segunda-feira, janeiro 24, 2005
A hora...
A ânsia de chegar a hora vai crescendo e apoderando-se do nosso todo.
O relógio que não pára nos momentos eternos, que não anda nos que se querem acabados, continua inabalável. A falta que eles nos fazem. Eles, os que amamos, os que estão e os que não estão, os que já estiveram. Os que queremos connosco.
E a hora que não chega, a ansiedade que não pára...
Estarão bem? comerão bem? Sentem a nossa falta? Nós sentimos definitivamente a falta que eles nos fazem. É como se não estivessemos completos, como se ao deixá-los tivessem levado com eles um pouco de nós, um pouco que não é assim tão pouco. Um pouco enorme, um pouco imenso.
E os minutos arrastam-se, lentos. Até chegar a hora.
E a hora chega. Precipitamo-nos para eles como se disso dependesse a nossa existência. Filas, trânsito, lugares sentados ou de pé, encontrões, buzinões, pisadelas, sinais vermelhos, não têm importância. São coisas pequenas. Porque e só porque vamos ter com eles. É o que interessa. A única coisa.
E já está. O momento, a hora chegou. Estamos juntos. Um abraço apertado, um beijo repenicado enche-nos o coração de alegria e a face ilumina-se. Acabou. Estamos completos outra vez. Não nos falta nada. Absolutamente nada.
Até que amanhã chegue novamente...
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