quinta-feira, novembro 03, 2005
Castigos...
A Nádia perguntou-me qual era o castigo que usava com a Joana. Então é assim:
O primeiro castigo da dona Joana ficou devidamente registado aqui (infelizmente já não tenho as palavras que me deixaram nessa altura graças ao meu amigo haloscan :( )
O que fazemos, é sentá-la no chão na mesma divisão onde estamos, ou seja nunca a deixamos sozinha. Deixamo-la assim alguns minutos (1 ou 2, seguindo a regra de um minuto por cada ano da criança) sem lhe dar muita atenção. Para sair do castigo, ou ela pede desculpa por ela própria (o que é raro!) ou vamos ter com ela e conversamos até ela pedir desculpa.
Quando pede desculpa, pedimos um beijinho e de seguida, pegamos-lhe ao colo, damos miminhos e explicamos porque é que ela não pode fazer aquilo, ou seja fazemos "as pazes" com ela. Houve alturas que a deixámos sair sem que o pedisse, mas ela estava muito nervosa e a ateimar, e quando é assim, preferimos acálma-la para depois voltar a falar com ela.
Se for possível, vamos "reparar" a asneira que ela fez. Ou seja, se tiver espalhado alguma coisa, vamos todos arrumar, se ela tiver aleijado alguém, vai ter de ir pedir desculpa e dar um beijinho, etc.
Em geral ela fica sentada sem chorar, mas algumas vezes entra num choro compulsivo. Quando isso acontece não saímos de ao pé dela. Fazemos-lhe festinhas e explicamos que ela tem de ficar de castigo por se ter portado mal, etc. sempre num tom de voz calmo mas firme.
Algumas vezes tentou repetir a asneira de seguida, e aí repetimos o castigo, mas damos mais enfase ao tom de voz e ao castigo em si. Ainda não tentou a terceira.
Temos tido sucesso com esta táctica e por isso, até agora, não houve palmadas para niguém (já lhe sacudi o pó das mãos, mas foi mais figurativo do que outra coisa) e em geral, ela não repete as asneiras.
No entanto, só usamos o castigo quando a asneira é especialmente grave, ou quando ela já a repetiu muitas vezes. Isto é, damos-lhe espaço para que ela faça as asneiras típicas desta idade, e tentamos ralhar o mínimo possível para que quando o façamos tenha algum impacto.
Nunca a ameaçamos, nem com picas, nem com o polícia, nem com o ladrão ou com o papão. Isso para nós é totalmente errado.
Foi a pensar nestas asneiras, que quando construímos a casa e escolhemos os materiais (chão, etc), móveis e sofás, tivemos sempre presente que iria ser habitada, num futuro próximo, por crianças. E antes dela nascer, pintámos as paredes com tinta plástica lavável. São estas coisas (e as novas maravilhas como a esponja mágica!) que lhe dão alguma margem para fazer os disparates!
Eles têm de ser crianças enquanto o são!
Beijinhos
Sandra
Adenda: Como referi em cima (ver link) o primeiro castigo da Joana foi aos 15 meses. Também eu acho que cada criança é única e como tal não existe um castigo ideal para todas elas. Temos primeiro de conhecer a criança e saber o que resulta melhor, embora esta tarefa possa ser muito ingrata a maior parte das vezes. Mesmo com a Joana, reparo que temos vindo a adaptar o castigo à sua própria evolução. Nós óptamos por não criar nenhum lugar específico de castigo, mas sim o chão, porque chão existe em todo o lado, mesmo na rua! Evitamos entrar em negociações com ela (embora de vez em quando, para evitar o castigo o façamos) porque nestas coisas somos nós mais vulneráveis que eles :p pelo menos no nosso caso! Quanto à palmada santa que a Lipa referiu, até eu numa situação dessas com a minha calma toda acho que fazia exactamente o mesmo... espero nunca passar por uma situação dessas para confirmar a suposição!
23 comentários:
Tudo muito parecido com o que se passa lá em casa, mas o castigo é no sofá.
Beijinhos para vocês
Utilizo algumas vezes a mesma técnica, mas para mim é mais fácil quando estamos em casa. Pois onde noto maior dificuldade é em locais públicos ( restaurante, supermercado). Aí fico sempre sem saber o que fazer.
A Mariana tem pouca diferença de idade e devo-te dizer que tenho contado algumas vezes até 20 :)
Bjs
Xana e Mariana
ora nem mais.
o meu não liga ainda aos castigos, mas tentamos... só ainda o fiz 2 vezes, no sofá... e pouco resultado dá. :D
mas nunca deixamos de tentar.
Pois é! A Joana parece um anjinho comparada com a "terrorista" que tenho lá por casa, e confesso que não tenho a paciência da mãe da Joana e claro que ela sente e se recente :(. Com ela de nada vale: castigos, zangas, palmadas... A via da negociação tem sido a mais eficaz, mas nem sempre funciona... ela está na fase das birras há dois anos e dois anos é muito mês!!!! a paciência tem se vindo a gastar com o acumular de birras, e depois, a vinda do irmão não ajudou mesmo nada...
De qualquer forma, parece-me um excelente método!
:)
Sandra
muito bem! mas agota tenho 1 dúvida ... será k este tipo d tratamento/castigos teria tido o msm resultado com o je aki presente???
nãaaaaaaaa! nã m parece! :)
Não sei até k ponto resultará com a Inês, mas pronto. Mudando de assunto, já alguém te disse que estás com um barriga linda, fabulosa?! A sério! Que saudades...
1 bjx, licas
Palavra de mãe (das boas)!
Beijos
Nunca tinha pensado nestas coisas!
Quando se pensa em crianças pensa-se em coisas boas...
Parece-me muito sensata a tua atitude! :)
Beijinhos!
Concordo contigo a 100%.
É isso aí, o sítio do Kiko para os castigos é o sofá da sala...remédio santo.
Beijocas
Vou experimentar essa técnica. Pode ser que resulte com a pequena estrela.
:S coitadita ainda não nasceu e já estou a "planear" os castigos. chiça!!!
Ainda bem que vcs têm uma técnica que funciona tão bem com a Joana. Acho que o que vcs fazem é o ideal (não berrar e explicar as coisas e colocar de castigo sem lhe bater) mas tb penso que cada criança é uma criança e o que resulta bem para uma poderá não resultar para outra.
Lembro-me de uma história de um psicolgo infantil que contava que tentou tudo para ensinar a sua filha com 2 ou 3 anos a não ir para a varanda lá de casa...explicava-lhe que era perigoso dizia-lhe que se queria ir lá fora tinha de pedir aos pais para irem com ela tentou o diálogo vezes sem conta e os tais castigos soft e a miúda levada pela curiosidade arranjava sempre maneira de tentar ir para a varanda (o fruto proibido...) até que um dia ele foi dar com ela na varanda já ao pé das grades o susto foi tabto que se passou e deu-lhe uma palmada no cu e falou-lhe de forma rispida...pois foi remédio santo e ela nunca mais foi para a varanda. Isto tudo para dizer que às vezes também é preciso (depois de tentar os outros métodos) tomar medidas mais drásticas (tb neste caso era a segurança da criança que estava em causa...eu tb me passava acho). Lá está tb há asneiras e asneiras desde que não os ponha em risco não vejo grande problema, acho que são inevitáveis faz parte de ser criança!
Só espero que quando chegar a alturas das asneirolas da Diana consiga sempre manter a calma acima de tudo (essa das pinturas na parede acho que até ia achar piada ehehehe).
A Joana tem sorte de ter uns papás tão bons :)
beijocas
ps- desculpa lá o testamento...
Eu gostava de ser assim... mas sinseramente não sei se vou conseguir...
Lá em casa com a Bia também funciona mais ou menos nos mesmos moldes e também tem dado bons resultados ... também já lhe sacudi a poeira (e bem lamento dizer) mas arrependo-me sempre, depois é muito pior o resultado.
temos de saber manter a calma, não é???? Eu espero conseguir!
JINHOS
Já agora, mais uma coisa (há bocado esqueci-me!) a partir de que idade começaram a fazer isso à Joana? para experimentar se funciona com o mais novo, é que a desobediência já parece ser o seu lema!!!
;)
Sandra
olá!
a propósito deste só tenho a dizer que, apesar de ainda não ser mamã, concordo em tudo o que está escrito, sempre tendo em atenção que cada criança deve ter uma atenção única, por ser único, até nos castigos e nas reacções a eles. :)
de resto, estive a dar uma olhadela nos links do lado e resolvi "participar" num deles - o da culinária - enviando uma sugestão. então cá vai:
saca-rolhas amarelo e rosa (para 6 crianças - a partir dos 2 anos)
500 gr de massa fuzilli
45 gr de fiambre em fatias grossas de 1 cm
3 ovos
2 iogurtes naturais
polpa de tomate ou ketchup qb
enquanto a água para cozer a massa está a aquecer, cortam-se as fatias de fiambre em cubinhos e cozem-se os 3 ovos. quando a água estiver a ferver, deita-se os 500 gr de massa que vai a cozer durante 10-12 minutos (varia normalmente com a marca)
para preparar o molho basta juntar os 2 iogurtes naturais com a polpa de tomate ou o ketchup
quando a massa e os ovos estiverem cozidos, é só dispôr, por camadas, a massa, o fiambre o os ovos.
o molho pode ser servido à parte para que cada um ponha a quantidade que preferir.
a preparação do prato demora cerca de meia hora. além disso, os mais pequenos podem ajudar, colocando os cubinhos de fiambre em camadas (para as mãos mais pequeninas) ou descascando os ovos (para as maiorzitas).
espero que gostem!
beijinhos
ana
errata: onde se lê 45 gr, deve ler-se 450 gr.
:)
Ena ena que grande lição ;)
Acho que fazes muito bem :)
beijinhos
Humm, interessante se um dia precisar acho que vou experimentar...mas o que eu queria mesmo dizer é: Que linda barriguinha!
Bjinhs
Nós por cá também temos vindo a tentar essa técnica. Com o Pedro comecei aos 2 anos e com ele sempre resultou melhor do que com a Inês - ela é mais desobediente e reguila e pôe-me os cabelos em pé...
Beijinhos,
Carla e piscos
Obrigada, pela "adenda", nada como experimentar um método novo, apesar de ter dois filhos no limiar da hiperactividade, de qualquer forma é apenas no limiar.
;)
Sandra
Francisca... para contributos destes sente-se sempre à vontade!!!
À vontadinha mesmo!
Obrigada pelas dicas que me irão ser úteis no futuro!
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