sexta-feira, junho 30, 2006
O Jardim-de-Infância
O grande dia aproxima-se a passos largos e eu confesso que tenho um bichinho a roer-me por dentro por vê-la a ir finalmente para a sua escola. Não que tenha qualquer tipo de receio, muito pelo contrário. Eu acho que ela vai gostar tanto que dou por mim a desejar que o tempo passe depressa (mas é melhor não, porque pouco depois de ela entrar para o JI entro eu ao serviço novamente :s).
Daqui a umas semanas começa o programa de adaptação ao JI. Quatro manhãs para pais e filhos, com um simples objectivo:
Pretendemos conquistar as crianças - para que em Setembro voltem cheias de vontade de brincar - e os pais - para que se convençam que elas ficam mesmo bem connosco.
No programa das actividades que planeam fazer há um pouco de tudo: desde as histórias com fantoches, à construção de instrumentos musicais, com um tempinho para fazerem biscoitos ou simplesmente pinturas.
Eu já estou convencida. E só espero continuar tão convecida como estou agora, durante os próximos anos... era muito bom sinal!
Sempre...
que sou eu que a vou levar à ama, é um pequeno filme. Não quer, nunca quer. Quer sempre ficar em casa comigo. Eu bem lhe digo que vou trabalhar e tal e coiso, mas só depois de muita argumentação e de conseguir encontrar uma maneira de lhe dar a volta é que ela vai.
Hoje repetiu-se a cena... mas foi ela quem fez chantagem comigo!
OK, eu vou, mas dás-me um gelado!!! tábeeeemmmmm mãaeee?!
E tábem, lá foi ela para a ama com dois gelados num saco, um para cada um deles (miúdos).
Está-me cá a parecer que tenho de mudar de tácticas de persuasão!
Ó pa mim a correi Mãaaaaeeeee...

Chama-lhes...

quinta-feira, junho 29, 2006
Quando...
me sinto em baixo não há nada que me arrebite tanto, como uma investida às lojas. Posso até não comprar nada, mas o andar ali, sozinha, sem destino descontrai-me sobremaneira.
Em geral, é nestas alturas que compro algo que não compraria normalmente, por ser muito caro ou por ser até supérfulo.
Hoje, com a desculpa certa, saí para uma maratona de compras com o meu redondinho. Ele como verdadeiro macho não gosta destas andanças e boicota-me todas as minhas tentativas de saídas destas sem precalços.
Com a Joana, dáva-lhe a mama e sabia que podia contar com três ou quatro horas com ela a dormir. Ela adorava dormir no carrinho. Com o Miguel, sei que ele vai dormitar dez minutos de cada vez e vou ter de lhe dar mama algumas vezes para o acalmar, porque às tantas já nem a chucha o cala.
Mesmo assim, fui e regressei revigorada e com muitas comprinhas de saldos (e não só) para os meus pequenos. Agora que está em casa, o meu puto dorme tranquilamente na espreguiçadeira e eu vou aproveitar para descansar um pouco, antes de ir buscar a pequena.
Ginásios?!
Para quê?!
Haverá maneira mais divertida de fazer uns abdominais, do que esta?!
Ainda por cima o meu puto adora estas brincadeiras!

quarta-feira, junho 28, 2006
Num segundo...

estamos bem, no outro...
A irresponsabilidade de uns, pode ser devastadora para outros. Mais uma vez o meu pai correu para o hospital sem saber o que esperar. Eram cinco os ocupantes do carro da minha irmã. Eram cinco famílias em sufoco.
Tudo se passou ontem à noite quando um carro, cujo condutor não respeitou um sinal vermelho, embateu de frente no carro da minha irmã (ela não se lembra de nada, apenas de ter arrancado quando o sinal abriu).
O resultado está à vista. O carro vai para a sucata mas o que importa mesmo é que a minha irmã e os amigos, escaparam apenas com traumatismos, pernas e cabeças partidas, e pouco mais. A minha irmã ficou sob vigilância no SO das urgências até ao final do dia de hoje, mas felizmente já está em casa. Agora é esperar que o tempo sare as feridas e apague as memórias que avivou.
A todos os que me mostraram que estavam aí, o meu muito obrigada.
Acidentes de viação
Levaram-me um irmão e iam-me levando uma irmã hoje. Merda.
Adenda: ela está hospitalizada mas fora de perigo. Eu ainda não sei quase nada de como é que se passou e estou aqui à espera que o meu pai me diga alguma coisa... obrigada pelas vossas palavras.
Adenda: ela está hospitalizada mas fora de perigo. Eu ainda não sei quase nada de como é que se passou e estou aqui à espera que o meu pai me diga alguma coisa... obrigada pelas vossas palavras.
terça-feira, junho 27, 2006
Palavras (só) dela...
tugulento - turbulento
raçafa - garrafa
tonel - túnel
(tinha-me esquecido de escrever estas aqui)
Desapontada...
é como eu me sinto.
Mesmo antes de engravidar da Joana tinha uma ideia muito concreta daquilo que pretendia fazer no que diz respeito onde deixar os meus filhos quando regressasse ao trabalho.
Durante o primeiro ano, ficariam em (nossa) casa com alguém de confiança. Do primeiro ano aos três, ficariam numa ama. A partir dos três anos entrariam para o Jardim-de-Infância (JI).
As minhas convicções são fáceis de explicar, pelo que vou fazer de uma forma muito sucinta: durante o primeiro ano, a criança não consegue estabelecer laços afectivos com muitas pessoas e está mais susceptível de adoecer. Assim ficar em casa, proporciona-lhe a protecção e a atenção exclusiva que acho que merecem. Nos dois anos seguintes, considero mais importante a manutenção de um elo afectivo forte. Por isso, a ama é para mim o ideal, pois sempre tem menos crianças e dedica-se de forma diferente que uma educadora (entrega-se mais emocionalmente, estabelece mais facilmente laços afectivos). A partir dos três anos, acho crucial a entrada num JI por todos os motivos e mais alguns.
É claro que, quer a pessoa que fica com eles no primeiro ano, quer a ama têm de ser pessoas em quem confie plenamente. Caso contrário, preferia deixá-los logo numa creche sem a menor dúvida. O meu ideal seria mesmo, ficar eu com eles o primeiro ano. Isso era ouro sobre azul.
Da Joana saiu-me a sorte grande. A minha irmã estava mais ou menos disponível. Tinha um trabalho, mas deixou-o para ser a primeira ama da Joana. Recebia o seu ordenado e eu fiquei mais do que tranquila dos quatro aos onze meses da minha filha. A minha irmã foi fantástica com ela.
Depois a ama da Joana é alguém que embora seja apenas vizinha nos adoptou como filhos emprestados, e de reboque já leva mais dois netos! Estou tão descansada com ela lá como se estivesse comigo própria.
Daqui a duas semanas a Joana começa já a sua preparação para o JI. É política deles, eles irem durante uns dias no mês de Julho para se adaptarem ao espaço. Em Setembro começa a sua escolinha. E o melhor é que encontrei o JI que sempre idealizei para os meus filhos.
Para o Miguel cheguei a pensar que me tinha voltado a sair a sorte grande. A minha irmã, desta vez não podia mesmo, mas havia uma menina em quem confiava plenamente. No entanto, e felizmente para ela, encontrou um trabalho há já uns meses.
O problema está mesmo aí. Não conheço mais ninguém a quem possa confiar a casa e um filho. Mesmo as pessoas amigas que moram aqui perto não conhecem ninguém. Isso deixa-me sem grandes alternativas. À partida o Miguel vai para a ama seis meses mais cedo do que planeava.
O que me incomoda mais nisto, é que a ama já tem alguma idade, e vai ter a partir de Setembro três bebés com diferença de três semanas do mais velho para o mais novo (o Miguel é o mais velho) e um bebé com um ano e meio.
É muito para ela, embora ela diga que não. E já sei que nenhum deles vai ter a atenção que EU acho que merecem nesta idade.
Ainda pusemos a hipótese de ele entrar directo para a creche do JI da irmã, mas era duro a nível monetário suportar as duas mensalidades, por isso, a hipótese da ama continua a ganhar terreno.
Neste momento, desejo mais arranjar alguém para ficar com ele aqui em casa, do que desejo que me saia o primeiro prémio do euromilhões... ou então talvez não! Que assim sempre podia ficar eu com ele! Mas é preciso jogar para sair, não é?!
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