definitivamente não é o nosso ano.
Bastou um segundo, para perder o controle do carro e despistar-me.
Não ia em excesso de velocidade, nem havia trânsito, nem as condições climatéricas eram adversas. Nada. Era manhã cedo, quase não haviam carros e eu ia placidamente a apreciar a manhã que nascia, enquanto planeava o meu dia.
Um segundo e só vejo o separador central à minha frente.
Um segundo e desta vez não houve
raciocínios elaborados para ninguém. Um segundo e guinei o volante com o susto. Um segundo. Bati com a traseira e a partir daí o carro saiu disparado sem controlo possível, cruzando as três faixas de rodagem, embatendo de frente nos rails laterais e só parando uns bons metros à frente.
Bastou um segundo.
Depois foi o aparato todo: polícia, brigada de trânsito, bombeiros e ambulância. Como bati com a cabeça, fui levada ao hospital por medida de prevenção, mas fora uma ligeira dor de cabeça está tudo ok.
Um segundo.
E eu só gostava de saber o que é que se passou.
Adenda: Eu ia sozinha, e estou bem (tanto que vim trabalhar depois de ter saído do hospital). A única coisa que me incomoda neste momento é este sentimento de não perceber o que é que se passou. O carro ficou em muitíssimo mau estado, mas essa chatice guardo-a para a seguradora que é para isso que pago.