sexta-feira, março 28, 2008

Por aqui...





ainda é Outono.

[e por aqui o tempo anda mais devagar. Porque é preciso tempo para sentir o fresco das manhãs. Para desfrutar do chilrear dos pássaros e do murmurinho da água que corre sem pressa. Para poder descansar num tronco caído e apreciar o cheiro do musgo e dos eucaliptos que nos inebria os sentidos. Para poder estar. Para poder sentir. Só o sino da Igreja que marca as horas lá ao longe contraria essa noção. E nós ignoramo-lo.]

Estar de férias é...

[e ter wifi de borla no hotel também! :p]

Íamos aprender a fazer snowboard...

Andamos há anos para experimentar mas parecia que nunca nos apetecia. O bichinho instalou-se este ano e reservámos uns dias para ir os dois.

Íamos aprender a fazer snowboard. Em montanhas vizinhas, a umas largas centenas de quilómetros, íamos descer aquelas encostas enquanto seríamos vergonhosamente ultrapassados por miudinhos de metade do nosso tamanho.

Íamos aprender a fazer snowboard. Mas agora, além dos supermercados nos ditarem as datas e os produtos que podemos comprar se queremos poupar qualquer coisa, também os operadores turísticos nos ditam as datas das nossas férias se queremos os preços impressos a letras garrafais em todos os prospectos.

Ai apanha um fim-de-semana?! Ai não sabia há seis meses atrás que queria ir esta semana para a neve?! Então é mais x para a estadia. E mais y para o curso que em vez de 15 são 8 horas. E mais z para os equipamento. E mais... e mais...

Éramos para ter ido aprender a fazer snowboard. Mas optámos por ser donos da nossa vontade e trocámos o corpo dorido das quedas e das viagens, por um corpo relaxado e tonificado. A adrenalina, pelo sossego.

Trocámos a neve, pela água. O castelhano, pelo português. As montanhas brancas, pelos jardins cheios de árvores ainda meio despidas.

Trocámos quase tudo. Apenas nos mantivemos aos dois.

quarta-feira, março 26, 2008

E quando...

eu estou no cumulo de uma luta interior para controlar o sentimento de culpa que se tenta apoderar de mim por causa de uma escapadela a dois, eis que a minha filha acorda às seis da manhã, chama por mim [facto raro por si só] e pergunta-me, do nada, enquanto se enrosca a mim no quente da cama dela: - mãe, quando vamos de férias os quatro? Pronto... mataste-me. [mas nós vamos na mesma...]

Os miúdos...

já estão deitados. Nas notícias anunciam a descida de 1% do IVA. Grande coisa. O dos iogurtes e o leite de soja baixou para 5% e eu continua a pagar a mesmíssima quantia que pagava quando era de 12%. O preço do barril de crude também desceu e não notei nada quando abasteci o bicho aqui de casa. Parece que o IVA dos ginásios também baixou mas esse não notei porque tempo para ginásio é coisa que não tenho (e talvez vontade mas essa é outra conversa). O que é estranho, é que haja quem lá ande e também não tenha notado nada. Acenam-nos com 1% e pasmem-se, há eleições para o ano que vem. 1%. Devia estar feliz, não era?!

Hoje...

é a descompressão total. A avalanche inerente ao final do projecto já fez os estragos que tinha a fazer, e por isso, estamos já quase com os dois pés na rotina habitual de manutenção. A gripe continua a fazer das suas e como se não bastasse juntam-se os pólenes que agora andam aí todos contentes pelo ar, a irritar-me os olhos e a transformar o meu nariz numa torneira comichosa. Aproveito o estar a umas horas de um fim-de-semana prolongado para abrandar o ritmo e gozar a calmia antes de mergulhar na série de novos projectos que aguardam a sua vez. Estou de novo satisfeita aqui. Já não era sem tempo.

Quando os cavalos escasseiam...

há que ser radical!

Apeada é que uma princesa não pode ficar...

terça-feira, março 25, 2008

23 meses de ti...

Há dois anos fotografava-te assim. Não fazia ideia de como serias. Supunha-te parecido com ela, a acreditar nas imagens das vossas últimas ecografias.35 semanasNão podia estar mais errada.

Um mês depois, ao invés do bebé moreno, peludo e de farto cabelo negro, surge-me no colo, um bebé branquinho branquinho, quase sem cabelo e sem pêlos que se vissem.

Um ano depois, o prenúncio dos caracóis. O teu ar de reguila, deixava poucas margens para dúvidas do futuro que nos esperava. A tua doçura permanente, garantia-me que ias levar a melhor muitas dessas vezes.
11 meses
Agora as imagens que tenho de ti, reflectem um rapazinho decidido e meigo. Não dás o braço a torcer sem luta. Teimoso como esta tua mãezinha que te cria. Gostas da paródia e de beijos e de abraços. Gostas das brincadeiras malucas que inventamos ao calhas. Das histórias contadas a duas vozes no quentinho dos lençóis. Dos saltos na cama dos pais. De desenhar com as tintas e canetas. Das quedas aparatosas e fingidas do sofá da sala. Das corridas às cavalitas. E dos cães.

Por ti passávamos os dias na rua de volta dos cães.

E de comer.

Comes de tudo e sozinho. Aceitas ajuda para te chegar alimento mais depressa, mas gostas de manter o controle.

E de mimo.

Dás e pedes mimo constantemente.

E de limpeza.

Não te importas de sujar mas apressas-te a pedir que te limpem. Lixo espalhado é inaceitável e se o teu radar encontra uma sujidade, ai de nós que não a eliminemos ao teu comando. [esta tua faceta é deveras útil lá por casa... escusas de a perder, ok?!]

E de ajudar.

Se é para fazer alguma coisa podemos sempre contar contigo. Seja a pôr a mesa ou a lavar a loiça, seja a limpar o pó ou a lavar o chão, estás sempre pronto para ajudar. Às vezes um bocadinho pronto demais para o que nos convém, mas enfim.

E de estar no banho.

Lavar os dentes e as mãos é contigo, brincar no banho também. Agora lavar a cabeça é ainda o fim da picada e o chuveiro da natação implica uma série de preparativos: primeiro molhar os pezinhos, depois as perninhas, depois as mãozinhas e depois, com o berreiro habitual, os lindos caracóis.

E de jogar à bola.

Chutas decidido. Corres atrás da bola, ajeitas-a à tua maneira e rematas sem piedade. Remate após remate. Golo após golo. Viva após viva. Até quem estiver a jogar contigo se cansar.

E dos avós.

Tanto, tanto.

E da mana.

Inseparáveis.
manos
E esse teu feitiozinho que dá muito mais trabalho que o da mana?

Essa tua veia dramática a funcionar a 100%. Seja na fila da caixa do supermercado a chorar baba e ranho para que te deixe agarrar num dos milhentos ovos estrategicamente colocados ao teu nível dos olhos. Ou no café a pedir estridentemente uma daquelas bolas de açúcar colorida agarradas a um pau, que estão um pouco por todo o balcão.

E esse teu desamor à contradição?

O não gostares que te imponham limites. Que te digam não.

E essa tua vontade de fazer amigos?

A alegria de viver que espalhas por todos os que te rodeiam. Essa tua felicidade constante. O teu carinho. A tua capacidade de partilhar. Esse teu sorriso.

E esse teu sorriso basta-me. Mesmo.

segunda-feira, março 24, 2008

hi5

por causa de um primo, fui contra uma resolução antiga e aderi ao hi5. Ainda não tinha aderido há um par de horas e já recebia emails de gente com quem troquei no máximo um email, a aceitar convites supostamente enviados por mim. Como é que é?! Eu não enviei convites a ninguém!!! Será que aquilo varreu a minha lista de contactos do email?! Estou tramada... [priminho, esta vai sair-te cara!] Adenda: e hoje descobri que já tenho um registo no hi5, com outro email, desde 2005... e pelo uso que dei ao primeiro registo, acho que não demora muito a que desapareçam os dois em breve... aquilo dá para apagar, certo?!

Do fim-de-semana...

a continuação das arrumações pós-inundação com muitas memórias deitadas para o lixo. [acredito veemente que o propósito desta inundação foi relembrar-nos da irrelevância do material, e, o colocar de um ponto final no constante adiar da selecção do que vale a pena guardar ou não. Assim não houve dúvidas nenhumas, foi [quase] tudo para o lixo. As minhas milhentas revistas disto e daquilo, os meus livros de infância, as sebentas da faculdade, os recuerdos de viagens, etc...] uma overdose de chocolate e de mimo para a criançada [obrigada, obrigada, mas agora só voltem a oferecer chocolate às criancinhas daqui um ano, ok?!] uma valente gripe para mim. [atchiiiim!]

sexta-feira, março 21, 2008

Hoje almoçámos fora...


E que dia que esteve para inaugurar a Primavera!

Corte de cabelo...


eu sei que ninguém queria e tal e tal, mas aquela franja já não tinha solução, e como ganchinhos e fitas não me parece serem a solução, toca de ir tosquiar a criança.

Não se preocupem... os caracóis mantém-se.

(Ainda) do dia do Pai...


«é muito divertido saltar em cima do meu pai»

A felicidade...


está nas coisas simples.

Há coisas...

que não dá para ignorar. Primeiro, não devia ser necessário a quem é cumpridor dos seus deveres, ter de levar a cabo verdadeiras batalhas para beneficiar do que tem direito. Segundo, há atitudes que demonstram que há quem se esqueça que a educação começa em casa, e que há lições, como a do respeito pelo próximo, que não andam a ser bem explicadas. É o país que temos.

Andamos em arrumações...

e eu encontrei este apontamento de uma conversa com ela a 21 de Setembro de 2007, rabiscado na folha de notas diárias da escola:
Na esplanada onde vamos depois da escola, ela a seguir com os olhos a empregada que nos atende diariamente: - ela é tua amiga? - não... a mãe só a conhece daqui. queres perguntar-lhe o nome? - sim! um dia quando for crescida vou perguntar-lhe o nome. - só quando fores crescida? - sim! muito crescida. quando já não tiver medo! - medo de quê? - medo das pessoas que não conheço! quando for crescida, não vou ter medo e vou perguntar o nome e aquela pessoa vai ser minha amiga!

quinta-feira, março 20, 2008

Do dia do Pai...

ela tinha escolhido a prenda do pai há semanas. Vamos dar-lhe morangos com chantilly, boa?!

Assim foi. Ele ofereceu um pacote de natas e ela uma embalagem de morangos.

Não sei se o melhor foi comer os ditos morangos com chantilly, se a festa que fizeram para bater as natas.

mas definitivamente a mistura de discoteca com festa-do-pijama que fizemos depois foi o coroa de glória da noite.

Do dia do Pai...


A prenda feita na escola.

O meu Pai chama-se António!
Ele tem caracóis e é do Porto.
Ele gosta de ver televisão e de ver as notícias.
Gosto de fazer jogos meus com o Pai!
O meu Pai gosta muito de comer carne com ketchup e massa.
Gosto muito dele porque ele gosta muito de mim!
Quero dar-te um beijinho e um abraço, Pai!


[adorei o boneco, mas delirei especialmente das orelhas e do coração enorme do pai...]

Conclui...

que tenho muito mais a ver com as mulheres do autocarro das sete/oito do que as do autocarro das oito/nove. As últimas têm sempre, quase todas, as unhas impecavelmente pintadas, os cabelos devidamente arranjados, as toilette dentro das últimas tendências, perfumes que se espalham pelos arredores e a maquilhagem no ponto. As primeiras... bom, vamos esquecer as primeiras. [considerações à secretária do serviço enquanto se espera que as actualizações diárias corram, para saber se as brincadeiras dos últimos dias fizeram estragos ou não... um cafézinho já ia.]

Do cansaço...

Só reparar que me esqueci de sair na paragem certa quatro paragens depois, e, só sair na quinta. [a porta abriu, eu olhei lá para a fora e pensava como é que eu tinha ido parar ali. quando se fez clic na minha cabeça que tinha de sair... a porta fechou.]

quarta-feira, março 19, 2008

Não sei o que foi pior...

se sair às 2h00 do trabalho, para voltar a entrar às 8h00; se me deitar às 2h30, para acordar às 6h30; se me deitar às 2h30 e não conseguir adormecer até depois das 3h00; se não os ver acordados desde ontem de manhã; se hoje ainda não tiver parado um minuto e estar sempre a encontrar mais qualquer coisa que ficou por fazer; ou, se serem quase cinco e ainda não ver a hora de saída. ou se calhar até sei... [hoje vou enche-los de beijos]

Uma da manhã, hey!

bem bom! montes de erros p'ra dois, sem saber o que virá depois. Bem bom, hey! :p

terça-feira, março 18, 2008

23:55

e ainda estou no trabalho. [se vejo isto acabado...]

Depois de um dia em casa...

por ter passado a noite cheia de tosse, o regresso à escola fez-se em grande estilo.

- mãe, hoje eu queria tanto levar as perneiras que a tua mãe* fez...

E lá foi ela. Cheia de orgulho por levar o que outrora foi meu, com promessas de que não ia estragar.

[Não te preocupes filha se estragares. Coisas são coisas. Mesmo que não se possam substituir valem o que valem. A ti só te tenho a ti como só a tinha a ela. Não são apenas as coisas que precisam de ser cuidadas. Acima de todas elas, vêm as pessoas e as nossas relações com elas. São essas que merecem ser estimadas com desvelo. Mesmo que, por vezes, seja fácil demais esquecermo-nos disso.]


* é sempre a tua mãe, não a entende como também sua avó.

domingo, março 16, 2008

Dos amigos...

Terça-feira à noite, na piscina depois da sua aula de natação. ela - mãe eu quero ficar com a G. G. - deixa-a que eu depois levo-a. eu - está bem. G. - pode até ficar lá a jantar. eu - não queres ficar com ela lá a dormir também? G. - por mim... Nós temos muita sorte, com quem tem entrado nas nossas vidas.

Nunca se sabe...

quando umas ferramentas não darão jeito...

[voltou à fase de não querer que lhe tire fotografias. Retifico: voltou à fase de não querer que eu tire fotografias. humpf]

No fim-de-semana passado...

ela foi ao cinema com a avó (ver O Patinho Feio e Eu), o Miguel foi à Quinta Pedagógica (ou pedalógica como dizia a Joana), e, os pais aproveitaram para verem um filmezito para maiores de doze pelo menos. Este fim-de-semana fomos as duas, mais umas amigas da escola, ver o filme das Winx (é escusado dizer que foi o delírio total, certo?! - S . vou ter pena de ti amanhã :p). Acho que foi a primeira vez que fui ao cinema dois fins-de-semana seguidos. Ela, com menos uns anitos que eu, conseguiu o mesmo feito.

Para registar...

não suporta ter pacacos no nariz e só come de laca e gafu. Colheres são para os bebés.

O milagre da vida...


não tem nada de pequeno.

[já não se mexia de tão frio que estava. Teve se ser trazido para a cozinha e aquecido ao pé do lume enrolado em panos quentes...]

Depois...


de um Sábado agitado, um Domingo caseirinho.

[adoro ouvi-lo dizer sacholo]

quinta-feira, março 13, 2008

Momentos...


de há um ano atrás.

Tem ficado...

muita coisa por registar. É no meio de conversas que me vou lembrando das coisas e acabo por nunca ter tempo ou vontade de as compor em caracteres. A semana passada, estava a trocar de roupa quando o Miguel chega ao pé de mim e fixa-se nas minhas mamas. Mãe, maminha! exclama. Sim filho, são as maminhas da mãe, confirmo. Maminha! repete. Sim filho. Quéio! hã?! Quis mamar e depois de uma tentativa falhada de o demover da ideia, não o contrariei e deixei-o. Achei que ele nem sequer ia ser capaz de voltar a agarrar o mamilo para mamar. De facto assim que experimentou não conseguiu, mas logo recuperou a lembrança e mamou com convicção. Pensei que assim que sentisse o sabor do leite (sim, ainda tenho leite) desistia, mas não. Mamou uns segundos, solta um bom! e vai-se embora. Não voltou a pedir, mas confesso que por esta não esperava.

quarta-feira, março 12, 2008

Um colega meu...

pasma-se quando lhe digo que a Joana é capaz de dormir treze horas seguidas na maior. Sempre o fez amiúde. Adormecia na sesta da tarde e só acordava no dia seguinte. Não sei qual foi o seu recorde, mas bateu as treze horas de longe. Agora são treze porque é o que dá. Adormece no carro quando vem na escola e segue até Às 7h30/8h00 do dia seguinte. Sem jantar, sem ir à casa-de-banho, sem beber o seu leitinho. A semana passada aconteceu duas vezes, esta outras duas. Desde o início do ano, altura em que deixou de fazer sestas na escola por sua iniciativa - já não as fazia ao fim-de-semana há mais tempo - que estas directas surgiram também aos dias de semana. Não há fome que não dê em fartura, e se em pequenina as noites boas contaram-se pelos dedos... de uma mão, agora as noites dela não são de facto motivo de preocupação.

Quase 8 horas...

em frente ao computador, e só consigo vir até aqui no banco do autocarro. [estou a começar a ficar cansada deste projecto... o que vale é que está quase - finalmente - a chegar ao fim]

terça-feira, março 11, 2008

É bom ser criança...

Puro relax ou: eu só não fiz igual porque tive vergonha

Diz lá outra vez?!

- oh mãe, tu um dia deixas-me fazer tudo o que eu quiser? Deixas hoje? Posso fazer tudo o que eu quiser?! [está a começar a tornar-se recorrente]

Um crescido...

O avô sugeriu e ele deu a chucha ao Deco (gato vizinho do avô). Chegado a casa, contou-nos o facto com manifesta felicidade. À hora de dormir porém, lembrou-se que queria a chucha. Pensámos em aproveitar a deixa que ele tinha dado a chucha ao gato a ver se pegava mas depressa desistimos. Tudo tem o seu tempo, ele ainda é pequenino e este é mais um passo que tem de partir dele. A meio da noite acordou e chamou por nós. Encontrei-o já a meio caminho da nossa cama, muito desperto. Trouxe-o enrolado em mim e deitámo-nos. Quando encostei a cara na fronha, lembrei-me que não tinha ido buscar a chucha. Aparentemente fui a única, já que ele estava a adormecer sem problemas. Quando também eu estava a deixar-me ir, ouço um chucha pouco convicto. Ignorei. chucha... Adormeceu. Foi a primeira vez. Há que registar. [espero que seja um indício que a desabituação da chucha não vai ser complicada... espero mesmo!]

domingo, março 09, 2008

O que queres dar ao avô nos anos?


- já sei! um desenho do campo de futebol!
- boa! e desenhas o avô com a camisola do Benfica e tudo!
- não! tu não dizes! eu é que escolho! tu não mandas nos meus desenhos!

e ainda só tem 4 anos ... pois...

No segundo...

temos quem nos ajude a ensinar.

Durante umas limpezas...

da confusão instalada pela nossa inundação. Encontrei uma mala com alguns tesouros guardados. Chamei-a e mostrei-lhe os meus maillots de ballet e ginástica religiosamente guardados. Enquanto ela lhes pega, solta um Afinal, já foste mesmo pequenina mãe! como se tal facto parecesse irreal demais para ser verdade. Junto com eles, dois pares de perneiras que a minha mãe me tricotou. Umas cor-de-rosa, azuis e brancas, a condizer com o maillot de ballet e outras bem mais coloridas para as aulas enérgicas da ginástica.

Não faço ideia, como resistiram elas a tanto uso. Parecem-me novas.

Pergunto-lhe se as quer usar. Já não as queres mais, mãe? pergunta-me. Quero. Quero sim. Tesouros destes são os que me mantêm capaz de acreditar em momentos que me parecem cada vez mais perdidos na minha memória. Cada vez mais irreais.

Mas quero também vê-las rodopiar agora nela. Como se ao vê-la com elas, conseguisse ver-me a mim a executar as mesmas danças. Me permitisse descobrir as mãos macias, de que tanto sinto a falta, mas aspereza das minhas próprias mãos.

Percebo então que nunca estará longe de mim. Está em tudo o que faço. O que sou.

Mas isso às vezes não me chega.

sexta-feira, março 07, 2008

Há dias...

que me parece um crime trazê-la da escola. Observo-a às escondidas nas suas brincadeiras. Os risos soltos, o faz-de-conta tão real para eles. Perco-me a devorar-lhes as gargalhadas. Demoro a deixá-la descobrir-me. Hoje custou-me interromper-lhe os risos. Custou-me cada explicação pedida por cada menina que brincava com ela. Custou-me negar-lhe todos os só mais um bocadinho encenando uma pose irredutível. No carro, poucos metros depois, estranho o silêncio e espreito-a pelo retrovisor. Dormia com um sorriso de orelha a orelha. Aposto que encontrou uma maneira de continuar com a brincadeira.

A sala no jardim...

Ontem...

ficámos a conhecer bem melhor o universo da atopia e confirmámos as suspeitas que já eram quase certezas absolutas. Temos dois filhos atópicos e pelo menos um deles é asmático. Olha que fixe.

segunda-feira, março 03, 2008

lá-ra-li-la-lai...

se é difícil acordar à segunda-feira... acordar uma criança à segunda-feira é muito mais, é muito mais! se é difícil acordar uma criança à segunda-feira... acordar duas crianças à segunda-feira é muito mais, é muito mais! se é difícil acordar duas crianças à segunda-feira... acordar três crianças à segunda-feira é muito mais, é muito mais! se é difícil acordar três crianças à segunda-feira... acordar três crianças e um adulto à segunda-feira é muito mais, é muito mais! [pode ter sido mais difícil, mas também foi muito mais animado!]

Fomos ao teatro...

ver o Capuchinho Vermelho no Malaposta. Foi excelente! Uma peça cheia de humor onde os miúdos saltam do público para o palco e tornam-se parte do espectáculo. Dos pais aos actores, passando pelos miúdos, todos se divertem.

Numa palavra: adorámos!

Foi a escolha certa para a estreia do Miguel nestas lides.

"Ai ele está tão crescido e tal e coiso..."

Esta é a razão.