sábado, março 05, 2005
Lisboa (parte 2)
As mudanças em Lisboa ao fim-de-semana são realmente fenomenais.
Além de a maneira de estar dos transeuntes mudarem também as pessoas que a habitam são diferentes.
Há mais pedintes, há mais pintores, há mais artistas de qualquer ofício espalhados pelas ruas principais... mas principalmente sobressaiem no meio de toda a gente aqueles indivíduos dos negócios mais duvidosos.
Talvez por não irmos a correr, talvez por olharmos para o nosso lado e lermos as pessoas que nos rodeiam, finalmente consigamos distinguir quem é quem.
Hoje vi imensos homens a vaguarem nas ruas sem se afastarem muito do seu centro imaginário. Casaco de pele folgado, os braços caídas ao lado do corpo com as mãos ligeiramente fechadas e viradas para dentro, ou uma nos bolsos, a cabeça gira à sua volta percorrendo homens e mulheres. De repente, param. Dirigem-se a alguém escolhido por alguma razão e esticam o braço deixando perceber o que a mão encobre. Tudo feito muito rapidamente e sem chamar atenções. Caso a pessoa não se mostre interessada imediatamente afastam-se... e vão tentar vender o telemóvel a outro qualquer...
Esta minha Lisboa...
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