O sol não quer saber da mudança da hora...

No caminho diário passamos por um relógio de sol e eu nunca resisto a comparar as horas que ele marca com as do relógio do carro.

Hoje havia sol e o relógio mantinha-se fiel ao horário de Inverno.


Desculpa sol, mas eu gosto bem mais deste.

Semana da Arte...

A próxima semana, na escola da Joana, vai ser dedicada às artes e eu fui convidada pelas professoras do primeiro ciclo para desenvolver uns ateliers de fotografia com os miúdos.

Assim, para a semana vou tirar um dia de férias e vou passá-lo com cada turma do primeiro ciclo a transformar cada miúdo num modelo, num assistente de fotografia e num fotógrafo. Vão ter de trabalhar em equipa e decidir qual a decoração para o set, ajudar o fotógrafo a preparar a imagem e experimentar o que é isto afinal de se tirar fotografias. E no final, haverão uns pais muito mimados com o que irão receber fruto do trabalho árduo dos seus meninos :)

Quem sabe se não vai nascer ali o bichinho da fotografia em muitos deles?

Vai ser fantástico!

Obrigada Primavera por me tornares a melhor mãe do mundo...

- Boa mãe!!! Chegaste outra vez de dia! És a melhor mãe do mundo!!!


Ah, a inocência das criancinhas...

E desta vez é a Norte :)

É dos workshops que mais me têm pedido e como podem imaginar, se até para fazer workshops por estas bandas é complicado, ir até aí acima não é pêra doce.

Mas o Hotel dos Loios lançou-me o desafio e eu aceitei, pelo que vou pegar na famelga e ala que se faz tarde, vamos lá fazer o workshop e tentar conhecer um pouco melhor Santa Maria da Feira.

As informações mais técnicas - onde, como, quando, quanto - estão todas aqui e para se inscreverem basta clicar aqui.

Deixem apenas que vos diga que, para mim, ter a oportunidade de dar um workshop é muito mais do que me apresentar em frente a um público mais ou menos extenso e debitar informação técnica.

A técnica, ou teoria, são fundamentais para qualquer pessoa que queira procurar na fotografia uma forma de expressão ou não queira ver constantemente aquela que podia ter sido A Foto estragada, no entanto, é a nossa forma de olhar, de sentir, de procurar no que todos vêem e poucos reparam que nos vão conferindo unicidade. E a teoria, é o que nos permite mais que não seja ignorá-la em consciência e fazer o que o nosso coração mandar. E se gostam da minha forma de olhar, de sentir, então não vão querer perder.

Fico à vossa espera, quer seja neste (restavam até ontem apenas 2 vagas!), neste ou neste!

Nas manhãs em que só durmo 3 horas...

perco grande da minha capacidade de resposta.

- Onde é o norte? O norte é muito lá em cima? No céu? Aqui é norte? É onde? O Pai Natal só vive no Norte? E ele vai mesmo a todo o lado? O norte é na Lapónia? Quantos Pais Natal é que existem? São todos gordos? E ele gosta muito da neve? Porque gosta da neve? E como é que ele vai à casa dos meninos todos? E como é que ele desce na chaminé? Como é que ele faz a magia? Ele não gosta de sol? No norte há sol? E os anões que ajudam o Pai Natal gostam de neve? Amanhã é dia de escola? É dia de quê?

and it goes on and on and on...

às vezes é só pedir...

e eles alinham.

[calças modelo skinny e mesmo assim sobram por todo o lado...]

Perguntei eu...

ao pai, em relação à sua semana fora:

- então e que tal? eles também andavam bem? fizeram muitas pistas?
- eh pá, estávamos sempre a parar para eles tirarem fotos. Tiravam a tudo!


[se isto não chega para provar que eu não sou a típica agarradinha da máquina fotográfica - especialmente no tempo em família e amigos - e que a malta lá de casa só se queixa de barriga cheia, não sei o que possa mais fazer...]

Filhos, essa bela invenção da natureza...

no sábado, ele:

- oh mãe já que tens essa barriga podias ter um bebé aí dentro. Eu queria um bebé.

hoje, quando estávamos todos enfiados na casa-de-banho para tomarmos os duches de seguida, eu a ensaboar-me eles a verificarem as mudanças que iriam sofrer no corpo, e:

- ah e depois vais ficar assim gorda como a mãe, Joana!
- não vou nada, porque eu vou cuidar de mim e alimentar-me com comida saudável!



rifo-os?

Ainda sobre a minha irmã...

Aquela que ainda só faz 25 anos, que foi para os Açores gozar umas férias bem merecidas e que ainda por cima me levou a máquina velhinha, só para depois fazer me pirraça com umas fotos destas.

Acho que quando voltar vou ter de ter uma conversinha muito a sério com ela.

Sentia uma certa monotonia na minha vida...

vai daí, descobri que o bilhete de identidade estás prestes a caducar pelo que vou iniciar a aventura de tirar o cartão do cidadão pela primeira vez.


[continuação daqui: alguém não identificado, espero que a sra. marmelo recenseadora da zona, acabou por deixar na minha caixa do correio na passada sexta-feira os impressos e um envelope de códigos de acesso à net. por acaso nem sequer contei os impressos dos inquéritos individuais para saber se tinha acertado no número de habitantes da casa, mas pronto. custava muito ter feito isso da "suposta" segunda vez que lá foi, custava?]

Parece que o que morreu foi a placa do bicho...

e neste momento vou ter de aguardar pelo menos mais duas semanas até o ter de volta, pois estão à espera que a peça chegue do fabricante, e isto sem ter direito a um telemóvel de substituição (porque está estragado e não foi roubado, porque se assim tivesse sido, tinha direito a um novo na hora).

Portanto, expliquem-me lá para que é que eu fiz um seguro mesmo? Mais valia o ter enviado para a marca ao abrigo da garantia, provavelmente já estava despachada com muito menos burocracia e com direito a telemóvel de cortesia.

Hoje definitivamente é segunda-feira.

A minha mana faz anos hoje...

e eu juro que não consigo acreditar que já faz 25 anos.

A cada fim-de-semana que não páro...

na segunda que se segue não consigo deixar de pensar ai se eu pudesse...

[ontem dei por mim a pensar que não tarda tenho quarenta anos (sim, ainda faltam pouco mais de quatro, mas mesmo assim estou quase lá). depois penso nos anos que se seguem e nas escolhas que se pudesse fazia agora e confesso que fico muito menos convicta das mesmas. também pode ser de ser segunda-feira, ter mudado a hora e não ter parado um bocadinho, mas pronto... era isto]

Aaahhh...

Confesso, sou uma mãe pérfida...

que depois de uma manhã para esquecer quer uma horinha (por favor, que sejam duas!) só para si. Por isso, já despachei a mais velha com uma amiga e respectivos pais para um dia de passeio e ar puro, e, agora pegar no mais novo, na sua bicicleta e no cão e vou cansá-los durante uns quilómetros a ver se ganham vontade para a sesta e me deixam finalmente descansar.

Sou muito má, mesmo. Terrível.


[e detesto que tenham actualizado o corrector ortográfico do browser e que agora tenha palavras sublinhadas a torto e direito em tudo o que escrevo. corrector, corrector, corrector]

Estabelecemos um record pessoal...

123 dias sem convidados para jantar/almoçar/dormir lá em casa.

Hoje pomos um ponto final ao jejum forçado e temos uma convidada especial para jantar.

[Yeaaahhhh]

Inventam tudo realmente...

E que tal cadeirinhas para o carro insufláveis?!

Da informação que li não fiquei com absoluta certeza que são homologadas em Portugal, mas que a ideia parece interessante parece, especialmente quando estamos a falar de crianças mais velhas e andamos em viagem, de táxi ou simplesmente para podermos dar uma boleia ocasional. A primeira ideia que me veio à cabeça foi: mas isto é seguro? Comparativamente com as cadeiras de topo parece clara a distância a esse nível, mas comparativamente com aqueles bancos elevatórios, se pensarmos bem, não devem existir grandes diferenças.

source: daddytypes.com

source: ohdeedoh.com

source: daddytypes.com

Adenda:

E mais uma, com os cumprimentos da minha querida Sofia G. É todo um mundo novo senhores! :)

source: luftikid.es

Há os que têm livros casa-escola...

e depois há os outros.

[acabou o projecto dos dinossauros, mas o próximo centro do faz-de-conta promete em dimensão...]

Sim, nunca disse que éramos normais...

(ou da chegada da Primavera sem que seja preciso o calendário anunciá-la)

Filhos deitados, a (des)conversar e de repente:

- não não, eu é que tossi mais!
- não, não, porque eu tossi durante a noite e tu não!
- mas eu tossi na escola!
- e eu também!
- oh mãeeeee! diz lá a ela que eu é que tossi mais!

haja paciência.

Em obras: dia 122

A casa cheira a tintas e primários. A cor de tijolo, tocada por um cinzento que foi aclarando com as sucessivas camadas, deu lugar a um branco que aos poucos começa a devolver o ar de casa a estas paredes.

Lá fora ainda se mantém o buraco que parece piscina. A área que nos obrigam a ser de jardim para garantir a permeabilidade dos solos, descobriu-se ser impermeável por natureza. É uma pedra una. E rija. Está explicada a razão dos três tapetes de relva terem morrido inexplicavelmente e das inundações que nos apodreceram o chão e destruíram memórias. Enquanto se estudam as soluções para o problema, pouco se pode avançar e dá pena ver tanto espaço e onde sabe tão bem estar nestes dias melhores que finalmente começam, assim esventrado.

Temos ainda pelo menos mais um mês pela frente e ontem tive de confrontar o filho que afinal não seria possível fazer a sua festa em casa com os seus amigos da escola como ele tanto deseja e planeia já sei lá desde quando.

E ele tudo bem, deixa lá. Depois combinamos com eles quando já estiver pronta.

Eu tenho os melhores filhos do mundo. Filhos que têm suportado esta aventura sem queixas e sem deixarem transparecer no trabalho que fazem que o seu dia-a-dia sofreu uma mudança radical. Que não há um lugar dedicado só para o estudo, ou para o comer, ou para a brincadeira. Que somos basicamente forçados a estar permanente num mesmo quarto os quatro com todo o stress que isso acaba sempre por provocar especialmente quando o cansaço se instala.

São os maiores.

Dos censos...

Pois que teve de ser um amigo a deslocar-se a umas instalações da junta para me ir buscar os códigos que não me deixaram (um horário das 14h às 18h serve quem? os que estão em casa? esses também estariam às horas úteis que a recenseadora supostamente passou por cá, certo?).

Com os códigos, tentei a sorte por volta da hora do jantar a ver se me safava e voilá, em poucos minutos vi a coisa despachada sem stresses e sem bloqueios (ainda tive tempo para me enganar a responder a uma pergunta e verificar os vários formulários antes de os submeter).

Enquanto estava de volta disto, ele pergunta-me:

- o que é que estás a fazer?
- estou a preencher os censos.
- aahh isso é aquela coisa que vêm cá uns senhores  e que trazem uns papéis que é para a gente escrever coisas que é para contarem quantos é que nós somos porque eles não sabem fazer contas!

olha que se calhar...

Porque rir é (sempre) o melhor remédio...

Eu um dia gostava de me meter num avião e dar um pulinho ali aos states só para poder participar numa sessão com pessoas fabulosas, criativas e com uma pedalada muitos anos-luz à frente do que se faz por aqui a nível fotográfico. Isso também acontece porque o mercado já o exige e isso também ainda não se vê assim tanto por aqui.

Mas ia eu a dizer, um dia apanho um avião e lá vou eu. Digo mais, se fosse um pouco mais perto e um pouco mais barato chegar a Seattle, até eu tinha tentado a sorte e enviado um vídeo para ganhar uma participação no Creative Live organizado pela Jasmine Star.

Mas embora gostasse de enviar um vídeo assim:


Candice Benjamin: Jasmine Star + creativeLIVE Entry from jakfoto productions on Vimeo.

tenho quase a certeza que acabaria por ser mais parecido com:



Enfim, o que gostaria mesmo era de ir estoirar ainda mais estes neurónios com muita inspiração! :)

Sinto-me quase...

como numa daquelas máquinas de tortura medievais que esticavam braços, pernas, cabeça, cada um para seu lado, com a ligeira variante que o que sinto a ser puxado são os neurónios que por aqui andam nesta cabeça (tantas vezes) no ar.

É o trabalho 1, é o 2, é a asma da mais velha, os ginetes do mais novo, as obras, as actividades deles, o ter de alimentar e ser alimentada, a roupa, a criatividade à pressão, o pó, as ideias que teimam em sair e o tempo que insiste em fugir delas, os bichos, os censos, os amigos, a...

Hoje sinto-me especialmente esticada, tudo a puxar para o seu lado, tudo a dizer tenho pressa, é urgente, e, até domingo sou a única crescida em casa.

Às vezes o que nos anima, o que nos faz sentir felizes também nos atira ao chão e nos separa, pedacinho a pedacinho, cada um para seu lado, fazendo revoltar o corpo e forçando os neurónios a sair à rua empunhando cartazes a reivindicar mais tempo e menos decisões.

Hoje é um desses dias. E a revolta deve estar a ser tão grande que até o cabelo lançou um tufo para o ar e assim se mantém indiferente a todas as tentativas de lhe mostrar a razão.

Não há quem fique indiferente ao que se passa no Japão...

mas a mim, mais do que aquelas imagens que se descobrem um pouco por todo o lado que mostram casas, carros, barcos, aviões como se de meros brinquedos se tratassem, são as imagens que nos chegam das pessoas e da sua postura no meio do mais perfeito caos que mexem comigo.

Não me lembro nunca de ter visto tais imagens, tais comportamentos, em qualquer outro cenário de devastação desta magnitude.

Impressionante (pela positiva).

Hoje é dia...

de Censos 2011 (julgavam que ia falar na Primavera? naaa... essa já começou ontem às 23:21!)

E como - para não variar - à meia-noite estava agarrada ao computador, lembrei-me de lá ir espreitar a ver se já estava disponível o preenchimento online. Não sei se estava ou não, porque o servidor estava de tal forma sobrecarregado que não disse nem água vem, nem água vai.

Hoje pelo que me vai chegando ao conhecimento, também há quem não consiga dar a missão por cumprida e o lá continua o servidor a mascar os pedidos como pode, que isto de se ser servidor também não é nenhuma pêra doce.

Acho que vou dar mais um ou dois dias antes de tentar a minha sorte. Se conheço os portugueses, depois desta fúria de se querer ser o primeiro (associado ao facto que são eles próprios a pedir na página de acesso, a todos os portugueses, que preenchem e submetam hoje o dito inquérito) e uma vez que temos até dia 10 de Abril para o fazer, a malta agora vai relaxar, aproveitar para ir para a esplanada apanhar um bocadinho de sol e volta toda em força no último dia.

Hoje...

além de continuar sem telemóvel, não trouxe a agenda.

S. O. S.

Acabámos...

a quatro, um fim-de-semana de loucos assim.

Não podia pedir melhor.

Não, não fui à terrinha...

é mesmo aqui onde vivo que se encontram vacas a pastar nos lotes ainda vazios.

[e cabras e ovelhas, mas essas eu já sabia. vacas foi mesmo novidade]

Isto sim é ser precoce...

quatro semanas depois de entrar para a catequese * - incluindo uma de férias pelo meio - recebeu hoje o seu diploma do 2º ano de catecismo, na missa do Pai Nosso (e festa de "fim-de-ano" do catecismo dos meninos do 2º ano)

LOL

Notinha de rodapé: a miúda já deixou de ser beata e de rezar antes de todas as refeições - isto dito assim até parece que o fez por muito tempo, mas na verdade foi mesmo sol de pouca dura - por iniciativa dela, que nunca na vida eu lhe ia dizer qualquer coisa. Mas ainda bem, prevê-se uma convivência muito mais tranquila assim :p

Notinha de rodapé 2: o Miguel vibra com os escuteiros e hoje na missa estavam lá os escuteiros também. A páginas tantas, estava no centro da igreja para conseguir ver melhor o coro formado apenas por escuteiros. É nessa altura também que se chegam à frente para comungar e ele muito depressa corre na nossa direção e, quando chega ao pé de nós, diz: - mãe! tens de vir rápido! estão ali a dar coisas para chupar!!!

oh happy days!


* foi ela que decidiu queria saber mais e nos pediu para a inscrever.

É dia do pai...

[e o desgraçado como prenda, levantou-se uma hora mais cedo - mas a verdade é que se deitou logo a seguir outra vez - recebeu um óscar decapitado - raio da massa de modelar que não se decidiu a secar - e não teve o pequeno-almoço na cama planeado porque não houve tempo. vá, mantém-te firme que para o ano pode ser que tenhas mais sorte!]

Coração cheio...

Hoje fui buscá-lo ao ballet. Já não ia há muito tempo e ele fez-me uma festa (ao estilo dele, oferecendo-me um grande sorriso) assim que me viu.

Começo a ajudá-lo a acabar de se vestir e ele diz-me:

- porque não vieste um pouco mais cedo? tinhas visto a aula!
- gostavas que eu tivesse visto a tua aula? não te importavas?
- não! e sabes, já temos o espectáculo quase todo preparado! tens de vir ao nosso espectáculo.

Sorri.

[lembram-se?]

Quando nos estávamos a preparar para sair, pergunto à professora como é que ele estava e ela sorri-me com os olhos a brilhar.

E tudo o que me disse depois deixou-me sem palavras, e, embora este coração de mãe me dissesse que era algo assim, nunca imaginei tanto.

É só ele querer e continuar a gostar. Só isso.

E para acabar a semana, lanço mais um...

desta vez não só para as crafters mas principalmente para quem quer melhorar as fotografias dos seus mais-que-tudo e das férias que virão.

O meu telemóvel caiu... parte 4

(continuação de o meu telemóvel caiu)

Já tenho as indicações da seguradora para onde mandar o telemóvel e a factura, que alguém muito querido e sensível à minha urgência me fez chegar por email em vez de me obrigar a esperar que a mesmíssima carta me chegasse pelo correio. O que não tenho é o telemóvel e a factura para lhes mandar que hoje de manhã antes de sair de casa achei que era parvoíce andar mais um dia com aquilo na mala e toca de deixar tudo na secretária.

Mas adiante, que o pai até teve de passar em casa e fez o jeitinho. Lá juntou o que era necessário e enfiou tudo num envelope bem fofinho, para logo de seguida correr aos correios mais próximos e em vez de o fazer seguir por correio registado deu com o seu belo nariz na porta, que pelos vistos ali fecham à hora de almoço.

[não sei se topam a lista de contrariedades que vão sempre surgindo naturalmente em qualquer coisa que façamos. são tipo cogumelos. e agora o tempo até está húmido.]

E no entretanto... nada de telemóvel. sniff.

Nós e os jogos, eles e as suas grandes bocas...

Uma viagem de quase 1300kms com duas crianças pequenas, mesmo que feita em grande parte durante a noite, tem sempre algumas horas de miúdos despertos e desejosos de entretenimento. Aqui recorre-se aos livros, aos jogos entre nós e às cantorias para dar conta do assunto - em parte porque o dvd portátil deu o berro, o que nem foi mau de todo porque percebemos que não fez falta absolutamente nenhuma!

Um dos jogos favoritos é o dos animais, e, consoante vamos avançando no jogo, também o grau de disparate vai aumentando. Ou pelo menos é o que eu quero pensar para justificar a seguinte conclusão:

- ... e tem um rabo grande! - diz ela, para terminar a descrição do animal.
- É A MÃEEEEEE! - responde ele no imediato.

vem cá pedir miminhos vem...

Da inocência...

Não há dia que ele não me pergunte se A, B ou C - quer conheça, quer seja apenas um rosto na televisão, jornal ou revista - já morreu.

Pergunta principalmente pela avó Lurdes e pelo Saramago (e a curiosidade sobre o Saramago não consigo perceber de onde vem, mas a apostar será por causa da história que incluo mais abaixo no post)

Já decidiu que só morremos quando formos muito idosos e já estabeleceu a ordem pela qual vamos morrer: mãe, pai, mana e mano. Tudo natural porque supostamente morre primeiro quem é mais idoso.

O único problema dele é que não quer morrer. Nem quer morrer, nem quer que nós morramos. Daí que todos os dias ele me peça para tentar descobrir o caminho para a terra das Winx. Porque elas são fadas, têm magia boa, e, quando as descobrir vai lhes pedir para nos fazer uma magia que nos impeça de morrer e nos deixe viver para sempre.

No entanto, e porque já lhe expliquei a dificuldade de encontrármos o caminho mágico que nos leva até elas, caso a gente não as descubra também já me descansou:

- sabes mãe, tu vais ser sempre a minha mãe preferida e eu adoro-te para sempre! Mesmo quando já fores muito idosa e estiveres morta. Porque continuas a ser a minha mãe, não é? Mesmo que já tenhas morrido!

E quando as nossas lembranças de infância...

também se tornam um bocadinho deles?

Quando for grande...

Justin & Mary: This Too is Love- A Film by Jeremy White from Justin Marantz on Vimeo.

quero um vídeo destes para promover o meu trabalho.

[sonhar é bom...]

Continuo com a conta de email nos 99%

e de vez em quando fico impedida de enviar emails.

Geralmente isso acontece quando o email que estou a tentar mandar é mesmo muito importante e que quero enviar sem demoras (não é sempre assim?!) pelo que tenho logo de descobrir rapidamente lixo para apagar e apagar e tentar enviar, apagar e tentar enviar, repetindo o processo até conseguir enviar.

Ontem, novamente o drama. Gente há minha espera, gente à espera de receber o email e o gmail nananinananão e eu logo muito lançada (e um merda! depois) entro na pasta do lixo, escolho apagar tudo, clico e... ooops... não era a pasta do lixo.

[confesso que depois dos olhos esbugalhados e de uma ligeira arritmia, fiquei com uma estranha sensação de liberdade. a chatice é que mesmo assim, continuo nos 98%]

Eu às vezes...

gostava de ter a lata e o ego de alguns.



[não gostava nada.]

O meu telemóvel caiu...

(ou deverei dizer smartphone para ficar mais bem?!) caiu aliás várias vezes.

Caiu e lá ia sempre telemóvel para um lado e tampa da bateria (que é mini-mini mas para mim é o calcanhar-de-Aquiles deste brinquedo) para o outro. Às vezes andava protegido por uma bolsinha toda fashion e curiosamente nessa altura nunca caía ao chão. Curiosamente, também eram mais as vezes que andava sem bolsinha do que com.

Há umas semanas caiu e além do telemóvel para um lado e tampa para o outro, partiu-se o travão da bateria. À boa maneira portuguesa - e mesmo tendo feito um seguro que cobre estas situações - resolvi a questão com uma dose de fita-cola.

Pois que parece que ontem, ele fartou-se de andar assim e deu o suspiro final. Amuou, piscou-me a luz duas ou três vezes, e num tremor foi-se.

Paz à sua alma.

Sendo assim, hoje é dia de accionar o seguro. Desejem-me sorte.

[no entretanto, usem o email para falar comigo, sim? se vos apetecer falar comigo, claro! obrigadinha, sim :)]

1ª investida: correu mal :p mas a culpa até foi minha. Tenho os documentos todos, menos um dos papéis da apólice que é justamente o que tem o número (e que há-de estar numa das mil caixas arrumadas na garagem). Assim, vou ter de ir à loja que o comprei para emitirem a 2ª via. Desejem-me sorte parte II.

2ª investida (16/3): correu bem e consegui a 2ª via da apólice.

3ª investida (17/3): telefonei para a seguradora, accionei o seguro e agora vou ter de aguentar até 10 dias úteis até saber mais qualquer coisa :s

Ontem...

ela fez o seu primeiro teste a esferográfica.

[Eles têm mesmo de crescer não têm?]

A todas as crafters que me seguem por aqui...

esta é a oportunidade de melhorarem as fotografias das vossas criações para promoção online e não só :)

Este workshop é uma parceria com a Loja Bolo-de-pano de Campo de Ourique e para mais informações devem enviar email para: bolodepano.campodeourique@gmail.com. Se a qualidade das vossas fotografias não faz jus à beleza das vossas criações, sejam elas doces, para vestir, enfeitar ou simplesmente mimar, então este interessa-vos!

onze.três.onze

desta vez tinha muitas imagens para escolher, mas esta é a que quero juntar ao projecto. porque representa muito de nós. os últimos a subir pela última vez a montanha para a última descida, ninguém à frente, ninguém atrás, mas desta vez a quatro. as conversas na subida. o silêncio. a nossa admiração na descida. nós juntos. mesmo que separados por alguns metros.

Trouxe um cavaleiro das férias...

Mereceu uma prenda pela sua bravura todas as manhãs (menos uma) em ficar nas aulas que disse sempre não gostar (são para bebés e eu sou um crescido! mas vou fazer cinco anos e depois vou para as outras aulas!). Escolheu a armadura que lhe assenta que nem uma luva, ficou feliz e diz que agora só lhe falta o cavalo. Um dragão também calhava bem, mas tem de ser dos que voam. A princesa é que está dispensada porque a irmã faz a vez muito bem.

12 de Março de 2011...

Estávamos longe e passou-nos tudo um pouco ao lado, mas desde que cheguei que tenho estado a absorver tudo.

Espero que tenha sido o primeiro passo para ajudar a perspectivar-se algo mais animador para o futuro destas gerações enrascadas - porque não é apenas uma definitivamente - mas, principalmente, que sirva para se ver um verdadeiro futuro para a geração deles.

[e fica um link para um dos textos com o qual me identifico mais.]

Qual é a melhor maneira de se acabar um dia?!

com uma bela luta de bolas de neve, claro. E aqui o tamanho é coisa que pouca importa.

Último dia...

Depois de uma semana com um sol brilhante e um céu quase sem nuvens, eis que acordamos com a neve a cair em tom de despedida.

Não é para ficar triste. É apenas um até já. Estamos os quatro mortinhos por voltar.

Ah pois é, bebé...

 

Hoje assistimos de longe a um bocadinho da sua aula. Vimo-lo a esquiar pista baixo contornando os pinos, ora pela direita ora pela esquerda, muito seguro e direitinho.

À tarde, enquanto o pai se lançava nas vermelhas com a irmã e a sua amiga S. (uma menina portuguesa que está na aula da Joana e no mesmo hotel que nós) nós dois fomos à conquista das azuis.

E ele desceu a primeira, a segunda e à terceira já fomos os cinco. E descemos azuis e azuis-escuras (termo dele para designar as azuis tão íngremes como vermelhas) e ele sem nunca se deixar ficar para trás nem deixar de tentar - e a maioria das vezes a conseguir - imitar a irmã nos saltos que ela dava sempre que descobria uma pequena encosta.

E o menino a ganhar velocidade? Ai as abadas que vamos levar não tarda nada...

A cada dia, uma nova conquista...

e as (pistas) azuis já não têm segredos para ela.

[não tivéssemos nós já aprendido antes deles e já estávamos a levar uma abada dela :p]

Foi pelo dia de hoje que não quis falar da manhã de ontem...

Ontem de manhã foi para esquecer. Ele teimou que não ia à aula, birrou, chorou, bateu-nos, nós castigámo-lo, batemos-lhe de volta (e assim vejo o quanto ele nos conseguiu tirar do sério), chorei de nervos e ficámos amuados com ele feito miúdos pequenos.

Perdemos uma manhã a ver os outros a divertirem-se e a irmã na aula. Ele tentava chamar-nos a atenção de todas as maneiras e nós mantivemos a nossa, com cara feia e a tentar manter a calma a cada sua investida, mas com essa nossa atitude a retraçar-nos o coração.

Depois do almoço ao regressarmos às pistas e ele a perceber que ia ficar quieto a ver, baixou a guarda, pediu desculpa e disse que no dia seguinte ia à escola. Prometeu mesmo prometido, cruzando duas vezes os dedos por cima dos lábios, e, nós aceitámos as desculpas e prometemos retirar todos os castigos se ele cumprisse a sua promessa. O resultado imediato foi uma tarde maravilhosa, com caras felizes e muita brincadeira.

Hoje de manhã, depois de um final de dia cheio de febre e de ter inclusive vomitado de noite a água que bebeu, entrou na escola cheio de vontade e uns beijinhos e uns gosto de ti depois, seguiu sem olhar para trás.

Esteve lindamente na escola, fez tudo o que a professora indicou e já desceu a pista da escola a travar e a curvar. A febre, essa, felizmente deixou-o em paz.

À tarde quando nos preparávamos para as descidas a quatro pergunta-me do nada: mamã, ficaste feliz por ter ido à aula?

Não me fizeste feliz, Miguel. Fizeste-me feliz e orgulhosa de ti, por mostrares que te sabes arrepender do que fazes menos bem e que cumpres as tuas promessas, mesmo quando não estás no melhor de ti.

1,090 euros...

é o preço do gasóleo cá. Pudesse eu e levava uns bidons comigo.

Segundo dia...

Não vou falar da manhã. Recuso-me. Vou esperar por amanhã para dizer qualquer coisa.

Falo só na tarde fabulosa e na primeira subida deles em cadeiras que se repetiu e repetiu, das descidas dela tão mais confiantes e do boneco de neve que começámos e que se vai aumentar nos próximos dias.

Primeira vez na neve "a sério"...

O meu maior medo era que o mais novo se recusasse a calçar as botas de ski. São duras, apertam e ele com o calçado é do mais comichoso que existe. No entanto, quando fomos buscar o equipamento à loja, nem parecia ele. Especialmente quando o senhor lhe trouxe uns skis com um tigre. Já ela, não teve direito a tigre mas teve direito a um par de skis a estrear. Não se podia ter pedido melhor.

Já para ele ficar na aula é que a coisa não correu tão bem. A dificuldade que ele tem em aceitar a separação de estar ao pé de nós, por mais que queira fazer a actividade, é algo que ainda o faz resistir às novas experiências. Mas lá foi e gostou claro, mesmo que assim que nos tenha posto a vista em cima tenha desatado a chorar e a pedir para sair.

Andar de teleférico foi outra aventura para eles.

E à tarde, mostraram-nos o que tinham aprendido de manhã e fizeram a sua primeira descida de uma pista verde, o que os deixou ainda mais em pulgas pelo dia de amanhã.

Acho que já temos companhia nestas nossas aventuras :)

Nós vamos ali...

e já voltamos. Desta vez só fica o cão.

Já passámos os 100 dias de obras...

A foto não é de agora mas é cheia de significado para nós e merece ser a escolhida para comemorar estes 102 dias.

Estamos a entrar na recta final. Ou pelo menos é o que esperamos...

Hoje foram mascarados...

mas para não variar não há fotos.

Hoje ela foi de Sevilhana e ele de bombeiro.

E hoje, finalmente, consegui perceber e de me deixar de sentir culpada por nos últimos anos ter deixado de registar praticamente tudo o que é digno de registo para memória futura nas nossas manhãs.

E com todas as letrinhas o digo: a culpa é do mais novo. (vá, agora vai de ficares traumatizado para o resto da vida quando leres isto - daqui a sei lá quantos anos e se no entretanto não se tiver evaporado no éter cibernético - vá...).

Eu martirizava-me (pouco) porque achava que era aquela história de ser o segundo e de me ter passado a excitação das primeiras vezes. Porque achava que era por andar "farta" de fotos e que quem pagava a fava eram eles e as nossas memórias. Porque achava que só havia uma pessoa a quem poderia apontar o dedo: eu, aqui a je, aqui a mãezinha.

Mas não. A culpa é dele. A culpa é dele e do seu feitiozinho do contra todas as manhãs. Dos embirranços com a roupa, sapatos, papa, cadeira, sol, falta de sol, fome, sede, boneco, tv ou falta dela, ou ao ar que respira.

Eu tenho um filho que embirra - não confundir com birra - quase todas as manhãs e nós temos de ter uma paciência de santo ao quadrado para aguentar e não nos atirarmos a ele feitos leões. Porque nós também temos os nossos próprios problemas com a parte do acordar e infelizmente não acordamos com o sol a bater num rosto perfeitamente descansado e maquilhado e sorridente e tudo e tudo e tudo como nos filmes. E também temos mau feitio.

Sim, eles foram mascarados para a escola. E eles iam muito giros. E felizes. E não há fotos. E a culpa é toda dele. ponto.

Depois de andar os dois últimos dias...

com o carro na reserva, hoje deixei a miúda na escola e fui directa às bombas encher o depósito.

Ir às bombas fui, mas encher o depósito nem pensar*. Ia tendo uma pequena apoplexia quando vi o preço do gasóleo (€ 1,409/litro).

Onde é que isto vai parar?

[* ponho os 60 litros com desconto que me permite o talão do supermercado e está bem assim. e esta "nova" moda de preços mais baixos a determinado dia da semana ou do mês? não será tudo apenas uma valente jogada de marketing que pagamos nos outros dias todos? não seria preferível para o consumidor final, voltar-se ao tempo da não existência de talões ou promoções nos combustíveis? estou a modos que convencida que sim...]