terça-feira, fevereiro 16, 2010

Há precisamente 5 meses escrevi isto...

mas nunca passou de rascunho. Agora à procura de um post antigo, reencontrei estas palavras e não podia deixá-las sem ver a luz do dia.
Deambulações, constatações e outras considerações...

Hoje ao almoço, fiz a linha verde de ponta a ponta e, incitada pelo livro que lia, debrucei-me sobre a vida que levo e a minha maternidade. Pensei que de fora as minhas opções parecem tomadas por alguém insano. Um trabalho a tempo inteiro, outro trabalho no tempo que supostamente é para estar de folga, um marido, dois filhos, uma casa, dois cães. A ordem nem sequer é necessariamente esta. Até porque se fosse a ordenar as minhas prioridades temo que o marido acabaria por ficar nariz a focinho com os cães e isso é algo que não me apetece admitir. Além disso, retirei propositadamente os itens família e amigos da lista porque neste momento estar quer com uns quer com outros é um verdadeiro luxo. Ah! e o ciclo MED. Pergunto-me a mim mesma se terá sido totalmente inocente não me ter lembrado imediatamente de acrescentar à lista os sete exames da certificação para fazer assim que possível, mas adiante. No entanto a minha (nossa) vida vai decorrendo de uma forma totalmente normal. Tomamos decisões de forma a pouparmo-nos tanto quanto possível com stresses de horários, organizamo-nos o melhor que sabemos, aceitamos as nossas faltas de disponibilidade - porque agora sou eu mas há uns anos foi ele e um dia, esperamos, não será nenhum. A casa anda desarrumada, mas recuando cinco anos, altura em que ainda gozava da licença de amamentação e tinha apenas uma criança, ela não estava melhor.

Não é uma vida fácil, mas acho que não a trocava por nada.

6 comentários:

Anónimo disse...

É isso mesmo, não é uma vida perfeita, nem tão pouco o tempo chega para tudo, mas é a vossa vida a que escolheram e a que vos serve... acho espectacular é o respeito e companheirismo que vocês teem porque para aguentar uma vida de correria assim, só mesmo com muito apoio :)

parabéns!

Luz de Estrelas disse...

Sorrio ao ler-te, porque é isso mesmo. Uma luta conjunta, com altos, baixos e planos. Com a casa desarrumada ou não, é um núcleo sólido de amor e isso é que importa.

tomodoro disse...

parece a minha..., mas c 1 gajo a queixar-se q n lhe ligo...

Mae Frenética disse...

Gostei mto, mto, deste post.

Sabes q, de fora, o pessoal tende a ver o lado pior da coisa. Cá dentro, nós aprendemos a usufruir mto bem do q realmente importa.

Voces fazem isso mto bem, parece-me. E parece-me isso ao olhar para os V/ filhos, a crescer bem e felizes.

Casa desarrumada? A minha fica assim logo nos primeiros minutos q eles entram casa adentro... eu acho q ja nem vale a pena estar com mtas coisas.. LOLOL

(e essa da lista e do marido estar no fim é tao mas tao verdade...)

Miúda disse...

os nossos maridos, :)
e é tal como por aqui, a quem n têm igual q somos loucas, doidas... e ainda que se suspire, que se precise de momentos de pausa, é a nossa vida (estranha, desaparafusada e complicada - a roçar o insane) mas boaaaaaaaaaaaa! BOA

Mãe disse...

Sandra....ai ai..como te compreendo ou será melhor dizer...como me compreendes...com algumas alteraçõezinhas e quase que me 'leio em ti'...tenho mais um filho e menos um cão..., três atividades profissionais e mais uns anos que tu...Ui Ui...e digo o mesmo: não é uma vida fácil, mas não a trocava por nada!
Um BEIJO grande!

Ana B e trio!