terça-feira, outubro 31, 2006
Passion for Eles - os filhos...
Não falo do amor que sinto por eles. Falo agora da paixão assolapada que de vez em quando me arrebata e me faz tirar os pés do chão e viver no mundo da lua, onde quer que esteja.
Aquela paixão estúpida e irracional que nos tira o discernimento e nos faz rir quando não devemos, ou que nos esmaga o coração de saudade. Aquela que se insurge contra a nossa racionalidade e nos afoga no cheiro deles. Aquela que aparece sem pré-aviso de forma violenta e absorvente.
Não é a mesma coisa que o amor. A paixão não está sempre presente. Tem dias. Horas. Momentos.
Posso ser arrebatada com um sorriso, uma palavra, um olhar. Basta por vezes sentir o cheiro dele de madrugada, quando ele se enrosca em mim e afaga a cara com a mão. Basta um olhar dela. Basta até uma memória deles, quando estão longe.
O coração dispara e a cara ilumina-se. É bom. Muito bom... mesmo quando dói.
Sinto os meus braços...
leves de mais.
Eu que me "queixei" tanto de ele não me deixar fazer nada. De só querer colo. De me querer só a mim.
Agora sinto-lhe a falta. Muita.
(mas ao mesmo tempo gosto de ter recuperado os meus braços para fazer o que me apetece quando me apetece...)
E ao terceiro dia...
voltei a entrar ainda mais tarde!
(ai que saudades das greves do metro/carris/cp, do nevoeiro/chuva/outra-coisa-qualquer-que-não-sol, do pára-arranca-mais-pára-que-arranca, dos acidentes/toques-de-treta... NOT!)
segunda-feira, outubro 30, 2006
O vício dos puzzles...
fala mais alto e andei de volta com isto...
Mas ao chegar ao ojofuffo dou o dia como terminado e continuo amanhã... mas que raio de coisa é esta!? (é óbvio que não quero que me digam a resposta, ok!)
(é também óbvio, que me tive de valer do google para algumas delas... sem batota?! Para estes lados era impossível!)
Viroses...
a que apanhou os nossos miúdos, apanhou os pais também (e por acaso eu sou um deles) e mais uns quantos amigos à volta.
Ontem, da nossa casa, já só sobrava o Miguel com uma diarreia enorme, mas julgo que hoje está melhor.
Era totalmente dispensável...
[prevêem-se posts de rajada... é no que dá regressar ao trabalho, o chefe entrar de férias, as rotinas de trabalho estarem todas alteradas e não ter nada atribuído. Assim ainda me custa mais, do que ser totalmente absorvida pelo dito...]
(trinta e) seis meses de ti...
Ela...
... está uma miúda despachada. Uma pessoa esquece-se que ela só tem a idade que tem.
... com a entrada na escola, começou a ficar mais saída da casca. É o humor dos três anos a entrar em acção, como diz a educadora. Começou a comer bem e de tudo o que lhe põe à frente. Nem parece a mesma. Desde que entrou, só uma vez não comeu tudo na escola (era lasanha).
... fala pelos cotovelos e entrou de cabeça no mundo da fantasia. Continua a preferir a nossa companhia durante as suas brincadeiras e neste momento perde-se a imitar tudo o que vê no dia-a-dia.
... começou a ficar curiosa sobre o que a rodeia. Tudo o que foge às regras que ela estabeleceu como assumidas tem de ser escrutinado com sessões de perguntas.
... com a entrada no colégio começou a ficar mais solta, embora mantenha a sua timidez inicial com todos os que não está diariamente.
... a chegada do irmão, não a perturbou grande coisa. Mas além de uns beliscões e uma turra mais violenta, ela desfaz-se em mimos para ele. A hora do acordar, em que eles se "reencontram" é do melhor.
... quer participar em tudo o que fazemos.
... continua-nos a pedir licença para quase tudo.
... continua bem comportada e muito calma na generalidade.
... adora o inglês e para nosso espanto já conta até cinco e diz outras quantas palavras. Quando vai para a escola a primeira coisa que pergunta é se é dia de inglês.
... descobriu as princesas, o ballet e o mundo da pirosice pegada. De maria-rapaz passou a princesa num piscar de olhos.
Ele...
... está ávido de mim. Uma autêntica lapa, há já umas semanas, como se soubesse que o nosso tempo a dois tinha os dias contados. As noites não são tão boas e ele só descansa quando me sente ao pé dele. Recusa a comida de colher, para pedir mama.
... prefere a comida esmagada (qualquer legume ou fruta) para poder mastigar, que comer os cremes super cremosos que só precisam de ser engolidos.
... pão e bolachas estão no top das suas preferências neste momento. Acho que não vamos ter trabalho para introduzir a nossa comida!
... continua a atirar-se para a mesa e para o nosso prato sempre que nos vê a comer. Delira se lhe damos alguma coisa do nosso prato (tipo batata cozida).
... anda a treinar-se a passar de sentado para de gatas e vice-versa. Põe-se de gatas e abana-se todo, mas não passa disso. Rasteja (ainda mal) e estica-se todo para chegar a onde quer.
... a fúria dos dentes parece ter voltado.
... depois de umas semanas de idas para a ama (durante uma hora ou assim) para se habituar e onde chorava quase o tempo todo, já fica sem qualquer problema. Mantém o comportamento de casa e já se atira para os braços dos "avós".
... tem na mana o seu maior ídolo. Basta que ela lhe apareça à frente para ele começar a rir.
... já quase se senta sozinho quando está deitado. Levanta-se e fica apoiado num dos braços sem perceber como é que levanta a mão do chão sem cair.
(post passível de ser actualizado... é muita coisa para me lembrar de uma só vez)
Manos...
Reconhecem?!
eu e o meu irmão tínhamos dois anos e sete meses de diferença (a Joana e o Miguel têm dois anos e meio).
Do segundo dia...
... o Miguel caíu da minha cama, e eu ainda estou a tremer (a culpa foi minha para não variar).
... saí a horas mas cheguei novamente atrasada.
Estamos a começar bem, não há dúvidas.
domingo, outubro 29, 2006
Também aqui chegou...
Olhos: Tenho! E por incrível que pareça tenho dois! (se querem saber a cor, são castanhos muito escuros)
Cabelos: Por enquanto são castanhos, mas já descobri três cabelos brancos. E lisos... muito lisos.
Altura: 1,62m
Peso: 56/57kg varia com a hora do dia :p
Ascendência: Portuguesa
Signo: Gémeos
Sapatos que está a usar: Chinelos
Fraqueza: Impulsividade
Medo: De perder os que amo e de morrer com os meus filhos muito pequenos (não por ter medo de morrer, mas por lhes faltar como mãe)
Objectivo que gostaria de alcançar: a casa que idealizamos
Frase que mais uso no messenger: estás aí?
Melhor parte do corpo: eerrr... os olhos? Não tanto os olhos, mas o olhar... acho que é isso.
Pepsi ou Cola?: Cola... mas aos anos que não bebo disso!
MacDonalds ou Bobs?: Burguer King! Burguer King! Burguer King!
Fuma?: Nunca (só o fumo dos simpáticos que fumam para cima de nós... mesmo quando exibimos uma pança descomunal)
Palavrões: "merda" serve para tudo.
Perfume: O que é isso?! Enjoei na gravidez da Joana, e até hoje não uso...
Canta?: ui se canto! Mas não encanto!
Toma banho todos os dias*? Não.
Gostava da escola?: Muito.
Acredita em si mesmo?: Acredito e muito.
Tem fixação com a saúde?: Não.
Dá-se bem com os seus pais?: Tem dias.
Gosta de tempestades?: Depende: da intensidade, de onde estiver... mas gosto de ver trovoadas... ao longe!
No último mês... bebeu álcool?: A pergunta devia ser: há quantos anos não bebe álcool?! :p
Fumou?: Só se fumaram para cima de mim. Nunca experimentei um cigarro.
Usou drogas?: Com o pânico de agulhas que eu tenho?! E a detestar tomar comprimidos?! Nunca me vou meter nisso!
Fez compras?: Neeeeeexxxtt! :p
Comeu um pacote inteiro de bolachas? Não sou fã de bolachas! Não comi nem uma sequer!
Comeu sushi?: Nunca provei. Daqui a uns meses conto com uma certa menina para me iniciar nestas andanças.
Chorou?: Sim.
Fez biscoitos caseiros?: não, mas fiz bolos.
Pintou o cabelo?: Não, mas descobri mais dois cabelos brancos!
Roubou?: Nope.
Número de filhos: Dois. (um casalinho... ai que lindo! :p)
Como gostaria de morrer?: Durante o sono, velhinha mas muito lúcida.
Piercings?: blhack!
Tatuagens?: também não gosto.
Quantas vezes o seu nome apareceu nos jornais?: uma vez. (por questões de trabalho)
Cicatrizes no corpo?: ui... acho que isto não tem ecrã suficiente.
De que se arrepende de já ter feito?: de algumas coisas... mas não confesso aqui.
Cor favorita: Azul
Disciplina favorita na escola?: Matemática
Um lugar onde nunca esteve e gostaria de estar: Só um?! Então vou dizer o mais perto: Barcelona!
Matutina ou nocturna: Nocturna (cada vez mais)
O que tem nos bolsos?: Agora não tenho bolsos, mas mesmo que tivesse andavam vazios.
Daqui a dez anos imagina-se: Só quero continuar feliz. (e na minha casinha de sonho já agora!)
* A pergunta é "toma banho todos os dias?" e não "lava-se todos os dias?". A resposta é diferente para cada uma delas. Além do mais, para mim "duche" não é a mesma coisa que "banho". E mais não digo...
Cabelos: Por enquanto são castanhos, mas já descobri três cabelos brancos. E lisos... muito lisos.
Altura: 1,62m
Peso: 56/57kg varia com a hora do dia :p
Ascendência: Portuguesa
Signo: Gémeos
Sapatos que está a usar: Chinelos
Fraqueza: Impulsividade
Medo: De perder os que amo e de morrer com os meus filhos muito pequenos (não por ter medo de morrer, mas por lhes faltar como mãe)
Objectivo que gostaria de alcançar: a casa que idealizamos
Frase que mais uso no messenger: estás aí?
Melhor parte do corpo: eerrr... os olhos? Não tanto os olhos, mas o olhar... acho que é isso.
Pepsi ou Cola?: Cola... mas aos anos que não bebo disso!
MacDonalds ou Bobs?: Burguer King! Burguer King! Burguer King!
Fuma?: Nunca (só o fumo dos simpáticos que fumam para cima de nós... mesmo quando exibimos uma pança descomunal)
Palavrões: "merda" serve para tudo.
Perfume: O que é isso?! Enjoei na gravidez da Joana, e até hoje não uso...
Canta?: ui se canto! Mas não encanto!
Toma banho todos os dias*? Não.
Gostava da escola?: Muito.
Acredita em si mesmo?: Acredito e muito.
Tem fixação com a saúde?: Não.
Dá-se bem com os seus pais?: Tem dias.
Gosta de tempestades?: Depende: da intensidade, de onde estiver... mas gosto de ver trovoadas... ao longe!
No último mês... bebeu álcool?: A pergunta devia ser: há quantos anos não bebe álcool?! :p
Fumou?: Só se fumaram para cima de mim. Nunca experimentei um cigarro.
Usou drogas?: Com o pânico de agulhas que eu tenho?! E a detestar tomar comprimidos?! Nunca me vou meter nisso!
Fez compras?: Neeeeeexxxtt! :p
Comeu um pacote inteiro de bolachas? Não sou fã de bolachas! Não comi nem uma sequer!
Comeu sushi?: Nunca provei. Daqui a uns meses conto com uma certa menina para me iniciar nestas andanças.
Chorou?: Sim.
Fez biscoitos caseiros?: não, mas fiz bolos.
Pintou o cabelo?: Não, mas descobri mais dois cabelos brancos!
Roubou?: Nope.
Número de filhos: Dois. (um casalinho... ai que lindo! :p)
Como gostaria de morrer?: Durante o sono, velhinha mas muito lúcida.
Piercings?: blhack!
Tatuagens?: também não gosto.
Quantas vezes o seu nome apareceu nos jornais?: uma vez. (por questões de trabalho)
Cicatrizes no corpo?: ui... acho que isto não tem ecrã suficiente.
De que se arrepende de já ter feito?: de algumas coisas... mas não confesso aqui.
Cor favorita: Azul
Disciplina favorita na escola?: Matemática
Um lugar onde nunca esteve e gostaria de estar: Só um?! Então vou dizer o mais perto: Barcelona!
Matutina ou nocturna: Nocturna (cada vez mais)
O que tem nos bolsos?: Agora não tenho bolsos, mas mesmo que tivesse andavam vazios.
Daqui a dez anos imagina-se: Só quero continuar feliz. (e na minha casinha de sonho já agora!)
* A pergunta é "toma banho todos os dias?" e não "lava-se todos os dias?". A resposta é diferente para cada uma delas. Além do mais, para mim "duche" não é a mesma coisa que "banho". E mais não digo...
sexta-feira, outubro 27, 2006
Há dois dias consecutivos...
que ponho o tacho ao lume com azeite, para fazer uma carne estufada.
Há dois dias consecutivos, que deixo o tacho por uns instantes para ir acudir o pai que está a dar banho aos filhos (ontem) ou a filha que quer colo, depois água, a seguir choraminga e no final o que ela quer é mimo (hoje).
Há dois dias consecutivos que só me volto a lembrar do tacho quando vejo uma nuvem de fumo a desenrolar-se na porta da cozinha.
...
Talvez do que eu precise seja de descanso. Talvez...
O final do primeiro dia...
começou por ser fantástico.
Uma colega fazia anos e fiquei para almoçar com eles. Depois um café numa esplanada a curtir o sol quentinho.
Depois foi chegar à ama e ser recebida por dois braços abertos e gritinhos de excitação. Ele deu-me beijos de boca aberta e puxou-me o cabelo. Pulou no meu colo e fazia caretas para me fazer sorrir (como se fosse preciso). Não vomitou, apenas alguma diarreia.
Comeu tudo e dormiu bem. Chorou mas pouco, o que também é normal (se até comigo ele de vez em quando chorava...). Dei-lhe de mamar e ele quis dormir. Deitei-o e ele quis que ficasse ao pé dele. De repente, tudo voltou a fazer sentido.
Quando acordou, fomos buscar a mana.
Quando me chego ao pé da sala dela, vejo a S. de esfregona na mão. A sua filha acabou de vomitar, diz-me ela. Bonito, penso eu.
Enquanto os ponho no carro, penso para com os meus botões: - ao menos que tenha sido na escola e não no carro! Devia era ter desligado o neurónio responsável pelo brilhante pensamento. Assim que desligo o carro, à porta de casa, só ouço um resmungo de quem não está bem. Não vomites! - ordeno-lhe eu (como se isso fosse possível controlar). Não fui a tempo, e lá ficou o carro a cadeira e ela própria num estado lastimável.
Ainda bem que é sexta-feira... e ainda bem que nem todos os dias são assim.
Adenda: Mal acabei de publicar este post, o Miguel vomitou-me em cima... acho que uma certa virose apanhou-nos :s
O primeiro dia...
até está a correr bem. A única coisa que custa, realmente, é sentir que não pertenço aqui.
A minha madrinha fez-me uma aparição surpresa e estivemos a matar saudades um bocadinho. Soube bem, ter alguém que nos quer tanto a dar um miminho.
Quando saí de casa, deixei os três a dormir. Depois de ter regressado do pequeno-almoço, telefonei ao António a saber deles. O Miguel já tinha ido para a ama e a Joana estava a acabar de se vestir para ir para a escola (dito assim, até parece que eles fizeram isto tudo sozinhos :p). O Miguel tinha acordado super bem-disposto (aliás, esteve assim toda a noite) e nada de febre, por isso continuo em modo de alerta amarelo. Quando o for buscar à ama logo vejo como ele passou a manhã.
Hoje ainda é tudo muito soft. Ando a matar saudades de alguns colegas e a ver como tudo está. Ocorreram muitas mudanças na minha ausência e ainda não me situei muito bem.
Enfim... daqui a uma horita mais coisa menos coisa, dou o primeiro dia como terminado. E nada melhor do que começar a uma sexta-feira, seguida de uma semana com um feriado no meio!
Nada como...
... uma noite bem dormida para começar bem o primeiro dia de trabalho. Isso, ou:
- deitar-me à meia-noite depois de preparar a minha roupa, a roupa dos miúdos e a terminar sopa do Miguel;
- acordar por volta das 2h00 (depois de ter dado de mamar ao Miguel nem sei a que horas) com a Joana a querer tudo menos dormir;
- voltar para a cama por volta das 2h40 e perceber que o mais novo está pacificamente a dormir sobre vomitado*;
- acordar às 4h20, dar de mamar ao Miguel, ele vomitar-me em cima e continuar com uma boa-disposição que não combina com o meu sono;
- ir dormir para o sofá, para não ter de mudar a minha cama;
- às cinco e qualquer coisa, ser acordada pelo choro incomodado do Miguel. Estava borrado até às orelhas. Enquanto o mudo, brinca. palra e faz a festa sozinho;
- às seis e meia, dar de mamar e adivinhem... o puto vomita-me em cima e desta vez também em cima dele;
- toca o despertador às 7h00, fechar os olhos e quando os abro, serem 7h12, hora a que devia estar a sair de casa;
- sair de casa sem beber o meu mais-que-obrigatório leitinho.
... fazer uma viagem tranquila no primeiro dia de trabalho. Isso, ou:
- logo à saída da minha rua, quase ter de subir um passeio para não atropelar um cão;
- gastar dez minutos para fazer oitocentos metros;
- o rádio em vinte minutos, desligar-se, entrar em modo de segurança e pedir o código uma dúzia de vezes;
- o rádio passar-se de vez e não voltar a ligar;
- trânsito do tipo parado-paradinho-quase-estacionado (ahhh... e sem música!);
- as voltinhas da praxe para arranjar estacionamento;
- entrar 19 minutos atrasada.
... receber os calorosos cumprimentos de boas-vindas dos colegas para começar o primeiro dia.** Isso, ou:
- entrar, e ser recebida por uma sala vazia, às escuras e não saber o que há para fazer.
Acho que vou tomar o pequeno-almoço e já volto...
* foi a primeira vez que o Miguel vomitou nestes seis meses.
** esta nunca ia acontecer, pelo menos à minha chegada, porque todos entram às nove. Só eu entro às oito (por conveniência pessoal).
quinta-feira, outubro 26, 2006
Genica é o que não me falta...
mas falta-me a coragem para fazer "o mesmo" que ela.
(cada vez me custa mais dar o primeiro passo, para completar o inacabado)
quarta-feira, outubro 25, 2006
Curiosidades...
Neste momento, a idade da Joana é a idade do Miguel ao quadrado!
(6 meses)2 = 36 meses
Hablo español, castellano ou lo raio que la parta?!
Prova de fogo...
conduzir durante duas horas, sob chuva intensa, em pára-arranca-mais-pára-que-arranca, com um bebé que consegue chorar ininterruptamente durante quase uma hora, com outro que às tantas também decide juntar-se à sinfonia, e uma miúda que de tanto ouvir chorar e de não ver o carro andar, se começa a passar (e até consegui rimar! :p).
A única coisa que me ocorre dizer é: xiiiiççaaaa!
terça-feira, outubro 24, 2006
domingo, outubro 22, 2006
A minha filha tem um cavalo...
e chama-se Philippe.
Eu e o pai fomos informados deste facto, hoje à noite enquanto o pai lhe lia a história da Bela e do Monstro. O que me acalmou (sim porque já me estava a ver a ter de abdicar da garagem para guardar o cavalo da rapariga...) foram as seguintes evidências:
Não galopa. Balança. Não relincha. Toca umas músicas muito foleiras e imperceptíveis. Não come erva. Come moedas de cinquenta cêntimos de vez em quando.
A sua cavalariça é no Pingo Doce aqui da zona.
Conversas com ela...
A partir de Novembro, ela passa a fazer as aulas de natação (vulgo "adaptação ao meio aquático") sozinha. Desde os seis meses que fazemos um de nós com ela. Para o mês que vem, que é como quem diz: daqui a duas semanas, passa ela para a aula dos mais crescidos e começamos a ir com o Miguel.
Ontem fui eu com ela. Já não ia há bastante tempo. Enquanto a despia no balneário, comecei a prepará-la para a mudança:
Eu - Sabes filha, daqui a umas semanas passas a vir sozinha para a natação.
Ela (num tom desconfiado) - Sozinha?!
Eu - Sim filha. Os meninos que já têm três anos, fazem natação sozinhos!
Ela (admirada) - Mas eu não posso vir sozinha!
Eu - Podes, podes filha!
Ela - Não posso não mãe! Eu não sei guiar*!
Oooopppsss... para a próxima toma lá mais atenção à conversa que fazes mãe!
* Nós temos de ir de carro até à piscina.
sexta-feira, outubro 20, 2006
Bolo de Aniversário - A receita
Então aqui fica a receita do bolo de aniversário que fiz com a Joana.
Ingredientes:
Para o Pão-de-Ló: Ovos, açúcar, farinha
Para barrar a forma: margarina e farinha q.b.
Para o recheio e decoração: ananás em calda, pêssego em calda, frutas frescas (morangos, kiwi), fios de ovos, chantilly
Utensílios: forma anti-aderente redonda, varinha mágica, colher-de-pau, espátula
Preparação:
Eu não indiquei quantidades nos ingredientes de propósito. A quantidade dos ingredientes depende apenas do peso dos ovos. Por isso a primeira coisa a fazer é pesar os ovos. Se quisermos usar apenas uma forma, não podemos usar mais do que cinco ovos médios. Antes de começar, liga-se o forno para ir aquecendo a uma temperatura de 220º. Quem tiver forno eléctrico liga o forno na posição que não usa a ventoínha.
Depois pesa-se a farinha. Precisamos de metade do peso dos ovos. Devemos usar farinha fina e em geral uso daquela que já tem fermento.
Pesamos de seguida o açúcar. O mesmo peso dos ovos. Eu em geral ponho sempre um pouco menos, porque a cobertura já vai ser bastante doce.
De seguida, separam-se as claras das gemas. Convém tirar os ovos do frigorífico umas horas antes, para não estarem muito frios. As claras sobem melhor.
Batem-se as gemas e o açúcar muito bem. A massa no final deve estar homogénea e a fazer "olhinhos", ou seja, quando em repouso, devem rebentar pequenas bolhas de ar. Quanto mais bem batido estiver, mais leve fica a massa.
Depois batemos as claras em castelo bem firme. Depois, vamos adicionando à massa de gemas e açúcar, as claras e a farinha intercaladas. Uma colher de claras, um pouco de farinha (de preferência usando uma peneira para que a farinha vá sem grumos). Envolve-se lentamente, de cima para baixo e com uma colher de pau, as claras e a farinha na massa. Não se bate com nada no recipiente onde estamos a mexer a massa.
Enquanto a massa descansa um pouco, unta-se a forma com margarina e polvilha-se com farinha (mesmo sendo anti-aderente, aquilo agarra tudo, por isso é melhor barrar a forma na mesma). Eu sugeri uma forma redonda, porque são muito mais fáceis de desenformar. Deita-se a massa para a forma e leva-se ao forno. não faço ideia do tempo que leva porque eu guio-me pelo cheiro. Mas julgo que sejam uns quarenta minutos mais ou menos, para oito ovos e duas formas.
Quando estiver pronto, desliga-se o forno, abre-se ligeiramente a porta e deixa-se o bolo lá dentro mais um pouco. Para verem se a massa está cozida, podem ir espetando um palito. Quando o palito não trouxer massa agarrada, o bolo está cozido. Depois tiram o bolo, e deixam arrefecer. Só depois disso, desenformam.
Se tiverem usado duas formas, colocam um dos bolos no prato onde vão servir, e o que irá ficar por cima noutro prato. Devem por os dois com as partes mais lisas sobre os pratos. Se tiverem feito apenas um bolo, cortam-no ao meio, colocam as duas metades em dois pratos, com o meio do bolo virado para cima. A metade que vai ficar por cima é a mais lisa.
Regam com a calda do ananás as duas metades, cobrem a metade de baixo com chantilly e com frutas esmagadas com um garfo. Depois põe a outra metade por cima e cobrem o bolo com chantilly, com a ajuda de uma espátula. Depois é só enfeitar a gosto com chantilly, frutas e fios de ovos.
Convém ir ao frigorífico pelo menos durante uma hora.
Bom apetite!
Tenho...
um molho de carne delicioso que queria aproveitar.
Posso usá-lo para fazer ______________
Fico à espera das vossas sugestões (de preferência não complicadas, que não tenho tempo para grandes menus!)
Obrigada!
A Sandra-enfermeira...
está oficialmente ao serviço.
Agora, além do pai que não se pode mexer e do Miguel entupido, está a Joana com febre.
E, para todos os efeitos legais, neste momento estou de férias... pois...
quarta-feira, outubro 18, 2006
Coisas que espero que nunca me aconteçam a mim...
Estava mesmo para me ir deitar, quando começam a tocar à campainha como se o mundo fosse acabar. Ouço chamar pelo António.
Abro a janela e pergunto o que deseja. É um vizinho que vem recrutar os conhecimentos de electricidade dele, para ajudar a resolver um incêndio que começou na instalação eléctrica externa da casa em frente à minha.
O senhor é um vizinho, e confessa que tentou apagar o incêndio com água (???) mas sem sucesso.
Os donos da casa não estão. Restou-me chamar os bombeiros.
Estamos à espera. :s
Adenda Felizmente tudo acabou em bem... mas xiça, que susto!
terça-feira, outubro 17, 2006
Conversas com ela...
De manhã, mais trânsito que o normal, obriga-nos ao pára-arranca que para ela não é habitual. No meio da ladainha do banco de trás, ouve-se num tom meio chateado:
- Oh... está trânsito! Estamos tramadas!
à noite, o pai telefona do hospital para falar com ela, no meio da conversa ela pergunta:
- ó pai... quando é que vens de férias práqui?!
Por onde nascem os bebés?!
[mais um post mais que caducado]
Aqui em casa, já está explicado*.
Por causa, do pai ser hoje internado, há uns dias estive a explicar à Joana o que ia acontecer. Para ela ter uma noção, comparei com a minha ida para o hospital para ter o Miguel.
Depois mostrei-lhe a cicatriz e expliquei o que se tinha passado. Desde aí, ela pede para lhe mostrar o "buraquinho" por onde eles nasceram.
A única pergunta que me fez foi:
- mãe, quando o senhoi doutoi cortou com a faca para nós nascermos doeu?!
Ontem, à noite estivemos os dois a falar com ela novamente, e notei que ela ficou um pouco apreensiva à ida do pai para o hospital.
Nas várias perguntas que ela vai-me fazendo sobre a minha mãe, uma delas foi onde é que ela morreu, à qual respondi que tinha sido no hospital. Será que aquela cabecinha anda a fazer algumas associações entre as coisas?!
É preciso mesmo termos um cuidado do caraças com aquilo que dizemos...
* em boa verdade está explicado parcialmente, uma vez que só expliquei como é que eles os dois nasceram, ou seja, as cesarianas.
segunda-feira, outubro 16, 2006
Deles...
[correndo o risco de se tornar um post fora de prazo pela antiguidade]
... ela chama-lhe meu gorduchinho
... ele descobriu a pilinha (as mudas de fralda tornaram-se ainda mais complicadas!)
O mais triste...
em receber alguns comentários infelizes, é perceber que quem o fez é uma de três* pessoas... e que até são pessoas que tenho em boa conta.
Eu estava preparada para responder à letra, mas agora nem sequer vou gastar mais uma palavra com isto.
Sugiro apenas que volte a reler o seguinte post.
* até pode não ser... mas...
A festa dos amiguinhos...
foi no sábado. Tivemos muita sorte com o tempo (temos tido sempre felizmente, mas este ano, estes dois dias estiveram divinais! Parecia Primavera e não Outono!) e a festa pôde ser toda feita no jardim.
Mas como se corresse tudo bem não tinha piada nenhuma, o inédito aconteceu este ano. À hora marcada para chegarem os convidados, ainda não tinha a sala enfeitada, nem a mesa posta, nem tinha acabado de fazer algumas coisas.
Os convidados foram recebidos com acenos meus, ainda de avental e ao fogão. Os balões (os cheios a hélio) chegaram tarde e as palhaças também se atrasaram a preparar. A mousse de chocolate estava embruxada e depois de ter começado por queimar (???) o chocolate acabou a parecer-se mais com argamassa.
Mas como o que é preciso é descontracção, alguma estupidez natural e uns pares de mãos extras, depois de a sala estar pronta, tudo começou a entrar nos eixos e acabou por correr sobre rodas!
[Obrigada a todos os amigos e amigas que chegam prontos a por as mãos à obra sem ser preciso pedir! São também vocês que tornam estas mega-festas possíveis! A todos os que este ano não poderam ajudar por terem as mãos ocupadas com outros afazeres, não se preocupem... para o ano há mais! :p]
As palhaças distribuiram balões, pintaram os miúdos e fizeram alguns jogos. Depois entrou aqui a palhaça para todo o serviço em acção e depois de se cantarem os parabéns lá fez as suas figurinhas habituais. Mesmo achando que as palhaças (da mesma empresa que foi ao casamento da minha amiga em Julho) tenham ficado aquém das minhas expectativas, já valeram a pena, por terem ajudado um menino lindo, a perder o pânico a palhaços!
A festa durou até às onze horas. E se não fossem as melgas que apareceram sem serem convidadas, e que mandaram alguns para casa com valentes babas... só apetecia mesmo era estar na rua!
Obrigada a todos os amiguinhos que se juntaram a nós! Obrigada ao André, à Beatriz, à Daniela, aos dois Diogo, à Gabriela, ao Gonçalo, aos quatro Guilherme, ao Henrique, ao Hugo, às três Inês, às três Mafaldas, ao Martim, à Matilde, ao Miguel, ao João, à Maria Carolina, à Mariana, às três Marta, ao Pedro, à Raquel, ao Rodrigo, ao Ruben, às duas Saras, à Susana, aos dois Tiago e aos dois Tomás. Obrigada aos papás que vieram com eles. Obrigada ao pessoal sem filhos que também veio passar esta tarde connosco!
Ficam as fotos e as lembranças de uma tarde muito bem passada!
O (terceiro) bolo, desta vez, um linda castelo para uma linda princesa:
A festa e os palhaços:
A piñata e a palhaça-mor:
A princesa da festa:
A festa do pessoal "da casa"
Para os pais, os avós, tia, padrinhos (dela e dele), uns tios e primos.
No dia de anos, há sempre o jantar da famelga mais chegada. Algo assim mais para o tranquilo (se se puder apelidar um fim-de-dia com quatro crianças às correrias e dois bebés, de tranquilo claro!).
Depois da festa da escola era para irmos com ela pela primeira vez ao cinema. Era o nosso programa a três. Mas por questões de timing não ia dar muito jeito, por isso decidi iniciar a nossa tradição familiar este ano. Fizemos as duas o seu (segundo) bolo de aniversário.
Desde pequena que me lembro de ajudar a fazer a minha mãe este bolo em todas as festas. Era o nosso bolo de eleição. Pão-de-ló, recheado com chantilly, ananás e outra fruta de época (em geral, morangos ou pêssego) coberto com chantilly e decorado com frutas frescas e fios de ovos. O chantilly é feito, obrigatoriamente, com natas Longa Vida (passe a publicidade) e o bolo tem os seus preceitos durante a preparação.
Este ano, pela primeira vez fi-lo com a minha filha.Depois, houve muita brincadeira. Os avós ofereceram um baú com roupas cintilantes, echarpes, luvas, tiaras e sapatinhos e andou a criançada num veste e despe sem parar. Foi uma noite tão pouco animada, que só conseguimos que ela fosse para a cama já perto das duas da manhã!
Foi bom, e mais uma vez, senti-a feliz... e eu senti-me feliz!
A festa da escolinha...
Como é usual nas escolinhas, o/a aniversariante tem direito a ser rei/rainha por um dia. À entrada da escola, lá estava o nome dela afixado no banner (à falta de nome melhor) dos aniversariantes.
A entrada na sala, foi o delírio. Todos os coleguinhas a saudaram cheios de euforia, e ela foi ter com eles sem sequer olhar para trás. A festa começou aí.
Ao lanche fomos ter com ela. Deixámos o Miguel a dormir na Avó Tina e fomos apenas os dois, para lhe dar a atenção que merecia.
O refeitório encheu-se com todos os meninos, educadoras e auxiliares da escola. Todos juntos cantámos os parabéns.
Quando saímos, ela disse-me tudo o que precisava de saber:
- Mãe, gostei tanto da minha festa!
domingo, outubro 15, 2006
sábado, outubro 14, 2006
A nossa sexta-feira 13...
acabou agora.
Estamos cansados, literalmente de rastos... mas muito felizes! Foram duas festas, dois bolos, dois "Parabéns a vocês!", muita acção! Tanta que era uma da manhã (depois de literalmente expulsarmos os avós, tia e padrinhos) quando eu e a Joana começamos a fazer gelatinas... tudo porque ela achava que ainda era cedo para dormir.
Mas está na hora, sim filha!? Amanhã há mais! Ui se há!
:)
[Obrigada a cada um(a) de vocês pelas palavras que me foram chegando de tantas formas. A quem me tentou telefonar depois de almoço, as minhas desculpas por não atender... não faço ideia onde enfiei o telemóvel! :s A quem me esqueci de dar os parabéns hoje, peço desculpa, mas estava sintonizada apenas num canal :p Beijos]
[Este post começou a ser escrito à 1h39, mas a minha ligação está tão boa, que o upload da foto demorou à volta de 10 minutos!]
sexta-feira, outubro 13, 2006
Em processo de mentalização...
A minha filha JÁ tem 3 anos! A minha filha JÁ tem 3 anos! A minha filha JÁ tem 3 anos! A minha filha JÁ tem 3 anos! A minha filha JÁ tem 3 anos! A minha filha JÁ tem 3 anos! A minha filha JÁ tem 3 anos! A minha filha JÁ tem 3 anos! A minha filha JÁ tem 3 anos! A minha filha JÁ tem 3 anos! A minha filha JÁ tem 3 anos!
Parabéns filha!
quinta-feira, outubro 12, 2006
De Bruxa má...
a Cinderela.
Hoje tenho de limpar o castelo!
[... a minha filha tem dois anos!... a minha filha tem dois anos!... a minha filha tem dois anos!... a minha filha tem dois anos!... a minha filha tem dois anos!... a minha filha tem dois anos!...]
Entrei em negação...
Por isso, nas próximas vinte e quatro horas, vou repetir a frase "A minha filha tem dois anos!" o maior número de vezes que conseguir, a todas as pessoas com quem me cruzar... mesmo que só me dirijam um sorriso!
Não é possível ela ir já fazer 3 anos! É impossível... um absurdo!
A minha filha tem dois anos! A minha filha tem dois anos! A minha filha tem dois anos! A minha filha tem dois anos! A minha filha tem dois anos! A minha filha tem dois anos! A minha filha tem dois anos! A minha filha tem dois anos! A minha filha tem dois anos! A minha filha tem dois anos...
[estou à espera precisamente das 0h02 para publicar o post... pancadas!]
[faltam três minutos...]
Adenda:psssttt... ó distraídas, que já deram os parabéns à minha menina das mais variadas maneiras... é amanhã! :p
quarta-feira, outubro 11, 2006
Mais um pedido de ajuda...
Desta vez fui alertada pela Susana. A maior parte de vocês já deve ter conhecimento da história, outros talvez não.
Mais um caso daqueles que de tão dramático que é, até parece mentira. Parece mas não é, que as meninas que tomaram a iniciativa de trazer o assunto para a blogosfera já confirmaram.
A história resumida é que há dois gémeos recém-nascidos a precisar de ajuda. A mãe morreu durante o parto e o pai está internado com um AVC. Quem está encarregue dos gémeos é um irmão, que tem ele próprio uma criança de 20 meses. [A história está oda bem explicada aqui: http://caracoletras2.blogspot.com/]
Por isso, o que peço é que visitem este blog e vejam de que forma podem ajudar. Obrigada.
Ballet...
A única coisa que a preocupava era se ia ter umas sapatilhas como as outras meninas. Foi a pergunta que fez todos os dias desta semana. Estava ansiosa. Como a professora fez-me o favor de comprar o material todo, ela só as iria ver mesmo antes da aula. Fomos as primeiras a chegar e a professora ainda não estava. Ficou aflita. Quando finalmente a professora chega e me entrega o saco, a primeira coisa que faço é mostrar-lhe as sapatilhas. Ficou extasiada. Está feliz.
terça-feira, outubro 10, 2006
Conversas com ela...
O carro, é agora o centro das nossas conversas. Ela pergunta e eu respondo num ciclo interminável. Numa mistura de "porquê?", "o que é isto?" e "como é que?" as perguntas surgem sem aviso prévio e os temas mudam a uma velocidade estonteante.
Os temas mais que batidos são "onde é que está a avó Lurdes?", "porque é que o sinal está vermelho?". Estes dois surgem pelo menos uma vez em cada viagem. Hoje:
- Onde está a tua mãe?! A avó Lurdes?
- Tu sabes... onde é que ela está? - numa tentativa de não repetir tudo pela centésima vez.
- Ela morreu! E agora já não se vê, porque foi lá para muito alto. Pó pé do sol, pois é?
- Isso mesmo. Vês como sabias!
- Quando morrem já não se vêem, pois é?
- Pois, filha.
- E como é que ela foi lá para cima?
ooooppppsss... pensa pensa pensa...
- Foi numas escadas muito grandes foi? Umas escadas que chegam às nuvens?
- Acho que sim... deve ter sido assim filha...
(silêncio)
- Eu vou morrer, pois vou?
aiaiaiaiaiaiaiaiai... meto-me em cada uma!
- Vais filha, mas só quando fores muito velhinha.
Expliquei-lhe de forma breve o ciclo da vida. Que nascemos, crescemos, envelhecemos e no final morremos. Ela vai soltando uns "ahhh" em cada explicação e pára de fazer perguntas. Depois:
- oh mãe, como é que se chama isto? - a apontar para as sobrancelhas
- Sobrancelhas.
- oh mãe, as sobancelhas do Miguel morreram!
What?!
- Morreram?! Então porquê filha?!
- Porque não se vêem mãe! Olha vês... não se vê nada!
É um daaaahhh aqui para a mesa do canto por favor!
Inquéritos telefónicos...
Achei que este tinha sido um caso isolado.
Agorinha mesmo o telefone tocou. Atendi.
Do outro lado - Boa tarde, falat não-sei-tal-e-coiso da empresa-expto-test e gostaríamos de contar com a sua participação num inquérito que estamos a realizar pátáti-pátátá...
Eu - Com certeza.
Do outro lado - Pode dizer-me a sua idade?
Eu - 31.
Do outro lado - (silêncio)
Eu - Estou?!
Do outro lado - (silêncio)
Eu - Estou?!
Do outro lado - (silêncio)
Do outro lado - (silêncio)
Do outro lado - (silêncio)
Acho melhor pedir para tirarem o meu número da lista deles :p
Mas qual é o mal de se ter 31 anos?!
A Evax...
achou por bem alertar-me das promoções que têm e chamar-me a atenção para o facto de que posso ganhar calças, t-shirts, roupões, toalhas e poufs. Para isso tenho apenas de comprar as embalagens desta marca e coleccionar os pins. Para o caso de andar a dormir, enviou a publicidade para dois emails distintos.
Eu até acho as calças, as t-shirts, os roupões e as toalhas giras. O pouf até ficava a matar no quarto da Joana... mas para quem desde Janeiro de 2003 ainda só teve dois períodos... acho que vai ser difícil conseguir ganhar os prémios...
:p
As histórias dela...
No Diário & Actividades* do mês de Setembro, que nos entregaram hoje, constam alguns trabalhos da Joana. Entre eles, três histórias que ela ditou:
História n.º 1
Era uma vez um pai que foi embora trabalhar. Ele foi trabalhar muito e depois foi buscar prendas para mim. Ele esqueceu das prendas, pois é? O pai foi comprar para eu pôr como a ti.
História n.º 2
Era uma vez a pequena sereia. Foi para o mar encontrar um barco. O príncipe caiu ao mar. O Eric. A pequena sereia foi lá salvar o príncipe e depois a pequena sereia foi ao mar encontrar o amigo dela. Ela encontrou um garfo com o amigo dela. Não é um pente para pentear... é um garfo para comer! Depois o príncipe salvou ela. Estava presa e o príncipe salvou da bruxa má.
História n.º 3
Era uma vez uns bichos que eles iam morder e nós fugimos, e depois eles fugiram e depois foram a correr e foram fazer um desenho. O pai e a mãe e o Miguel, os bichos foram fazer.
Se alguém se atrever a dizer que não estão umas histórias originais, com princípio, meio e fim, e num português sem mácula... apanha! :p
(ai o que nos rimos!)
* a descrever futuramente.
domingo, outubro 08, 2006
O meu blog, a blogosfera e eu...
Este post anda para ser escrito há já umas semanas. Depois fui adiando porque não queria que ficasse associado a certos acontecimentos que foram surgindo pela blogosfera. Hoje acho que já não tenho motivos para o adiar, e é de aproveitar a grande vontade de o escrever.
Este blog já passou a fasquia dos dois anos. Quando o comecei estava completamente a leste do que era a blogosfera. Comecei-o simplesmente com o intuito de partilhar fotos da minha menina com os meus amigos e familiares. Costumava enviá-las por email, mas o limite das inbox de cada um dos destinatários era um grande obstáculo. Depois, esta amiga apresentou-me esta ideia, e eu segui-lhe as pegadas.
Eu trabalho com a internet há muitos anos e confiei o suficiente para por fotos da minha mais-que-tudo sem qualquer tipo de protecção e com uma selecção baseada exclusivamente no meu gosto pessoal. Não punha certas fotos, por as achar mais reveladoras, mas os critérios eram muito flexíveis. Aqui vinha apenas (ou pensava eu) quem me conhecia, e a quem tinha dado o link. Eu não tinha noção nenhuma do que era este mundo dos blogs. Eu estava-me pouco borrifando para a existência de outros além dos que conhecia por serem de meus amigos, e que tinham exactamente a mesma funcionalidade que o meu tinha: A partilha de fotos de cada um. Eu, inocentemente, pensava que os outros faziam o mesmo. Não tinha textos. Não tinha anotações. Tinha apenas imagens e umas quantas graçolas.
Depois veio a vontade de registar algumas coisas. De escrever alguns sentimentos. Não sei bem de onde surgiu esta vontade, mas surgiu. E com os textos, surgiram os primeiros comentários de quem me acompanhava em silêncio. A primeira reacção foi de: mas q'uesta merda?! Como é que deram comigo?! Porque é que me andam a acompanhar anonimamente se nem sequer me conhecem?!. Depois, foi o seguir os links que deixavam e ser totalmente absorvida por este mundo.
Dos primeiros blogs que visitei, são muito poucos os que ainda subsistem ou que ainda visito. Mas a presença de alguns, na minha memória, ainda é tão forte ao ponto de me lembrar das cores e de alguns textos que li. Que me encheram o coração e os olhos de lágrimas (a maioria das vezes de tanto rir!). Mas, de repente, caiu uma bomba que fez a primeira mossa neste cantinho que já não era só meu. Um caso de uma brasileira que usou um blog para ir relatando uma gravidez falsa. Veio o conhecimento, de que no Brasil, havia umas histórias mirabolantes de sequestro de bebés usando esta táctica. Foi o primeiro banho de água fria, e à conta dele, todos os posts com fotografias do meu blog foram simplesmente apagados. Esta foi a mais antiga que se escapou. A minha postura na blogosfera começou a mudar.
Passados uns tempos, instalei um contador na página, para poder controlar melhor as visitas (o que raramente fiz), as fotos que passei a publicar passaram a ser tratadas previamente e tinham de satisfazer mais limitações. Criei algumas dificuldades para o chegar-copiar-e-andar mas sabendo bem que a única forma de proteger uma foto é não a publicar na internet... onde quer que seja. A partir de nem sei bem quando, deu-se um boom de visitas e comentadores assíduos. Vieram as primeiras conversas extra-blogs. Vieram os primeiros encontros. O mundo que estava tão distante, transformou-se num bairro. As pessoas iam ganhando caras. O vício estava instalado. Passei aquela fase em que só via isto à frente. Era a necessidade de escrever. A necessidade de ler. A necessidade de comentar. A necessidade de ter comentários. A necessidade de conhecer novas caras. Muita necessidade para muito pouco tempo.
Chegou novamente a um ponto que tive de impor novas regras a mim própria. Como em tudo na vida, as regras fazem falta. Os meses foram passando e a experiência adquirida trouxe alguma maturidade. Descobri a minha maneira de estar neste mundo. E a partir daí, tento-me apenas manter fiel a mim mesma. Apercebi-me que as palavras têm muita força aqui. Apercebi-me que a responsabilidade de ter um blog que é muito lido não é fácil de lidar. Apercebi-me que mesmo sem termos essa intenção, conseguimos magoar alguém de quem até gostamos ou que nos é indiferente, mas que merece o nosso respeito, com palavras mal medidas, ou de sentido dúbio. Aprendi que os sentimentos aqui não estão à flor da pele. Eles são a pele. Os dedos que os escrevem. Vi serem começados massacres em colectivo, porque alguém não gostou do que outro alguém escreveu e quando um diz mata o outro diz esfola. Vi manifestações de carinho. Vi ordinarices, peixeiradas, lutas campais. Vi a união de quem nunca se viu por alguém que dela precisava. Vi muita coisa, mas agora tenho a certeza que ainda tenho muito para ver.
Os laços foram-se criando. Pessoas que me acompanhavam desde sempre afastaram-se, sem explicações. Novas pessoas foram chegando. Tenho a sensação que conheço o nickname de apenas uma infinidade de quem me visita na realidade. Tenho a certeza de que conheço muitos poucos. Tenho a certeza de que a vontade de conhecer novas caras se está a esfumar. Tenho a certeza de que me estou a tornar selectiva. Mas tenho a certeza de que o que aqui escrevo é para o mundo. Sem quaisquer pretensões. Apenas o de registar algumas memórias e me fazer feliz. Este blog agora existe para meu prazer. Este blog durará o tempo em que o prazer de escrever e de partilhar as minhas emoções com quem me segue, mesmo que anonimamente, existir. No momento em que este sentimento mudar, o blog por si só deixa de ter motivo para existir. Não vou criar nem um novo, nem filtrar quem me lê (se bem que tenho a certeza que há muita gente a ler-me só para criticar, para estar a par do que eu faço e digo. Mas esses têm bom remédio, dão meia volta ao cavalo e seguem com a sua vida. Se voltam, devem ter uma certa dose de masoquismo). Não se pode agradar a todos, nem estou aqui para agradar a ninguém.
Eu aqui revelo uma parte de mim. Revelo uma centelha do que é a minha vida. Aqui eu digo o que me apetece, independentemente de saber que me lêem pessoas que eu não conheço, amigos, familiares e outros conhecidos. Aqui a única coisa que me impõe limites é o meu bom-senso. Mesmo que não seja idêntico ao bom-senso dos outros. E quem acha que me conhece só pelo que escrevo aqui que levante os dedos. Hummm... um, dois, seis.. ena ena... então!? Estão loucos? Isso não funciona assim. As palavras que aqui deixo conduzem-vos sim por um caminho. Podem fazer juízos sobre a minha maneira de ser. Mas a conclusão a que chegam depende muita das lentes que usam ao me ler. E além disso, há muito de mim que aqui não está. Nunca vai estar. Nem poderia. Porque não me pertence só a mim.
E aqui podem perguntar, mas então e as fotos dos teus filhos? O que expões deles? Eles também não te pertencem nem podem opinar sobre o que achas aceitável. É verdade. Mais verdade não poderia ser. Mas em vez de me alongar em grandes defesas de causa, digo apenas: Bom-senso. Haja bom-senso, em tudo o que fazemos. E cada um estabelece as fronteiras com as quais se sente à vontade. Há blogs para todos os gostos e eu também tenho os meus preferidos, os de que não gosto e os que me são indiferentes. Há blogs que raramente comento, que comento quase sempre ou que vou comentando sempre que posso.
Não gosto que me exijam visitas nem reclamem a ausência de comentários (quem é que gosta de ser chamado à atenção?). Mas nestas coisas, acho que quem faz um blog só para ser visitado, quem mede o qualidade (ou falta de) de um blog pelo número de comentários, etc e tal, está um pouco longe da minha realidade. E quanto mais me cobram, menos vontade me dão. Há também quem diga que os blogs sem comentários é que é! Que são mais isto e aquilo. Para mim não é assim. Não meço a honestidade de cada um nem a sua integridade pela presença ou falta de link de comentários. Eu prefiro a liberdade de deixar escrever quem nos acompanha. Mesmo correndo o risco de quando em vez ser atacado por algum idiota sem nada para fazer. Mesmo tendo que digerir algumas palavras menos agradáveis. Mesmo não recebendo apenas comentários positivos. Mesmo havendo pessoas que usam a nossa caixa de comentários para se publicitarem sem sequer se darem ao trabalho de ler uma palavra que escrevemos. Porque, para mim, é a troca de opiniões que nos enriquece. Pelo menos eu acho. Porque este mundo é muito grande e tem muitas cores, e mais uma vez, cada um escolhe para si o que lhe é mais confortável. E é uma das mais-valias de ter um blog. O de poder ver como é que a nossa experiência vai interagindo com a dos outros.
No que diz respeito ao meu blog é isto que eu tenho para dizer. Ele começou com um fim totalmente díspar do que tem hoje. Cresceu, amadureceu, evoluiu (nem sempre da melhor forma) e está aqui para as curvas. Enquanto valer a pena. E para quem me impele a escrever sobre o que devemos dizer quando se acaba um blog, eu respondo apenas: Se um dia este blog acabar, eu não sei como vai ser. Não tenho o dom de prever o futuro. Por isso, não posso debitar sobre a legitimidade de cada um em acabar com um blog à sua maneira. Porque justamente cada blog tem um dono, e é ele, em consciência, na SUA consciência, que sabe o deve fazer em determinada altura.
Mas a blogosfera... a blogosfera é um mundo imenso. Há uns tempos, parece que nasceram babyblogs às carradas. Paletes deles surgiram do meio do nada. Todos exigiam visitas, todos queriam ser dos mais visitados. Todos, todos, todos... como se o que passasse a ser importante era a notoriedade e não o prazer de ter um blog, o conteúdo. E da mesma forma que há blogs para todos os gostos, também há bloggers dos mais variados tipos. Há quem continue na blogosfera de olhos tapados. Indiferentes aos reais perigos que andam um pouco por toda a parte. Quem não usa do bom-senso nas fotografias que decide partilhar, nem na informação pessoal que escolhe revelar. Há quem continue a ser como eu fui há tempos idos. E isso é um perigo, que eles próprios nem sabem dimensionar. Há os que andam aqui por bem, e os que nem sei o que andam aqui a fazer. Mas o que é verdade, é que este mundo, é para mim um reflexo da vida real. Desde paixões a intrigas, aqui temos um pouco de tudo como na farmácia.
Depois guardo saudades dos que passaram a andar aqui anónimos. Daqueles que tinham o seu próprio blog, e que a certa altura decidiram que tinham de parar. Que a certa altura, se afastaram e deixaram também de comentar. Tenho saudades de quem sei que me lê mas que se mantém na sombra. Tenho saudades de quem o tempo roubou a vontade e a oportunidade. Tenho saudades. A blogosfera, trouxe-me amigos para a vida. Daqueles que são como o sempre tivessem sido. Daqueles que até os amigos de sempre já falam. Em boa verdade, também me trouxe dissabores, mas o amargo apenas dá mais intensidade ao doce... E eu... eu sou, em parte, aquilo que vêem aqui. E aqui. E aqui. Mas na verdade, um blog é só um blog. E um blogger é apenas mais um blogger.
Eu sou uma pessoa, com defeitos e virtudes, gostos e desgostos, e, principalmente, com sentimentos. Fica aqui o desafio para quem chegou até aqui [aposto que mereciam uma prenda e tal, mas agora eu não tenho tempo, está bem?! Ando a organizar uma festa, tá! Ou como diz aquele senhor no anúncio da rádio, com pronúncia açoriana: eu teanho fiulhos!] Deixem a vossa opinião sobre este tema, mesmo aqueles que andam anónimos, mesmo aqueles que não costumam comentar [é agora que aqueles que vêm aqui controlar, coçam o nariz e dizem: ó p'ra ela a pedinchar comentários!]. Digam bem, mal, o que quiserem. Deixo-vos aqui as únicas condições: Haja respeito; Haja bom-senso.
Este blog já passou a fasquia dos dois anos. Quando o comecei estava completamente a leste do que era a blogosfera. Comecei-o simplesmente com o intuito de partilhar fotos da minha menina com os meus amigos e familiares. Costumava enviá-las por email, mas o limite das inbox de cada um dos destinatários era um grande obstáculo. Depois, esta amiga apresentou-me esta ideia, e eu segui-lhe as pegadas.
Eu trabalho com a internet há muitos anos e confiei o suficiente para por fotos da minha mais-que-tudo sem qualquer tipo de protecção e com uma selecção baseada exclusivamente no meu gosto pessoal. Não punha certas fotos, por as achar mais reveladoras, mas os critérios eram muito flexíveis. Aqui vinha apenas (ou pensava eu) quem me conhecia, e a quem tinha dado o link. Eu não tinha noção nenhuma do que era este mundo dos blogs. Eu estava-me pouco borrifando para a existência de outros além dos que conhecia por serem de meus amigos, e que tinham exactamente a mesma funcionalidade que o meu tinha: A partilha de fotos de cada um. Eu, inocentemente, pensava que os outros faziam o mesmo. Não tinha textos. Não tinha anotações. Tinha apenas imagens e umas quantas graçolas.
Depois veio a vontade de registar algumas coisas. De escrever alguns sentimentos. Não sei bem de onde surgiu esta vontade, mas surgiu. E com os textos, surgiram os primeiros comentários de quem me acompanhava em silêncio. A primeira reacção foi de: mas q'uesta merda?! Como é que deram comigo?! Porque é que me andam a acompanhar anonimamente se nem sequer me conhecem?!. Depois, foi o seguir os links que deixavam e ser totalmente absorvida por este mundo.
Dos primeiros blogs que visitei, são muito poucos os que ainda subsistem ou que ainda visito. Mas a presença de alguns, na minha memória, ainda é tão forte ao ponto de me lembrar das cores e de alguns textos que li. Que me encheram o coração e os olhos de lágrimas (a maioria das vezes de tanto rir!). Mas, de repente, caiu uma bomba que fez a primeira mossa neste cantinho que já não era só meu. Um caso de uma brasileira que usou um blog para ir relatando uma gravidez falsa. Veio o conhecimento, de que no Brasil, havia umas histórias mirabolantes de sequestro de bebés usando esta táctica. Foi o primeiro banho de água fria, e à conta dele, todos os posts com fotografias do meu blog foram simplesmente apagados. Esta foi a mais antiga que se escapou. A minha postura na blogosfera começou a mudar.
Passados uns tempos, instalei um contador na página, para poder controlar melhor as visitas (o que raramente fiz), as fotos que passei a publicar passaram a ser tratadas previamente e tinham de satisfazer mais limitações. Criei algumas dificuldades para o chegar-copiar-e-andar mas sabendo bem que a única forma de proteger uma foto é não a publicar na internet... onde quer que seja. A partir de nem sei bem quando, deu-se um boom de visitas e comentadores assíduos. Vieram as primeiras conversas extra-blogs. Vieram os primeiros encontros. O mundo que estava tão distante, transformou-se num bairro. As pessoas iam ganhando caras. O vício estava instalado. Passei aquela fase em que só via isto à frente. Era a necessidade de escrever. A necessidade de ler. A necessidade de comentar. A necessidade de ter comentários. A necessidade de conhecer novas caras. Muita necessidade para muito pouco tempo.
Chegou novamente a um ponto que tive de impor novas regras a mim própria. Como em tudo na vida, as regras fazem falta. Os meses foram passando e a experiência adquirida trouxe alguma maturidade. Descobri a minha maneira de estar neste mundo. E a partir daí, tento-me apenas manter fiel a mim mesma. Apercebi-me que as palavras têm muita força aqui. Apercebi-me que a responsabilidade de ter um blog que é muito lido não é fácil de lidar. Apercebi-me que mesmo sem termos essa intenção, conseguimos magoar alguém de quem até gostamos ou que nos é indiferente, mas que merece o nosso respeito, com palavras mal medidas, ou de sentido dúbio. Aprendi que os sentimentos aqui não estão à flor da pele. Eles são a pele. Os dedos que os escrevem. Vi serem começados massacres em colectivo, porque alguém não gostou do que outro alguém escreveu e quando um diz mata o outro diz esfola. Vi manifestações de carinho. Vi ordinarices, peixeiradas, lutas campais. Vi a união de quem nunca se viu por alguém que dela precisava. Vi muita coisa, mas agora tenho a certeza que ainda tenho muito para ver.
Os laços foram-se criando. Pessoas que me acompanhavam desde sempre afastaram-se, sem explicações. Novas pessoas foram chegando. Tenho a sensação que conheço o nickname de apenas uma infinidade de quem me visita na realidade. Tenho a certeza de que conheço muitos poucos. Tenho a certeza de que a vontade de conhecer novas caras se está a esfumar. Tenho a certeza de que me estou a tornar selectiva. Mas tenho a certeza de que o que aqui escrevo é para o mundo. Sem quaisquer pretensões. Apenas o de registar algumas memórias e me fazer feliz. Este blog agora existe para meu prazer. Este blog durará o tempo em que o prazer de escrever e de partilhar as minhas emoções com quem me segue, mesmo que anonimamente, existir. No momento em que este sentimento mudar, o blog por si só deixa de ter motivo para existir. Não vou criar nem um novo, nem filtrar quem me lê (se bem que tenho a certeza que há muita gente a ler-me só para criticar, para estar a par do que eu faço e digo. Mas esses têm bom remédio, dão meia volta ao cavalo e seguem com a sua vida. Se voltam, devem ter uma certa dose de masoquismo). Não se pode agradar a todos, nem estou aqui para agradar a ninguém.
Eu aqui revelo uma parte de mim. Revelo uma centelha do que é a minha vida. Aqui eu digo o que me apetece, independentemente de saber que me lêem pessoas que eu não conheço, amigos, familiares e outros conhecidos. Aqui a única coisa que me impõe limites é o meu bom-senso. Mesmo que não seja idêntico ao bom-senso dos outros. E quem acha que me conhece só pelo que escrevo aqui que levante os dedos. Hummm... um, dois, seis.. ena ena... então!? Estão loucos? Isso não funciona assim. As palavras que aqui deixo conduzem-vos sim por um caminho. Podem fazer juízos sobre a minha maneira de ser. Mas a conclusão a que chegam depende muita das lentes que usam ao me ler. E além disso, há muito de mim que aqui não está. Nunca vai estar. Nem poderia. Porque não me pertence só a mim.
E aqui podem perguntar, mas então e as fotos dos teus filhos? O que expões deles? Eles também não te pertencem nem podem opinar sobre o que achas aceitável. É verdade. Mais verdade não poderia ser. Mas em vez de me alongar em grandes defesas de causa, digo apenas: Bom-senso. Haja bom-senso, em tudo o que fazemos. E cada um estabelece as fronteiras com as quais se sente à vontade. Há blogs para todos os gostos e eu também tenho os meus preferidos, os de que não gosto e os que me são indiferentes. Há blogs que raramente comento, que comento quase sempre ou que vou comentando sempre que posso.
Não gosto que me exijam visitas nem reclamem a ausência de comentários (quem é que gosta de ser chamado à atenção?). Mas nestas coisas, acho que quem faz um blog só para ser visitado, quem mede o qualidade (ou falta de) de um blog pelo número de comentários, etc e tal, está um pouco longe da minha realidade. E quanto mais me cobram, menos vontade me dão. Há também quem diga que os blogs sem comentários é que é! Que são mais isto e aquilo. Para mim não é assim. Não meço a honestidade de cada um nem a sua integridade pela presença ou falta de link de comentários. Eu prefiro a liberdade de deixar escrever quem nos acompanha. Mesmo correndo o risco de quando em vez ser atacado por algum idiota sem nada para fazer. Mesmo tendo que digerir algumas palavras menos agradáveis. Mesmo não recebendo apenas comentários positivos. Mesmo havendo pessoas que usam a nossa caixa de comentários para se publicitarem sem sequer se darem ao trabalho de ler uma palavra que escrevemos. Porque, para mim, é a troca de opiniões que nos enriquece. Pelo menos eu acho. Porque este mundo é muito grande e tem muitas cores, e mais uma vez, cada um escolhe para si o que lhe é mais confortável. E é uma das mais-valias de ter um blog. O de poder ver como é que a nossa experiência vai interagindo com a dos outros.
No que diz respeito ao meu blog é isto que eu tenho para dizer. Ele começou com um fim totalmente díspar do que tem hoje. Cresceu, amadureceu, evoluiu (nem sempre da melhor forma) e está aqui para as curvas. Enquanto valer a pena. E para quem me impele a escrever sobre o que devemos dizer quando se acaba um blog, eu respondo apenas: Se um dia este blog acabar, eu não sei como vai ser. Não tenho o dom de prever o futuro. Por isso, não posso debitar sobre a legitimidade de cada um em acabar com um blog à sua maneira. Porque justamente cada blog tem um dono, e é ele, em consciência, na SUA consciência, que sabe o deve fazer em determinada altura.
Mas a blogosfera... a blogosfera é um mundo imenso. Há uns tempos, parece que nasceram babyblogs às carradas. Paletes deles surgiram do meio do nada. Todos exigiam visitas, todos queriam ser dos mais visitados. Todos, todos, todos... como se o que passasse a ser importante era a notoriedade e não o prazer de ter um blog, o conteúdo. E da mesma forma que há blogs para todos os gostos, também há bloggers dos mais variados tipos. Há quem continue na blogosfera de olhos tapados. Indiferentes aos reais perigos que andam um pouco por toda a parte. Quem não usa do bom-senso nas fotografias que decide partilhar, nem na informação pessoal que escolhe revelar. Há quem continue a ser como eu fui há tempos idos. E isso é um perigo, que eles próprios nem sabem dimensionar. Há os que andam aqui por bem, e os que nem sei o que andam aqui a fazer. Mas o que é verdade, é que este mundo, é para mim um reflexo da vida real. Desde paixões a intrigas, aqui temos um pouco de tudo como na farmácia.
Depois guardo saudades dos que passaram a andar aqui anónimos. Daqueles que tinham o seu próprio blog, e que a certa altura decidiram que tinham de parar. Que a certa altura, se afastaram e deixaram também de comentar. Tenho saudades de quem sei que me lê mas que se mantém na sombra. Tenho saudades de quem o tempo roubou a vontade e a oportunidade. Tenho saudades. A blogosfera, trouxe-me amigos para a vida. Daqueles que são como o sempre tivessem sido. Daqueles que até os amigos de sempre já falam. Em boa verdade, também me trouxe dissabores, mas o amargo apenas dá mais intensidade ao doce... E eu... eu sou, em parte, aquilo que vêem aqui. E aqui. E aqui. Mas na verdade, um blog é só um blog. E um blogger é apenas mais um blogger.
Eu sou uma pessoa, com defeitos e virtudes, gostos e desgostos, e, principalmente, com sentimentos. Fica aqui o desafio para quem chegou até aqui [aposto que mereciam uma prenda e tal, mas agora eu não tenho tempo, está bem?! Ando a organizar uma festa, tá! Ou como diz aquele senhor no anúncio da rádio, com pronúncia açoriana: eu teanho fiulhos!] Deixem a vossa opinião sobre este tema, mesmo aqueles que andam anónimos, mesmo aqueles que não costumam comentar [é agora que aqueles que vêm aqui controlar, coçam o nariz e dizem: ó p'ra ela a pedinchar comentários!]. Digam bem, mal, o que quiserem. Deixo-vos aqui as únicas condições: Haja respeito; Haja bom-senso.
Consequências estranhas das gravidezes...
Com a gravidez da Joana aprendi a gostar de iscas. A única vez que me lembro de comer iscas antes de estar grávida, foi quando a minha mãe me convenceu que se comesse iscas, eu conseguiria nessa tarde andar de bicicleta sem rodinhas. Eu comi, andei sem rodinhas e disse à minha mãe que não voltava a comer iscas, já que as rodinhas não eram mais um problema.
Agora gosto mesmo de iscas. Finas, fininhas, com muito molho sobre as batatas cozidas.
Com a gravidez do Miguel o inédito voltou a acontecer. Desta vez numa versão menos saudável e mais calórica. O gosto pelos Donuts veio para ficar. Na sexta comprei uma caixa de oito, hoje comi os últimos dois ao pequeno almoço. Mais ninguém lhe tocou.
[O que vale é que a balança continua a oscilar entre os 56 e os 57... :)]
Mas Donuts?! Era escusado pá!
sábado, outubro 07, 2006
Comida... venha ela!
Confesso que a estou a viver uma primeira experiência na introdução dos sólidos com o Miguel. A Joana foi desde o primeiro dia, uma bebé que resistiu à comida. Ela comia muito pouco e a muito custo. A única coisa que a via a comer com prazer eram os iogurtes (mais tarde a cérelac e o leite de soja).
Com o Miguel o complicado é resistir aos seus apelos pela comida. Não é um bebé que coma quantidades fabulásticas, mas come bem. Tão bem que o babete chega limpo ao final da refeição (e a maior parte das vezes nem uso nada). Só quando ele está mesmo cheio é que lá cospe/assopra a comida e se suja qualquer coisa.
Até agora a única coisa de que ele não gosta muito (mas come) são as papas. A de Multifrutos então é para esquecer. A que ainda gosta mais é a Primeira Papa (milho e arroz) que se prepara com o meu leite.
A fruta já experimentou a maçã (crua e cozida), a pêra (cozida) e a banana. Depois fizemos várias combinações: maçã, com cereais e leite (meu); banana e leite (meu); maçã e cenoura. Nunca recusou nada, quer servido morno, à temperatura ambiente ou frio.
Na sopa, já entra a batata, a cenoura, a abóbora, a cebola, o alho, o alho francês e o nabo (sem sal nem azeite). Nem sempre leva todos os legumes, mas qualquer que seja a combinação que eu prepare, ele devora.
Até ontem, dava-lhe apenas uma refeição ao lanche/jantar, mas decidi experimentar juntar o almoço. Correu sem incidentes pois claro. Hoje ao almoço, depois de ter comido a sopa quase toda (não faço ideia de quantidades) ficou a brincar com o copo da água (hoje começou a beber água pelo copo, com aquele bico de aprendizagem!) e achei que ele estava farto de sopa, mas que ainda entrava mais qualquer coisa. Ele em geral mama depois da refeição, mas pensei em dar-lhe fruta antes. Pois comeu a pêra como se ainda não tivesse comido nada!
Aproveitei e comecei a tirar o leite que ele não está a mamar, para congelar. Daqui a nada vamos precisar dele...
O que era escusado era ele continuar com os intervalos de três horas para comer... mesmo à noite! Mesmo assim, já não lhe tenho de mudar a fralda três vezes durante a noite com conteúdos menos cheirosos. Agora a fralda aguenta até de manhã, e só faz o seu cocó quando eu lhe abro a fralda e o deixo à vontade.
Para quem começou o post a falar de comida, não podia acabar da melhor maneira! :p
Doidos...
31, 29, 2 (quase 3) e quase 1/2 é a idade dos doidos que estiveram agora mesmo aos pulos e às moches na sala, ao som de Enter Sandman dos Metallica... podia dar-nos para pior... mas o mais novo até dobrou o riso pela primeira vez!
quinta-feira, outubro 05, 2006
Espirituosa...
(quentinha, quentinha! A escaldar!)
Ela está na cadeira dela, a acabar de comer a fruta enquanto o pai lava a louça. Eu vim aqui ao computador para continuar umas coisas que ando a engendrar. De repente só se ouve, num tom muito irritado:
- Esta mesa está toda cagada!
Sim... foi mesmo ela que disse... Ai a minha vidinha!
quarta-feira, outubro 04, 2006
Inquéritos telefónicos...
Estou neste momento ao telefone com um operador de inquéritos telefónicos. O homem só pode estar bêbado... mas é que só pode!
[o que me estou a rir... ai mãezinha!]
Ballet
Sempre disse que gostava que a Joana fizesse ballet. Eu fiz quando era miúda e achei um horror. Estava habituada aos pulos e correrias da ginástica e para mim ter de estar ali quieta era um verdadeiro sacrifício.
Eu na verdade sempre adorei a dança, especialmente a clássica, mas a disciplina a que obrigava é que o pior. Acabei por seguir a ginástica e entrar em competições, mas a disciplina estava muito disfarçada no meio de tanto pulo.
Eu acho que o ballet ensina muito mais que a andar em pontas. Modela o corpo e a mente.
Assim sendo, tinha começado a minha pesquisa sobre aulas de ballet. Com calma porque ela ainda nem três anos tem (tenho de aproveitar que ainda me restam 9 dias para dizer isto :p). Sabia que muitos sítios exigem os quatro anos, e não sabia se entrando agora ela estaria preparada para uma aula destas.
Entrar demasiado cedo poderia afastá-la em vez de a conquistar.
A semana passada, surgiu a oportunidade de experimentar uma aula. Conversei com ela, e ainda não lhe tinha explicado tudo, já me tinha obrigado a dançar com ela. Fizemos plies e piruetas e por ela a aula era no próprio dia.
Hoje fomos os quatro. Enquanto as outras meninas vestiam uns lindos maillots azuis-bebé ela ia com leggins e sweat azuis escuras. Enquanto as outras meninas usavam umas lindas sapatilhas cor-de-rosa, ela calçava umas meias azuis às riscas anti-derrapantes. Mas a felicidade... a felicidade era igual em todas elas. Ela saltou, rodopiou e sentou. Esticou pés e mãos e sorriu. Sorriu muito. E ficou.
De experiência passou a primeira aula de ballet. E ela gostou. Muito.
[haver fotografias até há... mas o papá deixou o cabo no escritório... língua de fora, para ele]
Aiaiaiaiaiai... estás bonita estás!
Obrigada Carla! Se não fosses tu e o post que escreveste hoje, hoje baldava-me à vacina dos cinco meses do Miguel.
Estava aqui a comer o meu geladinho com carradas de chantilly e a ler os blogs vizinhos, quando leio o título do teu post: Vacinas. É então que penso: hummm deixa-me lá ver quando é a próxima do Miguel...
É hoje. Às 16h00!
Adenda: E não é que o meu crianço, aquele que ia deitando o centro de saúde abaixo nas primeiras vacinas de tanto chorar, desta vez nem uma lágrima deitou?! Nem um ui gemeu! A única reacção foi franzir o sobrolho quando o líquido começou a entrar, mas mais nada. Nisto vão-me desculpar, mas não é à homem... porque eles são tãaaao mariquinhas! :p (pelo menos o espécimen adulto desta casa é assim... agora com a cirurgia à porta então, nem vos digo nem vos conto :p)
"Lesão no Menisco Interno"
As dores no joelho estão explicadas. A cirurgia já está marcada. As sextas-feiras de bola já eram (pelo menos durante uns bons tempos).
Vai ficar internado por três dias. A recuperação aponta para um mês (mínimo dos mínimos, com muito optimismo há mistura: quinze dias).
Isto no final das minhas férias, a poucos dias de voltar ao trabalho. O nosso problema agora é a Joana. Ele não se vai poder mexer, muito menos conduzir, eu quero entrar às oito horas (para poder sair à uma) e a escola da Joana só abre às oito. Como é que nos vamos safar desta?
Adenda: Não sei qual o tipo específico da lesão, nem que tipo de cirurgia ele vai fazer. Quanto ao chegar mais tarde e sair mais tarde, é claro que é uma hipótese, mas a minha empresa não é pequena e tem uma coisa chamada "pico", o que torna estes ajustes temporários complicados. Além disso, não se esqueçam que no período em que estive ausente o meu departamento foi extinto e que fomos integrados noutro. Não sei como as coisas estão a funcionar agora. E até pode ser que o António consiga conduzir oito dias depois, por isso, a ver vamos.
terça-feira, outubro 03, 2006
6 anos e (quase) meio...
depois, comprei o primeiro carregamento de molduras para pendurar nas paredes brancas da minha casa.
A única divisão que teve algo nas paredes, desde o primeiro dia, foi a casa de banho, com duas ilustrações em pastel que eu desenhei. A ela juntou-se o quarto da Joana com mais duas aguarelas que fiz quando ela ainda estava na minha barriga.
Juntamente com a mobília, estantes e tapetes que vão chegar no próximo dia 25, e os cortinados que finalmente vão ser postos na sala e na casa de jantar, a casa vai ganhar uma nova vida.
Já precisava.
Reunião de pais... (depois de)
Fomos os segundos ou terceiros pais a chegar. Chegámos uns minutos antes da hora marcada. Esperámos um pouco na entrada, com a directora, a educadora (T.) e auxiliar (S.), mas depressa rumámos ao refeitório onde a primeira surpresa nos aguardava bem à vista.
Mini queques de iogurte, feitos pelas mãos pequeninas dos nossos filhos. Estavam muito bons mesmo. O prazer que eles tiveram a fazê-los, transparecia no prazer que os pápás babados sentiam ao comer.
Depois a espera. A conta-gotas foram chegando os restantes pais. A reunião não começou às seis horas, e alguns pais entraram já com a reunião iniciada, mas o que me espantou foi a falta de comparência dos pais de duas crianças (mesmo sabendo que imprevistos todos têm).
Enquanto a directora fazia a sua introdução, os olhos dos pais refugiavam-se na parede. Era lá que estava a primeira página de uma apresentação em PowerPoint. Era lá que se anunciava o tema da reunião e onde se via a fotografia do grupo.
Entretanto o nosso belo adormecido, despertou do seu sono de quinze minutos e passou a bolinha saltitona. Pulou no colo do pai, saltou no colo da mãe, dava guinchinhos de alegria enquanto mordia o que apanhasse à mão.
Passou-se então à apresentação do projecto da sala propriamente dito. Enquanto a T. explicava a metodologia de ensino, a razão de existência das várias partes da sala, os pais babavam e riam com as fotos que iam surgindo na parede.
Pensava que também iriam falar um pouco sobre cada um deles, mas não. Vão ser feitas reuniões individuais trimestrais com os pais, onde se irá falar principalmente da criança e dos seus progressos (ou falta de).
Depois a meio, mais uma surpresa. A T. conta uma história, acompanhada de música, e a S. distribui presentes pelos pais. Cada um deles tinha sido embrulhado pelo respectivo filho. Lá dentro esperava-nos uma caixa. Um olhar menos atento, mostrava que a caixa estava vazia, mas alertados pela T. percebemos que estava cheia. Cheia de beijinhos que os nossos filhos lá tinham deixado.
No final, são entregues as pastas com toda a planificação e a T. disponibiliza-se para responder a todas as dúvidas. Mas mais uma vez espantei-me. Mal as luzes se acenderam, a maioria dos pais despediu-se e saiu porta fora. Fora as minhas duas ou três perguntas, não houveram muitas mais.
Gostei, especialmente porque conclui que as primeiras impressões que tive da escola estão a ser confirmadas. Gostei, porque delirei com o entusiasmo que a T. punha nas suas palavras enquanto falava nos seus meninos. Gostei, porque foi a primeira e era sobre a minha menina que estavam (também) a falar.
segunda-feira, outubro 02, 2006
A primeira segunda-feira...
de cada mês estou sempre sozinha com eles. Há dias que me custa, outros que nem tanto. Este prometia ser complicado, com uma dor de cabeça não convidada e um bebé muito chorão. Mas a dor de cabeça foi dar uma volta e o bebé dormiu cedo.
O Miguel já está na cama desde as 19h50 (dorme agora o seu período grande até à uma da manhã mais ou menos) e a Joana tenta a adiar, como pode e sabe, a ida para a cama.
Enquanto estou a fazer o jantar de amanhã (eeeiii! Atenção, que não sou nenhuma dona de casa exemplar... ontem é que descongelei uma perna de peru e tinha de a fazer hoje sem falta :p) ela está a fazer os últimos desenhos no quarto. Brincadeira tranquila, mesmo a jeito de quem vai para a cama daqui a nada.
De repente ouço o barulho de uma das caixas de brinquedos a ser despejado no chão.
- Ai disculpa mãe! Disculpa! Eu já arrumo tudo mãe...
E enquanto diz isto, com o ar mais sem vergonha do mundo, senta-se no meio dos brinquedos espalhados e alinha as panelas e as comidas de brincar.
Como diz a educadora, A Joana está a ficar fresca!
A quem o dizes T.... A quem o dizes!
domingo, outubro 01, 2006
O meu primeiro (e único) cabelo branco...
caiu. Apareceu, depois de ter tido a Joana. Descobriram-mo, quando regressei ao trabalho, depois da licença de maternidade.
Quando o vi agarrado à escova, não deixei de ter uma pontinha de pena, mas...
... perdi a pena toda, quando vi que ele tinha deixado um substituto. :p
Sólidos...
O Miguel gosta mesmo de comer. As vezes que lhe ia dando, ele comia tudo e os babetes acabavam como começavam: limpos. Sempre que o sento na cadeirinha de comer, ele fica eufórico e com um ar de quem pergunta: "já vinha o prato, não?!".
Ontem, lembrei-me de ralar maçã. Como achei aquilo um bocado seco e sem graça, tirei um pouco de leite e misturei tudo. Triturei novamente e o resultado, foi um creme com alguns pedacinhos de maçã. O pai ao princípio, ainda afastava os bocadinhos com medo que ele se engasgasse. Mas quando o vemos a dar volta a um bocadinho na boca todo feliz (ie, a mastigar sem dentes) e a engolir satisfeito, passou a ir tudo de enfiada. Não sobrou nada. Comeu maçã e meia.
Assim sendo, decido dar por encerrada a amamentação em exclusivo, e o puto vai começar a lanchar todos os dias. Vamos variar entre sopa e fruta, porque ele não gosta tanto de papa (e eu confesso que até prefiro que ele não coma papa muitas vezes).
Ele gosta mesmo de comer, e eu gosto de o ver comer assim. Não há razão melhor para introduzirmos os sólidos definitivamente.
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