quinta-feira, novembro 27, 2008

Manhãs calmas II...

[Porque a de ontem também foi um mimo.] Pai de cama. Filhos muito ranhosos. Mãe em exames que implicavam ligeiros choques e agulhas espetadas nos músculos das pernas. Uma delícia, portanto. Pelo menos os avós fizeram sucesso com as suas histórias da aldeia na "manhã dos avós".

terça-feira, novembro 25, 2008

Todos gostamos de manhãs calmas...

mas às vezes sai-nos na rifa filhos que nos vomitam em cima quando estamos mesmo para sair de casa, e tias que nos pedem por socorro quando se vêem apanhadas de surpresa numa fila interminável e a ficar sem gasolina. O filho ficou de molho com o pai, a tia chegou sã e salva à bomba de gasolina mais próxima, a sobrinha lá entrou orgulhosa de mão dada com a tia na "manhã dos tios" e a mãe lá chegou novamente atrasada ao serviço. Uma manhã normal, portanto.

segunda-feira, novembro 24, 2008

30 meses de ti...

ou, a uma hora dos 31 meses... És um miúdo reguila e feliz e o que resta do meu bebé grande descobre-se apenas no momento do reencontro pós-escola. A voz abebezada, a falta de jeito, os miminhos toscos, surgem e desaparecem como que por artes mágicas, entre a porta da sala e a porta da rua. És um menino meigo, tranquilo, curioso mas muito dono do seu nariz. Tens repentes de mau-feitio e é difícil pará-los sem perder a paciência. Continuas a não gostar que te tentemos ensinar as coisas e preferes ser tu a ter a iniciativa de descobrir e perguntar. Andas na fase da descoberta do corpo e as respostas simples e evasivas não te satisfazem. Quando queres saber só desistes quando te dás como satisfeito. O mais comum é sermos nós a descobrir que já sabes alguma coisa nova. És autónomo para as refeições e para as idas à casa-de-banho, tens um discurso e vocabulário de menino crescido, entraste na idade dos porquês sem pedir licença e falas pelos cotovelos. Achas piadas às coisas de menina mas a tua loucura é pelas motas. O teu brinquedo favorito é o triciclo e enquanto o Pai Natal não te faz uma surpresa, vais dando aos pedais como um crescido na bicicleta cor-de-rosa da mana. Se tivesse que te adivinhar a profissão seria a de actor, pelo jeito que tens para o drama e pelas expressões fantásticas que nos dificultam a tarefa de permanecer indiferentes às tuas jogadas de escapar a um castigo. Jogador da bola é no entanto uma hipótese a não descurar, assim como todas as profissões que incluam ferramentas fixes. Adoras a escola e os amigos mas continuas a esforçar-te para não chorar no momento da separação. Fita é o que é, porque ainda mal virei as costas e já não é nada contigo. Teria tanto mais para dizer de ti, mas as palavras continuam a fugir-me. És o meu menino lindo. O amor grande e eterno defensor da tua irmã maior. És meu. E eu amo-te muito.

Planeamos...

grandes mudanças em casa num futuro próximo e um dos meus devaneios seria um piso de madeira na cozinha. Ou melhor, era um devaneio até ontem. Um entupimento no esgoto da cozinha fez-nos andar uns dias de toalhas turcas no chão enquanto tentávamos várias técnicas para desobstruir os canos. O esforço foi em vão e ontem lá chamámos uma empresa especializada. Algum tempo e muitos litros de água espalhados pela cozinha depois, o problema ficou resolvido. O chão de mosaicos lá está como se nada se tivesse passado, já o rodapé dos móveis... venham as obras.

Eu...

andava para mudar o cabeçalho, mas pensando bem, este não está assim tão desactualizado. Esperemos então pelo primeiro oito de Dezembro, dia de fazer a árvore de Natal, e, de mudar a estação do cabeçalho.

Ter irmãos mais novos...

- Paaaiii, anda ver a minha construção! - Já vou... - Não! Anda rápido! Antes que o mano venha e destrua!

domingo, novembro 23, 2008

Novembro...

e que bem que se está na praia. [Já fomos mais vezes à praia nestas últimas semanas que no Verão todo! Gosto tanto da praia assim...]

sexta-feira, novembro 21, 2008

Coração cheio...

chegar à escola deles e ter uma surpresa para mim. Não para a mãe Sandra, mas para a Sandra. Mesmo quando fazemos tudo de coração, é bom sentirmo-nos apreciadas. Obrigada T. e S.

quarta-feira, novembro 19, 2008

Um escorrega serve para...

trepar, descansar, fazer cambalhotas. Ah!, e pode ser usado para escorregar também.

Aviso...

Agradece-se a quem levou a criança de acordares bem-dispostos e cooperante, e que deixou no seu lugar a criança pica-miolos, o favor de proceder à sua devolução o mais depressa possível. Agradece-se também, por muito parecida fisicamente que seja a criança que deixaram com a original e mesmo já tendo assumido que gostava de ter gémeos, que a levem no momento da devolução. Caso não o façam, afigura-se como solução a criação de um livrinho de rifas, a sair na comemoração dos 225 anos de Lotaria Nacional, e cujo prémio será esta criancinha amorosa. As rifas serão grátis. Agradece-se a máxima urgência. Obrigada. A mãe.

domingo, novembro 16, 2008

A voltar de casa de família...

vamos no carro a jogar o jogo do som dos animais. Quando pedem para imitarmos o orangotango, o pai diz-lhes: - Olhem ali o Jardim Zoológico. Ali há muitos animais. - E até há um orangotango! - Acrescento. - Coitado... - Suspira ela. - Ali preso sem poder sair.

Natal...

rima com areal. Que delícia de tarde, lá, onde o mar é mais azul...

sábado, novembro 15, 2008

Enquanto dormem...

eu estou aqui a despachar trabalho.
Estufa Fria, Oeiras
Quero voltar a passear amanhã.

Rita Redshoes

aos olhos dela. - mãe... quero escrever uma carta. - está bem - imaginando que o senhor das barbas já vai entrar em cena - a quem queres tu escrever a carta? - à Rita! Seja.

sexta-feira, novembro 14, 2008

Flor Bela de Alma

Espectáculo "Flor Bela de Alma" - 4º Colectivo
O mês passado fui fotografar um espectáculo de dança. Foi o primeiro trabalho a ser atribuído no curso, logo ali na primeira ou segunda aula do dito. Com a responsabilidade de contactar a organização e de conseguir a desejada autorização sem nunca ter tentado algo semelhante antes, o nervoso miudinho estava ao rubro no primeiro contacto telefónico. Começou logo bem. Primeiro porque assim que me atenderam do auditório expliquei muito bem explicadinho o que pretendia, e quando pensei "bom agora é impossível negarem-me a reportagem", ouço: ah... só um bocadinho que vou passar a chamada. Boing! Era a telefonista... Pois. A seguir, já com o treino da explicação anterior, engasgo-me mais umas quantas vezes para ouvir no fim: - teatro? - sim... - mas o espectáculo de que fala é dança! - ah... Duplo boing! Pronto, o professor tinha-me enganado e eu tinha confiado mais nas palavras dele do que nas várias referências que tinha encontrado online... burra. Engano perdoado e avançamos na formalização da coisa. Dão-me acesso ao dia do ensaio geral e ao da estreia. Excelente. Dia da ante-estreia. Alguns nervos, muitos pezinhos de lã, mas assim que começou fui inundada pela felicidade que se sentia em palco. É tão bom, quando vemos paixão nos trabalhos de outros. Passado meia-hora já me sentia parte daquela dança. Já eu dançava do lado de fora. Naquele auditório vazio e escuro senti-me privilegiada. E no fim, só esperava que fosse amanhã. No dia seguinte, dia da estreia, tinha um novo desafio em mãos, uma vez que já não podia andar por ali à vontade e tinha de incomodar o menos possível o público. O facto de já conhecer a interpretação permitiu-me esperar tranquilamente pelos momentos chave, e aquela hora e meia (mais coisa menos coisa) passou ainda mais depressa que no dia anterior. No final, juntaram-se todas à beira do palco e deixaram-se estar à conversa com o auditório. Tão bom. Gostei. Gostei da experiência e gostei muito do espectáculo, mas principalmente gostei da paixão e da cumplicidade que emanava daquelas mulheres em palco. A elas e à organização o meu obrigada. Espero poder voltar a ter o privilégio de vos fotografar numa próxima estreia em breve! Outras opiniões:
"Flor Bela de Alma Florbela de Alma é parte do nome de baptismo da conhecida poetisa Florbela Espanca. A beleza da sua alma espelha-se na obra que nos deixou e que tantas gerações de mulheres tem influenciado. Este projecto é uma homenagem, uma respiração e um abraço dado por cinco mulheres em diferentes fases da vida e que, a partir da dança, decidiram comunicar as suas vivências quando os olhos tocaram nos papeis em que estavam escritos os poemas de Florbela. Um trabalho que se refere à criação e produção de um espectáculo inclusivo, contemporâneo, intimista e com uma energia própria à qual dificilmente se ficará indiferente!..." in Escape by Expresso

Diabrete disfarçado de anjo...

Ontem, em conversa com a M. perguntava-lhe meio por palavras, meio por mímica se ele não costumava bater ou morder os outros. A resposta foi inequívoca: - ele?! nãaaooo! e é o único! Ora pois bem, se na escola é o único de onze (9 rapazes e 2 raparigas) que não bate a ninguém, já em casa é o único de dois (um rapaz e uma rapariga) que morde, puxa cabelos e bate quando as coisas não lhe correm de feição.

quinta-feira, novembro 13, 2008

Oito da manhã...

O rapaz já despachou a pratada de Cérelac da praxe e a miúda mói as torradas ao ritmo do devagar-quase-parada do costume. - mãe, quero pão! - mas tu tens fome? queres mesmo pão? - sim! - então toma lá. Saio da cozinha e deixo-o feliz na sua dança comemorativa, que o meu filho dança até por receber uma simples carcaça seca. De repente, ouço a porta do frigorífico a abrir e penso com os meus botões: Já está a atirar-se à manteiga. É melhor ir lá antes que esteja a comer manteiga com pão. Largo o que tenho na mão, sigo em direcção à cozinha e chego mesmo a tempo do apanhar em flagrante. Tinha aberto o pão e estava a espremer a embalagem de ketchup lá para dentro. Desisto de nos achar normais. [lol]

segunda-feira, novembro 10, 2008

Ontem...

enchi a barriga de fotos deles. Gosto de fotografar assim, sem poses forçadas e a viver o momento. Se com os adultos as poses resultam, com os miúdos acho que o que funciona mesmo é deixá-los andar, observar e registar. Perde-se a rigidez de faz-assim e ganham-se imagens cheias de vida. Além disso, e visto não conseguir ter o meu estúdio pronto atempadamente, acho que arranjei umas quantas ideias alternativas para uma sessão de fotos para o Natal... Até pode ser que me entusiasme com esta época Natalícia, quem sabe... tudo é possível!

De saída...

da casa de amigos, com a noite bem avançada, peço-lhe silêncio na escada e que chame o elevador enquanto me viro para trás para pegar nos sacos, resultado: - IIIILLVADÔOOOOOOOOOOORIIIIIIIIIIII! É que até saltei! [e o que me lembrei do teu G. Ana :)]

Conversas com ele...

Hoje tinha de levar o seu brinquedo favorito. Como o triciclo é a modos que assim para o grande tentámos que ele escolhesse outro: - oh Miguel, diz lá à mãe qual é o teu brinquedo favorito para levares na segunda-feira para a escola. - pós meninos? * - não! para mostrares aos amigos! qual é o teu brinquedo favorito, diz lá! - o tixiclo! - pois... - ok o triciclo, mas diz lá outro que esse é muito grande. - huuummm... o Lucky! - mas ó filho, não podemos levar o Lucky! - retorqui enquanto imaginava a reacção do pessoal ao ver-nos entrar com um cão de mais de sessenta quilos escola adentro - diz outra coisa que gostes! - os amigos! - mas "os amigos" não pode ser! diz lá outra coisa com que tu gostes de brincar. - a mana! pronto... desisto. [e acabou por levar um dinossauro que recebeu ontem...] * na sexta tinham levado uma caixa de sapatos com brinquedos para dar aos meninos.

O amor é lindo...

e o destes dois acho que nunca vai acabar.

sábado, novembro 08, 2008

Hoje, na minha caixa do correio...

de: FutureMe.org responder a: pastme@futureme.org para: costinhas@gmail.com data: 8 de novembro de 2008 15:01 assunto: E agora... The following is an e-mail from the past, composed on Thursday, November 8, 2007, and sent via FutureMe.org - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - sentes-te realizada profissionalmente? E essa exposição de fotografia?! Sempre avançou?! E o curso avançado? começaste? mas mais importante que isso... estás feliz? - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
SIM! [nunca mais me tinha lembrado disto...]

sexta-feira, novembro 07, 2008

Coisas de que tenho pena...

Não ter a mesma disponibilidade para registar aqui as conversas dele como tinha na altura da irmã. É que são tão giras. E o bem que ele conversa.

Por acaso...

só assim por acaso, não querem adiar o Natal aí uns dois meses, não?! huuummm? é que me dava tanto jeito...

quarta-feira, novembro 05, 2008

Manhãs...

É de manhã. Há pais e filhos de pijama e bonecos na TV. Os pais ainda não estão suficiente acordados para reagir com sapiência às exigências matinais dos habitantes mais novos daquela casa mas, em compensação, os filhos estão suficientemente despertos para se revoltarem contra as sugestões da gerência do recinto e lembrarem-se de outras muito mais convenientes. Exemplifiquemos: - anda Miguel, vamos vestir as calças. - NÃO QUERO! - anda! vamos fazer uma corrida com a mana! - NÃO! - nãoooo quero fazer cooorridaaaasss! aaaeeeehhh - diz a voz a fugir para o choro forçado por debaixo das mantas. - anda para ires lá baixo com o pai! - NÃO! - anda lá. - NÃO QUERO ESSAS CALÇAS! - então a mãe vai buscar outras - sai de cena a mãe em busca de umas calças que agradem ao menino - olha estas. estas são mesmo muito mais giras! - NÃO QUERO ESSAS CALÇAS! (pausa necessária para que a mãe não deite dois berros à criancinha - que às vezes acontece - e puxar-lhe as calças à força pernas acima - experiência várias vezes tentada sem sucesso - e, quiçá, aproveitar para despachar logo os sapatos) - vá Miguel, agora temos mesmo de nos despachar. quais são as calças que queres? - NÃO! - tens de vestir umas calças! - NÃO QUERO! - vai lá escolher as calças que queres, anda. - NÃO QUERO CALÇAS!... QUERO UMA SAIA! É que larguei-me no chão a rir à gargalhada... [e ele parado, atónito, a ver-me a rir que nem uma perdida e a pensar: pronto... agora é que ela pirou de vez. E vestiu as calças, claro.]

segunda-feira, novembro 03, 2008

Perguntaram-me ali em baixo...

como é que conseguia conciliar as duas coisas. Bom, para começar não são duas coisas. É o trabalho com a responsabilidade inerente, é o curso que exige dedicação e trabalho extra, são os filhos que não podem ser prejudicados em atenção, é a casa que não perdoa, é o marido que acaba por ficar quase sempre para o fim, são os momentos com amigos que se tornam mais raros. Dá para conciliar porque é feito com gosto. Sou movida por paixão e quando é assim cansa, mas não verga. São horas de sono roubadas - sorte que levo a prática de duas crianças que davam más noites anos a fio. São os momentos com eles que se perdem, mas que são compensados de outras formas. São as saudades dele, das nossas longas conversas e dos beijos que não eram de raspão. São as saudades de saber dos amigos. Vale-me que ele percebe e apoia - e chamou a si algumas das minhas responsabilidades. Vale-me a sogra que agora leva a roupa para passar todas as semanas. Valem-me uns filhos lindos que me perguntam onde foste? foste ao cuxo? e me dão um beijo extra sem cobranças. Vale-me o prazer que me dá aprender. É óbvio que esta paixão só pode ser exercida fora de horas de expediente - e hoje ainda aqui ando, por exemplo. É óbvio que por isso, não posso evoluir à velocidade que gostaria. No entanto, no estado em que as coisas andam não posso fazer de outra forma. E enquanto for podendo fazer assim, dou-me por feliz. E estando feliz tudo se simplifica.

Se calhar, devíamos começar a fazer isto todos os dias...

O cabelo da Joana está comprido como nunca esteve e ela anda que nem pode, com o seu cabelo de princesa. Já nós vemo-nos gregos para lhe desembaraçar o dito diariamente e acabamos por deixá-la em paz passados uns quantos ai's e ui's. À primeira vista um cabelo liso é facílimo de manter, mas se além de liso, for fininho e comprido, então a facilidade desaparece. Se lhe juntarmos as mãos sempre limpinhas dos miúdos, bom... imaginem. Isto tudo para dizer que hoje o pai armou-se de uma escova e spray desembaraçante, e não descansou enquanto não lhe desfez todos os nós ao cabelo, indiferente aos aiii!, pára! e estás me aleijar! Quando chegámos à escola a sua grande amiga C. estava também a chegar com a mãe. Enquanto elas vão as duas felizes e contentes de mão dada aos saltinhos à nossa frente, a mãe comenta: - a Joana está mesmo com um cabelo comprido. - pois está. está que nem pode de contente. - está bonito, especialmente hoje que está todo penteadinho e sedoso. Miúda, acho que vais passar a gritar todas as manhãs...

sábado, novembro 01, 2008

Começou...

- mana, tu estás a fazer cocó puquê?

São três e meia...

e acabo de chegar do meu primeiro casamento. Curiosamente, não estava nervosa. Tinha tudo para o estar. O peso da responsabilidade, o da estreia, o de ser à noite e à média luz, o da informalidade desejada. Mas curiosamente, senti-me bem, sem pressões. No final, acho honestamente que fiz um bom trabalho, e quem me conhece bem, sabe o quão crítica sou em relação ao que faço. Obrigada F. e R. pela confiança, e, obrigada R. pela lembrança. Só espero que gostem.