Este fim-de-semana...

foi muito caseiro. Fazem falta fins-de-semana destes em que quase não pomos os pés fora de casa. Em que somos só nós. Hoje passámos o dia enfiados no quarto dela. Não a brincar mas literalmente a tirar tudo de dentro do roupeiro e da estante. Como o quarto dela era o nosso antigo escritório, ainda estava cheio de cadernos, sebentas, manuais, revistas e outras coisas que roubavam espaço para as coisas deles (entenda-se, brinquedos). A estante que até há uns anos, estava repleta de livros, revistas e sebentas, agora é uma amálgama de brinquedos. Pobres dos meus livros guardados em caixas no quarto das arrumações desde que ela nasceu. Sinto falta deles e até me custa comprar livros a saber que os vou encafuar, depois de lidos, numa caixa qualquer. Já não há-de faltar muito para voltar a ter um escritório com toda a minha tralhice... espero. Guardou-se a roupa de Inverno e outra que não servia. O espaço foi todo reorganizado. Montes de revistas que me custaram muito a deitar fora (anos de Time Magazine e de revista Cais que estão numa pilha para reciclar... snifff). Montes de revistas que não consegui deitar fora e que passaram para o quarto das arrumações. Brinquedos que se separaram para dar, para mandar para a casa dos avós, para o Miguel e para o lixo. Caixas vazias postas finalmente para reciclar. Limpeza de cima a baixo e voltar a por tudo no lugar. Tenho o quarto num brinquinho, mas a entrada está em estado de sítio, cheia de caixas com fotografias, outras com facturas e provas de compra e outras traquitanas que não sei o que lhes hei-de fazer e que preciso de separar e organizar antes de arrumar (ou deitar para o lixo mesmo). Próxima etapa, fazer o mesmo no meu quarto. Mas esse vai ser canja comparado com o dela! Cansa, mas gosto destas limpezas. Só assim consigo me livrar da tralha que de outra forma sou incapaz de deitar fora. Eu sou daquelas que, se pudesse, não deitava nada nunca fora. Todas as porcarias que me trazem alguma recordação, nem que seja um bilhete de algum espectáculo, têm lugar numa qualquer caixinha, arrumada numa qualquer gaveta, num qualquer quarto. Pelo menos durante uns anos valentes!