Esta aventura está a ser muito mais pacífica do que imaginei. Temos um quarto camarata onde temos as três camas e ainda o móvel de brinquedos deles e um outro, designado carinhosamente por quarto multi-funções, onde temos o meu escritório reduzido ao mínimo, a nossa mini-cozinha, uma mesa pequena deles - onde eles fazem as refeições e os trabalhos - e a televisão pequenina para não ficarmos totalmente a leste do que se passa.
O pessoal que anda lá a trabalhar é além de limpo, trabalhador, educado e de não beber em serviço (!), de um asseio e arrumação com a obra que dá gosto ver. Quando chegamos a casa, podem estar as paredes esventradas e o chão coberto de uma poeira fininha mas não há caos, nem perigo.
Estamos a aprender a viver apenas com o essencial. E é impressionante como precisamos mesmo de tão pouco nas nossas vidas. Dizem que à terceira é de vez. Estas são as nossas terceiras obras e posso dizer que desta vez fizemos mesmo a escolha certa nas pessoas que escolhemos para levar o nosso desejo a bom porto. E isso faz toda a diferença.
terça-feira, novembro 30, 2010
Trabalhar noite dentro...
pode não agradar a muitos, mas a mim sabe-me pela vida. É uma forma de ter um bocadinho de tempo só para mim. De decidir o que faço, quando faço e como faço. De ter silêncio ou de ouvir aquilo que mais me apetece. Sem responsabilidade a não ser pelas coisas que mais ou menos controlo.
E sabe bem. Mesmo bem.
E sabe bem. Mesmo bem.
segunda-feira, novembro 29, 2010
Conversas com ele...
no carro surge o tema futebol, e ele:
- eu já sei de quem sou! Eu sou da Espanha, do Benfica... ai não, o Benfica não presta. Eu sou da Espanha, do Sporting e do Porto, é isso!
Olé!
- eu já sei de quem sou! Eu sou da Espanha, do Benfica... ai não, o Benfica não presta. Eu sou da Espanha, do Sporting e do Porto, é isso!
Olé!
Acabaram-se...
as castanhas.
E agora?!
[as últimas já foram comidas como eu gosto mais delas: piladas!]
E agora?!
[as últimas já foram comidas como eu gosto mais delas: piladas!]
Quando for grande...
A Joana nunca se debateu muito com estas questões. Já falou em ser médica mas acho que só lhe saiu essa uma vez e nunca mais me lembro de ter tocado no assunto outra vez.
Já o irmão é o total oposto. Fala constantemente no que quer ser quando for grande e raramente se fica apenas por uma única profissão. Actualmente tem dito que quer ser agricultor (para ter muitos animais mas principalmente touros!) e construtor (por influência do que está a viver agora). O que vale é que no final da lista de profissões acrescenta sempre num tom muito sério: por isso é que tenho de estudar muito!
A ver vamos.
Já o irmão é o total oposto. Fala constantemente no que quer ser quando for grande e raramente se fica apenas por uma única profissão. Actualmente tem dito que quer ser agricultor (para ter muitos animais mas principalmente touros!) e construtor (por influência do que está a viver agora). O que vale é que no final da lista de profissões acrescenta sempre num tom muito sério: por isso é que tenho de estudar muito!
A ver vamos.
domingo, novembro 28, 2010
Sobre o tal primeiro dia...
Joana - Este ano não temos árvore de Natal. Temos obras de Natal!
E é verdade. Começaram na segunda-feira e com sorte acabam em Março. Até lá ficamos reduzidos a dois quartos e uma casa-de-banho. No final não vai sobrar uma única divisão em que não se mexa, mas se tudo correr bem, vamos ganhar uma casa com outra dinâmica.
A aventura começou.
E é verdade. Começaram na segunda-feira e com sorte acabam em Março. Até lá ficamos reduzidos a dois quartos e uma casa-de-banho. No final não vai sobrar uma única divisão em que não se mexa, mas se tudo correr bem, vamos ganhar uma casa com outra dinâmica.
A aventura começou.
sexta-feira, novembro 26, 2010
quarta-feira, novembro 24, 2010
Porque nos afecta a todos, ou melhor, porque afecta sempre os mesmos...
Porque a desculpa do não adianta nada não serve. Porque não podemos ficar calados. Porque é um direito que nos assiste. E porque é esta a forma que temos todos, unidos, por nós e por todos, de mostrar que não aceitamos mais esta política que torna os ricos mais ricos e os pobres mais pobres. A política que prefere TGV's, submarinos e blindados a ver os seus cidadãos com melhores e iguais acessos à saúde e ao ensino, ou, simplesmente com comida na mesa. Que não desiste de mostrar aos seus contribuintes o mal que emprega os seus impostos suados. Que não corta nos luxos, para cortar naqueles que já mal têm para comer ou que se vêem obrigados a comprar apenas os medicamentos mais baratos dos que lhes foram receitados e quando podem.
Porque quero que os meus filhos cresçam num país mais justo e não num país de aparências.
Porque esta luta é de todos. E há muitos que não vão poder dar eco à sua voz por medo. Medo de perder o pouco que têm. Medo.
segunda-feira, novembro 22, 2010
E depois não querem que o ballet seja só para meninas...
Texto retirado do email enviado aos pais, pela professora de ballet:
Ainda bem que o miúdo ainda não sabe ler...
(...) Irá realizar-se uma aula aberta para os Encarregados de Educação,e no final haverá uma pequena surpresa para as nossas pequenas BAILARINAS! (...)
Ainda bem que o miúdo ainda não sabe ler...
Hoje...
é mais um "primeiro dia do resto das nossas vidas".
E se até agora já andava a mil, agora é como se tivesse entrado para a F1.
[antes que comecem para aí já os pulinhos e os sorrisinhos, não, não há nenhuma criancinha a caminho]
E se até agora já andava a mil, agora é como se tivesse entrado para a F1.
[antes que comecem para aí já os pulinhos e os sorrisinhos, não, não há nenhuma criancinha a caminho]
quarta-feira, novembro 17, 2010
A ficção apenas imita a vida...
Foi o que aprendi ontem. E que lição.
[há pessoas que nasceram para lutar batalhas perdidas. Mas a verdade é que não são as batalhas perdidas que decidem a guerra e é mesmo tão simples quanto isso. obrigada pela confiança.]
[há pessoas que nasceram para lutar batalhas perdidas. Mas a verdade é que não são as batalhas perdidas que decidem a guerra e é mesmo tão simples quanto isso. obrigada pela confiança.]
Conversas com ele...
Ele continua a achar que não podemos ficar apenas com o Rufus e o Riscas (um cão e um canário) e acha que só um cavalo é que é digno de vir preencher a falta do Lucky.
- Mas Miguel, onde é que púnhamos o cavalo?!
- Na garagem!
- E tu achas que ele ia ficar bem na garagem?! Ele precisa de espaço para andar, para pastar. Onde é que tu ias andar com ele? Na estrada?
- Não! Ia andar com ele naquele sítio dos touros! Eu quero andar a cavalo atrás dos touros e assim - põe-se em posição de forcado - a dizer: eh touro lindo!
Tenho um filho que quer ser toureiro e forcado. ai.
- Mas Miguel, onde é que púnhamos o cavalo?!
- Na garagem!
- E tu achas que ele ia ficar bem na garagem?! Ele precisa de espaço para andar, para pastar. Onde é que tu ias andar com ele? Na estrada?
- Não! Ia andar com ele naquele sítio dos touros! Eu quero andar a cavalo atrás dos touros e assim - põe-se em posição de forcado - a dizer: eh touro lindo!
Tenho um filho que quer ser toureiro e forcado. ai.
No carro...
do nada, desata a chorar e no meio dos soluços diz que quer o Lucky de volta. Que tem saudades e que não percebe porque é que os médicos não o conseguiram salvar.
Na escola esteve sempre bem, e em casa o primeiro pensamento matinal já não é o Lucky.
Crescer custa. Ajudar a crescer também. Especialmente quando vemos tanto de nós neles.
Na escola esteve sempre bem, e em casa o primeiro pensamento matinal já não é o Lucky.
Crescer custa. Ajudar a crescer também. Especialmente quando vemos tanto de nós neles.
Conversas com ele...
- Mãe porque é que estão ali aqueles polícias com aquele fio?
- É para os carros não estacionarem.
- Mas estão lá carros!
- Sim, mas agora já não podem parar e aqueles vão ter de sair.
- Porquê?
- Porque têm medo que alguém ponha uma bomba num carro.
- Uma bomba?! Mas porquê?
- Porque se pusessem uma bomba num carro e este explodisse destruía o que estava à volta.
- E destruía as pessoas?
- Também.
- E depois os polícias multavam o carro, não era?!
olha que era provável, sim senhora...
- É para os carros não estacionarem.
- Mas estão lá carros!
- Sim, mas agora já não podem parar e aqueles vão ter de sair.
- Porquê?
- Porque têm medo que alguém ponha uma bomba num carro.
- Uma bomba?! Mas porquê?
- Porque se pusessem uma bomba num carro e este explodisse destruía o que estava à volta.
- E destruía as pessoas?
- Também.
- E depois os polícias multavam o carro, não era?!
olha que era provável, sim senhora...
Às vezes custa-me...
que seja tão difícil aceitar para tanta gente que há quem não stress pelos mesmos problemas e que para quem as dificuldades não sejam um drama mas algo normal com que se tem de aprender a lidar e a ultrapassar.
A sensação que dá por vezes, é de andar a lutar contra moinhos de vento. E cansa.
A sensação que dá por vezes, é de andar a lutar contra moinhos de vento. E cansa.
Vocês sabem...
a falta que um polegar faz para se comer castanhas?! Sabem?!
[é só um entalão mesmo, mas foi um senhor entalão :p]
[é só um entalão mesmo, mas foi um senhor entalão :p]
segunda-feira, novembro 15, 2010
Só para ficar registado e para vos servir de aviso...
Entalar o polegar num portão de ferro dói.
Dói muito.
Conseguir controlar a vontade de gritar desalmadamente no meio da rua e com a filha com dor de ouvidos ao lado, custa.
Custa muito.
Conseguir dizer só um aahhhh e tentar aliviar a vontade de gritar um MEEEEERDAAAAA batendo um pé no chão ao mesmo tempo que tenta usar o único neurónio que não foi chamado a processar a dor, de forma a conseguir voltar a fechar o portão antes que o cão - já de orelhas levantadas - fuja (porque o portão bateu no dedo e voltou a abrir todo para trás tal não era o balanço) é difícil.
Muito difícil.
Por isso, e é de amigo para amigo que vos digo isto: não entalem os vossos dedos em portões de ferro. É chato.
Muito chato.
[entalei o malvado na sexta-feira de manhã e ainda hoje não o consigo usar como deve ser...]
Dói muito.
Conseguir controlar a vontade de gritar desalmadamente no meio da rua e com a filha com dor de ouvidos ao lado, custa.
Custa muito.
Conseguir dizer só um aahhhh e tentar aliviar a vontade de gritar um MEEEEERDAAAAA batendo um pé no chão ao mesmo tempo que tenta usar o único neurónio que não foi chamado a processar a dor, de forma a conseguir voltar a fechar o portão antes que o cão - já de orelhas levantadas - fuja (porque o portão bateu no dedo e voltou a abrir todo para trás tal não era o balanço) é difícil.
Muito difícil.
Por isso, e é de amigo para amigo que vos digo isto: não entalem os vossos dedos em portões de ferro. É chato.
Muito chato.
[entalei o malvado na sexta-feira de manhã e ainda hoje não o consigo usar como deve ser...]
Férias 2011...
acho que nunca planeie férias com tanto tempo de antecedência.
Mas a escola da mais velha e os meus compromissos fotográficos assim o ditaram. Espero não ter surpresas desagradáveis.
Mas a escola da mais velha e os meus compromissos fotográficos assim o ditaram. Espero não ter surpresas desagradáveis.
domingo, novembro 14, 2010
sexta-feira, novembro 12, 2010
Monopólio e dia de mimo...
Ontem doíam-lhe os ouvidos. Hoje de manhã acordou com a mesma queixa. Com um telefonema a certificar-me que a médica de família ainda tinha vaga, demos um pulo ao centro de saúde, marcámos uma consulta de urgência e voltámos para casa à espera da hora marcada.
Uma garganta inflamada apanhada na hora certa (para tentar evitar o antibiótico), uma filha pasmada com a receita incluir pastilhas-elásticas e muita brincadeira a duas, contribuiu para acabarmos a manhã com um saldo positivo.
O que era escusado era a filha ter herdado do pai o jeito para o Monopólio. Eu também gostava de poder ganhar alguma vez...
[este jogo de Monopólio foi uma prenda que eu dei à minha irmã... gosto destas heranças]
Uma garganta inflamada apanhada na hora certa (para tentar evitar o antibiótico), uma filha pasmada com a receita incluir pastilhas-elásticas e muita brincadeira a duas, contribuiu para acabarmos a manhã com um saldo positivo.
O que era escusado era a filha ter herdado do pai o jeito para o Monopólio. Eu também gostava de poder ganhar alguma vez...
[este jogo de Monopólio foi uma prenda que eu dei à minha irmã... gosto destas heranças]
quinta-feira, novembro 11, 2010
Então é assim...
Acabei de decidir que hoje só* janto castanhas assadas.
Ainda falta muito para a hora do jantar?
* este só aqui é lindo
Ainda falta muito para a hora do jantar?
* este só aqui é lindo
Depois de ter encontrado...
uma nota de 100 escudos numa gaveta esquecida,
hoje encontro uma cassete mal ponho o pé fora do carro.
[mas o Lisboa Viva que anda sumido desde ontem de manhã é que não há maneira de aparecer]
hoje encontro uma cassete mal ponho o pé fora do carro.
[mas o Lisboa Viva que anda sumido desde ontem de manhã é que não há maneira de aparecer]
quarta-feira, novembro 10, 2010
Fins-de-dia (os nossos)...
ela perguntou: Como são os vossos serões durante a semana? e eu respondo (é verdade, sou uma fraca) mesmo que a tarefa não seja fácil pois:
- eu nunca sei a partir de que horas começam e muito menos a que horas terminam;
- não há dois dias iguais na semana em termos de horário;
- não temos rotinas no que diz respeito a quem vai buscar quem ou quem é que vai às compras e muito menos no que diz respeito ao período delimitado pela nossa chegada a casa e a ida deles para a cama.
Estando os avisos feitos, segue a resposta o mais arrumada temporalmente que consegui:
entre as 17h00 e as 18h00 - telefono ao pai a saber se ele está ou não atrasado. Se estiver sou eu que tenho de ir buscar os miúdos (mesmo que esteja também eu atrasada), caso contrário escolhemos entre os dois qual o miúdo que cada um vai buscar, contribuindo para a escolha o quão atrasado está cada um de nós, ou, escolhemos a vítima que passa pelo super/hiper (geralmente o pai) e o outro (geralmente eu e não menos vítima em algumas noites) vai buscar as duas crianças.
entre as 18h00 e as 19h00 - as duas crias saem da escola/actividades e rumam a casa quer no mesmo carro (quando tenho eu de tratar dos dois), quer em carros separados (quando dividimos uma cria por progenitor). Se for dia de piano, o pai vai buscar a cria mais velha antes das 18h00 para a deixar na escola respectiva a essa hora. Se for dia de ballet ou judo, vamos buscar a cria mais nova à escola respectiva pelas 18h40. Se for dia de teatro, a cria mais velha só está despachada da escola às 19h00.
entre as 19h00 e as 19h30 - chegamos a casa, com possível passagem pelo super a comprar alguma coisa que faça falta. o tempo de viagem é utilizado para as nossas conversas sobre o dia, desabafos, etc. (Adoro as nossas viagens de carro!) Às vezes o pai ainda não chegou, outras está a chegar.
às 19h30 - aquece-se a sopa e com sorte o jantar também. Se não houver jantar pronto nem tiver um jantar adiantado no congelador que possa rapidamente terminar, a maioria das vezes grelha-se peixe ou carne, acompanha-se com arroz/massa/legumes cozidos e salada e janta-se (a dois, a três ou a quatro que não há grandes regras, é como der mais jeito no dia). Mais raramente, e apenas quando chego cedo (tipo 19h00) a casa, faço cozinhados um pouco mais demorados e de preferência que sobre e se possa comer no dia seguinte. Durante a preparação do jantar podemos dar banhos (mas a maioria das vezes têm tomado de manhã porque despachamos a coisa mais depressa) e eles vêem um bocadinho de desenhos-animados ou terminam alguma tarefa. Se ambos os cônjuges estão em casa, conversa-se coisas de crescidos nos intervalos das conversas com eles (aqui quase que podia ter tirado o plural que ela costuma estar hipnotizada com a tv por esta altura). Às vezes o pai ainda não chegou, outras está a chegar.
A partir de agora há duas variantes:
não é sexta-feira
às 20h30 - em geral estão jantados, treinam três vezes a pauta da semana (temos andado a falhar nesta) e começam os preparativos de irem para a cama: tomar a medicação, beber o leite, lavar dentes (e outras partes se não tiverem tomado banho) ouvir a história. Às vezes o pai ainda não chegou, outras está a chegar.
às 21h00 - o pai está a ler-lhes a história (embora agora algumas vezes seja ela quem a lê) ou a acabar e eu vou para o escritório depois de lhes ter cantado as três cantigas da praxe. Quando o pai ainda não chegou a esta hora mantenho-me ao serviço e a noite transforma-se numa sexta com horários das outras noites.
das 21h00 às 2h00/3h00/4h00 - o pai há-de acordar eventualmente numa cama deles e das duas, quatro: ou se arrasta até ao sofá e adormece novamente enquanto tenta ver uma série/filme; ou tenta acabar algum orçamento urgente; ou arruma a cozinha (e às vezes janta a essa hora); ou vai dar uma volta com o Rufus. Já eu deixo-os aos três no mimo e vou para o escritório avançar com a segunda parte laboral do meu dia: a fotografia. Planifico álbuns, respondo a emails, escolho/trato fotos, preparo encomendas, faço dvd's, tento aprender mais, etc.
é sexta-feira (dia de jogo da bola para o pai)
entre as 20h30 e as 22h00 - treinam a pauta da semana (aqui geralmente tento que a treinem devidamente) depois fazem o que quiserem e eu geralmente alinho nas paródias deles.
a partir das 22h00 - começo a lembrar-lhes que no dia seguinte acordam cedo na mesma (há natação) e começo a prepará-los para a cama, leio-lhes duas histórias, canto as três músicas e fico com o Miguel até ele adormecer ou faço o caminho sofá-cama do Miguel um ror de vezes até ele adormecer.
Se calho a adormecer enquanto o adormeço a ele, hei-de acordar algures de madrugada e ir para a minha cama, se não adormeço, vou para escritório e atiro-me às fotos sem hora para acabar.
E pronto é isto. (Eu bem disse que não querias saber como eram os meus fins-de-dia.)
- eu nunca sei a partir de que horas começam e muito menos a que horas terminam;
- não há dois dias iguais na semana em termos de horário;
- não temos rotinas no que diz respeito a quem vai buscar quem ou quem é que vai às compras e muito menos no que diz respeito ao período delimitado pela nossa chegada a casa e a ida deles para a cama.
Estando os avisos feitos, segue a resposta o mais arrumada temporalmente que consegui:
entre as 17h00 e as 18h00 - telefono ao pai a saber se ele está ou não atrasado. Se estiver sou eu que tenho de ir buscar os miúdos (mesmo que esteja também eu atrasada), caso contrário escolhemos entre os dois qual o miúdo que cada um vai buscar, contribuindo para a escolha o quão atrasado está cada um de nós, ou, escolhemos a vítima que passa pelo super/hiper (geralmente o pai) e o outro (geralmente eu e não menos vítima em algumas noites) vai buscar as duas crianças.
entre as 18h00 e as 19h00 - as duas crias saem da escola/actividades e rumam a casa quer no mesmo carro (quando tenho eu de tratar dos dois), quer em carros separados (quando dividimos uma cria por progenitor). Se for dia de piano, o pai vai buscar a cria mais velha antes das 18h00 para a deixar na escola respectiva a essa hora. Se for dia de ballet ou judo, vamos buscar a cria mais nova à escola respectiva pelas 18h40. Se for dia de teatro, a cria mais velha só está despachada da escola às 19h00.
entre as 19h00 e as 19h30 - chegamos a casa, com possível passagem pelo super a comprar alguma coisa que faça falta. o tempo de viagem é utilizado para as nossas conversas sobre o dia, desabafos, etc. (Adoro as nossas viagens de carro!) Às vezes o pai ainda não chegou, outras está a chegar.
às 19h30 - aquece-se a sopa e com sorte o jantar também. Se não houver jantar pronto nem tiver um jantar adiantado no congelador que possa rapidamente terminar, a maioria das vezes grelha-se peixe ou carne, acompanha-se com arroz/massa/legumes cozidos e salada e janta-se (a dois, a três ou a quatro que não há grandes regras, é como der mais jeito no dia). Mais raramente, e apenas quando chego cedo (tipo 19h00) a casa, faço cozinhados um pouco mais demorados e de preferência que sobre e se possa comer no dia seguinte. Durante a preparação do jantar podemos dar banhos (mas a maioria das vezes têm tomado de manhã porque despachamos a coisa mais depressa) e eles vêem um bocadinho de desenhos-animados ou terminam alguma tarefa. Se ambos os cônjuges estão em casa, conversa-se coisas de crescidos nos intervalos das conversas com eles (aqui quase que podia ter tirado o plural que ela costuma estar hipnotizada com a tv por esta altura). Às vezes o pai ainda não chegou, outras está a chegar.
A partir de agora há duas variantes:
não é sexta-feira
às 20h30 - em geral estão jantados, treinam três vezes a pauta da semana (temos andado a falhar nesta) e começam os preparativos de irem para a cama: tomar a medicação, beber o leite, lavar dentes (e outras partes se não tiverem tomado banho) ouvir a história. Às vezes o pai ainda não chegou, outras está a chegar.
às 21h00 - o pai está a ler-lhes a história (embora agora algumas vezes seja ela quem a lê) ou a acabar e eu vou para o escritório depois de lhes ter cantado as três cantigas da praxe. Quando o pai ainda não chegou a esta hora mantenho-me ao serviço e a noite transforma-se numa sexta com horários das outras noites.
das 21h00 às 2h00/3h00/4h00 - o pai há-de acordar eventualmente numa cama deles e das duas, quatro: ou se arrasta até ao sofá e adormece novamente enquanto tenta ver uma série/filme; ou tenta acabar algum orçamento urgente; ou arruma a cozinha (e às vezes janta a essa hora); ou vai dar uma volta com o Rufus. Já eu deixo-os aos três no mimo e vou para o escritório avançar com a segunda parte laboral do meu dia: a fotografia. Planifico álbuns, respondo a emails, escolho/trato fotos, preparo encomendas, faço dvd's, tento aprender mais, etc.
é sexta-feira (dia de jogo da bola para o pai)
entre as 20h30 e as 22h00 - treinam a pauta da semana (aqui geralmente tento que a treinem devidamente) depois fazem o que quiserem e eu geralmente alinho nas paródias deles.
a partir das 22h00 - começo a lembrar-lhes que no dia seguinte acordam cedo na mesma (há natação) e começo a prepará-los para a cama, leio-lhes duas histórias, canto as três músicas e fico com o Miguel até ele adormecer ou faço o caminho sofá-cama do Miguel um ror de vezes até ele adormecer.
Se calho a adormecer enquanto o adormeço a ele, hei-de acordar algures de madrugada e ir para a minha cama, se não adormeço, vou para escritório e atiro-me às fotos sem hora para acabar.
E pronto é isto. (Eu bem disse que não querias saber como eram os meus fins-de-dia.)
Sabem o meu desejo...
que partilhei aqui?!
Só uns amigos (dos que costumam presentear os meus filhos) é que não alinharam na minha proposta e por isso este ano em vez de ter uma carrada de prendas pequeninas vamos ter "A" prenda dos amigos! :)) Agora é só arranjar uma maneira de permitir a cada um dos amigos de a personalizar com um cartão a colar na prenda ou assim e está feito!
Os meus (nossos) amigos são os maiores! :))
Só uns amigos (dos que costumam presentear os meus filhos) é que não alinharam na minha proposta e por isso este ano em vez de ter uma carrada de prendas pequeninas vamos ter "A" prenda dos amigos! :)) Agora é só arranjar uma maneira de permitir a cada um dos amigos de a personalizar com um cartão a colar na prenda ou assim e está feito!
Os meus (nossos) amigos são os maiores! :))
Ontem,..
também caiu mais um dente à miúda mas a fada-dos-dentes parece que ficou ligeiramente atordoada com o cheiro a queimado e não apareceu.
Parece que vai hoje. Isto se não houver mais surpresas claro está.
Parece que vai hoje. Isto se não houver mais surpresas claro está.
De facto...
a minha vida nunca há-de ser nem monótona nem rotineira.
Ontem quando entrámos no piso de baixo era um cheiro a queimado que metia medo. A inundação da casa-de-banho de cima (fruto de uns canos mais que entupidos que já foram devidamente limpos) infiltrou-se no tecto da casa-de-banho de baixo e aquilo deve ter ficado a parecer uma cascata a avaliar pela quantidade de água no chão e das pingas que ainda pendiam no tecto à noite.
E o cheiro a queimado (mais concretamente a componentes electrónicos queimados) era do quê?! Pois que temos no tecto um aplique com sensor de movimento e que cujo o vidro é estanque. Ou seja, tanto impede a água de entrar como a água de sair, e, digamos que a lâmpada deve ter ficado ligada o dia todo totalmente imersa em água... um mimo portanto. Um mimo.
Ontem quando entrámos no piso de baixo era um cheiro a queimado que metia medo. A inundação da casa-de-banho de cima (fruto de uns canos mais que entupidos que já foram devidamente limpos) infiltrou-se no tecto da casa-de-banho de baixo e aquilo deve ter ficado a parecer uma cascata a avaliar pela quantidade de água no chão e das pingas que ainda pendiam no tecto à noite.
E o cheiro a queimado (mais concretamente a componentes electrónicos queimados) era do quê?! Pois que temos no tecto um aplique com sensor de movimento e que cujo o vidro é estanque. Ou seja, tanto impede a água de entrar como a água de sair, e, digamos que a lâmpada deve ter ficado ligada o dia todo totalmente imersa em água... um mimo portanto. Um mimo.
terça-feira, novembro 09, 2010
O que será melhor...
descobrir uma inundação na casa-de-banho a chegar aos quartos quando estamos prontos a sair de casa ou uma birra do mais novo porque quero umas botas! Não há! Mas eu quero! (noto aqui alguma repetição no verbo querer... isto exige uma intervenção rápida) Leva as galochas. Ok. Quero ir com o pai! Hoje é a mana. Mas eu quero! (ai!) e por aí fora, até chegar com ele à sua escola.
Ah! Já sei! São as duas na mesma manhã!
%#$§"%&£%
Ah! Já sei! São as duas na mesma manhã!
%#$§"%&£%
Acabei agora mesmo...
de comer o meu pão com sementes e de catar cada uma que se soltou com uma destreza invejável.
Acham que se perguntasse à padeira se estariam interessados em fazer uns saquinhos de sementes torradas só para mim ela ia na conversa?!
O que eu gosto disto senhores...
[Riscas está descansado que o teu saco de sementes está a salvo. Já as cheirei e não se comparam com as do meu pão...]
Acham que se perguntasse à padeira se estariam interessados em fazer uns saquinhos de sementes torradas só para mim ela ia na conversa?!
O que eu gosto disto senhores...
[Riscas está descansado que o teu saco de sementes está a salvo. Já as cheirei e não se comparam com as do meu pão...]
segunda-feira, novembro 08, 2010
Mãe prossegue compras enquanto arrasta numa perna criancinha aos berros...
Este podia ser o título de um feed nocturno de um qualquer jornal da praça online (já que agora tudo é notícia mesmo o que de notícia não tem nada).
Imaginem portanto, uma mãe e duas criancinhas num final de sexta-feira numa conhecida grande superfície comercial.
Começa por correr tudo bem. A mãe e suas crias acompanham a mais nova a cortar o cabelo num cabeleireiro de crescidos. A cabeleireira, quando percebe que ia cortar o cabelo a uma criança de quatro anos àquela hora, revira os olhos como quem diz: oh que miséria de sorte que eu tenho!, mas a partir do momento em que viu que a criatura era totalmente cooperante, começou a desfiar um rol de elogios só comparável ao de uma mãe embevecida.
Saem do cabeleireiro com a cria mais nova a ostentar uma semi-crista empastada em gel e um orgulho desmedido no coração da progenitora. (atenção que a fraca referência à cria mais velha nesta notícia deve-se ao facto de ela ter permanecido um elemento basicamente decorativo no desenrolar da história)
Jantam num dos locais favoritos da criançada (com a mãe a ir buscar o seu jantar à concorrência) como prenda de bom comportamento e no final vão comprar o leite que se tinha acabado em casa e absolutamente essencial para que o soninho venha depois da história.
Tudo perfeito até aqui. A-té a-qui.
Saem do elevador e a criatura da crista vê uns relógios às cores na montra de uma sapataria. Quer porque quer os relógios. A mãe, pouco habituada a ouvir este tipo de exigência dos filhos, explica que o relógio é oferta de determinados ténis, desvaloriza a demanda e pensa que se calhar até é de aproveitar entrar na sapataria para comprar uns sapatos ao filho. (ideiaidiotacomoseveioacomprovarlogoaseguir) Mãe entra, filhos seguem-na, mãe pesquisa a oferta e o filho aparece-lhe com os tais ténis que ofereciam o relógio acabadinhos de sacar da montra. Pronto mãe compramos estes!
Mãe em choque, lojista com ar de enjoo e a criança lá vai pôr os ténis no sítio contra a vontade enquanto a mãe diz boa noite e se apressa a sair porta fora, com a criança decorativa e a criança que a acusa de má e que ameaça não gostar mais dela.
Pronto, é o sono. Vamos lá comprar o leite e desopilar daqui para fora.
Entra-se na grande superfície horas antes de começar uma mega campanha de 50% de desconto em brinquedos e o que é que se vê por todo o lado?! Pois.
A criança que chegou ali a exigir o relógio de borracha calou-se com a visão. Mãe inspira e avisa: meninos, eu não vou comprar brinquedos nenhuns. É para irmos buscar o leite e ir embora. Se quiserem ver tudo bem, mas eu não vou comprar.
Tá bem, disseram eles. A mãe avança orgulhosa. (ainocênciamaternalàsvezesétãoparvinha)
Para vos poupar os ouvidos à birra (ou os olhos neste caso) digamos que a criança mais nova birrou suficiente alto e durante o tempo suficiente para ser ouvida em toda a loja enquanto agarrava e exigia (!) um camião do faísca mcqueen, e, que tanto a mãe como a cria decorativa esperavam, no meio do primeiro corredor central e em silêncio, que a dita acabasse. Finalmente aceitou, muito contrariado e com a t-shirt encharcada de lágrimas, voltar a pôr o camião na prateleira e seguiu agarrado a uma das pernas da mãe (que procurava apoio no carrinho das compras) em busca da promessa que ela o comprasse no dia seguinte, até ao corredor dos leites
A promessa não chegou e o espectáculo - embora fosse diminuindo de intensidade - durou basicamente até mãe e crias chegarem à caixa. Acabou definitivamente quando a mãe acedeu em comprar-lhes uma embalagem de pastilhas que trazem tatoos.
A mãe aprendeu a lição. Tal como nesta história, nunca mais vai desvalorizar os pré-avisos dados pelas suas crias. Isso e nunca mais vai deixar acabar o leite em casa nem se deixar entusiasmar com os elogios de lojistas. Não preciso de terceira, sim?! Ficamos bem assim.
Imaginem portanto, uma mãe e duas criancinhas num final de sexta-feira numa conhecida grande superfície comercial.
Começa por correr tudo bem. A mãe e suas crias acompanham a mais nova a cortar o cabelo num cabeleireiro de crescidos. A cabeleireira, quando percebe que ia cortar o cabelo a uma criança de quatro anos àquela hora, revira os olhos como quem diz: oh que miséria de sorte que eu tenho!, mas a partir do momento em que viu que a criatura era totalmente cooperante, começou a desfiar um rol de elogios só comparável ao de uma mãe embevecida.
Saem do cabeleireiro com a cria mais nova a ostentar uma semi-crista empastada em gel e um orgulho desmedido no coração da progenitora. (atenção que a fraca referência à cria mais velha nesta notícia deve-se ao facto de ela ter permanecido um elemento basicamente decorativo no desenrolar da história)
Jantam num dos locais favoritos da criançada (com a mãe a ir buscar o seu jantar à concorrência) como prenda de bom comportamento e no final vão comprar o leite que se tinha acabado em casa e absolutamente essencial para que o soninho venha depois da história.
Tudo perfeito até aqui. A-té a-qui.
Saem do elevador e a criatura da crista vê uns relógios às cores na montra de uma sapataria. Quer porque quer os relógios. A mãe, pouco habituada a ouvir este tipo de exigência dos filhos, explica que o relógio é oferta de determinados ténis, desvaloriza a demanda e pensa que se calhar até é de aproveitar entrar na sapataria para comprar uns sapatos ao filho. (ideiaidiotacomoseveioacomprovarlogoaseguir) Mãe entra, filhos seguem-na, mãe pesquisa a oferta e o filho aparece-lhe com os tais ténis que ofereciam o relógio acabadinhos de sacar da montra. Pronto mãe compramos estes!
Mãe em choque, lojista com ar de enjoo e a criança lá vai pôr os ténis no sítio contra a vontade enquanto a mãe diz boa noite e se apressa a sair porta fora, com a criança decorativa e a criança que a acusa de má e que ameaça não gostar mais dela.
Pronto, é o sono. Vamos lá comprar o leite e desopilar daqui para fora.
Entra-se na grande superfície horas antes de começar uma mega campanha de 50% de desconto em brinquedos e o que é que se vê por todo o lado?! Pois.
A criança que chegou ali a exigir o relógio de borracha calou-se com a visão. Mãe inspira e avisa: meninos, eu não vou comprar brinquedos nenhuns. É para irmos buscar o leite e ir embora. Se quiserem ver tudo bem, mas eu não vou comprar.
Tá bem, disseram eles. A mãe avança orgulhosa. (ainocênciamaternalàsvezesétãoparvinha)
Para vos poupar os ouvidos à birra (ou os olhos neste caso) digamos que a criança mais nova birrou suficiente alto e durante o tempo suficiente para ser ouvida em toda a loja enquanto agarrava e exigia (!) um camião do faísca mcqueen, e, que tanto a mãe como a cria decorativa esperavam, no meio do primeiro corredor central e em silêncio, que a dita acabasse. Finalmente aceitou, muito contrariado e com a t-shirt encharcada de lágrimas, voltar a pôr o camião na prateleira e seguiu agarrado a uma das pernas da mãe (que procurava apoio no carrinho das compras) em busca da promessa que ela o comprasse no dia seguinte, até ao corredor dos leites
A promessa não chegou e o espectáculo - embora fosse diminuindo de intensidade - durou basicamente até mãe e crias chegarem à caixa. Acabou definitivamente quando a mãe acedeu em comprar-lhes uma embalagem de pastilhas que trazem tatoos.
A mãe aprendeu a lição. Tal como nesta história, nunca mais vai desvalorizar os pré-avisos dados pelas suas crias. Isso e nunca mais vai deixar acabar o leite em casa nem se deixar entusiasmar com os elogios de lojistas. Não preciso de terceira, sim?! Ficamos bem assim.
Nós por cá...
A primeira pergunta do Miguel ao acordar continua a ser "o Lucky já morreu?". O Rufus continua triste e à noite já nem se interessa pelos camiões do lixo e voltou a querer ficar aninhado aos nossos pés. Os vizinhos da rua choram quando ficam a saber e não reconhecem o silêncio da rua ou sequer o nosso portão sem o seu mais fiel segurança.
Nós vamos andando, mas é impressionante como ainda nos pesa esta ausência.
Nós vamos andando, mas é impressionante como ainda nos pesa esta ausência.
sábado, novembro 06, 2010
Vamos aproveitar os 50% e fazer uma criança que não as nossas (filhas/familiares/amigas) felizes?!
Se querem é fácil.
Primeiro visitam este blogue ou esta página do facebook e lêem sobre o projecto Anjinhos do Natal.
A fórmula é simples:
um (ou mais) coração generoso + uma prenda = uma criança com um embrulho no sapatinho pensado para ela
Porque o Pai Natal existe e vive em cada um de nós e porque o Natal era mesmo muito mais bonito se todos tivessem alguém que se lembrasse deles.
Incluam as vossas crianças, expliquem-lhe o gesto e incentivem-nas a participar. O nosso futuro também agradece.
Vamos ser todos Anjinhos neste Natal.
Primeiro visitam este blogue ou esta página do facebook e lêem sobre o projecto Anjinhos do Natal.
A fórmula é simples:
um (ou mais) coração generoso + uma prenda = uma criança com um embrulho no sapatinho pensado para ela
Porque o Pai Natal existe e vive em cada um de nós e porque o Natal era mesmo muito mais bonito se todos tivessem alguém que se lembrasse deles.
Incluam as vossas crianças, expliquem-lhe o gesto e incentivem-nas a participar. O nosso futuro também agradece.
Vamos ser todos Anjinhos neste Natal.
sexta-feira, novembro 05, 2010
A campanha dos descontos de 50% em brinquedos está aí...
e está toda a gente em pulgas, mas eu confesso que o que me apetecia mesmo era combinar qualquer coisa com a malta amiga de forma a pouparmos todos uns trocos, não dar traquitanas aos miúdos nem castigar mais uma vez os adultos porque o natal é para as crianças. Sei lá, os pais dizerem um presente que os filhos gostassem mesmo muito de receber e a malta toda contribuir para a compra do mesmo. Ou combinar uma saída entre amigos e oferecer-nos uns aos outros a nossa companhia. Sei lá, qualquer coisa.
Qualquer coisa, menos andar aos encontrões ao pessoal para conseguir três caixas de bonecos de gormiti/hello kittys, ou outro brinquedo/livro qualquer, sair-se com o carro cheio de tralha, que os miúdos vão adorar abrir mas esquecer-se dela em menos de nada, que muitos nem sequer estimam por já nem saberem dar o valor, e que vão servir para os pais dizerem que nem sabem o que hão-de fazer a tanto brinquedo durante o ano seguinte.
Pronto apetecia-me. Mas isso sou eu.
Nota: sim pessoal, é o tal que começa por C e acaba em ontinente. É ir, é ir. É já amanhã.
Qualquer coisa, menos andar aos encontrões ao pessoal para conseguir três caixas de bonecos de gormiti/hello kittys, ou outro brinquedo/livro qualquer, sair-se com o carro cheio de tralha, que os miúdos vão adorar abrir mas esquecer-se dela em menos de nada, que muitos nem sequer estimam por já nem saberem dar o valor, e que vão servir para os pais dizerem que nem sabem o que hão-de fazer a tanto brinquedo durante o ano seguinte.
Pronto apetecia-me. Mas isso sou eu.
Nota: sim pessoal, é o tal que começa por C e acaba em ontinente. É ir, é ir. É já amanhã.
quinta-feira, novembro 04, 2010
Quando...
escrevi isto, cheguei a ter um parágrafo sobre o quanto preferia que na escola "a sério" os currículos valorizassem mais a expressão e a criatividade de cada um em detrimento de uma normalização de pensamento motivada pela necessidade de criar um padrão de avaliação a nível global.
Que preferia que a escola não fosse tão semelhante a uma fábrica em que se moldam os adultos de amanhã todos pelas mesmas formas mesmo sabendo que nem todos serão médicos, engenheiros ou Cristianos Ronaldos. Que esta foi uma das principais razões por termos escolhido as escolas que escolhemos para eles, mas já sabendo que chegando ao 1º ciclo há muita coisa que não se pode simplesmente fazer como se desejaria (quer os pais, quer os próprios professores).
Que na primeira reunião do 2º ano, ao ouvir a professora de Expressão Plástica falar sobre o projecto curricular e de como iam aprender as várias técnicas replicando obras famosas pressupondo que fizessem justamente isso: uma cópia, eu fiquei desiludida ao contrário de outras mães que acharam o máximo. Talvez porque estou habituada a que no pré-escolar, na tal escola que "não é a sério" e que para muitos não carece de grande função educativa porque as crianças têm mais é que brincar, estou habituada a que eles peguem em obras famosas (ou livros como é o caso destes trabalhos) e os desconstruam, analisem, descubram mais sobre o autor e os seus trabalhos, e entrem na pele do artista explorando novas técnicas sem castrar a liberdade de expressão colectiva e individual.
Acabei por tirar porque achei que devia fazer um post separado com esta ideia e que o mais certo era não ser percebida e comprar uma luta para a qual ainda não tenho genica.
Mas depois abri o caderno P2 do Público e li a opinião de Ken Robinson.
Pronto, é isso. E agora sinto-me menos E.T.
Que preferia que a escola não fosse tão semelhante a uma fábrica em que se moldam os adultos de amanhã todos pelas mesmas formas mesmo sabendo que nem todos serão médicos, engenheiros ou Cristianos Ronaldos. Que esta foi uma das principais razões por termos escolhido as escolas que escolhemos para eles, mas já sabendo que chegando ao 1º ciclo há muita coisa que não se pode simplesmente fazer como se desejaria (quer os pais, quer os próprios professores).
Que na primeira reunião do 2º ano, ao ouvir a professora de Expressão Plástica falar sobre o projecto curricular e de como iam aprender as várias técnicas replicando obras famosas pressupondo que fizessem justamente isso: uma cópia, eu fiquei desiludida ao contrário de outras mães que acharam o máximo. Talvez porque estou habituada a que no pré-escolar, na tal escola que "não é a sério" e que para muitos não carece de grande função educativa porque as crianças têm mais é que brincar, estou habituada a que eles peguem em obras famosas (ou livros como é o caso destes trabalhos) e os desconstruam, analisem, descubram mais sobre o autor e os seus trabalhos, e entrem na pele do artista explorando novas técnicas sem castrar a liberdade de expressão colectiva e individual.
Acabei por tirar porque achei que devia fazer um post separado com esta ideia e que o mais certo era não ser percebida e comprar uma luta para a qual ainda não tenho genica.
Mas depois abri o caderno P2 do Público e li a opinião de Ken Robinson.
«(...) O futuro depende da capacidade de inovar, criar novos tipos de emprego, novas oportunidades. É o que a China, Singapura, Hong Kong estão a fazer: investir na criatividade, na inovação, nas novas ideias. A criatividade permite desenvolver a imaginação, dá poder para pensar de maneira diferente. (...)»
Pronto, é isso. E agora sinto-me menos E.T.
Sinto-me a começar uma nova fase na minha vida...
É como se por agora fosse ano novo e na minha cabeça fossem surgindo listas de resoluções.
Preciso de simplificar ainda mais a minha vida e vejo ganhar força algumas decisões que andava a evitar tomar.
Há pesos mortos que carregamos. Coisas e pessoas mal resolvidas. Umas salvam-se, outras o melhor é deitar borda fora que só nos impedem de avançar. A minha filosofia sempre foi de que todos temos tanto de bom como de mau e que devemos aceitarmo-nos tal como somos. Que aos amigos se deve aceitar tanto o apoio como as chamadas de atenção que vêm por bem. Sempre fui demasiado crítica comigo e sempre achei mais virtudes nos outros que em mim própria. Deixei demasiadas vezes que me criticassem sem que reconhecessem os seus próprios defeitos. Mas não tenho espírito de mártir e acima de tudo não sou insensível.
Cansei-me. E por isso estou pronta para o primeiro dia do resto das minha vida. Só espero conseguir.
Preciso de simplificar ainda mais a minha vida e vejo ganhar força algumas decisões que andava a evitar tomar.
Há pesos mortos que carregamos. Coisas e pessoas mal resolvidas. Umas salvam-se, outras o melhor é deitar borda fora que só nos impedem de avançar. A minha filosofia sempre foi de que todos temos tanto de bom como de mau e que devemos aceitarmo-nos tal como somos. Que aos amigos se deve aceitar tanto o apoio como as chamadas de atenção que vêm por bem. Sempre fui demasiado crítica comigo e sempre achei mais virtudes nos outros que em mim própria. Deixei demasiadas vezes que me criticassem sem que reconhecessem os seus próprios defeitos. Mas não tenho espírito de mártir e acima de tudo não sou insensível.
Cansei-me. E por isso estou pronta para o primeiro dia do resto das minha vida. Só espero conseguir.
Adoro...
os trabalhos deles (turma). Quem consegue descobrir o tema destes dois?
[e queria muito ter o segundo... posso?! posso?! :p]
Resposta: Estes trabalhos são sobre o livro O Incrível Rapaz que Comia Livros de Oliver Jeffers. Ouçam-no e vejam-no aqui :)
quarta-feira, novembro 03, 2010
A todos os que me (nos) acompanharam...
e apoiaram neste processo (e muito em especial a ti que estiveste (quase literalmente) sempre lá independentemente da forma). A todos os que me deixaram uma palavra amiga (seja aqui ou no fb). Aos que pegaram no telefone e quiseram saber mais de nós. Aos que quiseram dizer: estamos aqui, por mais afastados que possamos andar nos últimos tempos.
Mais uma vez, obrigada.
Já parei de contar as vezes que agradeci aqui o vosso apoio. Este blog justifica a sua existência também por vocês e eu só posso agradecer - mais uma vez - por isso.
Mais uma vez, obrigada.
Já parei de contar as vezes que agradeci aqui o vosso apoio. Este blog justifica a sua existência também por vocês e eu só posso agradecer - mais uma vez - por isso.
Hoje de manhã...
o Miguel acordou a querer saber do Lucky e a decompor cada resposta recebida numa nova pergunta.
As nossas manhãs começam (quase) sempre devagar. Acordamos um de cada vez, muitas vezes deitados junto deles, contemplando-lhes o sono. Em geral, o Miguel quando acorda sai disparado para o sofá e a Joana prolonga a ronha tanto quanto lhe é possível e exige colo para a mesma viagem.
Hoje estava eu com ela na cama dela, e o pai com ele na nossa. No silêncio do quarto onde estava, ouvia a conversa entre os dois, até que, no preciso momento em que a irmã começa finalmente a despertar:
- (...) mas agora o Rufus está sozinho. Precisamos de outro animal para ajudar o Rufus a manter os maus lá fora. Pai podemos ter um cavalo?
Nota: ele, dos dois, é o que está mais incomodado e incoformado por já não termos o Lucky. No entanto, o pragmatismo é pelos visto algo que também se pode herdar e, pelo que vou observando, foram ambos presenteados com uma boa dose dele. Mas um cavalo?! ai...
As nossas manhãs começam (quase) sempre devagar. Acordamos um de cada vez, muitas vezes deitados junto deles, contemplando-lhes o sono. Em geral, o Miguel quando acorda sai disparado para o sofá e a Joana prolonga a ronha tanto quanto lhe é possível e exige colo para a mesma viagem.
Hoje estava eu com ela na cama dela, e o pai com ele na nossa. No silêncio do quarto onde estava, ouvia a conversa entre os dois, até que, no preciso momento em que a irmã começa finalmente a despertar:
- (...) mas agora o Rufus está sozinho. Precisamos de outro animal para ajudar o Rufus a manter os maus lá fora. Pai podemos ter um cavalo?
Nota: ele, dos dois, é o que está mais incomodado e incoformado por já não termos o Lucky. No entanto, o pragmatismo é pelos visto algo que também se pode herdar e, pelo que vou observando, foram ambos presenteados com uma boa dose dele. Mas um cavalo?! ai...
terça-feira, novembro 02, 2010
Lucky...
ou Patolas, ou Patolecas, ou Luckyzolas, ou Luckyzudo.
Caíste há oito anos de pára-quedas na nossa casa e apropriaste-te de nós todos. Eras o maior, o mais pesado, o mais chato, o mais medricas, o mais doce, o mais terno e o maior compincha.
Obrigada por tudo o que nos deste. Obrigada por teres fingido ser um cavalo tantas vezes e teres levado ao lombo as muitas criancinhas que nos visitavam. Obrigada pela paciência sem limites. Obrigada por teres ajudado tanta gente a perder o medo de cães com a tua meiguice. Obrigada pelos ratos que caçaste e obrigada por ter teres mantido tanta gente a uma distância considerável do nosso portão (se bem que o carteiro e os homens da pizza tinham dado jeito às vezes mais perto).
Eu que mandei vir tanto contigo, que te enxotei tantas vezes quando vinhas com essa cabeçorra encostar-te a mim e quase me fazias cair, que te evitava todas as manhãs para tentar chegar à rua sem babas enooormes na roupa lavada, que me passei com as tuas asneiras e maldisse o dia em que acedi a ter dois cães tão grandes, eu na verdade rendi-me a ti no primeiro minuto que te vi.
Só quem te conheceu sabe o quanto eras especial. Só quem te viu a lutar contra a doença como tu lutaste (conseguiste ganhar a luta a uma leishmaniose e a um melanoma, sabes o quanto isso é raro?!) sabe como gostavas de viver. E só quem te viu o olhar hoje sabe como nos soubeste mostrar que estava na hora.
Ninguém desistiu de ti e tu não desististe de nós. Obrigada meu querido. Obrigada do fundo do coração. Eu vou-me lembrar sempre de ti assim: chato. Chato como é o Miguel quando só quer o colo da mãe ou a Joana quando quer um miminho nas horas mais impróprias. Chato como só um filho pode e sabe ser. O nosso chato.
Caíste há oito anos de pára-quedas na nossa casa e apropriaste-te de nós todos. Eras o maior, o mais pesado, o mais chato, o mais medricas, o mais doce, o mais terno e o maior compincha.
Obrigada por tudo o que nos deste. Obrigada por teres fingido ser um cavalo tantas vezes e teres levado ao lombo as muitas criancinhas que nos visitavam. Obrigada pela paciência sem limites. Obrigada por teres ajudado tanta gente a perder o medo de cães com a tua meiguice. Obrigada pelos ratos que caçaste e obrigada por ter teres mantido tanta gente a uma distância considerável do nosso portão (se bem que o carteiro e os homens da pizza tinham dado jeito às vezes mais perto).
Eu que mandei vir tanto contigo, que te enxotei tantas vezes quando vinhas com essa cabeçorra encostar-te a mim e quase me fazias cair, que te evitava todas as manhãs para tentar chegar à rua sem babas enooormes na roupa lavada, que me passei com as tuas asneiras e maldisse o dia em que acedi a ter dois cães tão grandes, eu na verdade rendi-me a ti no primeiro minuto que te vi.
Só quem te conheceu sabe o quanto eras especial. Só quem te viu a lutar contra a doença como tu lutaste (conseguiste ganhar a luta a uma leishmaniose e a um melanoma, sabes o quanto isso é raro?!) sabe como gostavas de viver. E só quem te viu o olhar hoje sabe como nos soubeste mostrar que estava na hora.
Ninguém desistiu de ti e tu não desististe de nós. Obrigada meu querido. Obrigada do fundo do coração. Eu vou-me lembrar sempre de ti assim: chato. Chato como é o Miguel quando só quer o colo da mãe ou a Joana quando quer um miminho nas horas mais impróprias. Chato como só um filho pode e sabe ser. O nosso chato.
Ainda do Halloween...
Eu não me rendi totalmente à festividade e para mim ainda era o "pão por Deus" que se devia ouvir nesta altura, mas se há coisa que tenho vinda a aprender é a ser mais aberta com o que antes não aceitava.
Foi nesse espírito que este ano deixei o Halloween entrar pela porta da frente na nossa casa. As abóboras deliciaram-nos e vão continuar a deliciar transformadas num belo doce. As máscaras super baratas enriqueceram o baú dos disfarces que faz as delícias da criançada durante o ano todo. E se não fosse a situação do Lucky tinha organizado a festa do Halloween que ela me pede há tanto tempo.
A sorte (minha e dela), foi que a mãe de uma amiga chegou-se à frente e convidou o grupinho de miúdas para a dita festa em sua casa, com direito a irem pedir "doçura ou travessura" pelos prédios vizinhos. Ela veio super feliz e, a avaliar pelo saco que trouxe de "doçuras", aposto que os paizinhos das casas a que elas bateram, aproveitaram a situação para se livrar dos doces das festas das suas crias, acumulados durante o ano.
Era o que eu fazia.
[apareçam criancinhas, apareçam! tenho a despensa cheia de "doçuras" para distribuir...]
Foi nesse espírito que este ano deixei o Halloween entrar pela porta da frente na nossa casa. As abóboras deliciaram-nos e vão continuar a deliciar transformadas num belo doce. As máscaras super baratas enriqueceram o baú dos disfarces que faz as delícias da criançada durante o ano todo. E se não fosse a situação do Lucky tinha organizado a festa do Halloween que ela me pede há tanto tempo.
A sorte (minha e dela), foi que a mãe de uma amiga chegou-se à frente e convidou o grupinho de miúdas para a dita festa em sua casa, com direito a irem pedir "doçura ou travessura" pelos prédios vizinhos. Ela veio super feliz e, a avaliar pelo saco que trouxe de "doçuras", aposto que os paizinhos das casas a que elas bateram, aproveitaram a situação para se livrar dos doces das festas das suas crias, acumulados durante o ano.
Era o que eu fazia.
[apareçam criancinhas, apareçam! tenho a despensa cheia de "doçuras" para distribuir...]
Do Lucky...
ontem de manhã chegámos a despedirmo-nos dele. Deixou de ter vontade de comer e beber, e não segurava nada dentro do estômago. Explicámos aos miúdos o que iria acontecer e que provavelmente ele já não voltava connosco da veterinária.
Saímos de coração partido e o caminho fez-se em silêncio. Mas à boa maneira dele, surpreendeu-nos e voltou connosco.
A veterinária, gostou de ver que ele tinha desinchado quase totalmente e nem pensou em desistir. Deu-lhe medicação para lhe parar os vómitos e acalmar o coração descompassado com tanto tratamento em tão poucos dias, e, voltámos para casa os três na esperança de lhe recuperar o apetite.
Até hoje ainda não conseguimos que voltasse a querer comer sozinho. Comeu a carne picada e o mel que lhe enfiamos garganta abaixo e bebeu a água que me lambia da mão (recusava beber de onde fosse a não ser da nossa mão). Está mais abatido como é expectável, mas curiosamente, hoje achei-o mais reactivo aos sons e aos nossos chamados (por levantar as orelhas e olhar na direcção do som, pois quase não tem força para se levantar e deitar).
Os últimos três dias foram passados sempre junto dele. O cinema no sábado e o dia de volta dos tachos no domingo foram tentativas de respirar e entreter os miúdos. Ontem foi a casa que saiu a ganhar com a nossa necessidade de nos mantermos ocupados.
Não consegui fazer absolutamente nada do trabalho. Não me consigo concentrar e não tenho paciência para comentários do género "mas é só um cão", por isso, para os que pensam assim, pensem no vosso melhor amigo. Naquele mais leal que daria a vida por vocês se preciso fosse. Se tiverem a sorte de ter um assim, voltem a ler o desenrolar desta história com o nome dele como protagonista. Dói? Pois é assim que me dói a mim. Se não dói... pobres amigos.
As próximas horas deverão ser decisivas e eu não me conformo por ter de estar aqui e não com ele.
12:13 - A decisão foi tomada. É tudo o que consigo dizer.
Saímos de coração partido e o caminho fez-se em silêncio. Mas à boa maneira dele, surpreendeu-nos e voltou connosco.
A veterinária, gostou de ver que ele tinha desinchado quase totalmente e nem pensou em desistir. Deu-lhe medicação para lhe parar os vómitos e acalmar o coração descompassado com tanto tratamento em tão poucos dias, e, voltámos para casa os três na esperança de lhe recuperar o apetite.
Até hoje ainda não conseguimos que voltasse a querer comer sozinho. Comeu a carne picada e o mel que lhe enfiamos garganta abaixo e bebeu a água que me lambia da mão (recusava beber de onde fosse a não ser da nossa mão). Está mais abatido como é expectável, mas curiosamente, hoje achei-o mais reactivo aos sons e aos nossos chamados (por levantar as orelhas e olhar na direcção do som, pois quase não tem força para se levantar e deitar).
Os últimos três dias foram passados sempre junto dele. O cinema no sábado e o dia de volta dos tachos no domingo foram tentativas de respirar e entreter os miúdos. Ontem foi a casa que saiu a ganhar com a nossa necessidade de nos mantermos ocupados.
Não consegui fazer absolutamente nada do trabalho. Não me consigo concentrar e não tenho paciência para comentários do género "mas é só um cão", por isso, para os que pensam assim, pensem no vosso melhor amigo. Naquele mais leal que daria a vida por vocês se preciso fosse. Se tiverem a sorte de ter um assim, voltem a ler o desenrolar desta história com o nome dele como protagonista. Dói? Pois é assim que me dói a mim. Se não dói... pobres amigos.
As próximas horas deverão ser decisivas e eu não me conformo por ter de estar aqui e não com ele.
12:13 - A decisão foi tomada. É tudo o que consigo dizer.
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