É tarde...

e eu estou de volta das fotografias. Fotografar também tem este lado trabalhoso que passa muitas vezes despercebido. Fotografar um evento ou uma família, não significa apenas chegar ali tirar umas fotos e pronto. A seguir vem a verdadeira carga de trabalhos (que por muito gosto que dê fazer acaba por ser desgastante). A selecção das fotos, os retoques finais, a preparação e organização dos álbuns. É aqui que a minha veia perfeccionista me lixa. É difícil ficar satisfeita e faço e refaço e volto a fazer. Para seleccionar fotos de espectáculos para entregar às produções então é um filme completo. Selecciono e selecciono e volto a seleccionar, e mesmo assim, adio a gravação dos dvd's pelo máximo de tempo que consiga para garantir a mim mesma que fiz as escolhas certas. E porque é que estás a falar disso agora, perguntam vocês? Porque enquanto as fotos do último casamento seguem por ftp para o site, revejo mentalmente a aula de hoje com a Rita Barros e do que ela falou sobre o seu processo de criação e selecção. A escolha é um sofrimento. A entrega de um trabalho ou a preparação de uma exposição um parto difícil. E quando tudo está entregue e inaugurado, vê-se o trabalho ao longe como um filho crescido. É assim comigo também, e em cada trabalho que entrego vai uma parte de mim.