sexta-feira, agosto 31, 2012
Um dia, ou melhor, uma noite...
vou conseguir tirar uma fotografia decente à lua. é cliché eu sei, mas gostava o que é que querem...
Picar o ponto e 8 anos de blogue...
Esta semana foi uma verdadeira loucura entre trabalhos profissionais e trabalho com a casa. Temos dado o litro a 200% e quando caímos na cama, estamos absolutamente exaustos.
Serve isto para dizer que tenho dois posts a meio (sim, um deles ainda é o do quadro) ali nos rascunhos e vontade de os acabar mas não há tempo. Mesmo.
Só estou aqui agora a escrever isto porque entretanto lembrei-me que hoje é o último dia de agosto e que é neste dia que costumo assinalar mais um ano de blogue.
São já oito anos. Oito. E eu penso (acho que é tipo pergunta obrigatória nos bloganiversários): carambas, oito anos? como? e agora? quanto tempo mais será que dura? será que ainda faz sentido?
E a resposta é simples: não faço ideia, mas enquanto me fizer sentir bem por o ter, há-de continuar. Assim tal como está, em modo de ilha no pacífico, na dele, com quem continuar a gostar de passar por aqui para saber de nós, com os que gostam de deixar uma palavra quando lhes faz sentido, com o que me apetecer e poder partilhar.
Oito anos, quase um milhão e meio de visitas, muita gente boa que entrou na minha (nossa) vida e 4138 posts publicados depois, aqui estamos, fiéis aos mesmos princípios de início e a crescer, a aprender e a ter motivos para achar que esta ainda é uma casa na qual nos sentimos bem.
Obrigada por estarem também aí - alguns há já oito anos também - especialmente aos que se vão fazendo sentir presentes aqui. Sabe-me bem.
Serve isto para dizer que tenho dois posts a meio (sim, um deles ainda é o do quadro) ali nos rascunhos e vontade de os acabar mas não há tempo. Mesmo.
Só estou aqui agora a escrever isto porque entretanto lembrei-me que hoje é o último dia de agosto e que é neste dia que costumo assinalar mais um ano de blogue.
São já oito anos. Oito. E eu penso (acho que é tipo pergunta obrigatória nos bloganiversários): carambas, oito anos? como? e agora? quanto tempo mais será que dura? será que ainda faz sentido?
E a resposta é simples: não faço ideia, mas enquanto me fizer sentir bem por o ter, há-de continuar. Assim tal como está, em modo de ilha no pacífico, na dele, com quem continuar a gostar de passar por aqui para saber de nós, com os que gostam de deixar uma palavra quando lhes faz sentido, com o que me apetecer e poder partilhar.
Oito anos, quase um milhão e meio de visitas, muita gente boa que entrou na minha (nossa) vida e 4138 posts publicados depois, aqui estamos, fiéis aos mesmos princípios de início e a crescer, a aprender e a ter motivos para achar que esta ainda é uma casa na qual nos sentimos bem.
Obrigada por estarem também aí - alguns há já oito anos também - especialmente aos que se vão fazendo sentir presentes aqui. Sabe-me bem.
terça-feira, agosto 28, 2012
Remodelações Caseiras: Recuperar Cadeira Antiga
Há já muito tempo que queria meter-me num projeto destes mas faltava-me a matéria prima principal: a cadeira. Acontece que uns senhores de bastante idade, conhecidos da minha sogra, se quiseram desfazer da mobília da casa-de-jantar e o António foi ajudá-los a tirá-la lá de casa. O destino de tudo, à exceção desta cadeira e da mesa, foi o lume da churrasqueira pois estavam demasiado fragilizadas pelo bicho da madeira. Já esta cadeira, embora também tivesse sido bem atacada, mantém-se ainda bastante sólida o que a torna na cobaia perfeita para esta minha aventura.
Temos portanto, uma peça antiga em relativo bom estado para dar largas à imaginação, e, uns anos depois de a ter parada à espera, encontro finalmente o sítio certo para ela e tudo começa a encaixar-se. O que fazer com ela, as cores, etc. Estamos assim, prontos a meter mãos à obra e a partir daí mal posso esperar por ver o resultado final!
O primeiro passo, é garantir que nem mais um bicho dê uma dentada nesta madeira (passo esse que devia ter sido feito logo quando ela chegou, mas adiante...). Pela embalagem, escolhe-se um buraco a cada 3cm e injeta-se o produto três vezes. Eu pelo sim pelo não (ou como quem diz, às tantas perdi-me nos buracos escolhidos e nos centímetros) optei por meter em quase todos. Posso já adiantar-vos que tirar aquele chapéuzinho para conseguir enfiar melhor o tubinho nos buracos não é uma ideia assim tão inteligente, porque, pode acontecer que se acabe com um "espirro" de inseticida na cara o que não é muito aconselhável.
Depois de esperar as horas recomendadas - ou neste caso, até voltar a ter tempo para pegar nela novamente - chegamos ao segundo passo que consiste em tapar todos os sacanas dos buracos. Ora, para isso comprei um creme específico que até é de fácil aplicação, mas quando estamos a falar de buracos minúsculos e bastante profundos a coisa muda de figura. Experimentei várias formas, e a melhor que encontrei foi mesmo pressionar o creme com o dedo contra cada buraco, um a um, e, uma e outra e mais outra vez, até parecerem que tinham ficado devidamente tapados.
Passado o tempo necessário para que o creme seque e repetindo o processo nos buracos esquecidos (ooopppsss) ou nos que o creme não tenha ficado à superfície, podemos pegar na lixa e passar ao terceiro passo: retirar o verniz e uniformizar a superfície. Por mais chata que possa parecer, a cada lixadela podia-se sentir de forma cada vez mais intensa o odor desta madeira. Foi aqui, ao sentir este cheiro maravilhoso que hesitei em seguir com o planos inicial, mas a dúvida durou uns dois minutos e segui caminho.
Finalmente cheguei ao quarto passo, o mais ansiado e ao mesmo tempo mais temido, pintar! Pintar madeira sem deixar marcas não é simples e exige paciência e muita atenção. Quando há possibilidade, o ideal é pintar à pressão mas isso ia obrigar-me a esperar - quem me pode emprestar o compressor está de férias - e eu não estava com vontade de esperar. Por isso, a primeira demão foi mesmo dada com a trincha, esticando muito bem a tinta e tentando deixar a camada fininha mas garantindo que todas as reentrâncias eram apanhadas.
E estamos assim, à espera que a tinta seque para voltar a lixá-la suavemente de forma a que fique bem lisinha e repetir o processo as vezes que forem necessárias até chegar (esperemos!) ao aspeto desejado.
Temos portanto, uma peça antiga em relativo bom estado para dar largas à imaginação, e, uns anos depois de a ter parada à espera, encontro finalmente o sítio certo para ela e tudo começa a encaixar-se. O que fazer com ela, as cores, etc. Estamos assim, prontos a meter mãos à obra e a partir daí mal posso esperar por ver o resultado final!
O primeiro passo, é garantir que nem mais um bicho dê uma dentada nesta madeira (passo esse que devia ter sido feito logo quando ela chegou, mas adiante...). Pela embalagem, escolhe-se um buraco a cada 3cm e injeta-se o produto três vezes. Eu pelo sim pelo não (ou como quem diz, às tantas perdi-me nos buracos escolhidos e nos centímetros) optei por meter em quase todos. Posso já adiantar-vos que tirar aquele chapéuzinho para conseguir enfiar melhor o tubinho nos buracos não é uma ideia assim tão inteligente, porque, pode acontecer que se acabe com um "espirro" de inseticida na cara o que não é muito aconselhável.
Depois de esperar as horas recomendadas - ou neste caso, até voltar a ter tempo para pegar nela novamente - chegamos ao segundo passo que consiste em tapar todos os sacanas dos buracos. Ora, para isso comprei um creme específico que até é de fácil aplicação, mas quando estamos a falar de buracos minúsculos e bastante profundos a coisa muda de figura. Experimentei várias formas, e a melhor que encontrei foi mesmo pressionar o creme com o dedo contra cada buraco, um a um, e, uma e outra e mais outra vez, até parecerem que tinham ficado devidamente tapados.
Passado o tempo necessário para que o creme seque e repetindo o processo nos buracos esquecidos (ooopppsss) ou nos que o creme não tenha ficado à superfície, podemos pegar na lixa e passar ao terceiro passo: retirar o verniz e uniformizar a superfície. Por mais chata que possa parecer, a cada lixadela podia-se sentir de forma cada vez mais intensa o odor desta madeira. Foi aqui, ao sentir este cheiro maravilhoso que hesitei em seguir com o planos inicial, mas a dúvida durou uns dois minutos e segui caminho.
Finalmente cheguei ao quarto passo, o mais ansiado e ao mesmo tempo mais temido, pintar! Pintar madeira sem deixar marcas não é simples e exige paciência e muita atenção. Quando há possibilidade, o ideal é pintar à pressão mas isso ia obrigar-me a esperar - quem me pode emprestar o compressor está de férias - e eu não estava com vontade de esperar. Por isso, a primeira demão foi mesmo dada com a trincha, esticando muito bem a tinta e tentando deixar a camada fininha mas garantindo que todas as reentrâncias eram apanhadas.
E estamos assim, à espera que a tinta seque para voltar a lixá-la suavemente de forma a que fique bem lisinha e repetir o processo as vezes que forem necessárias até chegar (esperemos!) ao aspeto desejado.
quarta-feira, agosto 22, 2012
Um dia de férias, hora a hora, no instagr.am...
Andava há uns tempos para conseguir registar um dia de hora a hora, mas nos dias úteis não dá e aos fins-de-semana acabava sempre por me esquecer. Até que decidi esperar por estas férias e comprometi-me comigo mesma com um dia. Calhou esse dia a ser o mesmo em que fomos finalmente ao Pena Aventura Park e o registo ganhou um novo sentido.
Desde que abriu este parque aventura que tenho uma vontade imensa de ir lá, mas depois de eles nascerem, optámos por esperar que o Miguel tivesse idade/altura suficiente para poder fazer o mesmo que a irmã, de forma a que pudéssemos todos desfrutar das atividades propostas o máximo possível.
O Pena Aventura Park fica em Ribeira de Pena, concelho de Vila Real e é um paraíso de natureza recheado de emoções fortes, silêncio apaziguador e ao mesmo tempo a animação que se queira. É também conhecido por ter o maior slide do mundo, o Fantasticable, com 1538m de extensão, a uma altitude de 150m e que pode atingir uma velocidade até 130km/h, mas que em vez de medo - que acredito ser o que a maioria das pessoas acha que vai sentir - nos dá uma sensação única de serenidade e de paz que não se quer que acabe nunca.
Já o salto negativo, bom, foi definitivamente a atividade que mais nos puxou pela adrenalina e, a par do fantasticable, a minha favorita do dia mas não é mesmo aconselhável a cardíacos ou a pessoas muito sensíveis.
9:00
Era o padeiro que me fazia saltar da cama pelas nove a maioria das vezes. Não me lembro de outras férias em que acordasse tão tarde e me pusesse a pé só quando me realmente apetecia (porque comprava o pão e ia-me aninhar novamente). Este pão, o biju, é característico da zona e é o único pão "branco" que se come por aqui. Ainda há quem coza broa de milho e ou de centeio mas é cada vez mais raro, pelo que o padeiro, além dos bijus, também já as vende.
10:00
Neste dia levantámos todos mais cedo que o habitual e lá rumámos até ao parque, juntamente com uns primos. Para os que não são de perto eles até já dispõe de umas casinhas muito giras no meio do pinhal que permitem uma escapada no meio da natureza com ou sem adrenalina à mistura.
11:00
Começámos pelo percurso aventura. Os miúdos pelo infantil e nós pelo de dificuldade média, como nos aconselharam porque nunca tínhamos experimentado. Seguiram-se os trampolins (para os miúdos), o slide (um cabo de 100m), o rappel (para os primos) a escalada e o salto negativo para nós (o pacote que escolhemos incluía paintball, mas trocámos pelo salto negativo que era o que queríamos. como era uma atividade mais barata que a incluída, ainda nos acrescentaram o passeio de segways todo-o-terreno).
12:00
Entretanto deixámos o grupo a terminar as atividades e lá fomos experimentar o fantasticable. Tivemos de nos equipar e ir de carrinha até o monte vizinho, a partir do qual se inicia a atividade. Não tenho fotos mas é uma experiência que verdadeiramente só se percebe fazendo e mesmo quem não é dado a radicalidades, pode experimentar sem medos, porque é de facto uma sensação suave e de serenidade que vão gostar.
13:00
Voltámos a reencontrármo-nos no Tiro ao Alvo que pode ser experimentado com arco e flecha ou fisga. Desta vez quiseram todos ser Robin Hoods, só faltou os collants (e o cof... jeito cof cof...).
14:00
Nas férias da aldeia do meu pai, é ele o cozinheiro de serviço e nós é que agradecemos porque o faz mesmo bem. Então os petiscos ou os cozinhados mais típicos... upa upa.
15:00
Férias na aldeia não significa só lazer. A casa está fechada muito tempo e é sempre preciso uma limpeza maior ou umas reparações além da manutenção diária. Quando era miúda protestava sem parar por ter de ir lavar a roupa num dos tanques da aldeia ou de ter de fazer isto e aquilo, mas agora que não tenho ninguém para me obrigar e até já temos máquina de lavar roupa gosto (sim, eu usei mesmo o termo gosto) de o fazer.
16:00
Entre o almoço e a ida ao rio da tarde, eles colaboram em alguma tarefa e brincam dentro ou fora de casa, geralmente os dois juntos e com mais ou menos irritações mútuas. Sempre a perguntar quando é que vamos para o rio e sempre com pouca vontade de esperar.
17:00
Adoramos vir para este recanto da serra, onde o caminho é difícil (e cada vez mais perigoso) mas a recompensa é magnífica. Uma lagoa de água transparente, aquecida pelo sol que bate no leito desde a nascente e pelas grandes lages de granito que a contém. Como o fundo é liso, é óptimo para os miúdos e tem zonas suficientemente fundas para uns mergulhos criativos.
18:00
Este ano a brincadeira de eleição era construir um dique humano e aguentar a pressão da água o máximo de tempo possível. É claro que o pai da casa era uma das peças preferidas porque, digamos assim, tinha uma área de cobertura significativa e não é tão friorento como eu.
19:00
Só se sai do rio, quando já não apetece andar dentro de água ou é hora de jantar - na aldeia há horas para comer e embora sejam muito mais flexíveis do que há uns anos atrás, ainda existem - e como é bom de ver, isso é coisa para dar para o tarde.
20:00
Os mergulhos dão fome, e mesmo levando uns farnel de bijus, há sempre muuuuuiiiiiitoooooo espaço para amoras.
21:00
Peixe é coisa que pode ser complicada numa aldeia do interior mas em dias certos lá vêm as carrinhas dos peixeiros mais ou menos abastecidas dependendo do que os que as avistaram antes de nós compraram. Neste dia trazia sardinhas de Matosinhos e posso garantir que foram as melhores sardinhas que comi este ano e das melhores de sempre.
22:00
Depois do jantar e da louça lavada o destino é apenas um: o café da aldeia. Aqui é onde se sente mais a diferença entre a aldeia que conheci nas minhas férias de criança e a de agora. Muito menos gente, poucas crianças, tudo muito menos conversador e uma sensação que mais dia menos dia nem este café existirá mais.
23:00
A crise também chegou ao interior e as luzes da rua passaram a desligar-se à meia-noite. Neste dia porém, um menino cansado decidiu adiantar-se às luzes e pediu para voltar mais cedo. Voltámos, ele para o mundo dos sonhos e eu para o livro que abri apenas duas vezes em quinze dias.
Desde que abriu este parque aventura que tenho uma vontade imensa de ir lá, mas depois de eles nascerem, optámos por esperar que o Miguel tivesse idade/altura suficiente para poder fazer o mesmo que a irmã, de forma a que pudéssemos todos desfrutar das atividades propostas o máximo possível.
O Pena Aventura Park fica em Ribeira de Pena, concelho de Vila Real e é um paraíso de natureza recheado de emoções fortes, silêncio apaziguador e ao mesmo tempo a animação que se queira. É também conhecido por ter o maior slide do mundo, o Fantasticable, com 1538m de extensão, a uma altitude de 150m e que pode atingir uma velocidade até 130km/h, mas que em vez de medo - que acredito ser o que a maioria das pessoas acha que vai sentir - nos dá uma sensação única de serenidade e de paz que não se quer que acabe nunca.
Já o salto negativo, bom, foi definitivamente a atividade que mais nos puxou pela adrenalina e, a par do fantasticable, a minha favorita do dia mas não é mesmo aconselhável a cardíacos ou a pessoas muito sensíveis.
9:00
Era o padeiro que me fazia saltar da cama pelas nove a maioria das vezes. Não me lembro de outras férias em que acordasse tão tarde e me pusesse a pé só quando me realmente apetecia (porque comprava o pão e ia-me aninhar novamente). Este pão, o biju, é característico da zona e é o único pão "branco" que se come por aqui. Ainda há quem coza broa de milho e ou de centeio mas é cada vez mais raro, pelo que o padeiro, além dos bijus, também já as vende.
10:00
Neste dia levantámos todos mais cedo que o habitual e lá rumámos até ao parque, juntamente com uns primos. Para os que não são de perto eles até já dispõe de umas casinhas muito giras no meio do pinhal que permitem uma escapada no meio da natureza com ou sem adrenalina à mistura.
11:00
Começámos pelo percurso aventura. Os miúdos pelo infantil e nós pelo de dificuldade média, como nos aconselharam porque nunca tínhamos experimentado. Seguiram-se os trampolins (para os miúdos), o slide (um cabo de 100m), o rappel (para os primos) a escalada e o salto negativo para nós (o pacote que escolhemos incluía paintball, mas trocámos pelo salto negativo que era o que queríamos. como era uma atividade mais barata que a incluída, ainda nos acrescentaram o passeio de segways todo-o-terreno).
12:00
Entretanto deixámos o grupo a terminar as atividades e lá fomos experimentar o fantasticable. Tivemos de nos equipar e ir de carrinha até o monte vizinho, a partir do qual se inicia a atividade. Não tenho fotos mas é uma experiência que verdadeiramente só se percebe fazendo e mesmo quem não é dado a radicalidades, pode experimentar sem medos, porque é de facto uma sensação suave e de serenidade que vão gostar.
13:00
Voltámos a reencontrármo-nos no Tiro ao Alvo que pode ser experimentado com arco e flecha ou fisga. Desta vez quiseram todos ser Robin Hoods, só faltou os collants (e o cof... jeito cof cof...).
14:00
Nas férias da aldeia do meu pai, é ele o cozinheiro de serviço e nós é que agradecemos porque o faz mesmo bem. Então os petiscos ou os cozinhados mais típicos... upa upa.
15:00
Férias na aldeia não significa só lazer. A casa está fechada muito tempo e é sempre preciso uma limpeza maior ou umas reparações além da manutenção diária. Quando era miúda protestava sem parar por ter de ir lavar a roupa num dos tanques da aldeia ou de ter de fazer isto e aquilo, mas agora que não tenho ninguém para me obrigar e até já temos máquina de lavar roupa gosto (sim, eu usei mesmo o termo gosto) de o fazer.
16:00
Entre o almoço e a ida ao rio da tarde, eles colaboram em alguma tarefa e brincam dentro ou fora de casa, geralmente os dois juntos e com mais ou menos irritações mútuas. Sempre a perguntar quando é que vamos para o rio e sempre com pouca vontade de esperar.
17:00
Adoramos vir para este recanto da serra, onde o caminho é difícil (e cada vez mais perigoso) mas a recompensa é magnífica. Uma lagoa de água transparente, aquecida pelo sol que bate no leito desde a nascente e pelas grandes lages de granito que a contém. Como o fundo é liso, é óptimo para os miúdos e tem zonas suficientemente fundas para uns mergulhos criativos.
18:00
Este ano a brincadeira de eleição era construir um dique humano e aguentar a pressão da água o máximo de tempo possível. É claro que o pai da casa era uma das peças preferidas porque, digamos assim, tinha uma área de cobertura significativa e não é tão friorento como eu.
19:00
Só se sai do rio, quando já não apetece andar dentro de água ou é hora de jantar - na aldeia há horas para comer e embora sejam muito mais flexíveis do que há uns anos atrás, ainda existem - e como é bom de ver, isso é coisa para dar para o tarde.
20:00
Os mergulhos dão fome, e mesmo levando uns farnel de bijus, há sempre muuuuuiiiiiitoooooo espaço para amoras.
21:00
Peixe é coisa que pode ser complicada numa aldeia do interior mas em dias certos lá vêm as carrinhas dos peixeiros mais ou menos abastecidas dependendo do que os que as avistaram antes de nós compraram. Neste dia trazia sardinhas de Matosinhos e posso garantir que foram as melhores sardinhas que comi este ano e das melhores de sempre.
22:00
Depois do jantar e da louça lavada o destino é apenas um: o café da aldeia. Aqui é onde se sente mais a diferença entre a aldeia que conheci nas minhas férias de criança e a de agora. Muito menos gente, poucas crianças, tudo muito menos conversador e uma sensação que mais dia menos dia nem este café existirá mais.
23:00
A crise também chegou ao interior e as luzes da rua passaram a desligar-se à meia-noite. Neste dia porém, um menino cansado decidiu adiantar-se às luzes e pediu para voltar mais cedo. Voltámos, ele para o mundo dos sonhos e eu para o livro que abri apenas duas vezes em quinze dias.
terça-feira, agosto 21, 2012
Primeiras vezes...
Ele deixou de ser o Dom Redondinho e está grande, esguio, e a pouco mais de duas semanas do primeiro ciclo. Todos os que ficaram sem o ver durante uns tempos e o revêem agora o acham mais calmo, menos furacão, mais controlado e é verdade. Ele tem amadurecido muito em termos de auto-controlo, especialmente quando não está connosco. É normal, está a crescer e a aprender a conhecer-se e a saber lidar com a frustração que sente quando não é bem sucedido com alguma coisa ou quando assiste a alguma injustiça.
No entanto também é verdade que foi nestas férias que ele mais nos desafiou, que mais nos provocou, que mais nos alterou, ao ponto de eu ter-lhe dado a primeira palmada. Estava a subir as escadas com ele a espernear e a debater-se revoltado comigo por o ter castigado e num desses repentes fez-me desequilibrar e bater com a cabeça numa esquina, aleijei-me, revoltei-me e dei-lhe uma palmada no rabo. Bati, mas continuo a não acreditar em palmadas e a verdade é que o único efeito que teve foi aumentar-lhe a raiva. O que veio finalmente trazer de novo a paz foi o quadro de comportamento que basicamente penaliza os achaques temperamentais e premeia o auto-controlo. Este é verdadeiramente o método que mais o tem ajudado a melhorar nesta área.
Quando regressámos, o quadro ficou com ele bem como a responsabilidade de o preencher de acordo com o seu comportamento, e, quando falamos com ele é ele que quer contar como tem preenchido os espaços, orgulhoso dos seus feitos e conquistas.
Este é um menino bom, o verdadeiro amigo do seu amigo, sempre com vontade de ajudar o próximo mesmo que tenha de abdicar de algo para o fazer, que abomina injustiças e mentiras, e para quem - nas palavras da sua educadora até aqui - o seu sucesso, é o sucesso de todos os que o rodeiam, mas esta fragilidade no controle de emoções aliada às suas convições fortes ainda lhe vai trazer muitos dissabores no futuro. Sei-o bem demais. Só espero que saibamos guiá-lo sempre pelo caminho certo.
Fast food: Salada tudo-ao-molho-e-toca-a-comer...
Mesmo a calhar para esta onda de calor que não se aguenta (ou que eu pelo menos não aguento pois sou menina de temperatura amena) uma saladinha destas põe logo ponto final numa conversa do género:
-o que é que jantamos?
- o que é que temos em casa para jantar? não me apetece cozinhar...
Ingredientes: basicamente o que houver no frigorífico e despensa a jeito.
Preparação: picar tudo (ou quase), enfiar numa tigela, temperar a gosto - se estiver muito calor ainda podem levar um bocadinho ao frigorífico para refrescar - e servir.
Tempo de preparação: cinco minutos, se tanto, para quem tenha uma picadora, ou, o tempo que o talento a picar com a faca permitir.
O que esta levou: Couve-roxa, milho, tomate, alface, coentros, tomate, maçã Granny Smith, azeitonas pretas, pickles, delícias do mar, atum, requeijão de Seia e queijo Brie.
O resultado: delicioso, fresco e saciante.
Para além de ser tão saudável quanto se queira, é uma excelente forma de "esconder" algum ingrediente que se aprecie menos mas que nos faça falta ou aos miúdos!
segunda-feira, agosto 20, 2012
Fly Lily, fly!!!
O aviso está dado: Se voltas a fazer uma destas, voas mesmo pela janela... (amigos tementes ao bem-estar da sra. d. cadela, não se preocupem que eu sou como os (meus) cães, ladro, mas não mordo).
Portanto, eis que eu decido lavar umas das minhas sandalocas porque estavam para lá do sujas e arrisco a máquina de lavar pela primeira vez. Enfio tudo na máquina (estas e o calçado que lavo habitualmente na máquina) e lá as ponho a secar feliz com o aparente resultado (que podia ter sido melhor se não tivesse tido medo e não tivesse diminuído o tempo de lavagem pelo sim, pelo não). Só é pena que já não tenha podido comprovar depois de seco o resultado desta aventura.
Três pares de sapatos que foram à vida (sendo que os ténis do Miguel eram praticamente novos).
[este post ficou em modo draft desde antes de partir de férias. há mais uns quantos assim, mas eu ainda estou "pouco cá". regressei de férias, mas não me trouxe. ainda me sinto longe.]
FDS a dois...
Os primeiros dias de regresso foram dedicados à casa:
Temos finalmente mais duas divisões dadas como prontas (tirando a parte de decoração, que vai ter de esperar pelo OF 2013*): o nosso quarto e a sala multimédia.
Pelo meio, atirei-me ao primeiro de dois projetos de renovação que quero concluir antes dos miúdos chegarem: a recuperação de uma cadeira de braços antiga e da frente da máquina de lavar roupa. A cadeira está muito atacada pelo bicho, mas sólida, por isso a fase kill all the bugs you can! já foi feita e espero que tenha resultado mesmo.
Com as obras, descobrimos que temos um sotão imenso e decidimos que tínhamos de o aproveitar devidamente. Pena é que a acompanhar a imensidão do sotão, havia também uma imensidão de entulho sobre a placa. Limpámos tudo (cof cof, falta um bocadinho-assim), colocámos alcatifa sobre a placa e agora já podemos andar à vontade e começar a segunda fase que é escolher da tralha que temos a atulhar a garagem e roupeiros, o que é para dar, para deitar fora ou para guardar.
É claro que se trabalhamos muito, não podemos descurar o importe de energia (acima de tudo, saudável claro) para aguentar o acartamento de entulho, as limpezas, os furos nas paredes, as idas ao Leroy&Merlin e ao IKEA.
* orçamento familiar para 2013
Temos finalmente mais duas divisões dadas como prontas (tirando a parte de decoração, que vai ter de esperar pelo OF 2013*): o nosso quarto e a sala multimédia.
Pelo meio, atirei-me ao primeiro de dois projetos de renovação que quero concluir antes dos miúdos chegarem: a recuperação de uma cadeira de braços antiga e da frente da máquina de lavar roupa. A cadeira está muito atacada pelo bicho, mas sólida, por isso a fase kill all the bugs you can! já foi feita e espero que tenha resultado mesmo.
Com as obras, descobrimos que temos um sotão imenso e decidimos que tínhamos de o aproveitar devidamente. Pena é que a acompanhar a imensidão do sotão, havia também uma imensidão de entulho sobre a placa. Limpámos tudo (cof cof, falta um bocadinho-assim), colocámos alcatifa sobre a placa e agora já podemos andar à vontade e começar a segunda fase que é escolher da tralha que temos a atulhar a garagem e roupeiros, o que é para dar, para deitar fora ou para guardar.
É claro que se trabalhamos muito, não podemos descurar o importe de energia (acima de tudo, saudável claro) para aguentar o acartamento de entulho, as limpezas, os furos nas paredes, as idas ao Leroy&Merlin e ao IKEA.
* orçamento familiar para 2013
quarta-feira, agosto 15, 2012
sábado, agosto 04, 2012
quarta-feira, agosto 01, 2012
Subscrever:
Mensagens (Atom)