Ooooppsss... a minha filha já tem onze anos.
Não sei onde se enfiou o tempo, não sei a velocidade com que passou, mas eu tenho uma miúda cada vez mais crescida como filha.
Já não chegam os dedos das mãos para lhe contar a idade, mas no meu colo há-de caber sempre por mais que faltem dedos para lhe seguir os anos.
Parabéns minha mais-que-tudo... hoje o meu coração ainda está mais cheio!
segunda-feira, outubro 13, 2014
quarta-feira, maio 21, 2014
Certezas...
Nos meus momentos há sempre sol. Hoje trovejou, caiu chuva como ainda não tinha visto cair ainda este ano e cheguei encharcada ao trabalho, mas no meu momento, esteve sol. Um céu azul, animado por nuvens de algodão e um sol brilhante como que me a relembrar, que nunca vão deixar de estar comigo.
Já não há sol novamente, mas não faz mal. Eles continuam comigo.
E sabe bem.
terça-feira, maio 20, 2014
Como um castelo...
Sinto-me como um castelo medieval. Um castelo erguido no topo de uma pequena colina verdejante e rodeado por um vasto arvoredo. Dentro das muralhas de pedra dura e fria, existe um corropio de gente, uma verdadeira feira, cheia de animação e alguns desacatos, risos sinceros e algumas lágrimas contidas, abraços fortes e picardias feias. Dentro do castelo cabem todos e há sempre espaço para mais um. Mesmo no seu meio, existe uma grande lareira, que nunca se apaga e está pronta a confortar quem dela precisa. Nunca faltará abrigo nem pão a quem dele precise, e, todos os dias são bons para uma festa.
Todos gabam este castelo pela sua resistência, animação, força... resiliência. Todos estão lá prontos para a festa.
Mas em caso de ataque, o castelo apressa-se a levantar-se o passadiço, soltam-se os crocodilos no fosso e aguarda-se pelo ataque eminente. Chovem setas, balas em chamas, e o castelo aguenta-se ali, firme e hirto, no mais profundo silêncio. Resiste tanto quanto consegue a todas as investidas. Vê sair quem só estava para a festa e para o calor. Vê ficar quem importa, não deixa entrar mais ninguém, nem mesmo quem vem por bem. E aguenta... Caem umas quantas ameias, perdem-se até algumas vidas, mas aguenta, esperando que quem insista perceba o quão sem sentido é cada ataque. O quão desnecessário. Que desista, que procure a paz. Aguenta.
Até um dia, em que os que importam dizem ao castelo que não pode aguentar mais. Que tem de fazer algo por se manter assim, forte e em pé, inteiro. E o castelo ouve, percebe. E vêem-se assomar seteiros e lanceiros pelas frestas do castelo. Catapultas são colocadas em posição. Tudo a postos... mas em vez de atacar, aguarda. E aguarda.
Porque sabe que quando retribuir cada ataque com outro ataque, vai sobrar pouco... tanto de um lado como do outro. E que as ameias caídas podem ser refeitas, mas as pedras serão novas, sem história. E o que se perder na batalha nunca mais voltará a ser como era...
Por isso o castelo resiste. Tanto quanto pode. E aguarda.
Todos gabam este castelo pela sua resistência, animação, força... resiliência. Todos estão lá prontos para a festa.
Mas em caso de ataque, o castelo apressa-se a levantar-se o passadiço, soltam-se os crocodilos no fosso e aguarda-se pelo ataque eminente. Chovem setas, balas em chamas, e o castelo aguenta-se ali, firme e hirto, no mais profundo silêncio. Resiste tanto quanto consegue a todas as investidas. Vê sair quem só estava para a festa e para o calor. Vê ficar quem importa, não deixa entrar mais ninguém, nem mesmo quem vem por bem. E aguenta... Caem umas quantas ameias, perdem-se até algumas vidas, mas aguenta, esperando que quem insista perceba o quão sem sentido é cada ataque. O quão desnecessário. Que desista, que procure a paz. Aguenta.
Até um dia, em que os que importam dizem ao castelo que não pode aguentar mais. Que tem de fazer algo por se manter assim, forte e em pé, inteiro. E o castelo ouve, percebe. E vêem-se assomar seteiros e lanceiros pelas frestas do castelo. Catapultas são colocadas em posição. Tudo a postos... mas em vez de atacar, aguarda. E aguarda.
Porque sabe que quando retribuir cada ataque com outro ataque, vai sobrar pouco... tanto de um lado como do outro. E que as ameias caídas podem ser refeitas, mas as pedras serão novas, sem história. E o que se perder na batalha nunca mais voltará a ser como era...
Por isso o castelo resiste. Tanto quanto pode. E aguarda.
domingo, maio 18, 2014
Necessidade...
Sabem quando ficamos presos ao que temos, a pensar que não saberíamos o que fazer se ficássemos sem isto ou sem aquilo? Ficar naquele estado de receio pelo desconhecido, pelo que pode vir se mudarmos o que quer que seja ao que temos. A gostar do que se tem mas saber que não se pertence ali. Que falta algo mais, que não estão completos, que vão perdendo um bocadinho mais de vocês a cada dia que passa...
E sabem quando sentem isto tudo e aos olhos dos outros não vos falta nada? O que vos deixa a duvidar se existe realmente algo que estejam a perder ou se é apenas fruto da vossa imaginação, do cansaço da rotina...
Se não sabem ainda bem. Se sabem, façam alguma coisa.
Por pior que seja a transição, vale a pena. Por vocês.
[parabéns mãe...]
quinta-feira, abril 24, 2014
Não preciso de dizer nada pois não?!
O meu filho só tem sete anos. O meu filho só tem sete anos. O meu filho só tem sete anos. O meu filho só tem sete anos. O meu filho só tem sete anos. O meu filho só tem sete anos. O meu filho só tem sete anos.
Aiii...
sexta-feira, abril 04, 2014
Basta...
Eu não tinha esta palavra no meu dicionário.
Há uns meses descobri que era capaz de a usar. Há uns meses que estou a obrigar-me a não lhe resistir. E há uns meses que descubro que a vida é muito mais, que eu sou muito mais, que a felicidade é muito mais.
Agora vou aprender a "deixar de por as necessidades dos outros (sempre) em primeiro lugar".
É difícil, muito mais difícil que o "basta", mas já dei o primeiro passo.
E irra, que custa. Mas ao mesmo tempo, tem o seu quê de libertador.
[e quem não gosta... olha, tivesse pensado melhor nas consequências do que fez e disse até agora.]
Há uns meses descobri que era capaz de a usar. Há uns meses que estou a obrigar-me a não lhe resistir. E há uns meses que descubro que a vida é muito mais, que eu sou muito mais, que a felicidade é muito mais.
Agora vou aprender a "deixar de por as necessidades dos outros (sempre) em primeiro lugar".
É difícil, muito mais difícil que o "basta", mas já dei o primeiro passo.
E irra, que custa. Mas ao mesmo tempo, tem o seu quê de libertador.
[e quem não gosta... olha, tivesse pensado melhor nas consequências do que fez e disse até agora.]
sexta-feira, março 07, 2014
Longing...
Nunca uma foto e uma palavra combinaram tão bem...
(mesmo que nenhuma delas tenha surgido em função da outra)
quinta-feira, fevereiro 13, 2014
Conversas com ela...
Por altura do aniversário do Facebook:
pai - o facebook fez agora 10 anos.
ela - xiii... estou velha, já sou mais velha que o fb!
E eu a pensar que este tipo de pensamentos só começavam mais tarde...
[talvez seja melhor não lhe dizer que também é mais velha que o euromilhões...]
pai - o facebook fez agora 10 anos.
ela - xiii... estou velha, já sou mais velha que o fb!
E eu a pensar que este tipo de pensamentos só começavam mais tarde...
[talvez seja melhor não lhe dizer que também é mais velha que o euromilhões...]
quarta-feira, fevereiro 12, 2014
Pela segunda vez...
Uma manhã que começa bem, com filhos bem-dispostos e cooperantes, pequeno-almoço tomado com sorrisos e gargalhadas, acaba com mãe a disparar em todas as direções, todas as folhas de um dossier a caírem no meio da estrada molhada*, um dos filhos a entrar na sala de aula com o teste já a decorrer, mãe a bufar com o trânsito, todas as variedades de condutores domingueiros e semáforos que, claro, tinham de estar todos vermelhos.
E porquê?
Pois não sei... porque num daqueles segundos em que continuavamos todos em paz e sossego e eu até tinha tempo para me acabar de arranjar para além do tirar migalhas de cima, o mais novo entra em modo estou-do-contra-tu-és-má-feia-e-só-quero-o-que-não-posso-agora e a mais velha no modo eu-estou-na-lua-e-não-me-digam-para-fazer-nada-tragam-me-tudo.
Aaaaaaahhhhhhhhh como é linda a maternidade matinal.
* esta foi a primeira...
E porquê?
Pois não sei... porque num daqueles segundos em que continuavamos todos em paz e sossego e eu até tinha tempo para me acabar de arranjar para além do tirar migalhas de cima, o mais novo entra em modo estou-do-contra-tu-és-má-feia-e-só-quero-o-que-não-posso-agora e a mais velha no modo eu-estou-na-lua-e-não-me-digam-para-fazer-nada-tragam-me-tudo.
Aaaaaaahhhhhhhhh como é linda a maternidade matinal.
* esta foi a primeira...
segunda-feira, fevereiro 03, 2014
Nada na vida acontece por acaso...
Seja um encontro acidental com alguém com quem já não se fala há muito tempo. Uma nova amizade. Um sorriso. Uma mensagem que se recebe a puxar por algo em nós que teimamos em deixar adormecido. Uma asneira. Uma frase. Uma conversa. Alguém que nos encoraja a querer ser mais. Uma imagem. Uma desilusão. Um desafio. Um boa notícia. Um elogio. Uma crítica. Um abraço amigo.
Tudo o que acontece tem um papel fundamental na nossa vida. E está nas nossas mãos fazer com que todas elas contem e sirvam para nos fazer ser um bocadinho melhores para nós, para os outros, do que fomos até aí.
A vida não pára, e tal como diz a tatuagem de uma amiga: a vida resolve-se sozinha...
E a minha está a começar a resolver-se.
Tudo o que acontece tem um papel fundamental na nossa vida. E está nas nossas mãos fazer com que todas elas contem e sirvam para nos fazer ser um bocadinho melhores para nós, para os outros, do que fomos até aí.
A vida não pára, e tal como diz a tatuagem de uma amiga: a vida resolve-se sozinha...
E a minha está a começar a resolver-se.
segunda-feira, janeiro 20, 2014
Conversas com ele...
Há uns dias, pelo telefone:
- mãe, preciso de te contar uma coisa mas não te podes rir! Promete!
- não rio, prometo. O que se passa?
- mãe, eu acho que estou apaixonado!
[foi a primeira vez que ouvi algo assim vindo dele. Imaginei-lhe o brilho nos olhos e conclui que não podia existir nada mais bonito do que isso para ouvir como resposta à minha pergunta...]
- mãe, preciso de te contar uma coisa mas não te podes rir! Promete!
- não rio, prometo. O que se passa?
- mãe, eu acho que estou apaixonado!
[foi a primeira vez que ouvi algo assim vindo dele. Imaginei-lhe o brilho nos olhos e conclui que não podia existir nada mais bonito do que isso para ouvir como resposta à minha pergunta...]
Subscrever:
Mensagens (Atom)