quarta-feira, dezembro 31, 2008
Contra-senso...
A minha filha, eu repito: a minha filha, nos pedidos habituais para esta quadra lá na escola formulou o seguinte desejo:
"Eu quero que haja silêncio na minha casa"
Só isto. Ela.
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAH
[E o problema é que o irmão vai pelo mesmo caminho. Raio de gene mais forte...]
Então bom ano...
para vocês todos.
Para nós só peço que acabemos o próximo como vamos acabar este: juntos, saudáveis e felizes.
Divirtam-se, que a vida é curta e a crise já dura há mais tempo que o Carnaval!
Pela primeira vez...
vou passar a passagem de ano fora de minha casa.
Pela primeira vez mesmo. Em 33 anos.
Só uma barriga enorme e linda me podia convencer a não passar em casa desta vez.
segunda-feira, dezembro 29, 2008
Este ano...
o habitual pratinho para Pai Natal estava especialmente natalício (ai como é fixe ter amigas com imaginação e tempo para estas brincadeiras :p)
Ao que parece, o Pai Natal aprovou a receita pois só deixou ficar duas bolachinhas e umas quantas migalhas, para espanto da filha maior na manhã seguinte.
Agradecido por tal manjar, deixou junto das meias de cada um, umas lembranças e a filha maior voltou-se a espantar, desta vez por descobrir que ele conhece os gostos deles tão bem.
O filho menor é que só se espanta quando lhe digo que o Pai Natal já só volta para o ano. Que chatice ter de esperar tanto tempo.
Pois...
Cinco dias de dolce fare niente, e acabei por não largar o sofá praticamente o tempo todo. Pelo menos não fomos engrossar as filas nas urgências.
O único que acabou por escapar ileso foi o pai, pelo que passou os dias a chegar-nos água, termómetros, rolos de papel higiénico (que os pacotes de lenços de papel não venciam) e remédios para isto e para aquilo.
Pelos menos enchemos a barriga uns dos outros. E foi da maneira que em vez de engordar, emagreci :p
Hoje que foi dia de regresso ao trabalho e à escola, é que já estamos melhores. bah.
sexta-feira, dezembro 26, 2008
As viroses entraram pela porta da frente...
e já fizeram mossa no pequenote também, por isso o melhor é manter-me ausente daqui para não pegar a ninguém.
[de resto tudo maravilha: uma véspera de Natal passada entre a cama e a família, um dia de natal passado entre a família alargada e o sofá, e um dia pós-Natal passado entre sofá e amigos. Viva os anti-gripais que dão uma moca do caraças! Viva!]
quarta-feira, dezembro 24, 2008
É véspera de Natal...
e os chocolates pendurados na árvore de Natal resistiram até agora sem um único ataque.
[Pena é que a filha tenha recebido uma gastroenterite e a mãe uma valente constipação como prenda antecipada.]
terça-feira, dezembro 23, 2008
Acreditar no Pai Natal...
Enquanto ela já é confrontada com a explicação de que o Pai Natal é simplesmente uma pessoa como nós por parte das amigas mais velhas (nem que seja apenas uma questão de meses) ele mergulhou a pique no mundo mágico do Natal.
Assim, enquanto lhe vou prolongando a inocência a ela, por mais um tempo, com cartas ao Pai Natal que desaparecem da lareira da noite para o dia, assisto às correrias dele para a janela sempre que ouve algum som que ele identifica como sendo das renas do Pai Natal.
- O Pai Natal está a chegar mãe! Trás prendas! Duas! Tantas! Com as renas! Eu fico aqui a ver mãe. O Miguel vai ver. - Miguel
- O Pai Natal só trás uma prenda pequenina, não é mãe? Porque ele têm muitos meninos para dar prendas. Ele dá prendas a todos os meninos, mãe? Ele sabe quem são todos os meninos? Ele também compra prendas porque há prendas que só há nas lojas, não é mãe? Os Pais natal das lojas ajudam-no? - Joana
Eu gosto...
de preparar sempre um miminho especial nesta altura, mas, a falta de tempo este ano limita-me por isso, e para ainda deixar os meus votos em tempo útil, aqui fica o meu post de boas festas.Desejo-vos nada mais, nada menos, que um Natal cheio de amor e muito mimo. Abusem dos beijos e das lamechices. Estiquem-se nos abraços e nos sorrisos. Não poupem nos afectos.
E se não for pedir muito, que a magia desta quadra nos aconchegue o coração até à próxima.
Bom Natal!
segunda-feira, dezembro 22, 2008
Já despachei as prendas...
Pai e putos na cama e embora para o centro comercial tratar do que falta.
Facto: Demorei tanto tempo a comprar o que queria, como a sair do parque de estacionamento.
Viva os compradores-de-prendas-à-última-da-hora-e-os-jogos-do-Benfica-em-casa!
Apercebo-me...
que ando um bocadinho alheada do mundo quando começo a receber votos de Boas Festas e o primeiro pensamento é "já?! mas ainda falta tanto!".
Sim. Estou viva.
[o susto maior foi perceber que estamos a 22 e ainda me falta comprar as prendas dos adultos que passam o Natal comigo... tudo tranquilo portanto.]
quarta-feira, dezembro 17, 2008
Ontem...
deitei-me por duas horas. Hoje, estou agarrada à secretária do serviço desde ontem de manhã.
Eu e o meu colega estamos neste momento a mostrar ao mundo o que resultou destes últimos meses de loucos. E eu não sei se quero ficar de olhos abertos...
É cruzar os dedos, senhores. É cruzar os dedos.
terça-feira, dezembro 16, 2008
Vim respirar à superfície...
e perguntar... mas ninguém reparou no colar que o miúdo tem ao pescoço na foto de baixo?! :p
Agora vou mergulhar novamente. Estes dias têm sido muito longos.
domingo, dezembro 14, 2008
Teria...
de fazer uma pesquisa pelo blog para saber se outra noite como esta já aconteceu, mas muito provavelmente descobriria que não.
Ontem o Miguel deitou-se às dez e acordou hoje depois das onze!
Eu agradeci que só me deitei pelas seis da matina, mas nem conseguia acreditar em tamanha raridade.
Saímos ao final da tarde, e ele só voltou a adormecer no regresso. Foi para a cama directo (aí pelas 19h). Há pouco acordou e despachou a pratada de jantar que lhe cabia. Desde aí que já adormeceu e acordou por várias vezes. Agora está sentado no sofá com o pai a ver um debate qualquer na televisão e com uma conversa que nunca mais acaba. São 23:56.
Este puto deve ter caído em algum caldeirão de energia sem eu ter dado conta. É que só pode.
[é reparar bem na fotografia... tenho mecânico estiloso :p]
Os filhos...
também existem para nos realizar desejos.
Desde que comecei a aperceber-me das várias realidades natalícias do mundo, que construí no meu íntimo aquele protótipo de Natal perfeito. Para mim, tinha carradas de neve do lado de fora de casa, uma grande lareira acesa, a família toda unida, velas verdadeiras num frondoso pinheiro Nórdico excessivamente decorado com bolas e fitas de todas as cores e bengalas de rebuçado.
Este ano, e pela primeira vez, temos bengalas de rebuçado e eu delirei tanto como eles. Acredito que a rua entupida de neve seja mais complicado e que é melhor guardar as velas para a mesa e prateleiras altas, mas quando houverem condições havemos de o passar na terra dos avós onde nesta altura há tanta que até corta estradas.
O Natal também pode ser magia e acreditar nos nossos sonhos.
Aprender a esperar...
Estamos a chegar a casa já de noite. Prestes a entrar na nossa rua, a criança de dois anos não se contém:
- Mãe, o Pai Natal já chegou? Já trouxe as prendas, mãe? Já? Já chegou?
[está a delirar com esta quadra e chama-lhe o "seu Natal"]
sábado, dezembro 13, 2008
quarta-feira, dezembro 10, 2008
Este blog volta a mudar...
segunda-feira, dezembro 08, 2008
Tradições...
Hoje montámos a nossa Árvore de Natal.
E finalmente, graças a eles, este dia volta a ter a graça de outrora.
Parece que eles já não têm saudades minhas...
Depois da festa, fomos pôr gasóleo. Quiseram sair do carro e ajudar-me e eu deixei. Saímos os três, ajudaram-me a pôr o gasóleo e fomos pagar. A senhora gabou-lhes o comportamento e eu, quase de certeza, perdi um neurónio com o elogio porque propus-lhes ir ainda fazer umas compras ao supermercado.
Dois putos entusiasmados, uma mãe ainda inebriada de saudades e um supermercado vazio tinha tudo para dar certo... ou não, ou não. Mal pusemos o pé lá dentro os disparates começaram. Ele sai disparado para dentro da loja e ela atraca-se ao carro do Noddy.
Se fosse inteligente, percebia que este era o sinal para fingir qualquer coisa e pôr-me a milhas, mas não. Mal habituada, segui com os dois pela mão disparando apenas uns avisos a cada um, convencida que seria o suficiente.
Primeira cena: bancada da fruta. Enquanto eu procuro clementinas ou tangerinas, ele sai disparado aos pacotes de amendoins e desata a correr com um pelo corredor enquanto ela cobiça o tabuleiro com formas de oferta das gelatinas de forma bem audível. Um já vou ver! para ela, um aviso para ele e pumba, pacote de amendoins atirado ao chão. Mais um ralhete para ele, um espera filha! para ela e pumba, puto esparramado no chão preso por um pulso a rir-se feito tolinho. Comecei então a ver a coisa mal parada, mas insisti e não desisti. Estava sem leite e não queria sair dali sem pelo menos um pacote.
Segunda cena: na direcção ao corredor dos frescos. Desaparece-me ele e ela pára em tudo o que é prateleira. Chamo-o a ele, apresso-a a ela e só ouço as correrias dele e os risos. O segurança mal-humorado (porque está sempre assim) começa a andar ao pé de nós com aquele ar de poucos amigos. Eu ainda tento o sorriso desculpe-mas-eles-não-sempre-assim-e-eu-sou-uma-mãe-responsável-e-também-não-estou-à-achar-piada, mas não tenho sorte nenhuma. Ele num braço, o litro de leite no outro e rápido em direcção à caixa. Ou pelo menos, o mais rápido que pude, já que ela parecia um caracol.
Terceira cena: à saída do supermercado. Enquanto pago o litro de leite e as gelatinas, eles vão para o carro do Noddy. Quer saco? Não obrigada, que o carro está mesmo ao pé da porta e não vale a pena gastar dois cêntimos. Chego ao pé deles, quando estão a começar a desentender-se. Quero moeda! Não dou, porque não se portaram bem. Mas eu quero! Mas eu não dou. E ali estava eu, com dois putos pouco cooperantes, um litro de leite, dois pacotes de gelatina, um tabuleiro de formas, uma carteira e um segurança que deitava fumo pelas orelhas.
Vamos meninos. Não quero ir para casa! Vamos... NÃO! Miúdo deitado no chão a espernear. Miúda ainda dentro do carro sem querer sair. Vamos que eu já estou a perder a paciência (e era mentira que já a tinha perdido há muito). Não! Vamos ou eu dou-vos uma palmada! Ui que medo, que nem se mexeram. E ameaço e eles ignoram. E ameaço e ele atira-se para o chão. E ameaço e há protestos. Equilibro as compras o melhor que posso num braço, pego nele ao colo, vou-a empurrando a ela para a porta e o espectáculo é de chorar. Eu só peço um buraco para me enfiar (e de preferência sem eles), o segurança só nos quer ver do lado de fora e eles estavam decididos em fazer com que todos olhassem para eles.
Finalmente, saímos da loja e atiro tudo para dentro do carro enquanto eles ficam estáticos à porta da loja a continuar o espectáculo. A vontade era de os atirar a eles também (vá... chamem a protecção de menores) mas, muito choro e uma palmada depois, tenho os dois sentados e devidamente acondicionados no banco de trás. Foram os dois de castigo para a cama sem direito a história nem miminhos, e eu vou dar uns dias até lá voltar às compras.
[e eu juro que só me apetecia atirar para o chão como aquela mãe do vídeo, mas confesso que tive medo do segurança. Muito medo mesmo.]
Dois putos entusiasmados, uma mãe ainda inebriada de saudades e um supermercado vazio tinha tudo para dar certo... ou não, ou não. Mal pusemos o pé lá dentro os disparates começaram. Ele sai disparado para dentro da loja e ela atraca-se ao carro do Noddy.
Se fosse inteligente, percebia que este era o sinal para fingir qualquer coisa e pôr-me a milhas, mas não. Mal habituada, segui com os dois pela mão disparando apenas uns avisos a cada um, convencida que seria o suficiente.
Primeira cena: bancada da fruta. Enquanto eu procuro clementinas ou tangerinas, ele sai disparado aos pacotes de amendoins e desata a correr com um pelo corredor enquanto ela cobiça o tabuleiro com formas de oferta das gelatinas de forma bem audível. Um já vou ver! para ela, um aviso para ele e pumba, pacote de amendoins atirado ao chão. Mais um ralhete para ele, um espera filha! para ela e pumba, puto esparramado no chão preso por um pulso a rir-se feito tolinho. Comecei então a ver a coisa mal parada, mas insisti e não desisti. Estava sem leite e não queria sair dali sem pelo menos um pacote.
Segunda cena: na direcção ao corredor dos frescos. Desaparece-me ele e ela pára em tudo o que é prateleira. Chamo-o a ele, apresso-a a ela e só ouço as correrias dele e os risos. O segurança mal-humorado (porque está sempre assim) começa a andar ao pé de nós com aquele ar de poucos amigos. Eu ainda tento o sorriso desculpe-mas-eles-não-sempre-assim-e-eu-sou-uma-mãe-responsável-e-também-não-estou-à-achar-piada, mas não tenho sorte nenhuma. Ele num braço, o litro de leite no outro e rápido em direcção à caixa. Ou pelo menos, o mais rápido que pude, já que ela parecia um caracol.
Terceira cena: à saída do supermercado. Enquanto pago o litro de leite e as gelatinas, eles vão para o carro do Noddy. Quer saco? Não obrigada, que o carro está mesmo ao pé da porta e não vale a pena gastar dois cêntimos. Chego ao pé deles, quando estão a começar a desentender-se. Quero moeda! Não dou, porque não se portaram bem. Mas eu quero! Mas eu não dou. E ali estava eu, com dois putos pouco cooperantes, um litro de leite, dois pacotes de gelatina, um tabuleiro de formas, uma carteira e um segurança que deitava fumo pelas orelhas.
Vamos meninos. Não quero ir para casa! Vamos... NÃO! Miúdo deitado no chão a espernear. Miúda ainda dentro do carro sem querer sair. Vamos que eu já estou a perder a paciência (e era mentira que já a tinha perdido há muito). Não! Vamos ou eu dou-vos uma palmada! Ui que medo, que nem se mexeram. E ameaço e eles ignoram. E ameaço e ele atira-se para o chão. E ameaço e há protestos. Equilibro as compras o melhor que posso num braço, pego nele ao colo, vou-a empurrando a ela para a porta e o espectáculo é de chorar. Eu só peço um buraco para me enfiar (e de preferência sem eles), o segurança só nos quer ver do lado de fora e eles estavam decididos em fazer com que todos olhassem para eles.
Finalmente, saímos da loja e atiro tudo para dentro do carro enquanto eles ficam estáticos à porta da loja a continuar o espectáculo. A vontade era de os atirar a eles também (vá... chamem a protecção de menores) mas, muito choro e uma palmada depois, tenho os dois sentados e devidamente acondicionados no banco de trás. Foram os dois de castigo para a cama sem direito a história nem miminhos, e eu vou dar uns dias até lá voltar às compras.
[e eu juro que só me apetecia atirar para o chão como aquela mãe do vídeo, mas confesso que tive medo do segurança. Muito medo mesmo.]
domingo, dezembro 07, 2008
Às vezes...
farto-me desta reviravolta boa que deu a minha vida. Farto-me de não ter um segundo livre no trabalho. Farto-me das horas que o curso me rouba e das noites que não os vejo. Farto-me dos trabalhos que me vão aparecendo sem procurar. Custam-me as saudades deles. Custam-me as minhas.
Mas, depois de não os ver dois dias seguidos, porque ou tive curso ou fiquei a trabalhar até tarde e saí cedo de manhã. Depois de ter estado agarrada ao trabalho num sábado. Depois. Surge um domingo perfeito a três. O pai foi passar o dia fora e sou só eu e eles.
A manhã divide-se entre banhos divertidos, jogos de sudoku com autocolantes e molho de bolonhesa. Eu tenho demasiadas saudades deles para perder a calma com os disparates e eles têm demasiadas saudades minhas para os fazerem. O almoço corre sem problemas e a recompensa são morangos à sobremesa. À tarde, durante a sesta dele, arrumo a cozinha embrulhada em conversas - autênticos monólogos - intermináveis com ela enquanto brinca com os carrinhos dele.
Agora ele acordou e vamos sair para uma festa de anos.
E finalmente recordo que adoro voltar a sentir-me assim no trabalho, que amo realizar os trabalhos que vão surgindo e que o curso me dá um prazer enorme.
Mas às vezes esqueço-me. E farto-me.
sábado, dezembro 06, 2008
quarta-feira, dezembro 03, 2008
segunda-feira, dezembro 01, 2008
Alinhamento (quase) perfeito...
(alinhamento da Terra com a Lua, Vénus e Júpiter)
de amigos, solidariedade e família, foi o que tivemos neste fim-de-semana prolongado.
[e agora nada melhor que ter os miúdos na cama e passar o serão a dois, com os pijamas a aquecer em frente da lareira e uma chávena de chá quentinha nas mãos]
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