quinta-feira, novembro 15, 2007

Notinha que virou post...

Quando digo que me falta o espírito natalício, não me refiro à noite em si... Nem sequer à ansiedade dos últimos dias. Do montar a árvore com os miúdos. Do abrir as prendas e comer os pratos típicos rodeada da nossa família mais directa. Da mesa posta até aos Reis. Falta-me o espírito natalício para a parte consumista da coisa. Para a organização de listas. Para escolher o que se pode dar com aquele orçamento cada vez mais reduzido. Para me adaptar a este início da época cada vez mais cedo, que de ano para ano se parece mais com a Primavera do que com antecipação do Inverno. Falta-me essa vontade de me ir enfiar nas lojas a fazer sondagens para ver qual é que tem o brinquedo X com o melhor preço (ou para ver qual foi a loja que inflacionou menos o preço do tal brinquedo só por ser Natal). Custa-me procurar a roupa que até dá jeito, porque afinal os saldos as promoções até começam cada vez mais cedo e com reduções cada vez maiores logo de início. Custa-me o empurra empurra nos centros comerciais para satisfazer este Natal consumista a que estamos "condenados". Gosto de dar, não pelo que se dá, mas pelo carinho que se tem a quem recebe. Gosto de comprar a pensar na felicidade de quem vai abrir aquele embrulho (mesmo que seja naquele limite baixinho a que estamos cada vez mais habituados). Gosto de dar, mas detesto sentir-me obrigada a isso. Gosto da noite, gosto dos sorrisos dos grandes e dos pequenos a desembrulhar, gosto das conversas aquecidas pelas brasas ali ao lado. Gosto do amor que se sente. Que se respira. Anseio isto tudo. A parte das compras é que dispensava.

18 comentários:

Sílvia disse...

Como te compreendo!

Licas disse...

Pois... já somos 2! ;-)

Filipa disse...

É isso mesmo!

Sofia disse...

identifico-me completamente com o que dizes. tenho horror a confusao nas lojas antes do natal, e tento(tentava!) fugir a isso tudo comprando aos poucos quando vejo alguma coisa de que gosto- mesmo em junho... mas de facto, desde que a alice nasceu isso e cada vez mais raro, e vejo-me a entrar em parafuso no dia 23, nas tais lojas cheias de bicharada... prometo a mim mesma que 'para o ano vai ser diferente'...

graças disse...

Porque é que dantes a sensação de encontrar exactamente aquilo que se quer dar, que temos a certeza que é o que o outro quer receber era mais maravilhosa que agora? Por que há mais consumismo? Porque o natal passou a ser "comercial"?

De facto não sei, mas acho que nos cabe a nós tentar lutar contra a corrente. Embora não tenha a certeza que tal seja possível!

Bala disse...

Não podia concordar mais contigo. Tanto, que poderia copiar este post e colá-lo no meu blog.

Mas ADORO o Natal!!!!

Bjinhos

mamã disse...

Como te compreendo... mas eu este ano não estou mesmo com espírito natalício! Em todos os aspectos... A única coisa que me alegra é a certeza do sorriso e da alegria da J.

Bjs grandes

Oumun disse...

Bem...eu adoro as compras de Natal , adoro dar presentes e não me sinto de todo obrigada, nem mesmo aqueles que damos porque nos dão e temos de retribuir faço-o com prazer gosto de perder horas a escolhe-los a pensar no A ou B gostaria de receber...então para crianças adoro, independemente do orçamento, se fosse rica daria presentes a conhecidos e desconhecidos, o meu problema é que muitas vezes compro e depois vejo outra coisa que gostaria mais de dar. Pode parecer absolutamente idiota o que vou dizer mas para mim que não sou assim um católica muito convicta o Natal são os presentes , é a arvore e as decorações e essas parolices todas porque o espirito de familia , de amor, amizade e solidariedade são o ano todo :)
Uma beijoca

Eva Lima disse...

Estou contigo. O corre-corre consumista cada vez me incomoda mais.

Sandra B. N. disse...

se eu pudesse fazer compras num dia da semana às 10h da manhã, acho que não me sentiria minimamente stressada .
conclusão: o Natal só é bom para as dondocas. :-P

Miúda disse...

E eu que sempre me identifiquei como altamente consumista este ano tb ando com um nó na barriga de pensar nessa parte! :S e não percebo (ou n me percebo a mim q sou tão doida por estas coisas.

Miragem disse...

Este ano despachei as prendas todas em Agosto!!!

Beijos

Unknown disse...

É verdade, o Natal começa a ter um significado diferente, pois cada vez mais, as pessoas estão mais preocupadas com o lado consumista do Natal, as prendas. Este ano, em casa vai ser diferente. Vou montar a árvore, comprar presentes para as crianças e nada mais. Acho que os adultos já tem coisas que chegue. Ás vezes é mais uma treta qualquer para guardar num canto. Chega.... este ano também não quero receber nada, e também não vou dar nada.... o mais importante é estarmos todos juntos.
Para quê gastarmos um monte de dinheiro em prendas para crianças, se depois não lhes ligam nenhuma (aos brinquedos).

Viva o Natal menos consumista!!!

Ana

familiateixeira.blogs.sapo.pt

As Minhas Pinxesas disse...

Concordo com tudo. Nem uma virgula tirava.
Jinhos
Xana e pinxesas

Verusca disse...

Concordo... cada vez mais o Natal comercial começa mais cedo... e isso faz perder o espirito do Natal...

Para mim... q não sou católica... o Natal é a troca das prendas e o estar junto da familia... e eu adoro!!

Tb gosto de comprar prendas p oferecer... mas a contençao faz-me ficar triste pq não posso comprar tudo o q gostaria!! :(

Beijocas

Margarida disse...

Se é isso, junta-me à lista!!

Bjs e bom fim de semana

Dalila disse...

E o que dizer da eterna familia que diz sempre "sim, este ano vai ser só uma prenda para cada um, uma coisinha pequenina"e depois passa os ultimos dias a tentar descobrir mais umas coisinhas pequeninas porque x e y têm poucas prendas (sempre cheios de stress-sim, porque não fora esse stress e não haveria problema nenhum com a montanha de presentes, cada um sabe de si, o que a mim me incomada são as queixas), e que compra mais umas meias só para ser mais uma coisinha, mais uma caixa de bonbons só para encher o monte, depois mais isto para este porque o outro tem poucas coisas e depois se chega à noite de Natal com um imenso monte de presentes, na sua esmagadora maioria tralhas inúteis?
Já para não falar na rapidez com que depois nos incitam a abrir as prendas, porque é muita gente, há muita prenda para abrir e o almoço está à espera na mesa...
Eu adoro o Natal, e sim, gosto da azáfama das compras, mas preferiria que realmente se cumprisse a meta de um presente por pessoa, e principalmente que estes não fossem abertos apressadamente. No ano passado cheguei a ter que me zangar a sério com uma das minhas tias porque estava sempre a apressar a Camila, que mal abria uma prenda quase não tinha tempo de a ver, quanto mais de a explorar! Ouvia logo um "despacha-te, ainda tens muitas prendas para ver, e queremos ir almoçar!" A certa altura tive que dar dois berros e dizer que a miúda tinha o direito de abrir os presentes com calma! Dão, dão, dão, e depois na hora não os deixam usufruir das coisas... para mim, isto sim, é que é consumismo, o dar por ter que dar e não dar tempo à magia e à fruição...

Cabe-nos a nós, com a nossa nova família (porque agora o nosso papel principal já não é o de filhas, irmãs ou sobrinhas mas sim de mães, de fundadoras de uma nova família nuclear, de uma nova geração) tentar aos poucos instaurar uma nova tradição.
Onde as prendas sejam compradas não por obrigação mas com gosto e carinho. Onde realmente se dê um presente a cada pessoa, um presente que, pequenino ou grande, seja comprado com vontade e alegria, que não valha pelo tamanho, quantidade ou preço mas pelo que encontramos nele que achamos que possa agradar a quem o vá receber. Onde as coisas sejam feitas sem stress, sem pressas. Onde haja lugar para a magia e a fruição. Porque, afinal, deveria ser esse o objectivo principal do Natal...

CLS disse...

Eu também tudo isso!
:)