quarta-feira, julho 13, 2005
21 meses de ti...
Mais um mês passou. Em breve vou deixar de contar assim o teu tempo. Vou começar a medir-te pela escala dos meninos grandes. Cada vez mais, deixa de fazer sentido tentar atribuir-te assim uma idade tão detalhada.
No entanto vou aproveitar enquanto posso, para registar assim mais um bocadinho de ti. Um bocadinho de nós. Porque não és só tu quem cresces.
E assim sendo, o que aconteceu neste mês? Em que é que tu mudaste? Como é que tu cresceste?
Neste mês eu perdi um pouco mais do meu bebé e ganhei mais de menina. Tornas-te de dia para dia mais independente. Exiges outro tipo de atenção. Queres outros tipos de ajuda.
Tens uma sede de conhecimento, absorves tudo como uma esponja. É incrível ver a rapidez com que evoluis. Sabes conjugar cada vez melhor as frases e expressar as tuas vontades. Sabes contar até dez (sabes mesmo a ordem dos números), embora teimes em ignorar o número um. Reconheces algumas letras, entre elas o famoso a-e-i-o-u (pontapé no **, dizes sempre no fim para desespero da mamã). Sabes que a mãe tem tinta anos e teimas que tens a mesma idade! E eu, continuo a ver-te assim a crescer, a aprender a saciar a tua sede e a apoiar-te quando precisas. Consegues admirar-me todos os dias com as tuas conquistas.
Queres mais autonomia e pedes-a tentando fazer tudo sozinha. Há já quase um mês que não usas fraldas e ainda só te descuidaste duas vezes à noite (e a culpa foi dos papás que não ligaram à tua chamada). E assim vou perdendo o meu bebé para ganhar a minha menina.
Às vezes gostava que não fosses assim tão despachada. Às vezes gostava que demorasses mais tempo a deixares de ser bebé. Tens tanto tempo para crescer que esta tua pressa é rápida demais para me habituar a ver-te assim crescida.
Entraste na fase do não e começas a mostrar muito interesse pela televisão. Adoras, pura e simplesmente, o Noddy e ficas petrificada a ver as suas aventuras (tenho de começar já a domesticar este teu gosto). No entanto, não gostas de ficar sozinha, preferes que esteja alguém a teu lado, e assim, a televisão não serve como babysitter (o que, devo confessar, daria muito jeito em certas alturas).
Em conclusão, amo-te cada vez mais. Não por saberes fazer isto ou aquilo, não por me dizerem que és linda, não porque não me dás trabalho nenhum. Amo-te porque és a minha a filha, com os teus defeitos e virtudes. Amo-te mais porque esse amor cresce de dia para dia. Amo-te ainda mais porque é impossível por limites ao amor verdadeiro de um pai por um filho. Amo-te porque és tu e tu és minha.
Beijinhos
Sandra
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