quarta-feira, agosto 20, 2008
Sempre...
que chego das férias da aldeia, custa-me sair da minha concha.
São muitos dias sem telemóveis, internet e mais do que um ou dois canais de televisão cheios de chuva. Muitos dias sem saber o dia a que estamos e a medir o tempo pela altura do sol no céu e as badaladas do sino da igreja.
Demoro sempre uns dias a entrar neste ritmo frenético da modernidade. É-me difícil acertar novamente o passo com a velocidade a que surgem novidades de todos (ou com a noção da ausência delas). Os encontros que se tentam ir adiando. As obrigações. O tempo medido.
Custa-me. E quando regresso, prometo sempre guardar mais tempo para elas no ano seguinte. Promessas.
6 comentários:
eu não "tenho" uma aldeia para onde ir nas férias, mas quando ía acampar, acabava a ter essa mesma rotina: telemóveis sem rede, televisão inexistente, acordar com o sol a nascer, ir dormir quando ele se põe, não saber que dia é, e construir relógios de sol com um raminho de uma árvore para saber que horas são.
e a mesmíssima dificuldade para me re-adaptar à cidade. ao barulho intenso. à presença da luz a toda a hora. os telefones, os emails, os chats, as tv's, etc etc.
às vezes dá-me uma vontade louca de largar tudo e ir viver para o campo de vez.. mas, para já, é mesmo apenas isso: uma vontade louca. :-)
beijinhos
Promessas que tens que cumprir! Porque de facto vale a pena.
... gosto tanto... quando regressam!
Sei muito bem do que fala. Também eu adoro as férias na minha aldeia. Onde, num raio de muitos kms, toda a gente conhece toda a gente. Onde os miúdos podem brincar à vontade, sem medos. Onde à noite ainda se "caçam" pirilampos. Onde se acorda ao som do canto dos pássaros e da melodia da agua que passa no riacho. Simplesmente delicioso.
Beijinhos
E os dias sem horas têm tantos mais sorrisos...
hummm que falta me faz uma aldeia assim... acho q era gaja de me habituar a viver sempre assim...
jocas
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