domingo, setembro 30, 2012
sexta-feira, setembro 28, 2012
Quanto vale uma vida humana?
[escrito a 27 de Setembro de 2012]
E desculpem qualquer coisinha, sim.
Depois de ouvir esta notícia hoje de manhã, e de me recordar o que vivi há doze anos atrás, a conclusão a que chego é que eu sou culpada por parte do grande buraco orçamental.Eu tinha escrito isto ontem, mas deixei em banho Maria porque escrevi de rajada e nem sempre digo bem o que quero nessas situações. Eu até tenho uma opinião formada sobre o mau uso de alguns recursos por parte dos médicos e dos utentes do SNS. Eu até tenho opinião formada sobre outras coisas importantes relacionadas com os jogos psicológicos que fazem sobre doentes e familiares de doenças terminais, mas não vou por aí. Porque o que escrevi ontem, é mesmo o que eu quero dizer sobre esta medida.
A minha mãe viveu três anos, quando não era expectável viver mais do que alguns meses, tendo feito nesse tempo alguns tratamentos experimentais caríssimos - que por acaso até a iam matando mais cedo - cirurgias, quimioterapias, radioterapias, etc etc etc.
Fez tudo no IPO de Lisboa, consoante o proposto pelos médicos, sempre a contrariar expetativas e taxas de sobrevivência, sempre a mostrar que estava ali para lutar uma guerra e vencer batalha a batalha.
Não venceu, mas conseguiu ver-me a definir o futuro com o homem que hoje é meu marido (e por quinze dias apenas não nos viu casar), viu o meu irmão prestes a concluir os seus estudos com distinção (mas foi poupada à sua perda, pelo menos isso) viu a minha irmã chegar aos treze anos (e treze é muito diferente de nove).
Desculpem sim, por ter tido a minha mãe mais dois anos e meio do que previsto. Desculpem o que a presença dela nas nossas vidas custou ao estado. E perdoem pensar que a vida humana não tem preço e que o Serviço Nacional de Saúde devia ser cego a classes sociais e influências.
Quem achar que isto é realmente uma medida equilibrada, tem dinheiro para pagar o que for preciso do seu bolso. Quem não achar que isto, mesmo podendo até parecer sensato no papel mas que, na realidade vai ter um efeito perverso, nunca passou por uma situação em que a sua vida ou a de alguém que ama dependa da decisão de outrém e não tem meios para se valer de outra forma.
E desculpem qualquer coisinha, sim.
quinta-feira, setembro 27, 2012
o Natal é quando um homem quiser...
ou, quando há finalmente espaço para se brincar com as prendas que se receberam.
19h51 todos jantados e a mais velha abre uma das três prendas que recebeu no Natal de há dois anos.
Até às 21h30 acho que não os vamos ouvir :p
[obrigada por todos os contactos que me têm estado a enviar. a sério, obrigada!]
19h51 todos jantados e a mais velha abre uma das três prendas que recebeu no Natal de há dois anos.
Até às 21h30 acho que não os vamos ouvir :p
[obrigada por todos os contactos que me têm estado a enviar. a sério, obrigada!]
Quem me aconselha...
um bom médico de clínica geral em Lisboa?
Podem passar-me o contacto pela caixa dos comentários ou pelo email: costinhas@gmail.com
Obrigada!
Podem passar-me o contacto pela caixa dos comentários ou pelo email: costinhas@gmail.com
Obrigada!
A coerência senhores...
A coerência é uma virtude pouco valorizada é o que é. O facto da maioria ter memória curta e só ligar ao "agora" também ajuda a isso. E a facilidade que hoje as pessoas têm a reinventarem-se como dá mais jeito?
Ai a coerência, senhores... que faltinha que faz.
Ai a coerência, senhores... que faltinha que faz.
quarta-feira, setembro 26, 2012
Ver...
todas as luzes acesas na escada significa que uma das lutas foi vencida. Às vezes penso como seria a nossa vida se não tivéssemos tantos percalços, tantas surpresas. Penso e a imagem que quase sempre me vem à cabeça é daquelas tiradas dos anúncios em que acorda tudo sempre impecável (maquilhados, penteados, barbeados e frescos) e bem disposto (sorridentes, com piadas e carinhosos) e os cães só correm pelo jardim (não estragam, não sujam e não fazem necessidades).
Depois lembro-me que a vida não é assim, que no anúncio a luz do sol a entrar nas janelonas da cozinha é um projetor e que foram precisas não sei quantas pessoas para projetar tanta felicidade e sintonia, e é então, que me sinto em paz com o caos e união à minha volta. Porque o que não nos mata torna-nos mais fortes, e esta é mesmo verdade.
Síndrome Vertiginoso...
Entrou em ação a semana passada e ainda não foi embora.
O que me custa nem é bem o tentar manter a pose a andar na rua ou no trabalho (mais ao final do dia, que vai piorando com o cansaço) nem ter de descer as escadas agarrada e pé ante pé, nem o ter de pensar em fazer tudo devagar (virar, levantar, comer, suspirar, bocejar, enfim, tudo) o que me custa mesmo é chegar às nove e meia da noite e não me aguentar acordada. Um cansaço extremo, de todo o esforço que o cérebro teve de fazer durante o dia para me manter funcional, que me faz dormir como pedra até o despertador tocar no dia seguinte.
Estou fartinha...
O que me custa nem é bem o tentar manter a pose a andar na rua ou no trabalho (mais ao final do dia, que vai piorando com o cansaço) nem ter de descer as escadas agarrada e pé ante pé, nem o ter de pensar em fazer tudo devagar (virar, levantar, comer, suspirar, bocejar, enfim, tudo) o que me custa mesmo é chegar às nove e meia da noite e não me aguentar acordada. Um cansaço extremo, de todo o esforço que o cérebro teve de fazer durante o dia para me manter funcional, que me faz dormir como pedra até o despertador tocar no dia seguinte.
Estou fartinha...
segunda-feira, setembro 24, 2012
Conversas com ele...
- Mãe, eu hoje trouxe o mesmo que a mana trouxe para fazer... trouxe PSP para fazer... acho que é PSP...
- PSP?
- sim, mãeee! oh mãeeee, PÊ ÉSSE PÊ!!!
- aaahhh TPC!
- isso!
sexta-feira, setembro 21, 2012
Não estou habituada a que se preocupem comigo...
(não estou habituada a queixar-me, também) pelo que quando o fazem, acho sempre um exagero.
O que é o normal, afinal?
O que é o normal, afinal?
Quem é que se veio armar...
para o blogue a dizer que agora até anda a dormir e tal e coiso, quem?
Pois toma lá que já almoçaste e hoje com três horas de sono no bucho - tenha a ver ou não tenha - andas aqui de carrossel sem teres de te mexer, pagar fichas ou disputar cavalos balouçantes.
[digam-me por favor, quem é que no seu perfeito juízo se põe a atualizar o software do telemóvel à hora que devia estar a ir para a cama? e quem é que já devia saber, que nestas situações a coisa nunca corre bem à primeira, quem?]
Pois toma lá que já almoçaste e hoje com três horas de sono no bucho - tenha a ver ou não tenha - andas aqui de carrossel sem teres de te mexer, pagar fichas ou disputar cavalos balouçantes.
[digam-me por favor, quem é que no seu perfeito juízo se põe a atualizar o software do telemóvel à hora que devia estar a ir para a cama? e quem é que já devia saber, que nestas situações a coisa nunca corre bem à primeira, quem?]
quinta-feira, setembro 20, 2012
Rotinas...
Mais do que as rotinas deles, mudei as minhas. O meu ritmo de trabalho é um bocado alucinado e as horas de sono diárias eram metade do que o normal para toda a gente e, mesmo que eu seja pessoa de dormir pouco, começaram a ser notoriamente insuficientes. Ainda assim, ou por causa disso mesmo, não conseguia dar despacho a tudo o que tinha em mãos - mesmo que parte da culpa recaia sobre outros fatores que fogem ao meu controle, mas adiante - pelo que estas férias comecei a pensar onde podia mexer, no que é que podia melhorar.
Assim, agora durmo umas seis horas por noite (e enquanto vocês pensam "só?!" eu digo "tanto!") e impus-me um horário de trabalho em casa. Um luxo.
Os dias começam pelas 6h30 para terminar alguma coisa que tenha deixado a processar quando me fui deitar no dia anterior - geralmente é quando faço os uploads das fotos ou ponho a gravar os DVD's) e se possível dar um jeito rápido a qualquer coisa em casa. À hora que estou a sair de casa, estão os miúdos a levantarem-se ou, com sorte, já acordaram e posso dar-lhes uns miminhos extra enquanto eles se despacham. O António que entretanto também já passeou os cães e está pronto, trata dos pequenos-almoços deles e vai deixá-los nas escolas. Pelas 8h00 já estou sentada no meu trabalho e daí até às 17h00 é sempre a bombar e a pedir que não surjam nenhum tipo de surpresas ao final da tarde (o que é altamente provável).
Se não houverem surpresas, vou-os buscar à escola e deixo-os na respetiva atividade do dia, e, enquanto os dias forem longos o suficiente, ainda vamos a um parque antes de regressar a casa.
À chegada, brincam ou terminam o que possam ter por fazer dos TPC enquanto despachamos o jantar e fazemos alguma coisa em casa, jantamos e estamos juntos (a tv foi banida nas noites de domingo a quinta) até por volta das 21h30 que é a hora limite para estarem na cama. É nesta altura que entro ao serviço novamente até cerca das 00h30.
Tem corrido bem até agora. As manhãs tem sido muito mais fáceis (também por termos estabelecido uma hora fixa para sair de casa e eles só poderem ver tv entre o momento que estão efetivamente prontos e a hora marcada para sair), os finais do dia muito melhores, eu tenho estado mais tempo com eles (embora de vez em quando ainda me apanhe a ir ao computador antes da hora estipulada) e tenho conseguido fazer render mais as noites.
Ainda assim, não é a solução que eu neste momento idealizava. Mas quem sabe se não virá a ser um dia destes...
Assim, agora durmo umas seis horas por noite (e enquanto vocês pensam "só?!" eu digo "tanto!") e impus-me um horário de trabalho em casa. Um luxo.
Os dias começam pelas 6h30 para terminar alguma coisa que tenha deixado a processar quando me fui deitar no dia anterior - geralmente é quando faço os uploads das fotos ou ponho a gravar os DVD's) e se possível dar um jeito rápido a qualquer coisa em casa. À hora que estou a sair de casa, estão os miúdos a levantarem-se ou, com sorte, já acordaram e posso dar-lhes uns miminhos extra enquanto eles se despacham. O António que entretanto também já passeou os cães e está pronto, trata dos pequenos-almoços deles e vai deixá-los nas escolas. Pelas 8h00 já estou sentada no meu trabalho e daí até às 17h00 é sempre a bombar e a pedir que não surjam nenhum tipo de surpresas ao final da tarde (o que é altamente provável).
Se não houverem surpresas, vou-os buscar à escola e deixo-os na respetiva atividade do dia, e, enquanto os dias forem longos o suficiente, ainda vamos a um parque antes de regressar a casa.
À chegada, brincam ou terminam o que possam ter por fazer dos TPC enquanto despachamos o jantar e fazemos alguma coisa em casa, jantamos e estamos juntos (a tv foi banida nas noites de domingo a quinta) até por volta das 21h30 que é a hora limite para estarem na cama. É nesta altura que entro ao serviço novamente até cerca das 00h30.
Tem corrido bem até agora. As manhãs tem sido muito mais fáceis (também por termos estabelecido uma hora fixa para sair de casa e eles só poderem ver tv entre o momento que estão efetivamente prontos e a hora marcada para sair), os finais do dia muito melhores, eu tenho estado mais tempo com eles (embora de vez em quando ainda me apanhe a ir ao computador antes da hora estipulada) e tenho conseguido fazer render mais as noites.
Ainda assim, não é a solução que eu neste momento idealizava. Mas quem sabe se não virá a ser um dia destes...
quarta-feira, setembro 19, 2012
TPC's...
- mãe, diz assim "Miiiguéeel! Miiiguéeel!" para eu conseguir fazer esta linha mais depressa!
[com ela bem posso fazer claque, agitar pompons ou entoar hinos de incentivo que a coisa é sempre para demorar]
[com ela bem posso fazer claque, agitar pompons ou entoar hinos de incentivo que a coisa é sempre para demorar]
terça-feira, setembro 18, 2012
Querem os miúdos a despachar-se de manhã*?!
digam-lhes que podem ir andar de skate antes das aulas se se despacharem.
[estou já a trabalhar desde as oito e o pai a enviar-me fotos e mini-filmes deles a andarem de skate no parque. resta saber é se os tirar de lá vai ser tão fácil como foi tirá-los de casa...]
* dica válida enquanto o tempo a permita.
[estou já a trabalhar desde as oito e o pai a enviar-me fotos e mini-filmes deles a andarem de skate no parque. resta saber é se os tirar de lá vai ser tão fácil como foi tirá-los de casa...]
* dica válida enquanto o tempo a permita.
segunda-feira, setembro 17, 2012
Primeiras vezes...
Hoje começaram a aprender a letra i. Hoje trouxe os primeiros TPC. Hoje percebeu que faltava "muito pouco" para saber ler e escrever. Hoje vi aquele brilho nos olhos de quem está à entrada de um maravilhoso mundo novo. Hoje o meu coração encheu-se mais um bocadinho.
[e também sossegou um bocadinho quando percebeu que ele não sai à irmã no vagar a fazer os deveres... ufa...]
Hoje não assisti a resistências para ficar na escola...
foi o pai que os levou.
[mas ainda assim hoje já correu muito melhor. o pai deixou-os à entrada da escola e lá foram os dois juntos, lado a lado, para a escola e depois para as suas salas que ficam quase frente a frente. ajudou estar a chegar um colega dele quando ele começou a resistir. ajudou também saber que eu tinha saído mais cedo de casa para o poder (espero!) ir buscar mais cedo.]
[mas ainda assim hoje já correu muito melhor. o pai deixou-os à entrada da escola e lá foram os dois juntos, lado a lado, para a escola e depois para as suas salas que ficam quase frente a frente. ajudou estar a chegar um colega dele quando ele começou a resistir. ajudou também saber que eu tinha saído mais cedo de casa para o poder (espero!) ir buscar mais cedo.]
sábado, setembro 15, 2012
Foi uma das tardes...
mais marcantes que já vivi. Famílias inteiras, gente de todas as convições, dois ou três mares de gente que se uniu por uma causa que nos atinge a todos, ou pelo menos a esmagadora maioria. Não levei nem os meus filhos, nem a minha máquina e fiquei logo arrependida. É bom perceber que somos capazes de nos unirmos e somos capazes de mostrar a nossa indignação de forma totalmente pacífica. Espero que estas manifestações que ocorreram um pouco por todo o país tragam efetivamente frutos.
E que todos possamos beneficiar deles.
[ver fotos aqui... agora não tenho mesmo tempo para as adicionar. para a próxima lembrar de pelo menos verificar se o telemóvel tem bateria para não ficar sem registos a meio da manif e ter que pedinchar o da cara-metade de vez em quando :p]
E que todos possamos beneficiar deles.
[ver fotos aqui... agora não tenho mesmo tempo para as adicionar. para a próxima lembrar de pelo menos verificar se o telemóvel tem bateria para não ficar sem registos a meio da manif e ter que pedinchar o da cara-metade de vez em quando :p]
Eu hoje saio à rua...
Eu hoje vou à manifestação não porque goste do nome com que a batizaram (que por acaso não gosto), nem porque seja fixe ir gritar uns nomes feios a alguém (que não chamo nem aí, nem nunca), ou que ache que basta sair para a rua reclamar sem ter noção se existem alternativas e das consequências (porque não).
Mas sair para a rua hoje significa, para mim, que não estou de acordo com o que estão a fazer e que quero
Mas sair para a rua hoje significa, para mim, que não estou de acordo com o que estão a fazer e que quero
que parem de nos assassinar a esperança, de lapidar o presente e de empurrar para a miséria quem já nada tem.
Eu tenho um trabalho por conta de outrém no qual estou constantemente a sofrer cortes que por muito inconstitucionais que sejam, são validados por mudanças cegas da lei e ditados pelas vontades de alguns. Eu tenho um trabalho por conta própria pelo qual sou coletada ao contrário da maioria da minha concorrência direta que nem dados concretos põe nos seus sites e afins para não serem identificados. Pago por cada um deles e sinto-me cada vez mais um troll por causa disso.
Eu não tenho créditos com instituição nenhuma e pago todos os compromissos que assumo a tempo e horas e contando apenas com o dinheiro que já existe, e até podem dizer que tal exercício não passa de economia e gestão de dona-de-casa, mas se calhar era o fazia falta ao país: menos ambição, mais pragmatismo.
E eu não estou para continuar a sacrificar-me a mim e aos meus filhos para que os grandes continuem grandes (ou maiores ainda) e os que nos meteram nesta situação (os que lá estão agora e os que lá estiveram) continuem impunes. Eu quero uma mudança. Eu quero que parem. Eu quero que os mesmos que foram colocados pelos votos de outros que não eu se sentem com os restantes e pensem a sério nas consequências reais dos seus atos e decisões.
E não vou ficar à espera que surja aí um movimento cívico cheio de alternativas para dizer ah agora sim, vou dizer o que penso. O que é preciso é que os que lá estão olhem para a realidade e se deixem de demagogias. Eu hoje vou porque quero dizer basta, para além do mural do facebook. Mesmo que para isso tenha de desperdiçar uma tarde de praia, ou de trabalho.
Eu tenho um trabalho por conta de outrém no qual estou constantemente a sofrer cortes que por muito inconstitucionais que sejam, são validados por mudanças cegas da lei e ditados pelas vontades de alguns. Eu tenho um trabalho por conta própria pelo qual sou coletada ao contrário da maioria da minha concorrência direta que nem dados concretos põe nos seus sites e afins para não serem identificados. Pago por cada um deles e sinto-me cada vez mais um troll por causa disso.
Eu não tenho créditos com instituição nenhuma e pago todos os compromissos que assumo a tempo e horas e contando apenas com o dinheiro que já existe, e até podem dizer que tal exercício não passa de economia e gestão de dona-de-casa, mas se calhar era o fazia falta ao país: menos ambição, mais pragmatismo.
E eu não estou para continuar a sacrificar-me a mim e aos meus filhos para que os grandes continuem grandes (ou maiores ainda) e os que nos meteram nesta situação (os que lá estão agora e os que lá estiveram) continuem impunes. Eu quero uma mudança. Eu quero que parem. Eu quero que os mesmos que foram colocados pelos votos de outros que não eu se sentem com os restantes e pensem a sério nas consequências reais dos seus atos e decisões.
E não vou ficar à espera que surja aí um movimento cívico cheio de alternativas para dizer ah agora sim, vou dizer o que penso. O que é preciso é que os que lá estão olhem para a realidade e se deixem de demagogias. Eu hoje vou porque quero dizer basta, para além do mural do facebook. Mesmo que para isso tenha de desperdiçar uma tarde de praia, ou de trabalho.
E sei que muitos dos que não concordam com o que se passa não vão lá estar, e compreendo até os motivos de alguns, mas gostava mesmo muito que hoje fossemos muitos.
Porque já chega.
A única coisa de que gosto no fim das férias grandes...
é que nos permite sem grandes resistências e com base nos problemas do ano anterior, estabelecer novas regras e rotinas que nos vão (esperamos nós) facilitar a vida até às férias grandes seguintes.
E este ano, parece que finalmente acertámos em cheio.
E este ano, parece que finalmente acertámos em cheio.
sexta-feira, setembro 14, 2012
Dos blogs, bloggers e afins...
Ainda há gente com quem falo e acompanho há anos e que não conheço, mesmo estando muito presentes na minha (nossa) vida. Também é verdade que a vontade de por caras a todos os nomes já me passou e que passou a um quando der dá.
Mas ontem, passei mais uma amiga para o lado de cá das caras conhecidas. Num almoço curto demais para o que queríamos, mas suficiente para provar que deste mundo só colhemos aquilo que semeamos.
E eu colhi mais um flor. Ou, neste caso, um arrozal inteiro.
Mas ontem, passei mais uma amiga para o lado de cá das caras conhecidas. Num almoço curto demais para o que queríamos, mas suficiente para provar que deste mundo só colhemos aquilo que semeamos.
E eu colhi mais um flor. Ou, neste caso, um arrozal inteiro.
E ao quinto dia...
a rotina instalou-se, a excitação da novidade começou a diminuir e lá surgiu a dificuldade em se separar e a consequente choradeira.
Terceiro dia 1...
Na quarta-feira foi dia de conhecer uma nova constituição de turma, uma nova sala e uma nova professora. Entrou, escolheu o lugar e passado um pouco viemos embora como se o ali tivéssemos deixado sempre.
Quando o pai o foi buscar ele estava super entusiasmado mas pouco mais partilhou a não ser que queria ficar naquela sala e com aquela professora para sempre. Ontem no entanto, assim que acordou, uma das primeiras coisas que disse, foi que no dia anterior tinham feito muitas (três) fichas e que ele tinha feito tudo "num minuto" mas que alguns meninos não tinham conseguido fazer tudo porque "era mesmo muita coisa!". Sentia-se orgulhoso por ter sido capaz e por já conseguir escrever o seu nome completo em manuscrito seguindo a cábula feita pela professora para cada um deles, "há partes que já sei mãe, mas há outras que tenho de ver como é!".
Ontem já o sentimos um pouco mais mimoso na despedida. É típico dele, depois da novidade volta aquela vergonha característica e é por isso que muito provavelmente mudaremos a rotina matinal e começam já a entrarem apenas os dois na escola. Às vezes é mesmo preciso um empurrão para fora do ninho para os podermos ver voar livres e confiantes.
Conversámos com a professora que confirmou o pouco que ele contou e senti de novo aquela sensação de que tudo vai correr bem e que voltámos a ser presenteados com uma professora atenta, preocupada e exigente.
Quando o pai o foi buscar ele estava super entusiasmado mas pouco mais partilhou a não ser que queria ficar naquela sala e com aquela professora para sempre. Ontem no entanto, assim que acordou, uma das primeiras coisas que disse, foi que no dia anterior tinham feito muitas (três) fichas e que ele tinha feito tudo "num minuto" mas que alguns meninos não tinham conseguido fazer tudo porque "era mesmo muita coisa!". Sentia-se orgulhoso por ter sido capaz e por já conseguir escrever o seu nome completo em manuscrito seguindo a cábula feita pela professora para cada um deles, "há partes que já sei mãe, mas há outras que tenho de ver como é!".
Ontem já o sentimos um pouco mais mimoso na despedida. É típico dele, depois da novidade volta aquela vergonha característica e é por isso que muito provavelmente mudaremos a rotina matinal e começam já a entrarem apenas os dois na escola. Às vezes é mesmo preciso um empurrão para fora do ninho para os podermos ver voar livres e confiantes.
Conversámos com a professora que confirmou o pouco que ele contou e senti de novo aquela sensação de que tudo vai correr bem e que voltámos a ser presenteados com uma professora atenta, preocupada e exigente.
quarta-feira, setembro 12, 2012
terça-feira, setembro 11, 2012
Segundo dia 1...
Depois de um primeiro dia dedicado mais à habituação ao espaço, pessoal, rotinas e aos colegas, com muitos jogos organizados e experiências novas, veio o primeiro dia mais a sério.
A única coisa que posso dizer é que se o entusiasmo (e o juízo) se mantiver(em) assim, estamos bem... muito bem :)
E de um menino que se separou dos colegas com quem passou os últimos 4 anos para ir para uma escola nova enquanto os restantes foram em bloco para outra escola, bom, não sei mesmo o que podia pedir mais. Está completamente integrado, com novos amigos e o mesmo gosto pela escola e pela descoberta que sempre demonstrou até aqui. É verdade que este processo de habituação começou cá em casa há já muitos meses, mas ainda assim, só quando chega o dia D é que sabemos se os frutos que colhemos são realmente doces, ou nem por isso.
No entanto as mudanças ainda não terminaram e amanhã tem um novo primeiro dia. Vamos ver como corre.
segunda-feira, setembro 10, 2012
Dia 1...
O primeiro dia de um quarto ano é um tudo nada diferente do primeiro dia de um primeiro ano.
[para eles, porque para mim a excitação é a mesma... ai quem me dera poder ser omnipresente durante as próximas horas...]
[para eles, porque para mim a excitação é a mesma... ai quem me dera poder ser omnipresente durante as próximas horas...]
sexta-feira, setembro 07, 2012
Casa cheia...
Estive a casa em silêncio durante semanas seguidas. Hoje, depois das reuniões do colégio vieram dois manos connosco para jantar. Agora ficam para dormir. Amanhã os dois mais novos, que andaram desde os dois anos até o ano passado juntos, vão a uma festa de anos comum. Os dois mais velhos, que andam desde os três anos juntos, conversam e matam as saudades e estão tontos de todo. O pai da casa regressou ainda há pouco às noitadas de futebol com os amigos, e eu estou aqui a trabalhar no escritório e a ouvi-los a brincar aos super-heróis com peças avulsas dos fatos de máscaras.
Eu gosto assim da casa cheia. Cheia de amigos e filhos de amigos. E este barulho feliz enche-me as medidas.
* barulho feliz: som mais ou menos alto, de gritos, urros e exclamações de alegria ou típicas de super-heróis e simulações de lutas, sem birras, desentendimentos ou amuos fraternos, alternado com momentos, poucos e curtos, de silêncio ou de negociações de mudanças de brincadeiras.
Eu gosto assim da casa cheia. Cheia de amigos e filhos de amigos. E este barulho feliz enche-me as medidas.
miúdos na tenda (ie, um fio de lã, três lençóis, dois cortinados, o colchão da cama dela e molas da roupa qb)
* barulho feliz: som mais ou menos alto, de gritos, urros e exclamações de alegria ou típicas de super-heróis e simulações de lutas, sem birras, desentendimentos ou amuos fraternos, alternado com momentos, poucos e curtos, de silêncio ou de negociações de mudanças de brincadeiras.
Dia 0...
E a emoção da descoberta do que é novidade.
[aquela também vai ser minha professora? e aquele é professor de judo? tem cara de professor de judo... mas estes livros todos são mesmo para mim? estes todos? não há nenhum para a mana? e eu posso mesmo escolher o meu lugar? quer dizer, posso escolher se não for o último a chegar, não é? porque se for o último tenho que ficar com o que houver!]
quinta-feira, setembro 06, 2012
Sobre o quadro de comportamento...
Esta foto é do primeiro quadro que lhe fiz. Na altura ele fez um disparate que (para nós) foi tão grave que a primeira coisa que me saiu da boca é que estava de castigo um mês, o que é um verdadeiro exagero para uma criança que tinha cinco anos na altura.
Logo a seguir ao castigo e depois dele estar mais calmo, levei-o comigo para fazer o quadro que colei no meu escritório. Tirei uma folha A4 normalíssima da impressora, peguei na caneta que estava mais à mão e tracei uma tabela de cinco por seis onde apontei o dia do mês respetivo, ao mesmo tempo que lhe explicava o objetivo e as regras: cada quadrado correspondia a um dia do castigo que, conforme iam passando, eram marcados com uma cruz para haver uma noção visual do tempo, e, combinámos que se ele conseguisse chegar a metade do tempo sem se portar mal lhe retiraríamos o castigo.
Nessa altura, lembrei-me de pedir a opinião à minha querida Rita dos baguinhos e ela deu-me umas dicas valiosas sobre os pormenores que podem fazer a diferença, como por exemplo:
- a importância de o incluir no preenchimento do quadro - e foi por isso que no primeiro quadro, no lugar das cruzes surgiram autocolantes personalizados por ele;
- a valorização do bom comportamento premiando-o pelo mesmo - coisa que eu achava que não seria correta pois pensava que o bom comportamento devia ser tomado como norma e que a norma não devia ser premiada (com algo mais que elogios, entenda-se);
- o agir no imediato - ou seja, se ele num dia se portar menos bem é nesse dia que se deve aplicar o castigo combinado;
- ajudá-lo a deitar cá para fora o que o levou a portar-se dessa maneira - isto foi uma coisa que sempre fizemos com ambos. Depois de cada momento menos bom, e depois de estarem mais calmos, conversamos sobre o que se passou, o que eles sentiram e explicamos porque é que esse tipo de comportamento nos magoa, não de forma física mas no coração de mãe/pai;
- ter as rotinas mais definidas no dia-a-dia ajudam a controlar essa impulsividade - não significando isso que não haja lugar para a quebra de rotinas, de preferência no fim-de-semana; e,
- a importância do pai e da necessidade de existirem momentos e projetos só deles os dois.
Com estes conselhos, adaptámos o quadro ainda mais à nossa realidade e é esta possibilidade, a de fácil adaptação às necessidades e realidades de cada um num determinado momento, que é para mim uma das maiores vantagens deste método, além de que é eficaz e simples de seguir.
Os quadros que fizemos a partir daí nunca foram exatamente iguais, nem os castigos ou os prémios, e, confesso, estes últimos dependem muito do que nos ocorre e do que é possível fazer no momento (ie, se estamos de férias não podemos agir da mesma forma que agiríamos se estivéssemos em casa, por exemplo) no entanto, a base de partida é sempre a mesma.
Basicamente é isto. Se tiverem dúvidas ou questões, avancem que eu posso ter saltado alguma parte importante e nem me ter apercebido.
quarta-feira, setembro 05, 2012
terça-feira, setembro 04, 2012
WIP: iNstapola wall...
iNstapola wall: parede decorada com fotografias tiradas exclusivamente com o iphone, partilhadas através do instagr.am e impressas em papel fotográfico com o formato habitual das polaroid.
Pareceu-me um bom nome para a parede que me vai acompanhar nas noites de trabalho e que irá sendo aumentada com as imagens que mais me fizerem sentido. Era uma ideia que já me fazia cócegas há muito tempo, mas que por não ter encontrado ainda a distribuição mais funcional do meu escritório ia sendo adiada. Agora já está finalmente tudo no sítio que mais jeito dá (até ver) e ela pôde finalmente nascer.
Posto isto, parece-me que este vai ser um WIP (work in progress) ad eternum. E isso agrada-me.
domingo, setembro 02, 2012
Das saudades...
Os meus filhos cbegam das férias depois de duas semanas e meia sem me verem e passadas quatro horas já desopilaram de casa, para irem brincar com o primo Martim a casa dele.
Esqueçam a herança, sim?
Esqueçam a herança, sim?
sábado, setembro 01, 2012
Das arrumações...
- António: 22 camisolas interiores (vários comprimentos de mangas, grossuras, com alças, etc e depois de ter separado umas quantas para dar ou aproveitar para panos)
- Sandra: 4 camisolas interiores
Há aqui alguém que é a modos que friorento. Isso, ou tem uma panca por camisolas interiores.
- Sandra: 4 camisolas interiores
Há aqui alguém que é a modos que friorento. Isso, ou tem uma panca por camisolas interiores.
Subscrever:
Mensagens (Atom)