sexta-feira, agosto 31, 2007
Agora se me dão licença...
[pulinhos... pulinhos... pulinhos... pulinhos...]
Diário de uma remodelação - Dias 3 a 6
Móveis
Eu gosto que as coisas deles tenham alguma ligação com eles, por isso, como o Miguel é apaixonado por animais (especialmente cães e gatos) decidi que a cama dele haveria de ter qualquer coisa a ver com os ditos. Optámos por comprar uma cama do Ikea e pintá-la com os tons que escolhemos.Para colmatar a falta da mega-estante, optei por planear várias prateleiras na parede e uma estante mais pequena e divertida. Comprámos também caixas de arrumação para debaixo da cama, para guardar o que não é usado frequentemente.
Desta forma, os tempos de espera entre demãos foram preenchidos a lixar os móveis todos, para pintar posteriormente. Vou reciclar a antiga mesinha de cabeceira dela para colocar entre as camas e tornar-se comum aos dois (para rentabilizar o espaço entre as camas).
Para que os meus pequenos artistas não se tornem "demasiado criativos" e extravazem o seu talento para fora do quadro magnético comprei, cortei e lixei, madeira para fazer uma moldura à volta. Comprei também uma pequena prateleira para colocar debaixo do quadro e imitar os nossos quadros da escola (pelo menos os de antigamente). Essa moldura e prateleira, vão ser apenas envernizados para manter a beleza da madeira.
Como a cama tem os componentes plásticos, antes de a podermos pintar tivemos de aplicar um primário para garantir a aderência da tinta. Resta ver se resulta!
Pinturas
Como tinha a cama da Joana para integrar no novo quarto, decidi usar três cores vivas: o azul, o rosa e o verde. O verde serve de ligação e as outras duas vão ajudar a individualizar o espaço de cada um deles. Para suavizar cada faixa, uma das riscas largas em cada faixa foi pintada de azul/rosa mais claros.
Decidi usar riscas verticais, para alongar a parede e ajudar a compensar a diferença entre as camas. Consegui o efeito que queria, mas marcar as riscas direitinhas na parede é qualquer coisa de desesperante. Entretanto as riscas servem também para separar a área da brincadeira da área do descanso.
Dica: Para as riscas convém comprar uma fita de qualidade para garantir os rebordos perfeitos, e usar rolos da medida mais próxima da largura da risca a pintar. Quando se usa cores diferentes e não se tem tempo para pintar uma cor de cada vez, o melhor mesmo é comprar um rolo (recarga) para cada cor. É muito mais práctico e além de se desperdiçar muito menos tinta poupa-se uma trabalheira dos diabos.
Quanto ao quadro, após três demãos de cada tinta - as tintas são da Cin - e umas lixadelas pelo meio, ficou finalmente pronto no que diz respeito à pintura.
O quadro na parede serve também para me livrar do cavalete que ocupa bastante espaço de circulação e com o móvel dos brinquedos na parede concorrente, consigo criar um cantinho da brincadeira, mantendo o máximo de "chão livre".
De tudo o que vai ficar no quarto, acho que o quadro é o que os vai entusiasmar mais.
Diário de uma remodelação - Dia 2
Ao final do dia, marcámos o quadro na parede com mais rigor e pintámos a primeira de três demãos de tinta magnética.
Dica: Se alguma vez quiserem usar tinta magnética e pretenderem um acabado bem lisinho, não usem nenhum tipo de trincha. A única coisa que consegue esticar bem aquela tinta são os rolos de pêlo curto.
A tinta magnética é uma tinta aquosa e pode ser repintada com qualquer outro tipo de tinta aquosa e torna-se tão mais forte quanto mais camadas aplicarem.
Diário de uma remodelação - Dia 1
Basicamente a ideia seria dar luz e vida ao quarto usando o branco como base e cores vibrantes como complemento.
Depois de escolhidas as cores e comprados os materiais necessários para começar demos início à parte menos divertida: tirar a tralha toda do quarto, lavar as paredes e isolar tudo o que não se pretende ver pintado.
Para esta fase previa-se:
- Pintar o quarto todo de branco
- demarcar na parede uma área para se criar um quadro de ardósia magnético
- retirar a estante do escritório, que nunca tinha saído do quarto por não caber em mais lado nenhum!
E enquanto no quarto parecia que entrava uma lufada de ar fresco, o resto da casa sofria com as coisas todas que se tiraram lá de dentro (e eu só pensava em como voltar a pôr tudo lá dentro novamente sem a estante de dois metros por dois metros para arrumar tudo!)
quinta-feira, agosto 30, 2007
Diário de uma remodelação - A ideia
Depois de uma semana a não fazer nada mais do que relaxar e curtir o silêncio de uma casa sem crianças, a vontade de criar um "quarto de crianças" para as minhas crianças, foi ganhando forma.
No final da semana, já a minha cabeça fervilhava com ideias e estava dividida entre uma excitação enorme e a falta de confiança no meu sucesso a concretizá-las.
Vai daí, sábado de manhã, depois de alguns esboços no papel, fomos à loja das tintas só para ver melhor as cores pensadas e saímos de lá equipados com (quase) tudo o que precisávamos para dar início ao.... tcham tcham tcham tcham... Durante a Ausência Deles!
Objectivo
- tornar o quarto mais alegre e definir três áreas principais: o espaço dele, o espaço dela e o espaço da brincadeira.
- acertar com a disposição de forma a introduzir mais uma cama no quarto sem reduzir a área dedicada à brincadeira.
- Aumentar a área de circulação.
- Encontrar uma cama para ele que: 1. se identifique com os seus gostos; 2. que combine com o estilo da dela;
- Retirar a estante do antigo escritório e utilizar estantes mais pequenas e prateleiras de parede.
- na área de brincadeira, criar uma área para as "belas-artes" que dispense a existência de um cavalete no quarto.
- não "infantilizar" muito o tema de forma a ir crescendo com eles.
O Antes
Em qualquer produção desta natureza as imagens do antes e do depois não podem faltar, por isso e para começar, aqui fica a imagem do ex-quarto dela*... nos dias bons claro!
* actualmente já lá estava a cama de grades dele.
A minha filha...
está a começar a ficar impaciente com o nosso reencontro.
Em cada telefonema, pergunta-nos o dia da semana e confere quantos dias faltam até sábado. Pergunta-nos as horas e repete-as para ela como se isso fizesse o tempo andar mais depressa. Vocês vêm já, não é mamã? Não é já, mas quase.
Mas desenganem-se se pensam que ela já não pensa em mais nada. Em cada telefonema é capaz de nos deixar pendurados vezes a fio. Só vou dizer uma coisa às minhas amigas tábem? Não desligues! Espera aí! e nós esperamos sem desligar.
Repete-me vezes sem conta a roupa, os sapatos e acessórios que quer vestir quando voltar para casa (e esta não consigo perceber porquê). Por vezes, dedica-se a escolher a indumentária da família toda, mas a dela tem sempre relevo.
Tem saudades dos cães, do jardim e da televisão com os canais dos animados e os filmes à disposição. Depois voltamos para a nossa casa amarela, não é? A de Lisboa, não é?! Sim, é para essa que não há outra e agora até está a ficar mais gira.
Disse-lhe que estávamos a preparar-lhes uma surpresa e agora anda roídinha de curiosidade. Tenta descobrir o que é de todas as maneiras e quando percebe que não tem sorte muda de assunto com um: É uma surpresa por isso não podes contar! É segredo!
Ao telefone parece ainda mais crescida. Se lhe dissesse isto aposto que ia delirar. Anda obcecada com a ideia de fazer quatro anos e ficar crescida, como se tudo acontecesse num passe de mágica. Já escolheu o tema da festa e já sabe quais são os amigos que quer convidar. Pergunta vezes sem conta se os dentes estão a abanar, porque quando os dentes caem já somos crescidos mãe!
Agora as Winx são a sua paixão e nas férias passávamos dias inteiros a reencarnar as suas personagens preferidas. Não me chames querida, Bloom! Eu sou a Musa! ou Não sou filha hã! Sou a Flora!
Hoje é que é sábado?! Quero que vocês venham lá!
Não é minha querida, mas estamos quase, quase quase, lá ao pé de ti.
(saudades)
segunda-feira, agosto 27, 2007
16 meses (e dois dias) de ti...
Estás feliz, traquina e um falador. Metes-te com toda a gente e adoras andar no meio da bicharada. Nas férias a quatro deu bem para ver o quão destemido és em relação aos animais. Não havia vaca, ovelha ou cabra que te impusesse respeito. Não havia galinha ou coelho que não perseguisses. Não havia cão nem gato que não agarrasses (ou que pelo menos tentasses agarrar).
Nestes dias sem nós, ainda só te dignaste a falar ao telefone connosco uma vez. Ouvimos-te um olá! e nomeaste-nos quando nos ouviste a nossa voz, mas foi o que nos deste para matar saudades. Estavas com pressa de ir brincar, e se nos apetecia poder ouvir-te mais um bocadinho, essa pressa diz-nos que estás bem.
Nasceu-te mais um dente, deixaram-te de servir mais uns sapatos e os chapéus ficam-te justos. Desafias-nos mais e não te agrada ouvir um não, recorrendo às dentadas e aos arranhões nas frustrações. "Não podemos ter tudo, nem pode ser tudo à nossa maneira", é apenas mais uma das muitas lições que tens para aprender.
Sinto a falta do teu sorriso. Morro de saudades do teu mimo. Perco-me nas memórias dos teus olhares desafiadores.
Vejo as centenas de fotografias que te tirei nas férias e oscilo entre o pasmo e a ternura. Cada bocadinho de bebé que perdes, é mais um bocadinho de vazio que fica para preencher com mais uma das tuas conquistas e que me aperta e amachuca até estar completo.
16 meses de ti. E a única coisa que me apetece gritar ao mundo é que te quero num abraço apertado. Quero-te nesse beijo-que-vira-dentada. Quero-te nesses olhos de galã-que-sou-tão-giro-que-não-te-podes-chatear-comigo. Quero-te nesse sorriso que diz tudo para quem quiser ler o que ele diz.
Quero-te muito. E queria ainda mais ter-te aqui.
A mamã.
17:00
Verdade seja dita, até calhou numa boa altura. Esta semana ainda trago o carro porque continua sem haver grande movimento em Lisboa, e não tenho miúdos para ir levar ou buscar.
Para a semana é que vai ser a doer com o regresso aos autocarros e aos horários dos miúdos.
[e mesmo cheia de saudades deles, só de visualizar a próxima segunda-feira, fico cheia de vontade que esta semana passe assim devagarinho, devagarinho...]
domingo, agosto 26, 2007
Um fim-de-semana...
Gosto mesmo destas coisas.
O nabo do meu sogro...
[acho que os do ano passado eram ainda maiores do que os deste ano, mas mesmo assim...]
sexta-feira, agosto 24, 2007
Uma semana sem filhos...
A diferença é que agora em vez de irmos cansar os putos com passeios, são os cães que nos passeiam e cansam a nós.
quinta-feira, agosto 23, 2007
Este ano...
No entanto, chegados lá, a única coisa que nos apetecia era deixarmo-nos estar. Conviver com quem só vemos, praticamente, de ano a ano. Aproveitar o que aldeia nos dá. Caminhar, caminhar, caminhar.
E foi assim, que este ano, em vez de visitar, fomos visitados (visitas surpresa que nos deixaram tão, mas tão felizes), não fizemos sequer 2000km em viagens de carro, fizemos sestas e grandes patuscadas (e directas! fizemos directas!), mas principalmente, andámos e andámos pelos montes e caminhos que quase não percorremos nos outros anos.
Talvez por isso, os ares da aldeia não nos conseguiram deixar mais "compostinhos" antes pelo contrário. Oh que chatice... :p
As férias em imagens...
Definitivamente, nós somos uma família que mete água a torto e a direito.
PS: Estas águas encontram-se na Beira-Alta e em Trás-os-Montes... uma delícia, mesmo as geladas :)
quarta-feira, agosto 22, 2007
Blog Action Day
terça-feira, agosto 21, 2007
Ao telefone...
Despede-se sempre com um durmam bem e não façam asneiras! e ficamos de coração cheio ao ouvi-la feliz.
O sossego da casa sabe bem, mas a arrumação dos brinquedos da sala já me começa a fazer comichão.
Chuto uma bola para o meio do tapete e tudo me parece mais composto.
Sempre...
Das férias na aldeia...
segunda-feira, agosto 20, 2007
Do regresso às lides...
Do regresso às lides...
As férias em imagens...
[levantavam-se quase sempre antes das oito da matina e a jeito de tentar cansá-los íamos logo pela fresca andar um bom bocado. Acompanhar o gado até à saída da aldeia era apenas o ponto de partida para uma longa caminhada]
quinta-feira, agosto 09, 2007
Das férias no campo...
sabores da terra. Só quem já aproveitou a fresca da manhã para passeios a pé pelos montes ou a seguir o gado. Só quem nadou nas águas cristalinas dos riachos que cortam os montes e desconhecidos para
quase todos. Só quem já preparou a sopa com os legumes que acabou de colher. Só quem já sentiu o calor e a generosidade das pessoas da aldeia. Só quem já respirou estes ares. Só quem já sentiu o odor do
pão acabado de cozer.Só quem já viveu isto e outras coisas mais, entende o verdadeiro
prazer de fugir dos locais mais procurados nas férias de verão e refugiarmo-nos em lugares desprovidos de quase tudo o que preenche os nossos dias, sem amontoados de gente e sem stresses.
Sempre gostei das minhas férias de Agosto, mas confesso que com eles, ainda se tornam mais compensadoras.
[e só quem já escreveu um texto deste tamanho num teclado de telemóvel
sabe a dor com que se fica no polegar]
quarta-feira, agosto 08, 2007
Das férias no campo...
(leia-se mais magra). Logo acrescentam que aqui vou ficar
'melhorzinha' (leia-se mais gorda) porque os ares daqui enchem o
corpo.
Eu pensava que as calças já não estavam folgadas por causa das broas
de milho e de centeio, dos bijus, do salpicão, do presunto, dos
queijos e refeições que exigem uma sesta a seguir. Mas se é só do
ar...
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Sandra (Costinhas)
sábado, agosto 04, 2007
A primeira "frase"
[ele e os animais... Não há mais nada a acrescentar]
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Sandra (Costinhas)
Das férias no campo...
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Sandra (Costinhas)
sexta-feira, agosto 03, 2007
Está...
dormem. A conversa com amigos é animada. A vontade de ir para a cama é
nenhuma.
No sítio onde calho a estar o telemóvel tem um piquinho de rede e as
mensagens caem todas de uma vez só. Leio as sms, consigo aceder ao
email e penso que podia actualizar o blog.
Podia vir contar que o braço do miúdo está uma maravilha. Que têm ido
para a cama podres de cansaço mas que não é por isso que dormem
melhor. Que têm sido uns dias cheios de aventuras que gostava de
registar aqui.
Mas fica para depois. Agora prefiro aproveitar a companhia (e o
polegar direito já está a modos que dorido).
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Sandra (Costinhas)