos brilhantes. A recuperação começou.

segunda-feira, junho 25, 2007

Já o acabei...

fiz batota e li-o também antes de me deitar. Era impossível não o ler de uma assentada. O que lá estava era como se fosse um bocado da minha vida.

No dia 9 de Dezembro de 2001, não conseguimos sair do Sabugueiro sem trazer connosco uma bolinha de pêlo com menos de dois meses. Da ninhada restavam três cadelas e dois machos. Nós decidimo-nos por um macho e quando nos aproximámos da gaiola onde estavam aquelas bolinhas de pêlo cheias de energia e olhos de mel, percebemos que era impossível escolher um dos dois que nos indicaram. Decidi estender a minha mão. Todos, machos e fémeas, se chegaram para trás à excepção de um, que correu por cima dos outros para me lamber a mão furiosamente. Não escolhemos, fomos pura e simplesmente escolhidos.

Foi prontamente baptizado. Uns anos antes, ainda namorados, tínhamos passado um fim-de-semana na Serra com amigos. Passávamos o tempo a cantar que nem uns perdidos e a The roof is on fire, dos Bloodhound Gang, foi um dos pontos altos dos nossos devaneios líricos. Um Serra da Estrela de peluche que ele me tinha oferecido como lembrança, foi, no calor do refrão, baptizado como Rufus. O estarmos ali com os mesmos amigos, e a memória desse momento, tornou a escolha do nome uma tarefa fácil de cumprir. Rufus, assentava-lhe que nem uma luva. Esses amigos tornaram-se os padrinhos do nosso primeiro cão e da nossa primeira filha.

A viagem de regresso foi uma das mais longas de que tenho memória. Ele ia comodamente enrolado em si próprio, numa caixa de cartão, entre o banco do condutor e o banco traseiro. No banco de trás, ia ainda o nosso afilhado de três anos cujo o único objectivo era livrar-se do cinto da cadeirinha para ir ter com aquele peluche que parecia ter vontade própria.

Logo na primeira viagem, o Rufus decidiu mostrar-nos como seriam as viagens a partir dali e não parou de vomitar o caminho todo. Vomitou tanto ou tão pouco, que às tantas duvidámos que ele sobrevivesse à viagem. A meio do caminho, ainda houve tempo para o nosso afilhado, abrir uma garrafa de água de litro e meio (cheia) e virá-la sobre a criatura, que na opinião dele já estava para lá do sequioso.

A verdade, é que resistiu à viagem e as nossas vidas nunca mais foram as mesmas. Ele foi o nosso treino para a maternidade/paternidade. Ele preparou-nos para as noites sem dormir, para o desfralde, para os olhares que pedem socorro durante as vacinas, para as asneiras e para os acidentes. Ele preparou-nos para esse amor incondicional que não se imagina sentir por alguém, muito menos que alguém o sinta em relação a nós. Preparou-nos para os apertos de coração que esse tipo de amor traz como bónus.

São tantas as histórias que tenho para contar, são tantas as memórias. Podia contar a vez que comprei o telemóvel dos meus sonhos e que ele o comeu em meia-dúzia de dentadas. Que o primeiro latido, foi três dias depois de aqui chegar. Podia falar da sua predilecção por roer apenas os meus pares de sapatos azuis. Que no início engordava uma média de um quilo a cada cinco dias. Que tivemos de começar a passeá-lo de bicicleta para o poder acompanhar. Que um dia tive a triste ideia de ir passear com ele sozinha, prender a trela ao guiador, e que de repente, ele atravessou-se à minha frente para perseguir um cão e me fez dar uma pirueta no ar com a bicicleta. Podia contar-vos que esse foi o último dia que o passeei dessa forma e que a bicicleta ainda aguarda por arranjo. Que as asneiras das crianças são extremamente parecidas com as dos cachorros.

O Marley & Eu, de John Grogan, falou-me directamente ao coração e torna-se impossível separar o que li do que vivi.

A forma despretensiosa da escrita, o humor sempre presente, os sentimentos que ele nos passa em cada frase, os dramas e as alegrias, cativaram-me até ao último ponto final. Embora não tenha chorado quando calculo que a maioria das pessoas que o confessou o tenha feito, ri-me com vontade em todos os outros momentos. Para mim, é um livro que não deve ficar por ler, especialmente para quem já teve ou tem um cão como amigo.

Super-peixe...

é como ela chama ao soufflé de peixe (que ela não aprecia muito, diga-se de passagem). E não adianta corrigir! Adenda: eu até gostava de ser mas não sou prendada o suficiente para fazer isto. É na escola que ela come. (e não faço questão que ela diga bem, ela é que sempre que eu chamo soufflé ao super-peixe, protesta comigo que não é assim que se diz :p)

No Domingo...

veio ter connosco à cama. De repente, informa-nos: - são oito horas! Vêem, um oito, um zero e outro zero! São oito horas! [ela está constantemente a perguntar-nos que horas são, no relógio do quarto e no do forno] Um pouco depois, enquanto ela via os desenhos-animados, vi o pó a reluzir nas prateleiras da sala e vou buscar uma embalagem de toalhitas limpa-móveis para uma limpeza rápida. Deixo cair a embalagem aos meus pés e inicio a operação. Ela, no mesmo instante que pega nelas, exclama: - olha mãe, está aqui escrito "móvel"! Hã?! Ouvi bem?! Ela reconheceu a palavra "móvel"? Olho para a embalagem e as palavras que mais se destacavam era realmente "Limpa" e "Móveis". - onde é que está escrito "móvel", Joana? - em jeito de teste. - aqui, vês? Mó-vel! - enquanto seguia a palavra "móveis" com o dedo. Ok, era "móveis" e não "móvel", mas mesmo assim... Hoje de manhã, enquanto procurava uma sandália desaparecida, encontrei umas sandálias plásticas, daquelas da praia, das quais já nem me lembrava da existência. Virei o calcanhar para mim a fim de lhes ler o número e ver se serviam a algum dos dois. Ela que estava por detrás de mim, grita toda contente: - Olha mãe, é o vinte-e-quatro! Vês, o dois e o quatro, vinte-e-quatro! Pronto... fiquei sem pio.

14 meses de ti...

e se não fosse uma amiga a dar-me os parabéns nem me lembrava da data. Tens andado tão sofrido com o nascimento dos dentes, que a única coisa que vemos à frente é a tua falta de apetite, o teu sono agitado, os teus pedidos constantes de mimo. Até as fotografias conseguem gravar para sempre o teu mau-estar.

É certo que não te vais lembrar mais disto, quando tudo passar. Muito menos quando fores mais velho. Mas este passo no teu crescimento está a revelar-se um bico de obra.

Não fora isso e nada te pára! Continuas alegre e bem-disposto. Amigo, carinhoso e bruto que se farta! Queres comer sózinho e com o mini-garfo já te desenrrascas muito bem.

Estás um verdadeiro mimo. E nós tardamos em admitir cada nova conquista como se isso te mantivesse um pouco mais bebé e menos menino.

Estás a crescer. E a até a mana se apercebe disso.

[e há um ano eram assim...]

Aos...

do ano passado, chamava-lhes sapatos de pinxesa.

Aos deste ano, chama "sapatos de bailarina".A pirosice é que continua a mesma!

domingo, junho 24, 2007

Confidências dela...

O irmão foi à praia com a avó enquanto nós fomos ao festival da natação dela. Enquanto a prendo na cadeirinha para irmos buscar o irmão, e depois de responder a não sei quantas perguntas sobre ele, ela confessa-me com um brilhozinho nos olhos: - Mãe, eu sei que não pode ser, mas eu gostava de ter muitos (manos)! Pode ser que isso signifique que a experiência não está a ser má. [sim, porque não significa de certeza que lhe vamos fazer a vontade!]

O melhor...

de ter, é poder partilhar. De outra forma não faria sentido. Bom. Muito bom.

sexta-feira, junho 22, 2007

São dentes, senhor...

Estão explicadas as noites animadas que temos tido. O segundo incisivo superior esquerdo de fora, o segundo incisivo superior direito a romper, o segundo incisivo inferior esquerdo mais um pouco saído, e uns montinhos brancos lá trás em baixo... Era preciso virem todos ao mesmo tempo, era?! Adenda: Afinal o primeiro molar superior direito também já está de fora. Adenda 2: Agora anda com um bocado de gengiva ao dependuro no lugar do incisivo superior esquerdo. É uma aflição ver aquilo :s

Hoje...

a joana acordou facilmente, deixou-se vestir facilmente, comeu facilmente, saíu de casa facilmente. No carro, quase a chegar à escola, após uma viagem estranhamente silenciosa da parte dela, pergunta-me: - ó mãe, eu hoje não fiz nenhuma birra, pois não? Fui uma linda, pois fui? Eles conhecem-nos melhor que nós próprios, é o que é!* * isto no sentido de saberem que chegámos ao nosso limite e que não precisamos de mais nada a complicar...

Boas práticas...

Quando eu fazia colónias de férias com os miúdos, uma das nossas maiores preocupações era fazê-los perceber que aquela rodelinha de borracha que andava presa ao pescoço nunca podia sair de lá. A preocupação seguinte, era de que não se esganassem uns aos outros nas brincadeiras! :p

Assim que foi a vez da minha ir nestas andanças, disparei mil e uma perguntas à directora para saber quais eram as medidas de segurança que tinham adoptado para a época da praia. Eu já disse, que quando confio descanso, mas daí a confiar às cegas vai uma grande distância.

Ao invés da famosa rodelinha, optaram por pulseiras invioláveis (tipo aquelas que se põe aos bebés aquando o nascimento) com a identificação e contacto da escola. Achei a ideia do melhor. Decidi partilhar a ideia, porque com a minha experiência neste tipo de saídas, acho que é mesmo o método mais eficiente e seguro para garantir a identificação da criança com a escola em caso de se perderem (e o custos das pulseirinhas não deve ser muito diferente ao custo das medalhinhas).

Adenda: Eu não faço ideia se a rodelinha ainda é usada ou não. Se calhar, até já é prática comum a história da pulseira. Se for, ainda bem que assim é! (mãe de primeira viagem nestas andanças, resulta em deslumbramentos destes)

Adenda 2: Uma amiga colocou-me a questão e lembrei-me de outra coisa pertinente. Além do uso da pulseirinha, o treino que eles deram aos miúdos antes da praia começar, sobre o que fazer no caso de se perderem também é muito importante. Eles sabem: quem procurar se se perderem; o que gritar se algum estranho se aproximar demasiado; o nome da escola e a direcção. São pequeninas coisas que podem fazer toda a diferença.

A noite...

foi tão boa ou tão má, que tanto eu como o pai já estávamos a ponderar levar o miúdo ao hospital às três da matina. Ontem acabámos por levá-lo ao médico ao fim do dia. A febre manteve-se sempre alta e já era preciso medicar de quatro em quatro horas. Além disso, apareceu uma conjuntivite à laia de já-que-está-doente-mais-uma-não-faz-diferença. Sem apetite e pedrado de sono, pensávamos que a noite pudesse ser melhor. Que ingénuos fomos. Passou a noite toda - sim toda - a berrar. Literalmente a berrar. Gritos de dor e de raiva, embrulhados em lágrimas grossas e ranho, que nenhum de nós conseguia perceber a origem. Após três noites consecutivas a não dormir mais do que uma hora seguida, hoje estávamos à beira de um colapso nervoso. Ele quando está adoentado, fica com um sono demasiado leve e irrequieto. Só está bem a dormir em cima de nós e a escarafunchar-nos as orelhas, os olhos e o nariz. Ontem, a irritação era tal, que até me mordeu e bateu de raiva. As arranhadelas foram tantas que aproveitei o facto de ele já estar a chorar, para às quatro da matina cortar-lhe as unhas das mãos. Nos poucos momentos em que ele dormia, eu irrompia em tosses cavernosas, até que quando ele pareceu ter acalmado, quase às cinco da manhã, fui para o sofá para tentar deixar o pai dormir qualquer coisa. Às seis e meia despertou e às sete já dava pulos na cama enquanto chamava pelo cão. Um que-ri-do.

quinta-feira, junho 21, 2007

Palavras (também) já dele...

começou por ser um mão... agora sai já pronto e perfeito: - Não! E o que ele gosta desta palavra! É só tentar contrariá-lo ou tirar-lhe alguma coisa das mãos que não dá hipótese! Outra de que já não há dúvidas que é aquilo que parecia ser, é: - ada Sempre que lhe damos alguma coisa que ele pede, sorri um ada! que em português comum não é nada mais que um obrigada!

Estou tramada... já começou!

hoje a calçar-lhe as sandálias da praia (que não são nada mais que as do ano passado que já quase não lhe servem) ela reclama: - ó mãe não quero essas! - não filha? mas tem de ser. As tuas do arco-íris ficavam todas estragadas se as levasses para a praia e os chinelos da praia não dá para andares a correr na escola... (pausa) - ó mãe, eu quero é umas crocs com princesas como as da Vera, está bem? o quê? [estás com azar miúda, porque esta mãe que te calhou não acha piadinha nenhuma a essas socas de borracha que viraram epidemia...] Por enquanto ainda a consigo fazer ver que não podemos ter tudo aquilo que os outros têm, ou vemos nas lojas. Aliás, nem é nada mau, o primeiro pedido de coisas que vê em terceiros ser só quase aos quatro anos. Pára tudo! Quase quatro anos?! Quatro?! :\ Ok, pode seguir... Para mim, é muito importante que eles saibam que as coisas custam a ganhar e que se têm de fazer sacríficios por aquilo que é realmente importante. Pelo que vejo dela, a mensagem não está a cair em saco roto... resta é saber se o saco não vai começar a abrir alguns buracos :p

Acabei de ler...

o A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón. Pode ser defeito de quem retomou o hábito da leitura há pouco tempo, mas sinceramente, estes últimos livros que li, são fenomenais. Este prendeu-me logo desde início. Embrenhava-me tanto na leitura, que por várias vezes, só via a paragem onde tinha de sair pelo vidro traseiro do autocarro. Eu sou incapaz de seguir uma leitura sem me deitar a adivinhar o que se segue. É algo que me define tanto como a cor dos olhos. Mas enquanto que, por exemplo, no livro do Haruki tudo estava muito além das minhas conjecturas mais estranhas, neste, a cada embrulhinho de trama que se revelava, eu rasgava um sorriso de eu sabia! para logo a seguir arregalar os olhos com um oh lá... por esta não esperava!. Era como se ele nos encaminhasse propositadamente numa cadeia de pensamentos, antes de dar a estocada final. Gostei muito. Gostei do estilo, da linguagem, da história, das personagens, do humor, da paixão. Gostei, e os últimos capítulos devorei-os de uma assentada num banco de jardim, à hora a que supostamente iria buscar a miúda. Ela brincou mais uma hora no recreio, eu viajei até à Barcelona de uma outra época. A Barcelona que tanto quero conhecer um dia. Agora comecei o Marley & Eu, de John Grogan, e o balanço das primeiras páginas vai dar um very long post assim que digitalizar umas fotos. As memórias daquilo que amamos, são uma coisa lixada.

quarta-feira, junho 20, 2007

Conversas com ela...

(no carro) - mãe, vou-te contar uma piada! - era uma água tão fria, tão fria, tão fria, tão fria, tão fria, tão fria, tão fria, tão fria, tão fria, tão fria, que até chegava ao tecto! - oh, essa não teve piada Joana! - replico em tom de gozo. - mas podes dizer assim: era uma água tão fria, tão fria, tão fria, tão fria, que quando se abria a torneira saiam cubos de gelo! (rimos as duas que nem umas perdidas, que nestas coisas a piada real pouco importa) - mãe, queres que te conte outra piada? sem me dar tempo de responder, começa: - eram uns tubarões tão giros, tão giros, tão giros, tão giros, tão giros, tão giros, tão giros, tão giros, que até ... (qualquer coisa sem nexo nenhum que não me lembro)! E esta teve piada?! (como dizer que não?!) - mãe, agora esta é que é a piada mais boa: Era uma vez uma princesa tão linda, tão linda, tão linda, tão linda, tão linda, tão linda, tão linda, que casou com um príncipe e foram muito felizes! - ó mãe, agora tens de rir, que esta piada é muito gira! E eu ri. Rimos muito! :)

Adivinhem...

ele não fez a prova claro! Ontem ficou com mais tosse e quando o fui buscar estava cheio de febre, que se mantém ainda hoje. Além disso, agora também eu estou cheia de tosse. Acho que o que atacou a Joana decidiu divertir-se com o resto do pessoal lá de casa :s. [mas à conta de ficar à espera que o hospital me desse uma resposta para saber se ainda ia lá com ele ou não, cheguei mais tarde à escola da Joana e ainda os vi preparados para partir! Parece que ao vê-los nos autocarros, as coisas tornaram-se mais reais...]

terça-feira, junho 19, 2007

Sou mesmo esquisita...

De há uns tempos para cá tenho andado mais cansada sem nada que o justifique (porque noites mal dormidas já as tenho há muitos anos com carácter contínuo). Como tal tenho até tentado descansar mais, e deixado os miúdos mais com os avós para o fazer realmente. Entretanto comecei a notar algumas limitações a nível físico. Não consigo apertar as mãos normalmente, perco a força, ao correr falham-me os pés várias vezes, e já não é uma nem duas, que a conduzir, parece que os tornozelos me falham e não consigo ter força para carregar nos pedais. Decidi queixar-me ao médico (clínico geral) mesmo pensando que estas coisas todas podiam não ser nada de mais e que era mais uma das maravilhas da idade. Fiz análises, o homem já me observou uma data de vezes e hoje resumiu tudo a um: Não faço ideia do que é que você tem! Pelos vistos, alguma coisa é, porque ele não está totalmente descansado e mandou-me ficar vigilante sem me preocupar (claro :p), e, deu-me uma série de sintomas extra que devo procurar sempre que sentir algum destes que descrevi. Depois começa a debitar um rol de possibilidades das quais a única que me prendeu a atenção foi "blá-blá-blá auto-imune blá blá-blá". Definitivamente ando a ver Dr. House a mais... ou é o médico que anda a ver a menos e bem que podia ver mais uns quantos a ver se diagnosticava isto mais depressa :p

Ontem...

(fotografia tirada no dia em que a praia invadiu a escolinha em pleno inverno :p)

trouxe um cd cheio de fotos (e filmes) tiradas durante o ano pelas educadoras na escola.

Soube tão bem, vê-la naquelas actividades de que tinha sabido apenas pelas folhas diárias. Soube tão bem, vê-la feliz (e concentrada e atenta e envergonhada e a fazer gracinhas e risinhos).

Sei, também (ou especialmente) nestas pequenas coisas, que tomámos a opção certa.

Era só poder...

(arriscar sem medos) e a minha vida profissional levava neste momento uma reviravolta. Não pelo dinheiro, mas unicamente para recuperar o prazer e o brio no trabalho que me roubaram.

O alergologista do Miguel...

telefonou-me ontem para saber dele (e eu ainda não me habituei a este tratamento no público). Quando lhe disse que desde que tínhamos feito praia no início do mês ele tem estado a melhorar, solta um efusivo: Ai graças a Deus! A sério que fiquei sem saber o que lhe dizer. É que o homem parece que ainda consegue ser mais sensível que eu - que sou a mãe - às melhoras e recaídas do miúdo! Amanhã, nova tentativa para fazer a Prova de função Respiratória... vamos lá ver se é desta! [eu vou é ignorar a tosse que ele teve esta noite... é que o miúdo parece que percebe e piora na hora :s]

A praia...

ontem correu lindamente. O tempo afinal estava muito bom e até, ao que parece, a água do mar não estava muito fria. A Joana é que se manteve vestida, só para se não arriscar a piorar e ficar o resto da semana sem ir à praia. Pelo que dizem não se importou e até dizia "Eu não me posso despir, mas não estou triste! Eu não me dispo porque estou doente, mas não fiques triste S.!" :p O dia de hoje é que se revelou uma desilusão. Com a chuva não houve praia para ninguém e o que não faltou foram meninos chorosos e mais mimosos nas despedidas. É preciso azar...

segunda-feira, junho 18, 2007

Ajuda precisa-se!

Alguém tem algum truque para se tirarem marcas de caruncho da roupa?! Obrigada!

É só quando lhe apetece...

O miúdo não pode ver um copo que não peça logo para beber. Ofereço-lhe o copo com um restinho de água no fundo e digo: - É água, Miguel. Diz lá água. - Á-bu-a! hã?! Pai e mãe, olham um para o outro com aquele ar de parvos que só os pais conhecem tão bem. - Diz lá outra vez, Miguel! (ri-se) - Diz á-gu-a! - Qué! A mostrar os ténis novos à madrinha, eu tento que ele diga sapato (que ele repete como pa-pa-pa-po ou qualquer coisa do género): - o que é isso, Miguel? - ténix! (espanto total) - o que é isso?! (ri-se) Ao segundo filho, já devias saber que isso de discos pedidos nunca funciona mãe...

Uma piada...

- mãe vou-te contar uma piada: Era uma mulher tão alta, tão alta, tão alta, tão alta, tão alta, tão alta, tão alta, tão alta, tão alta, tão alta, tão alta, tão alta, tão alta, tão alta, tão alta, tão alta, tão alta, tão alta, tão alta, tão alta, tão alta... que a cabeça chegava ao tecto!!! AHAHAHAHAHAHAHAHAH


É um facto... entrámos na fase das piadas! :)

A praia...

com a escola começa hoje.

Ontem de tarde já tinha tudo alinhadinho. O biquíni (com sutimamas como ela diz), o protector solar, a toalha, a roupa, as sandálias, a muda de roupa e cinco pares de cuecas para ficarem na escola, não vá eu esquecer-me de mandar durante a semana.

Só a toalha de praia mais pequena, comprada ontem de propósito, não secou a tempo de ser estreada hoje (mesmo que tenha perdido tempos infinitos a passar-lhe com o ferro em cima).

A chuva e a amigdalite conjuraram contra nós, mas não venceram. Ela está melhor e o tempo, mesmo não ajudando, dá para ir na mesma, nem que seja só para espairecer.

Dei por mim a deixá-la na escola como se de um dia normal se tratasse. Saí da escola tranquila e só chegada ao trabalho estranhei ter feito a viagem toda, embrenhada na minha leitura (de tal forma que até me esqueci de sair na paragem certa) sem nunca me ter fugido o pensamento para ela.

Quando confio, eu descanso. E ali, tudo me inspira confiança, desde a directora à cozinheira (que a minha filha teima em comparar comigo, no que diz respeito à coloração da sopa), a terminar na camioneta que vi chegar para os levar.

Tenho até uma certa inveja daquelas educadoras e auxiliares. Não por irem para a praia, mas por irem com um grupo de miúdos. Lembro-me dos meus tempos em que fazia colónias de férias. Lembro-me da responsabilidade que sentia, mas principalmente da animação que criava mas viagens. Os sorrisos dos miúdos, as brincadeiras. A moleza na volta e as canções que inventava só para os manter acordados. Lembro-me de conseguir aguentar 40 minutos seguidos enfiada das águas geladas da Costa da Caparica, porque tinha de ajudar no cordão de monitores os quatro turnos de banhos.

Lembro-me do menino, de oito anos, que viu o mar pela a primeira vez de mão dada comigo.

No primeiro dia de praia dela, encontro-me perdida nas minhas memórias e ansiosa por ouvi-la contar-me as dela. Uma por uma.

sábado, junho 16, 2007

Passou a noite a tossir...

e quando me chamou a meio da noite, para fazer xixi, estranhei. Quando lhe toquei estava quente. Muito quente. Deitei-me com ela e velei-lhe o sono e a febre. Durante o dia andou murcha e a tosse começou a aumentar. A febre voltou ao final da tarde. Uma ida ao médico e voltou com os medicamentos da praxe e antibiótico. Segunda-feira estreia-se nas idas à praia com a escola. Será? [e eu que, depois de duas semanas sem nenhuma crise nem nada que se parecesse, estava a pensar que as doenças já eram parte do passado... bolas!]

Primeiras vezes...

Ela lavou a cabeça no cabeleireiro pela primeira vez. Estava que nem podia de contente (e isso nota-se na tensão que lhe grita do corpo, do olhar). Um corte de cabelo mais radical, para disfarçar as tesouradas do Gonçalo e mudou completamente. Ficou gira (que remédio :p).
Já ele, estreou-se nos cortes de cabelo. Acertaram-se as pontas e ainda sobraram caracóis para contentamento da mãe. Portou-se bem, mas secar o cabelo não é para ele. Ficou ainda mais menino (e giro pois tá claro!).

Cartão de Segurança

Na escola andaram a falar sobre segurança. Enquanto lhes incutiam algumas regras básicas - que podem fazer toda a diferença - prepararam o seu próprio cartão de segurança.

A sua fotografia, a sua assinatura e a impressão digital minúscula, identificam-nos sem qualquer tipo de dúvida :)

No verso, os dados que eles próprios indicaram: o seu nome completo, o nome dos pais, a rua onde vivem, os pontos de referência e a escola onde andam. Tem ainda as quatro promessas que devem repetir diariamente:

1. Não seguir desconhecidos;
2. Não ter medo de gritar: "Socorro! Estes não são os meus pais!"
3. Não brincar sozinho;
4. Dizer sempre ao pai ou à mãe para onde vai brincar.


Além disso, ontem foi à escola um polícia que lhes falou um pouco mais sobre o assunto e os impressionou com todos os gadgets (como disse uma amiga ;)) que tinha consigo e na sua motorizada.

Gostei. :)

sexta-feira, junho 15, 2007

Dois dias...

de filha única. Os avós pediram para ele ficar lá, e nós acedemos por uma noite. Ficou duas. Acabou de chegar trazido pelo pai. Uma festa, uma alegria. O reencontro efusivo com cada um de nós. Parece maior. Ri-se às gargalhadas. Faz gracinhas. Dança. Abraçam-se os dois. Beijam-se e batem-se. - ele já fazia falta cá em casa - diz o pai. - era muito silêncio só com um - digo eu (as coisas que se dizem no segundo). - quando ele deixar de ser bebé é que vai ser pior. é tão giro ter assim um pequenino - diz ele (ou qualquer coisa parecida). Isto anda bonito anda... os dois com saudades. [sim pázinho, descansa... isto não é a chamar o terceiro... mas que foi o que disseste foi :p]

Um feriado...

com um bebé ao colo, e agora não consigo parar de me perder por lembranças destas...

[não confundir "saudades dos meus bebés" com "vontade de ter mais um", ok!]

Uma questão de tamanho...

há uns tempos, gabei o rato minúsculo que um colega recebeu, de presente, numa apresentação. Tenho de arranjar um assim, pequenino, para a Joana porque o meu é enorme, disse-lhe eu.

Ele, sem hesitar, oferece-mo na hora. Fiquei assim, sem jeito e agradecida pelo gesto. Que tinha mais, disse ele, mas mesmo assim, fiquei tocada e encabulada.

É claro que foi mesmo nessa altura que o meu computador decidiu dar o berro, e o rato cobiçado descansou largas semanas na gaveta da secretária.

Quando consegui finalmente ressuscitar o bicho, apresentei o ratito à minha filha.

Erro crasso. O rato pode ser mini, mas permitiu-lhe um salto de gigante no que diz respeito à sua autonomia, informaticamente falando. Movimenta-se pelo ecrã com precisão, clica a tecla esquerda ou a direita quando é preciso, usa a rodinha.

O rato foi o seu grito do Ipiranga. Agora, já tem a sua própria pasta pessoal nos favoritos e escusa a ajuda para navegar nos seus sites de eleição. Ora maquilha as bonecas da moda, ora veste-as, ora organiza-lhes festas, ora arranja-lhes as unhas. No minuto seguinte, é um Picasso em miniatura, e as aguarelas dos Little People ou as canetas do Ruca são as suas armas mais poderosas. Com um passe de mágica, supera as provas de pura fantasia que lhe dão o direito ao diploma de verdadeira fada cheia de brilho.

Afinal, ao contrário do que se apregoa, o tamanho sempre importa.

Adenda: Ó meninas, fada pois, que ela só joga ao jogo da Fairytopia. Por enquanto a Ba... B... Bar... essa, ainda só existe para ela no computador e nos anúncios da televisão. E o que é que querem... já sabem bem que eu não suporto aquela boneca, mas gostos, são gostos. Enquanto a dita só entrar na minha casa pelo ecrã do computador menos mal! (e amiguinhos que me lêem aqui... que ninguém se lembre de ter a triste ideia de lhe oferecer uma dessas bonecas anoréticas-que-só-têm-pernas-e-mamas. É que é logo despejada de casa sem sequer sair da caixa que lhe serve de abrigo)

quinta-feira, junho 14, 2007

Estou contente...

além de ter conseguido voltar a ter tempo para as leituras, redescobri o prazer que elas me dão e, isso sim, é fantástico. Mas também estou orgulhosa de mim. Já consigo manter a leitura de dois livros em simultâneo sem me perder pelo caminho. Agora, além das minhas leituras de autocarro, tenho as minhas leituras de cabeceira. Livros diferentes, de géneros diferentes, para situações diferentes. Os da noite (ver lista ao lado), são basicamente aglomerados de pequenas crónicas, e é o que eu preciso para ter bojo* para ler mais do que uma página. E isto anima-me, porque, consigo ver-me daqui a uns tempos, a arranjar coragem para me dedicar a um outro tipo de leituras, mais técnicas e (MUITO) mais exigentes. A vontade ainda não voltou completamente, mas o bichinho já está definidamente instalado. * até já uso palavras menos comuns e tudo eheheh

Só uma perguntinha...

Estamos em Junho, não é? Sim? Ah! Obrigada. É que com esta chuva e a máxima de 21º para Lisboa fiquei meio na dúvida...

quarta-feira, junho 13, 2007

A vergonha

Chegamos as duas à festa. São muitos meninos que não conhece (e quase todos mais velhos). A sesta que ficou pela metade também dá um empurrãozinho à vergonha que a imobiliza.

Não me larga, e ao príncipio, não arredamos um pé do local onde calhámos ficar quando entrámos. Deixa-se pintar por um pirata, mas sempre comigo bem junto dela.

Quando a animação começa, lá a consigo convencer a juntar-se ao grupo. Participa mas sempre na dela, sem grandes interações. Procura-me com o olhar muitas e muitas vezes.

A meio, confidencia-me em jeito de quem pede aprovação: ó mãe, eu vou brincar mas eu não falo com ninguém!

Brincou, correu, jogou e divertiu-se (muito). Só veio embora sem protestos porque tinha os avós à espera em nossa casa.

A caminho de casa:

- sabes mãe, eu tenho muita vergonha.
- pois tens Joana. E porquê? - porque nós pais também temos direito a fazer perguntas difíceis...
- porque os meninos não falavam comigo!
- e tu falavas com eles?
- NÃO! - em tom de estás-parva-ou-quê?!-Achas?!

terça-feira, junho 12, 2007

O que é pior...

do que tentar tirar dúvidas telefonicamente com as finanças?! Tentar tirar dúvidas com o seu próprio gestor de conta! [dois telefonemas seguidos do mais infrutífero que há... nossa... preciso de uma esplanada! :p]

E já que estamos numa de mudança...

Actualiza-se também a imagem do perfil.

A bem dizer, já se nota uma diferençazinha entre esta:e esta:Nota-se pouco... mas nota. :p

E porque...

a mudança às vezes faz falta, despedimo-nos deste:e, como estamos em plena época de veraneio (mesmo que a temperatura me desminta), damos as boas vindas a este:

E o que faz regressar o bom-humor...

que nos tiraram injustamente? Um fim-de-tarde delicioso, numa esplanada em pleno Chiado, em excelente companhia. [não fossem os filhos, e ainda hoje estávamos lá na palheta! :)]

Hoje...

o que me falta em palavras, sobra-me em comoção. Se ao menos pudesse secar-te as lágrimas e dizer que já passou. Que dói, dói demais, mas que tudo vai ficar bem. Dizer-to sem palavras num abraço apertado. Se já há muito tempo que não me sais dos pensamentos, hoje não me sais do coração. Um beijinho querida amiga.

segunda-feira, junho 11, 2007

Quentes e boas...

(no carro) - Mãe, sabes, quando for grande eu quero fazer tudo! - Queres filha? Que bom! - Sim, quero! Quero fazer a minha cama... Quero conduzir sozinha... Quero pegar o mano ao colo... :) *** Combinámos que se comesse tudo e que se fosse deitar sozinha podia jogar Myscene até às 21:00 (ie, até o relógio do computador mostrar um 2 e um 1). Veio jogar, e às 21:00 mostrámos-lhe o relógio e acabou-se a brincadeira como combinado. Fomos aquecer o leitinho e enquanto isso, o pai pergunta-lhe: - e a seguir ao leitinho o que é que vais fazer? - dormir! - dormir... - disse o pai à espera que ela completasse com um "sozinha". - sóóó... - acrescentei eu a modos que a dar uma ajudinha. - só um bocadinho!

E quem é que consegue...

tirar-nos o bom humor?! Quem?! huuummm?! Os bancos! Ai que se pudesse agora mordia-os* todinhos! bah! A incompetência tira-me do sério. * sim, os meus filhos saem a mim nestes repentes! :p

No sábado...

começou a nascer o sexto dente (segundo incisivo inferior esquerdo) e ficou pela primeira vez de castigo. À conta dos dentes anda mais rabugento e as noites, bom... sobre elas é melhor nem falarmos. Talvez por isso, ou não, voltaram os ataques de fúria quando se lhe nega alguma coisa ou se tira algo das mãos - de referir, que os dois dias com os avós também não devem ter ajudado em nada. O pai impediu-o de fazer qualquer coisa e ele zás! pregou-lhe uma bela dentada. Um ralhete ao mesmo tempo que o senta à sua frente de castigo. As pontinhas daquela boquinha a teimarem vir para baixo, uns soluços engolidos e o rapaz aguentou-se que nem os crescidos. Acabado o castigo e feitas as pazes, voltaram as risadas felizes. Ontem de manhã, voltou a repetir a brincadeira comigo e lá voltou ao castigo. Ele sentado no chão, eu à frente dele. Ainda tentou sair dali por uma vez mas percebeu que não valia a pena. Não voltou a fazer. Espero bem que esta fase passe depressa. [e no que diz respeito a ficar de castigo este menino foi bem mais despachado que a mana... é que não havia necessidade! Mas, se calhar, o facto de ser rapaz e de ser o segundo (e como tal os pais terem outra prática e outra paciência) também deve ter contribuido... digo eu...]

Há dias...

em que uma pessoa acorda de bem com a vida e nem sabe porquê. Hoje é um desses dias. Sabe bem.

quinta-feira, junho 07, 2007

Ele não faz alergia à laranja!

Ele não faz alergia à laranja! Ele não faz alergia à laranja! Ele não faz alergia à laranja! [e conseguiu, pela primeira vez, descer o degrau da sala sozinho como os crescidos!]

quarta-feira, junho 06, 2007

São nove horas...

já jantamos, os putos já dormem, o pai foi jogar à bola e acabei de ler o Confissões de uma Liberal, de Maria Filomena Mónica, que comecei ontem. Na casa reina o silêncio, e eu, ao invés de me ir enfiar na cama, vou aterrar no sofá um bocado. Quando me voltar a queixar que durmo pouco, atirem-me à cara este post, ok?! Adenda: Afinal adormeci quase a seguir a ter-me sentado :p

Ballet...

mais uma etapa quase a chegar ao fim.

Minha...

amiga, deves ser a única a pensar que este blog faz pensar alguém. Também já houve quem - há muito, muito tempo :p - considerasse que o meu photoblog desse que pensar. Esse, talvez.

Aqui não há essa pretensão rapariga! Se há meia dúzia de posts que possam fazer alguém puxar pelos neurónios, os outros são do mais sem pés nem cabeça que há, sem falar de que, a maioria, escorre baba de mãe por todas as letras.

Obrigada, mas honestamente, para mim, esta coisa dos prémios (e estou-me a recordar de uma iniciativa idêntica há uns bons meses atrás) puxa mais às afinidades do que aos méritos propriamente ditos.

Caberia-me agora a vez de nomear outros cinco para ostentar este galardão, mas vou ignorar essa obrigação.

Há muitos blogs que leio e que me fazem pensar a certa altura. Há outros que me fazem quase sempre rir às gargalhadas, outros que me comovem, outros de que gosto nem sei porquê. Todos eles merecem um prémio à sua maneira.

Enfim, isto tudo só para dizer, que eu e esta coisa de prémios e nomeações não nos damos mesmo lá muito bem...

Considerações sobre coisas nenhumas...

- Hoje está calor e eu deixei a cabeça em casa. - Daqui a uns dias, além de me ter de arrastar para o trabalho tal é a falta de vontade de sair da cama, vou ter de preparar uma criatura de três anos com biquíni e protector solar, logo pela manhã. Como se já não bastasse o suplício de ter de compartilhar o meu (auto)carro público com uma data de pessoal apenas preocupado em chegar a horas à praia e que exibe - com alguma alegria diga-se de passagem - o tom de pele cada vez mais tostado a cada dia que passa, vou levar com a piolha eléctrica a tresandar a protector solar no banco de trás do meu carro privado. - Não me consigo concentrar mais do que cinco minutos e só vejo chávenas de café a bambalearem-se à frente dos meus olhos. Apetece-me incitar uma revolta, pelos direitos das mães que já não dormem uma noite seguida desde que o Rei fez anos. - É desta que jogo no euro milhões... - Hoje experimentamos a laranja e estou a fazer figas para que não me insulte pela ideia daqui a umas horas. - O meu monitor está cheio de dedadas, vou limpá-lo. - Aliás, vou mas é pegar em quinze cêntimos e buscar um café. Sim, aqui os cafés custam quinze cêntimos. Não, eu não disse que eram bons cafés. - isto de nunca ter tido barriga na vida, à excepção de agora e durante as gravidezes é altamente frustrante quando de manhã me enfio dentro da roupa que sempre usei. É que só tenho camisolas e vestidos justos... e não quero que ninguém se levante do autocarro para me dar lugar... mas vistas bem as coisas, nem era assim tão mau pensado... - fui...

terça-feira, junho 05, 2007

Mania de ser diferente...

ele podia muito bem ter dito mamã como primeira palavra. Só lhe tinha ficado bem. Na pior das hipóteses podia ter sussurrado um papá a contra-gosto. Mas não, ele não facilitou e a primeira palavra foi mesmo cão (o famoso con). Com toda a naturalidade aceitaríamos que o primeiro animal que ele imitasse a pedido fosse o cão. Se fosse o gato também não era nada que se estranhasse. Mas não. Este menino, decididamente, não quer fazer o que faz a maioria. Perguntam vocês: - Então qual é esse animal? Não me digam que não conseguem adivinhar?! Huummm?! Não estão a ver? Ó meus amigos, não é nada mais nada menos que... a gaivota! - Miguel como faz a gaivota? - Ah! Ah! Ah! [tudo por causa do livro O Mar, da colecção Dicionário por Imagens dos Bebés]

Imagens de mim

Quentes e boas...

uma amiga pergunta-lhe: - Então Joana, tens algum namorado na escola? - Tenho, é o Gui. Ele diz que vai casar comigo! - Ai tens?! - pergunto-lhe eu ainda boquiaberta com a resposta. - E tu queres casar com ele? - Quero! Vamos comer** casar os dois. *** ao chegar à casa da avó Tina, é a Susana que lhe abre a porta. Ela assim que a vê, dispara: - Olá Susana! A Mafalda está aí para jogarmos mychine*?! * entenda-se jogar online em myscene.com ** estou bonita estou...

Andacá...

assim, dito com as letrinhas todas, é o que se ouve 49% das vezes daquela boquinha mailinda. Se considerar que em 50% das vezes o que se ouve é con, digamos que o papá e o mamã não estão muito bem classificados...

Descobri...

algo pior que o cheiro a sovacos mal lavados nos autocarros. O cheirinho a protector solar (do pessoal armado de chinelas, geleira e chapéu-de-sol) faz-me muito mais mossa! inveeeeeeejjjaaaaaaaaa! :p

segunda-feira, junho 04, 2007

Praia...

é dos melhores remédios para eles. Assim que chegam à praia aqueles narizes são como torneiras abertas.

Entretêm-se sozinhos com a areia, o Miguel faz grandes sonecas e a Joana adora ir dar passeios à beira-mar pela mão do pai. Vão descobrir "grutas" e brincar com as ondas. Fazem castelos de princesas e grandes buracos.

É na praia que eu consigo, mesmo estando com eles, alguma liberdade. Algum tempo para mim. E dou por mim, que nunca fui grande fã, a gostar cada vez mais das nossas idas.

A ver se finalmente o tempo se segura e podemos aproveitar os fins-de-dia.

Praia,

piscina, almoço/sestas, casamento, praia, piscina, almoço/sestas, lanche-ajantarado.

O fim-de-semana foi assim... e que graaaaaannndeeeee chatice que foi! :pEstava-se divinalmente na praia. Nem muito calor, nem vento, nem muita gente (à excepção no Domingo, que quando saímos já os chapéus estavam uns em cima dos outros).

Quando se aproximavam as onze horas, saímos da praia e íamos refrescar um bocadinho nas piscinas antes de comermos. Uma das piscinas dos miúdos era um antigo jacuzzi exterior, e estava mesmo à medida para as brincadeiras do pequenote.O rapaz mergulha sem qualquer tipo de aflição, e a irmã que antigamente não achava piadinha nenhuma aos mergulhos, decidiu mostrar-nos as técnicas de mergulho que aprendeu e lá andava ela, de mãozinhas juntas acima da cabeça, a pedir para passar por baixo ou por cima das nossas pernas.
O casamento foi fantástico. O Miguel não largava os músicos e foi o seu fã mais fervoroso (pelo menos durante o almoço). A Joana andou sempre entretida nas pinturas faciais (e não só!) com os muitos saltos nos insufláveis e as corridas pelo green.

Antes de regressarmos, ainda tivemos tempo para matar saudades de um colega da faculdade que assentou arraial pelas terras do Sul.

Definitivamente, estes fins-de-semana fazem-nos bem.

A Festa da Escolinha

na escola dela, juntam a festa de final de ano à do dia da criança e fazem um mega arraial para pequenos e graúdos.

Não houve nenhum tipo de espectáculo ensaiado e a tarde passou-se entre jogos tradicionais, pinturas faciais e póneis. O Miguel não largava os escorregas e as casinhas, e, desta vez, até andou de pónei todo contente e muito direitinho agarrado à irmã.

Gostámos (mesmo) muito.

Os últimos três dias...

foram simplesmente uma maravilha. Só é pena o Miguel ter acabado o fim-de-semana com febres de trinta e nove... [se um dia isto acalma, eu acho que não acredito]

sexta-feira, junho 01, 2007

Notinhas...

. os livros embora nos exercitem a mente, também nos fazem mal. O meu ombro direito tem vindo a acusar o peso da mala que agora também dá boleia aos meus companheiros de viagem. (e para andar com o próximo, Crónica do Pássaro de Corda de Haruki Murakami, acho que o melhor é mesmo arranjar uma mochila :s) . depois desta queixa, hoje até tremi quando em dois parágrafos consecutivos do A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón, leio "acto contínuo" e "Teorema de Fermat". Medo! . preciso de voltar à Feira do Livro em busca de uma enciclopédia de bolso. É que as nossas viagens de carro, revelam cada vez mais a sua crescente tendência para perguntas difíceis e a minha, também crescente, habilidade para disfarçar a minha ignorância. (anteontem, do nada, tive de lhe explicar como é que funcionavam os leitores de dvd's e as diferenças entre cd's e dvd's...)

Pérolas a Porcos

Compro dois livros e a moça que me está a atender enfia-os num saco de pano. Um senhor ao meu lado, espeta um livro no nariz da moça e, em tom mau-humorado e de quem não quer esperar, diz: - Levo este. A moça, entrega-me o saco enquanto lhe dirige um: - Só um momento por favor. Pede à colega para se encarregar do meu pagamento, pega no livro do senhor e mete-o dentro de um saco de plástico. - Nesse saco não! Quero um de pano - replica o homem, apontando para o meu saco e num tom de poucos amigos. - Ah, mas é que os de pano, são para compras superiores a vinte euros - diz a moça, desculpando-se e mostrando-lhe o cartaz que dava essa mesma indicação. O homem fica imóvel por uns segundos, vira-se num repente, e enquanto atira a mão que ainda segura a nota de dez euros para trás das costas, dispara um: - Então já não quero. E some-se a protestar sozinho.

Feira do Livro

Depois de uma visita à Feira do Livro, concluo que mesmo com desconto, comprar livros não é para qualquer bolsa. Além disso, quero mostrar aqui a minha indignação por constatar que a cada ano que passa, existem cada vez mais bancas de literatura infantil, com mais variadade e mais qualidade. No fim da volta, a carteira vazia encheu os sacos com dois livros para mim e dez para eles.

Dia Mundial da Criança

e os pensamentos fogem-me não para eles, mas para todos os outros que não têm a mesma sorte.