Coisas boas de estar de férias...

ir para a praia às dez da noite.

Vou começar pelo mais fácil...

Depois de ter escrito o post do ar condicionado, achei melhor passar das palavras que não levam a lado nenhum às palavras que podem fazer a diferença e lá seguiu um email para o provedor do cliente da Carris. No dia seguinte a resposta, vinda da secretária do provedor, agradecendo-me a "comunicação" e que me informava que me voltariam a contactar depois de, e cito, "uma análise rigorosa e cuidada da questão colocada". Muito bem pensei eu, mas só pensei isso durante duas horas. E porquê? Porque foi precisamente duas horas depois que recebo novo email - desta vez do próprio provedor - com o pedido no mínimo insólito, que passo a citar: "Solicita-se indicação da data, hora, local e sentido de marcha de cada uma das situações referidas, a fim de se efectuar a averiguação." É a isto que se chama "análise rigorosa e cuidada da questão colocada"? Depois de uma resposta à altura do pedido, estou para ver no que é que isto vai dar.

Hoje depois de duas noites a dormir três horas...

até tenho tempo para vir aqui, mas faltam-me as palavras. Quando estou assim, de coração cheio, perco o pio.

Para os senhores da Carris...

duas palavrinhas apenas: AR CONDICIONADO. Todos os finais de dia é a mesma brincadeira: autocarros cheios, de janelas abertas e um calor que não se aguenta. Há já uns tempos perdi a vergonha e passei ir ter com o motorista para pedir que ligasse o ar condicionado. A resposta também vem sempre pronta: está avariado. Tenho mais umas palavrinhas que lhes gostava de dizer, mas estas vou guardá-las para mim.

E é assim a vida...

A minha primeira viagem de finalistas foi no final do 12º ano (na verdade até foi a única já que na faculdade não fiz nenhuma). Foi também nessa altura que fui pela primeira vez a uma viagem com os colegas da escola que durasse mais de um dia. Durou uma semana, na primeira noite apanhei a minha primeira e única bebedeira e convenci os meus colegas todos (que não estavam melhores do que eu) a ir dormir para a praia, e foi assim, que numa Páscoa fria já bastante distante, trinta e tal putos de dezassete e dezoito anos acordaram enregelados numa praia de Lagos. A mais velha ainda não tem idade para isso, mas lá foi hoje com os seus colegas e educadoras para a sua primeira viagem de finalistas. Foram sem saber para o que iam, e eu só gostava de ser mosca para ver a cara deles quando perceberam que iam andar de comboio. Vou passar o dia todo morta de curiosidade.

Monday blues...

[M. e o sr. ursinho]

O calor, como o que esteve ontem, deixa-me doente. Eu sou mulher da Primavera, e é dela que sinto falta quando durante o ano alternamos entre o muito frio e o muito quente. Mas ontem, a frescura matinal de um jardim cheio de sombras e quase ao pé da praia permitiu-me passar uns bons momentos com uma família cheia de energia. Enquanto isso, a minha própria família treinava a técnica de mergulho com obstáculos numa praia onde não havia um bocadinho de chão visível e que para chegar ao mar, era necessário fazer um slalom entre biquinis subdimensionados, vendedores ambulantes e geleiras com comes e bebes. Ontem tivemos um domingo perfeito, mas hoje já é segunda.

Sweet, sweet M.

Às vezes surge a oportunidade de uma sessão assim meio descombinada e com ela a possibilidade de fazer experiências sem ter medo de acabar por não ter nada para apresentar no final. Simplesmente, fotografar pelo prazer. É isto.

Nunca...

percebi bem este conceito de finalistas aplicado às crianças. Mas pronto, optei por encarar isso como mais um pretexto de fazer uma festa e a coisa fica por aí. Este ano tenho uma finalista do pré-escolar em casa. Isso significa que para a semana, vão ter direito a uma viagem surpresa de comboio ao Portugal dos Pequenitos e uma festa na escola com os pais. Agora que isso me toca, nem consigo bem explicar o que é que isso significa para mim. Por um lado, acho que é tudo normalíssimo e que é ridículo fazer disto algo mais do que é. Por outro, sinto uma tristeza enorme por ela ter de deixar aquele espaço e de estarem prestes a acabar os dias sem "obrigações". E por outro lado ainda, sinto-me em ânsias de antecipação pelo início de mais uma etapa e desejosa pela ida em busca da mochila preferida e dessas tralhas todas da praxe. Bicho complicado este que sou.

Estes três últimos dias...

estou em formação logo sem tempo para muitas palavras por aqui. À noite tento despachar trabalho como posso, mas o calor não ajuda e sinto-me cansada. Esgotada. Amanhã, vai ser um dia para esquecer porque além da formação, logo de manhã vou ter preparar os salgados que fiquei de levar para a festa do final de ano da escola e os miúdos para a praia, depois a festa da escola, a seguir um ensaio extra no ballet para uma festa da qual fiquei a saber ontem, e ainda o meu próprio curso. Mas afinal é sexta e o fim-de-semana está aí para repor energias certo? Errado. Sábado de manhã festa da natação dos miúdos, seguida de um baptizado. Domingo, sessão de família de manhã (que era para ter sido no último domingo, mas graças ao magnífico tempo teve de ser adiada) e outra sessão ao final da tarde. Se vejo Junho acabado nem acredito.

O meu filho...

está viciado nos desenhos animados do Tom & Jerry. Viciado ao ponto de ao acordar, alternar os pedidos de papinha com os pedidos para ver o "gato mau" ou, mais recentemente, o "gato shéri". É que fica completamente vidrado.

É tarde...

e eu estou de volta das fotografias. Fotografar também tem este lado trabalhoso que passa muitas vezes despercebido. Fotografar um evento ou uma família, não significa apenas chegar ali tirar umas fotos e pronto. A seguir vem a verdadeira carga de trabalhos (que por muito gosto que dê fazer acaba por ser desgastante). A selecção das fotos, os retoques finais, a preparação e organização dos álbuns. É aqui que a minha veia perfeccionista me lixa. É difícil ficar satisfeita e faço e refaço e volto a fazer. Para seleccionar fotos de espectáculos para entregar às produções então é um filme completo. Selecciono e selecciono e volto a seleccionar, e mesmo assim, adio a gravação dos dvd's pelo máximo de tempo que consiga para garantir a mim mesma que fiz as escolhas certas. E porque é que estás a falar disso agora, perguntam vocês? Porque enquanto as fotos do último casamento seguem por ftp para o site, revejo mentalmente a aula de hoje com a Rita Barros e do que ela falou sobre o seu processo de criação e selecção. A escolha é um sofrimento. A entrega de um trabalho ou a preparação de uma exposição um parto difícil. E quando tudo está entregue e inaugurado, vê-se o trabalho ao longe como um filho crescido. É assim comigo também, e em cada trabalho que entrego vai uma parte de mim.

Ele e os bichos minúsculos...

Ponham-no na rua e deixem-no andar à vontade. Este miúdo entretém-se com tudo. Desde bolas a bichinhos de conta, tudo o cativa.

Olá, o meu nome é Sandra...

já não bebo café há sete dias * e o último soutien que comprei era 34A **. Acho que vou deprimir ali um bocadinho e já volto. * desde que fiquei doente, voltei a não conseguir beber café. Agora estou na dúvida se aproveito a embalagem e deixo de beber café de forma habitual ou se continuo a insistir. É que agora até já estudos que dizem que o café previne doenças como a Alzheimer e a demência e tal e tal... ** nem o facto de ter comprado na mesma altura um outro 34B me consola. 34A? A? Eu quero as minhas maminhas de volta! snif.

Do Santo António...

Os miúdos foram ver as marchas com os avós. Sentados na berma de um passeio da Avenida, deliraram e ensaiaram uns passinhos de dança ao ritmos dos que passavam. A diversão foi tanta ou tão pouca que os avós tiveram de os arrancar de lá enganados com um pretenso fim das festividades. No caminho de regresso, numa das trocas de transportes públicos, deram de caras com um bailarico e lá voltaram a bater pé argumentando que não tinham sono e que queriam mais festa. No dia seguinte, assim que nos viram, a primeira coisa de que falaram foi das marchas e se também podiam dançar nas marchas. Ele principalmente. Vamos ver o que se arranja... [e o Castelo lá ganhou depois de tanto tempo sem vitórias... o que eu me lembrei de ti minha querida T. :)]

3571 assinturas já estão...

mas a mãe-grilinha e o seu JP precisam de 7500 assinaturas para fazer ouvir o seu pedido. Não vamos parar de passar palavra. Avisem os vossos amigos e os amigos dos vossos amigos. Basta a vossa assinatura. Como a semana passada meio-país estava offline, aqui fica o pedido novamente: Vamos assinar!

Emoções...

Não tenho palavras para descrever a emoção de ver a filha a andar sem rodinhas pela primeira vez. Ao príncipio, ainda com um pai vigilante a correr ao lado dela (e o que eles nos querem fugir, pazinho). Depois, com arranques muito atabalhoados e um pai vigilante ao lado (e não há nada que consiga parar a sua fuga). Depois confiante, descobrindo a sua própria forma infalível para não falhar mais nenhuma partida (e ainda bem que não param de nos fugir que pelo menos assim sei que se sentem confiantes para tal). Finalmente, sozinha, já a ensaiar as curvas e a mostrar-me técnicas para evitar a queda (mas um dia eles param de fugir e regressam. sem que tenhamos de fazer mais nada do que estar sempre lá. crescidos. com filhos até, quem sabe.) A minha filha filha já anda sem rodinhas. UAU!

Ser mãe é...

dedicar parte do domingo para etiquetar 4 t-shirts, 2 fatos-de-banho, 2 toalhas, 2 mochilas, 2 protectores solar (solares?), 2 calções, 1 gel-de-banho e 1 creme hidratante (para a pelezinha chatinha do filhinho), 2 cuecas e 4 crocs. Amanhã começa a praia na escola. São Pedro amiguinho, vira lá isso novamente, ok?

E para descansar os pais...

que têm filhos que já fazem pesquisas no google sozinhos mas que ainda são demasiado pequenos para filtrar o que não lhes convém, surgiu o KidRex - Kid Safe Search, o novo motor de busca do Google para crianças que os pais agradecem. Mais informações para os pais aqui.

E quando...

uma mãe não pode ir até à praia com o pai e as criancinhas, o pai traz a praia até ao jardim das traseiras e satisfaz a malta toda.É tão fácil deixá-los felizes. [Acho que este ano, já vamos ter de arranjar uma piscina maior. Mas esta foi, sem sombra de dúvidas, uma das nossas compras mais acertadas de sempre.]

Corte de cabelo...

No início do mês, tendo acabado a necessidade de fazer os penteados mirabolantes para o ballet, e juntando o facto de ela não nos parar de chatear que queria cortar o cabelo, fomos com os dois ao cabeleireiro e zás... fomos radicais. Os caracóis dele foram-se mais uma vez e ela ficou totalmente diferente. Ele com ar de mais crescido, mais reguila. Ela com ar de mais miúda e mais alta. Ficaram radiantes.

A reter destes dias de enfermidade...

o meu filho é o melhor enfermeiro do mundo a primeira vez que um médico me passou uma receita inteirinha só com genéricos

A minha sorte é não ter amigdalas...

O meu rico filho passou-me a amigdalite e agora estou aqui que nem me mexo. Está explicado o sono e o cansaço excessivos que não me largaram nos últimos dias. É que não podia ter sido em melhor altura.

Vamos ajudar...

e desta vez basta a nossa assinatura. A mãe-grilinha e o seu JP contam connosco e é tão fácil ajudar. Com apenas a vossa assinatura, ajudem-na a ganhar esta luta pelo apoio na compra de uma cadeira que, certamente, fará toda a diferença no seu dia-a-dia. http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2009N85 2574 já assinaram, assinem também. 12/06/2009 - 3146 pessoas já assinaram. Vamos continuar a passar a palavra! [e não se esqueçam de confirmar a assinatura no vosso email]

Há lá coisa...

melhor que colo de mãe? Eu acho que não, e a doce M. parece que concorda comigo. [Este foi um dos baptizados que mais gosto me deu a fazer. Porque além de estar a partilhar a felicidade (e algumas angústias, porque as há sempre) com amigos, tinha também os meus comigo a festejar essa mesma alegria.]

Do filho...

Desta vez é uma amigdalite, a sacana que o deitou abaixo. As febres altas provocam-lhe falta de ar e os eczemas estão num estado que só visto. Como se não bastasse, está todo picado das melgas, o que nele resulta em feridas que parecem nunca mais sarar. Fora isso está um espectáculo e eu só gostava de ter o dom de gravar as conversas com ele sem precisar de nada. As caras, os trejeitos de mãos e as inflexões da voz são de rir e chorar por mais. Vão no entanto ficar apenas na nossa recordação, porque assim que o tento gravar, ele foge. Tão mas tão doce este meu filho, que nos beija e abraça só porque sim. Tão mas tão brutinho este meu filho, que já controla melhor os seus acessos de fúria mas ainda me chama "mau" - não má, que ele diz que não sou má - quando o contrario. Tão mas tão feliz este meu filho, sempre que o deixamos andar fora de portas. E é todo meu. Meu.

Conversas com ela...

No sábado comprámos-lhe uma secretária. Ficou radiante, e no domingo foi lá que passou a manhã, quer a fazer trabalhos, quer a jogar no computador. Ontem quando estavam a ir para a cama, suspiro: - oh que pena, nem tirei uma fotografia tua na secretária para recordação. - oh-que-pe-na. - responde ela num tom sarcástico (que não lhe conhecia). Estou tramada. [e a brincar, a brincar, já estamos em Junho, a dias de tomarmos a última decisão sobre o que aí vem.]

Há dias assim...

em que nos sentimos cansados. É a chuva que nos molhou na corrida entre autocarros. É o filho que ficou doente em casa com o pai. É a filha que teve de ser arrancada da almofada. É a segunda-feira de que nunca ninguém gosta. É o fim-de-semana dedicado quase na totalidade à família e aos amigos. É o trabalho que se deixou por fazer. É o ter os colegas todos de férias e não ter ninguém com quem partilhar patetices. É o peso do que está por fazer. Do que se queria já ter feito. Do miúdo doente. Mas o fim-de-semana foi tão bom.

Rita Redshoes

Só hoje comecei a ver as fotos que tirei no concerto da Rita Redshoes no São Jorge com olhos de ver. Para quem não sabe, normalmente os fotógrafos têm apenas as primeiras três músicas para trabalhar o que por vezes sabe a pouco. Foi o caso deste. Primeiro, porque neste caso sinto uma empatia muito grande com quem pisava o palco. Tendo vir a acompanhar o seu percurso, não posso deixar de me sentir feliz com o sucesso que alcançou e a casa cheia duas noites consecutivas é o espelho disso. Para primeira vez julgo que não me correu nada mal, mas mais do que as boas fotos que tenha feito, foram as falhadas que mais me ensinaram. É também por ser um constante desafio que a fotografia me diz tanto. Na fotografia não há certezas nem resultados garantidos. Não sei o que me espera. Só sei que a fotografia está lá. Seja de que forma for. Mas na verdade, espero que daqui a uns anos também possa olhar para trás e exibir um sorriso tão realizado como o dela.

Qual a melhor maneira de acabar uma sexta-feira?

Cada um há-de ter a sua, mas parece-me que esta não é uma delas. E para os males de humores, usam-se os remédios que se conhecem e como tal salva-se o dia com umas destas:Tenho os pés no céu.

Nadar em seco...

ou, que bom que é passear no campo.

Casas com história...

tenho de lá voltar. Pela casa, pelas fotografias e pelos amigos.

Até come paredes...

A minha filha, a minha rica filha, a miúda lá de casa que sempre foi uma chata para comer, a tal que se recusa a experimentar coisas novas, ontem saiu-se com a seguinte: - Hoje provei parede mãe! - ah provaste... - como quem diz: tá bem sim conta-me lá mais a ver se eu caio - então e soube bem? - sim, sabe bem. Não sabe a nada! - Ai não? - e a pensar: maaaauuu... queres ver que a miúda experimentou mesmo? - Não. - E onde é que comeste parede? - Na escola. Tirei com a C. um bocadinho que estava solto e provei. Não sabe a nada. Comoéqueé?!

Tantas...

novidades por contar. fotos por mostrar. histórias por partilhar. Resta-me arranjar um bocadinho para o fazer e pedir que até lá não me esqueça do que não queria deixar de registar.

Dúvidas existenciais femininas...

Mas porque é que fui experimentar umas sandálias Fly London?! Porquê?! [tão mas tão confortáveis e tão mas tão altas... e giras claro :p]