quarta-feira, maio 31, 2006

Consulta do primeiro mês...

Este menino promete, é só o que me lembra dizer. Dormiu até entrarmos no consultório, depois não parou de olhar para os quadros que enfeitavam as paredes. Enquanto o médico o examinava, manteve o olhar fixo nos olhos dele e ainda lhe dirigiu umas "palradelas". Sorrir é que já foi pedir demais, afinal, ele não tinha o talento da mãe para as palhaçadas. Tem uma pequena hérnia no umbigo, que deverá desaparecer até aos três anos (a Joana também ainda tem) e que não é nada de preocupante. Resumindo, mais um exame superado com distinção. Quanto a pesos e medidas, estamos bem lançados :p Altura: 57cm (P90) Peso: 4,840kg (P75) P.Cefálico: 38cm (P75) Ele está defenitivamente grande... e eu estou a deixar de ter bébé que me caiba num só braço. Rai's parta o puto que está com pressa! Entretanto começa a tomar Protovit N (vitaminas) e com elas vamos introduzir a colher. Autorização para lhe dar água à descrição* especialmente nos dias mais quentes e recomendação para passearmos muito, sempre fora das horas de calor. Para o mês que vem: vacinas (com Prevnar) e nova revisão. * o que eu já tinha começado a fazer por causa deste calor doido. O Miguel aceitou lindamente o biberão tenha lá água, chá, colimil ou leite do meu. Ainda bem porque é menos uma preocupação e posso deixá-lo com alguém sempre que quiser sair sozinha (o que aconteceu pela primeira vez no último sábado).

Mais um...

a rir-se da mãe...

terça-feira, maio 30, 2006

Então foi assim...

Mesmo tendo o abcesso o dentista achou que não podia adiar mais e lá continuou a desvitalização. A anestesia é que não pegou tão bem (por causa do abcesso) o que tornou as coisas mais dolorosas, mas esperemos que agora esteja mais perto do fim desta odisseia. Dia nove lá estarei outra vez...

Então foi assim...

A vacina já está e a minha menina portou-se à altura! :) O pai também foi connosco e pelo caminho continuámos a falar com ela sobre o que se ia passar. Enquanto a enfermeira (ie, a senhô doutoia) apontava lá as coisas no livrinho, ela ia observando a sala enfeitada com os amigos do Winnie the Pooh, sem perder de vista o que fazia a enfermeira. Queria saber o que era tudo. Depois, observou a enfermeira enquanto ela preparava a vacina, esticou o braço esquerdo a pedido dela e até ajeitou a manga da t-shirt para ela lhe dar a pica. Não chorou quando foi picada, apenas choramingou quando o líquido estava a entrar. No final, o penso rápido prometido (que ficou esquecido em casa) foi substituído por um gelado que bem apetecia com o calor que estava. Quando chegámos a casa, pergunto-lhe: Eu - Não doeu nada, pois não?! Só um bocadinho! Ela - Foi... Não! Doeu um bocadinho gande!

E hoje...

também é dia de dentista... (o abcesso ainda não desapareceu totalmente, mas espero que ele já o possa acabar de tratar. Já não posso mais com este dente :s)

Ter um filho...

depois de ter tido uma filha... ... é chamar-lhe filha na maioria das vezes ... é tê-lo enrolado em mantinhas com pespontos cor-de-rosa (no início e não agora obviamente) ... é vestir-lhe bodies com pequenos motivos cor-de-rosa ... é penteá-lo com uma escova cor-de-rosa ... é secá-lo com toalhas com vivos cor-de-ros Ai se a tua avó (paterna) visse... :p Adenda: A maior parte dos acessórios que comprei para a Joana são unissexo, porque justamente contava em ter mais filhos e algum podia ser rapaz. Aliás, o conjunto de escova e pente foram a única coisa que comprei em cor-de-rosa (também tenho um verde alface mas é a partir de um ano)! Quanto às toalhas, são usadas em caso necessidade (como por exemplo, quando estão para lavar as toalhas dele), e o mesmo se aplica às mantas...

Vacinas...

De vez em quando lá surge por estas redondezas, o debate sobre se é boa ideia ou não levar certas e determinadas vacinas (como é o caso das hepatites e varicela). Para mim, aqui joga principalmente a pressão que é feita aos pais pelas farmacêuticas através dos meios de comunicação social. Acho um perfeito disparate as notícias que surgiram aquando o lançamento da varicela e a tentativa de forçar os pais a sentirem que os filhos podem estar naquela minoria (verdadeiramente minúscula) que corre perigo de vida. Nós decimos confiar na opinião do pediatra sobre estes assuntos e nem sequer pensamos mais nisso. Nem sequer puxamos o tema nas consultas. Se ele abordar o tema, é porque acha necessário, senão é porque ele não considera que seja relevante para o caso dela. Nesta última consulta (dos dois anos e meio) ele aconselhou-nos a dar-lhe a vacina da varicela. Na sua opinião, com o tipo de pele que ela tem é o melhor para ela. Assim, não porque eu tenha qualquer tipo de medo em relação a esta doença, mas porque o médico apontou-me razões válidas para o fazer, hoje a Joana vai tomar a vacina da varicela. Começámos no fim-de-semana a conversa de mentalização. Ao princípio, ela recusava a ideia, mas ontem finalmente parece ter aceitado. Já sabe o que se vai passar e ficou toda contente quando lhe disse que depois punha-lhe um penso com o Winnie the Pooh. Resta ver, como é que ela se vai portar na hora da verdade.

segunda-feira, maio 29, 2006

Estou...

a fazer tempo à espera que o Miguel acorde para mamar, mas parece-me que o melhor a fazer é ir-me deitar. Enquanto isso, vou comendo umas cerejas :) Com o calor que esteve e a confusão da criançada (e dos adultos que às vezes são piores que as crianças) ele foi incapaz de descansar. Agora com o fresco (?!) da noite ele parece estar finalmente a ter um sono tranquilo. Estou a prever tempos difíceis, se esta onda de calor se mantiver... isto se quiser andar a passear, porque dentro de casa estamos fresquinhos. Bebé sofre...

Enigma...

Conseguem perceber o que está errado nestas fotos?! :p (ao menos fiquei a saber que o berço é resistente e que o mobile continua a ser interessante para maiores de 5 meses!!!)

domingo, maio 28, 2006

E o dia...

está a chegar ao fim. A casa está mergulhada no mais profundo silêncio, coisa que não se ouvia desde muito cedo. Não há telemóveis nem telefone a tocar, não há crianças a correr e a gritar, não há adultos a conversar. Pai e filhos dormem, e eu aproveitei para vir até estas bandas. Estou cansada de tanta animação. Barriga cheia de boa comidinha. Barriga cheia de mimo. Tinha decidido que este ano o dia era passado a quatro, mas, mais uma vez, não fui capaz e por isso ontem convoquei pai, sogros, mana, vizinhos, madrinha, afilhado e padrinhos dos filhos, para uma bela sardinhada e caracolada. Apenas o calor é que tornou tudo muito difícil. Não me lembro de estar assim tanto calor nos meus anos, nem mesmo em 2003 quando foi o Verão mais quente. Definitivamente não sou menina de temperaturas acima dos 30º. O dia de hoje não foi perfeito mas foi muito bom. Gosto de fazer anos, gosto de assinalar a data de forma marcante e gosto tanto (mas tanto) de receber miminhos de quem me quer bem (e acho piada à suposta indiferença de outros... aprende Sandra, aprende...). (fui reler os meus posts de aniversário do ano passado, e pelos vistos não consegui cumprir algumas resoluções que tinha tomado... mas ainda tenho mais nove anos antes de entrar nos entas... Xiça! Que isto dito assim até parece que já não falta assim tanto tempo :s)

Eu...

meto-me em cada 31! E este começou às 10h10 de 28 de Maio de 1975, com 3,900kg e 48cm :) (era tão bom fazer pelo menos mais dois*... e com a mesma genica, pois tá claro!) * oh meninas... dois trinta-e-uns!!! Não dois anos :p (e não... não há problema de virem atrasados... mas vocês estão tontas ou quê?! :p)

sábado, maio 27, 2006

Pai: 0 - Mãe: 1

Temos nova tabela de classificação, agora para os cócós líquidos... Acho que preferia o empate nos xixis... :p

Conversas com ela...

Sempre que o mano desaparece do sítio onde ele estava (ie, estava na espreguiçadeira e eu mudei-o para a cama ou vice-versa) e ela não o encontra, vem a correr para mim e pergunta: Onde está o Miguel?! Voltou pá tua barriga?! Deixa vei! E toca de me levantar a camisola para confirmar...

sexta-feira, maio 26, 2006

Eu...

vista através das lentes da máquina, pelos olhos da minha filha...

Há notícias...

que nunca ninguém deveria ouvir. Que nunca deveriam ter de ser dadas. Que simplesmente não deviam de existir. Até já amigo, vou sentir falta das nossas trocas de "mimos". O meu coração fica com a tua família. Dizer que sinto muito, ou que lamento, não serve de muito, mas fica dito.

quinta-feira, maio 25, 2006

Um mês de ti...

Há qualquer coisa de especial em se conseguir algum feito pela primeira vez. Hoje completas o teu primeiro mês de vida, e eu, numa repetição assumida, continuo a dizer que não sei mesmo como é que se passou assim tão depressa. Há um mês por esta hora ainda não te conhecia, mas sabia que estava quase a ver-te. Não estava ansiosa, nem nunca estive, mas devia ser a única porque todos os que nos rodeavam e que nos querem bem, estavam em pulgas para te conhecer. Mesmo aqui, no nosso cantinho blogosférico, a ansiedade andou no ar, e muitos chocolatinhos e outros que tais, foram devoradas por quem aguardava a tua chegada. É engraçado, ver como um mundo destes tão impessoal e distante a nível físico se pode tornar tão intenso na partilha de emoções. Não vais conhecer a maior parte das pessoas que esperavam por ti há um mês atrás. Muitas delas não vão passar de nomes. Mas todas elas merecem o mesmo reconhecimento, porque o que se assistiu aqui nesses dias não se esquece e espero que um dia o percebas. E agora, tu no alto dos teus trinta dias de existência estás a crescer e a mudar a cada dia que passa. Estás sempre muito atento ao que te rodeia e já te começas a maçar de estar muito tempo no mesmo sítio. Ficar na cama durante o dia, só se for para ver o mobile e mesmo durante a noite já me tentaste trocar as voltas para não ficares lá. Continuas um bébé muito calmo, que entretanto descobriu os poderes das cordas vocais. Tens um choro muito característico para cada situação. Pode ser de seres o segundo, mas da tua irmã eu não conseguia distinguir tão bem os seus choros. Vale-te então esta minha nova capacidade, porque consigo atender as tuas vontades mais rapidamente. As cólicas já apareceram, e deste que fazer duas noites seguidas. Mas com a ajuda do chá e das famosas gotas cor-de-rosa, já estás melhor. As noites é que deixaram de ser tão boas, pois ainda não voltaste a dormir as seis horas seguidas desde que ficaste constipado. No entanto, dormes quatro (às vezes três, outras cinco) o que já não é nada mau e continuas a adormecer na tua cama. Protestas mais é certo, mas lá acabas por ficar. Também reduziste o tempo que passas à mama. Antes demoravas no mínimo uma hora e mamavas por três ou quatro vezes porque estavas sempre a adormecer. Agora, mamas por duas vezes e despachas o assunto em meia hora. Mas às vezes, adormeces (ou não) e passado uma hora pedes mais um reforço. Não precisas da chucha sempre que queres dormir, mas se estás desconsolado por alguma coisa, algo para chuchar torna-se imperativo para ti. E embora te ache uma piada louca a chuchar no dedo, confesso que prefiro que esse seja um hábito a não manter. Acordas sempre que estás desconfortável. Muitas vezes tenho de te mudar a fralda a meio de uma soneca, porque entretanto já a encheste de uma maneira que por vezes transborda! Quando assim é, basta mudar-te a fralda que retomas o sono. E nem falemos em fraldas, porque muitas vezes ainda não fechei a dita e já te tenho de mudar novamente! O nosso record está em mudar três fraldas de seguida, sendo que à última nem cheguei a abrir as tiras autocolantes. Também já me deste uns dias que não ficavas na espreguiçadeira nem por nada. Querias estar colado a mim. Resolvemos a coisa da melhor maneira para os dois: enquanto eu despachava algumas coisas andaste no canguro (ou "marsúpio", ou "baby-bjorn", ou como lhe queiram chamar) e depois fizemos os dois uma bela soneca agarradinhos um ao outro. Passou-te a veneta e agora deixas-me novamente livre para fazer o que preciso. Continuas com os teus sorrisos esporádicos em resposta às tontices que te dizemos, e és fascinado por ver o meu cabelo mexer. Mas há uma coisa que fazes agora que me derrete. Quando estás a mamar, a tua mãozinha que antes usavas para te beliscares a ti próprio, agora procura a minha mão e apoia-se nela firmemente. São coisas simples que eu amo e me sabem bem. Tens um mês, e o mundo inteiro por descobrir. Espero poder acompanhar-te sempre nessa tua caminhada. A mãe.

Sobre o dente...

está tudo na mesma. Ainda tenho um abcesso por isso preciso de mais dias de antibiótico. Fica o início do tratamento adiado para terça-feira. Ora bolas...

Vou dizer isto baixinho...

a ver se ninguém repara e não me fazem uma espera: Já visto as minhas calças pós-gravidez-da-Joana*! :p * equivale a dizer as calças pré-gravidez-do-Miguel... ou seja, as tais que eu ainda não vestia a semana passada :)

quarta-feira, maio 24, 2006

Depois...

de uma semana a antibiótico, amanhã vou finalmente acabar de tratar o meu (malvado) dente. Como sou logo a primeira (para conseguir conciliar o tempo da consulta com as mamadas do Miguel) vou ter de atravessar Lisboa para estar no consultório às 9h00... ora aqui está uma coisa da qual não tenho saudades nenhumas: trânsito matinal!

O meu filho...

descobriu que sabe chorar. Das duas uma, ou é muito meu amigo e não quer que eu arrume a casa ou então... temos o caldo entornado!

O meu filho...

é uma máquina de fazer cócó. Tenho dito.

Antecipação...

Cinco dias antes da data, a Dodot envia-me um email a dar os parabéns por o meu bebé já ter um mês. Cinco dias antes da data, a La Redoute envia-me os parabéns pelo meu aniversário (e ainda me dá a oportunidade de ganhar um guarda-jóias! Ai o que isso me ia fazer feliz :p) Mas esta gente não sabe esperar pelo dia certo?! Já não basta uma pessoa andar meia banzada a pensar como é que se já passou quase um mês desde que o puto mais novo nasceu, e como é já vai fazer trinta e um, se parece que foi ainda ontem que fez os vinte e poucos?! Ó tempo, dá lá uma ajudinha e faz esta semana andar a passo de caracol... pode ser?!

terça-feira, maio 23, 2006

4 semanas de ti...

Deixo-vos apenas imagens. As palavras ficam para quando completar o primeiro mês... já na quinta-feira! :s

Cesariana à quê?!

A madrinha da minha filha teve uma menina. Quando lhe telefono umas horas depois e lhe pergunto como é que ela se sentia, ela responde: Ela - Sinto-me muito bem! Desta vez foi uma cesariana à Sandra! Eu - Cesariana à quê?! Ela - Sim, uma cesariana à Sandra! Pareço tu, depois das tuas cesarianas, de tão bem que me sinto! Pronto está bem... ao menos sentia-se bem! :)

A minha ausência...

deve-se ao facto de ter iniciado (ontem) as minhas limpezas da Primavera. Hoje é dia de limpar a despensa, e na minha casa o que descubro ter passado da validade são artigos como: chocolate em pó, bombons (2 pacotes de Bacci e um de Milka), farinha, bolachas, pacotes de natas e outros que tais. Não sou fã de limpezas, mas adoro fazer estas grandes arrumações.

domingo, maio 21, 2006

Agora...

ando permanentemente com uma fome descomunal. Parece que só consigo pensar em comida. E a vontade de comer doces ainda se mantém... hoje ao lanche marcharam dois pastéis de nata quentinhos (além de duas sandes de queijo e fiambre e outra de queijo e marmelada! :p) O que vale é que, até agora, pouco fica acumulado na minha pessoa. Adenda: Estar a amamentar há precisamente dois anos, sete meses, uma semana e dois dias, dá-me algum traquejo a tirar conclusões sobre aquilo que como e a forma como se reflecte no leite. Por isso, embora seja altamente disciplinada naquilo que como para evitar qualquer tipo de reacção (agora) no Miguel, consigo detectar facilmente as reacções no Miguel daquilo que como e isso dá-me alguma segurança para experimentar aquilo que é "proibido". Por exemplo, assim que comecei a beber leite de vaca ele começou a bolsar. Parei de beber leite durante três dias e ele também parou de bolsar. Ficou estabelecida a relação entre o leite de vaca e o bolsar. Depois comecei por beber uma caneca (por dia) de leite magro Vigor. Como ele não recomeçou a bolsar, experimentei beber duas canecas de leite (por dia) e esperei os resultados. Como ele continua sem bolsar é sinal que esta quantidade é tolerada, por isso, escuso de ter de fazer o sacrifício de não beber o meu leitinho de que tanto gosto. Com os morangos é a mesma coisa. Não tenho comido morangos, mas agora que as borbulhas que ele tinha na cara já desapareceram comecei por comer um ou dois morangos (num dia). Como não detectei nenhuma reacção, experimentei a comer mais uns quantos. Neste momento, sei que posso comer morangos que ele não faz alergia, no entanto não estou sempre a comer morangos e em grandes quantidades como é óbvio. Se estamos a amamentar e queremos introduzir algum alimento na nossa dieta que é proibido por questões alérgicas (há outros que não devemos introduzir mesmo, como por exemplo todos os alimentos de difícil digestão que provocam cólicas no bébé!) devemos esperar por uma altura em que a criança não tenha nenhuma sintomatologia estranha, comer o alimento em pouca quantidade e esperar por alguma reacção. Se não notarmos qualquer alteração, então podemos começar a introduzir gradualmente o alimento.

Ainda sobre a comida...

Agora para comer melhor o que quer que seja, basta fingir que estamos a tirar a comida a um de nós (pai ou mãe). Acho que deve ser a maneira dela de nos dizer que estamos a precisar de dieta :p Ahh... e pela primeira vez comeu feijão verde (sem ser na sopa)! Despachada, ela...

Uma concha e meia de sopa...

e meia hora de contra-argumentação... mas ela comeu-a toda! Ela argumentava que não podia comer porque ou lhe doía a mão, ou a cabeça, ou o braço, ou a boca, ou os olhos, etc (a partir de agora já não me posso fiar sempre que ela se queixa... é que os miúdos têm cá um jeito para o teatro, que vai lá vai!). Eu e o pai, em boa verdade, não argumentávamos nada. Foi pura chantagem: ou comia a sopa toda ou não comia gelado com chantilly depois. E enquanto ela olhava para a sopa e teimava que não queria, eu e o pai comemos as nossas tigelas de sopa e começámos a preparar as tigelas de gelado com morangos frescos e chantilly. Mauzinhos... eu sei, mas resultou! :)

sexta-feira, maio 19, 2006

Sexta-feira à noite...

Pouco passa das oito da noite e o pai acabou de sair para uma reunião/jantar de negócios, eu já jantei, a filha está na casa dos avós e o Miguel dorme. Se há altura em que me chateio de ficar sozinha, é no final do dia... a esta hora preciso de conversa! Das duas uma, ou vou por os meus telefonemas em dia, ou vou mas é dormir... (ainda tinha mais hipóteses, como por exemplo: responder a emails que esperam resposta há uma catrefada de tempo, comentar os blogs que leio mas que tenho tido preguiça para comentar, acabar de bordar o que comecei e vegetar no sofá em frente à TV... mas neste momento acho que a hipótese de ir dormir está a ganhar vantagem... logo a seguir a uma taça bem cheia de gelado e chantilly :p)

Factos (só) nossos...

... custa-me muito mais acordar a meio da noite desta vez. Talvez porque não tenho dormido nada durante o dia (da Joana fazia umas belas sonecas) e pouco tenho parado. Definitivamente, tenho de arranjar tempo para dormir. ... um bebé calmo que gosta de chucha ainda é mais fácil de lidar que um bebé calmo que não gosta. Além disso, a minha inexperiência com a Joana, levou-me a recorrer muito mais à mama como primeiro método de consolo. ... sou péssima a manter rotinas. Não sou capaz e sinto-me condicionada de alguma forma, mas reconheço que um bebé com rotinas também se torna muito mais fácil de tratar. Com a Joana tinha um regime de amamentação livre - era quando ela quissesse, com o Miguel sigo uma rotina que ele próprio fixou e evito sair dela (mesmo quando é ele que me quer trocar as voltas). ... tenho muito menos "pena" de ouvir o Miguel chorar que da Joana. Além disso consigo lidar melhor com o choro dele - com excepção para os eventuais choros nocturnos - justamente por conseguir acalma-lo com a chucha. A Joana só se calava com a mama. ... sou ainda mais disciplinada com a minha alimentação, no sentido que sei justamente aquilo que devo ou não devo comer, e almoço como deve ser todos os dias. Da Joana era capaz de comer sandes ao almoço (nunca gostei de fazer comer só para um) ou tostas ou qualquer coisa assim. Agora, um prato de sopa é obrigatório. ... adoro estar em casa sozinha com ele(s) e dou por mim a evitar sair de casa muitas vezes, mas preciso da vida fora de casa. Preciso de ver gente e continuar a sentir-me activa em coisas que não os envolvam a eles. ... ter um filho na Primavera é muito diferente de ter um filho no Outono. Torna os banhos e mudas de roupa muito mais fáceis e descontraídos uma vez que não é preciso estar a aquecer os quartos previamente. É preciso muito menos roupa nestes primeiros tempos, porque tudo seca num instante. Por outro lado, acho que eles sofrem mais com o calor, o "ovo" (ou "coque", ou "maxi-cosi", ou como lhe queiram chamar) é muito quente e eles fartam-se de transpirar ali enfiados e há mais condicionantes no horário em que vamos passear com eles por causa do sol.

quinta-feira, maio 18, 2006

Primeira tara/mania/hábito ultrapassada...

Já não gasto tanto tempo a estender a roupa. Deixei de me preocupar com a procura de duas molas verdes para estender uma peça de roupa verde... e nunca pensei que fosse tão fácil largar este hábito... a solução foi simples: Comprei molas TRANSPARENTES! :p (mais taras/manias/hábitos que tenho: aqui e aqui) Adenda (considerações sobre comentários): 1. As molas comprei no Continente; 2. Afinal há mais gente louca neste planeta... não sou a única! 3. Quando estendia uma peça de roupa multicor, escolhia uma das cores para combinar com as molas. Ainda tenho molas coloridas (mas uso-as apenas já no final se as transparentes acabarem entretanto); 4. Também tenho molas de madeira mas não gosto tanto; 5. Realmente a tara não deixou de existir mas foi disfarçada! :))

quarta-feira, maio 17, 2006

Despertadores biológicos...

Agora tenho dois*, que tocam com uns dez minutos de diferença, nunca se atrasam e aos quais não se podem tirar as pilhas: - As minhas mamas e o Miguel * ok Alda... um deles é duplo! :p

Manos...

Ele: . gosta de a ouvir e suporta as suas investidas sem um ai (pronto... com um uáaa-uáaa de vez em quando :p) Ela: .chama-lhe o meu maninho, o meu Miguel, o meu mano . não sai de casa sem lhe se despedir dele e enchê-lo de beijos . assim que chega a casa, corre para ele quer dar-lhe colo . encosta as bochechas na boca dele para ele lhe dar beijinhos (e ele claro está, mama naquelas bochechas como se não houvesse amanhã!) . sempre que o ouve a chorar, corre a dar-lhe a chucha (mesmo que seja apenas na imaginação dela e ele durma profundamente) . quer ajudar em tudo . gosta de explorar com os dedos, os olhos, nariz, boca e ouvidos :s . tem um fascínio por beliscar as orelhitas dele (aiiii tadito...) . já lhe deu cereais para ele comer (e ele já se estava a preparar para mamar o dito cujo :|) . se pessoas que ela não conhece bem se aproximam dele, vai logo avisando que o mano é dela . faz muitas conversas sobre a dualidade "Miguel na barriga - Miguel cá fora". Explica-me muitas vezes (é sempre ela a puxar a conversa) como tudo aconteceu: primeiro ele estava na minha barriga, depois fui ao hospital mas que voltava para casa e que depois o Miguel nasceu e viemos para casa (o medo dela era de não voltarmos). No entanto, noto que ela cada vez tem mais curiosidade sobre o assunto. Adenda (algumas respostas a perguntas deixadas nos comentários): Realmente ainda não notei nenhum ressentimento na Joana derivado ao nascimento do Miguel. Ou seja, o comportamento menos positivo nela, é característico da idade e não se modificou com a chegada dele. Vejo aliás algumas melhorias no seu comportamento e desenvolvimento, pois ficou mais autónoma (partiu dela) e o mimo de querer a mãe para tudo desapareceu e passou a também estar mais ligada ao pai. Segredo para esta reacção se existir, está relacionado com a forma como a fomos integrando no desenrolar da gravidez e na sua maturidade. Esta gravidez foi vivida a três e tentamos que ela fizesse parte e se apercebesse das diferenças que iam surgindo o mais possível. Nunca forçámos o assunto, antes pelo contrário, e as conversas sobre o Miguel partiam quase sempre dela. Quando ele nasceu não a afastámos dele, mas fomentamos a proximidade física dos dois. É necessário muito mais atenção desta forma, mas parece-me que o resultado não podia ser melhor. Claro está que mais uma vez a maturidade dela jogou a nosso favor. Até pode ser sorte terem-me calhado dois filhos assim, mas por outro lado, acho que mais do que sorte é a forma como lidamos com as situações que tornam tudo mais simples. Além disso, a chegada do Miguel foi bastante programada tendo em conta vários aspectos e um deles era que a Joana estivesse preparada psicologicamente para lidar com a chegada de um irmão. Podem dizer-me que nunca se sabe quando é que eles estão preparados, até pode ser verdade, mas para mim, há idades e alturas no desenvolvimento das crianças que são mais propícias a estas mudanças que outras. Enfim... a adenda já deve estar maior que o post e eu tenho de ir dormir, afinal já sou a única acordada desde as 22h00.

E três semanas depois...

já perdi cerca de doze quilos (engordei quinze)... já uso as calças do tempo pré-primeira-gravidez (n.º 38/40)... até já podia vestir as calças pós-primeira-gravidez (n.º 36) mas ainda ficam muito justas no rabiosque e não gosto de ver... faço a minha vida normal, e nem sequer me lembro que fiz uma cesariana há tão pouco tempo Esta recuperação ainda está a ser melhor que da Joana... será da idade?! :p (só espero que a barriguinha também desapareça totalmente como da primeira vez) Nota mental pós leitura de alguns comentários: Não escrever mais posts destes ou arrisco-me a ter uma espera blogosférica :p hehehehe

terça-feira, maio 16, 2006

3 semanas de ti...

Não faço ideia como é que já se passaram três semanas, vinte e um dias de ti. Mas o que sei é que este estado inebriado que vivo desde esse dia ainda não me largou. Se a culpa é das hormonas um bem haja às excelentíssimas. Tu continuas um bebé muito calmo, se bem que passaste a acordar de três em três horas à noite, muito por culpa desse nariz entupido. O que vale é que a mãe aproveita durante o dia para fazer uma valente soneca e a noite até se passa bem. Durante o dia a rotina também foi alterada. Quando acordas pelas dez horas, mamas, mudo-te a fralda mas já não voltas a adormecer logo a seguir. Ficas um bom bocado entretido com o mobile, ou na espreguiçadeira a ver o que te rodeia. Depois adormeces sozinho, com ou sem a ajuda da chucha ou do dedo. À tarde, em geral, dormes uma bela soneca de pelo menos quatro horas, o que dá muito jeitinho à mãe! Já não te incomodas com a balbúrdía de muita gente à tua volta e isso é óptimo porque já sabes como gostamos de paródia com amigos. Além disso, também já aprecias a hora do banho, desde que a água esteja mais para o quente (menos de 38º protestas). Ontem começaste a presentear-me com uns belos sorrisos (sorrisos mesmo, nada de esgares) basta que estejas de barriguinha cheia e desperto. Nem te digo o bem que sabe e a baba que escorre pela minha cara abaixo sempre que o fazes! É delixioso como diz a mana. E por falar em mana, ela continua rendida a ti. Às vezes sofres um bocadinho com tanto mimo que ela te dá, mas é melhor que te vás habituando! Sinto-te mais pesado, e as roupas estão cada vez mais cheinhas. Espero, no entanto, que ainda falte muito até deixar de te conseguir segurar apenas com um braço. Gosto tanto dessa sensação, de conseguir envolver-te assim, e confesso que esse prazer que tiro de o conseguir fazer não é substituído pelo prazer de te ver crescer. É algo que me deixa tanta saudade e nostalgia como a barriga que te protegeu durante nove meses. Além dos refegos que se começam a notar nas pernocas, apareceram-te umas borbulhinhas na cara e couro cabeludo, muito provavelmente por causa do calor. Esperamos que desapareçam rapidamente (pelo menos não parecem piorar antes pelo contrário). Durante o dia, posso deitar-te onde quiser que tu adormeces sozinho, desde que não seja no berço. Decidiste sozinho que a cama é só para dormir de noite. Além disso, para continuares a provar a teoria de que não há dois filhos iguais, hoje experimentámos o canguro e tu andaste todo consoladinho encostado a mim! Pus a máquina a lavar, estendi roupa e tu adormeceste feliz da vida. Ver crescer um filho é lindo e eu sou duplamente priveligiada.

segunda-feira, maio 15, 2006

Declaro...

aberta a época de remodelação deste cantinho... se bem como já diz o ditado: em casa de ferreiro, espeto de pau! O cabeçalho já foi ajustado... resta ver quando há vontade para fazer as alterações que queria!

E a Joana...

já vai à casa-de-banho sozinha! Acende a luz, vai buscar o bacio, baixa a roupa, senta-se e depois limpa-se (ou faz que), despeja o bacio na sanita (e às vezes ao lado :s), veste-se e lava as mãos... Daqui a nada está a pedir-me as chaves do carro, é o que é!

Hoje...

é o primeiro dia que fico com eles dois sozinha. A Joana de vez em quando queixa-se do ouvido esquerdo, e hoje de manhã tinha uma pontinha de febre. O pai teve pena de a tirar da cama para ir para a ama (e eu também) por isso ficou. Agora está sem febre e ainda não percebi se lhe doi mesmo o ouvido se não, mas mesmo assim, deve ir ao médico hoje ou amanhã. Entretanto o dia já vai a meio, já saí com eles dois de casa, o Miguel já "almoçou" e nós as duas vamos comer agora. Não está a ser nada complicado ficar com eles sozinha... mas isso devo exclusivamente a eles, que se portam lindamente! Tinha muito para escrever hoje aqui... mas isso é que já vai ser mais complicado :p

sexta-feira, maio 12, 2006

Onde eu moro...

... ainda vem o padeiro trazer o pão duas vezes por dia de rua em rua ... vem o homem da fruta, das batatas e afins duas vezes por semana ... ouvem-se os pássaros todo o ano, e os galos vizinhos ... as crianças brincam na rua ... não há prédios que tapam o sol ... na Páscoa passa o Compasso, e no Natal cantam-se as Janeiras ... há parques infantis e parques urbanos ... as casas não são ricas e muitas delas nem bonitas são, mas os vizinhos entreajudam-se como se fossem famíla ... não há jardins com piscinas em cada casa, mas pequenas hortas e até galinheiros ... não há vista para o mar, mas sente-se uma calma como se estivessemos no campo ... não há problemas de estacionamento ... não se ouve música alheia, mas sente-se o cheirinho dos churrascos dos outros Gosto de viver onde vivo, e só espero que se mantenha assim durante muitos mais anos. (e sim, estou a dois passos de Lisboa - cidade)

No carro...

se a Joana está, ouve-se um qualquer volume de "As Músicas da Carochinha" ou o cd do Noddy. Se estou sozinha com o Miguel, ecoam compilações de Bach, Mozart ou Beethoven. Nota: Por enquanto, no carro ainda se vive uma democracia e conseguimos ouvir o que queremos... mesmo os pais! :)

Alto e pára o baile!

Mas que treta vem a ser esta?! Hummm?! Anda uma mãe a conversar durante nove meses com o filho que trás na barriga para que ele seja calminho etc e tal, consegue, e depois chega uma malvada sem coração de uma constipação e troca tudo num piscar de olhos?! Mas o que vem ser isto?! O desgraçado como não respirava muito bem, descansava pior (e já agora, porque é que as doenças pioram sempre à noite?! Só para não deixarem os pais dormir, certo?!) mas durante o dia a coisa até corria muito bem. Fazia mais intervalos de três horas do que de quatro, mas continuava a adormecer sozinho na cama ou na espreguiçadeira (o puto começou a expedição de conhecer os cantos à casa, e o lugar favorito até agora é o quarto da mana... ou não fossem aquelas cores todas!). Mas hoje... hoje desde as três da matina, o raio do puto quer mama de hora a hora! Aiaiaia que temos a porca nas couves... eu vou tentando esticar o intervalo, mas adivinhem quem vai acabando por ganhar?! Neste momento, já vamos em hora e meia e ele está meio acordado meio a dormir na espreguiçadeira... vamos a ver quanto tempo ainda se aguenta. Ai a minha vidinha, hã?! Ó dom Redondinho... tu vê lá o que é que inventas, ok?! Dou-te o dia de hoje para voltares ao que eras! PS: Ele está bastante melhor do nariz entupido, mas mesmo assim durante a noite continua mais aflito. Espero sinceramente que esta noite seja melhor, ele pelo menos parece muito menos congestionado... PPS: Adormeceu e já lá vão duas horas sem pedir aquilo que a gente sabe!!! Acho que já devia ter escrito este post há mais tempo!!! lol PPPS: São 14h25 e ele começou a dar sinal... YESSSS!!! Espero que isto queira dizer que temos bebé tranquilo novamente!

quinta-feira, maio 11, 2006

Evoluções Linguísticas...

Ela na sua bicicleta: Vês?! Estou a dái aos pedais! Isto é fantástico!

Isto há coisas...

Sempre disse que gostava de ter três filhos. Acho que é um número razoável e o certo para mim. Quando conheci o António e decidimos que as nossas vidas iriam continuar juntas, o número arredondou-se para dois. Uma questão de média como já expliquei... ele queria um, eu queria três. Quando a Joana nasceu, mesmo nas primeiras horas depois de a ter, sempre falei no próximo. Ter outro filho, era algo que eu queria mesmo, e a hipótese de ter apenas um não me agradava de todo (isto não havendo nada que o impedisse claro está). A segunda gravidez foi toda vivida com aquela sensação de ser a última, de saber que não iria voltar a repetir essas sensações, sempre com uma saudade do que ainda tinha, agarrada a mim. Mas quando nasceu o Miguel tudo mudou. Tenho saudades das minhas barrigas, e isso eu já sabia que iria ter. Mas aquele desejo que sentia de voltar a gerar um bébé, mesmo quando a Joana era recém-nascida, ao olhar para as barriguinhas alheias, desvaneceu-se. Não que eu já não queira outro bébé, também não é isso, mas sinto que esta família está de alguma forma completa agora. E se antes do Miguel nascer pensava que ainda dava a volta ao António para termos três filhos, agora penso que estamos muito bem assim. Não sei explicar melhor este sentimento, eu própria não o compreendo bem. A única coisa que posso dizer, é que nos sinto plenos. Será que faz algum sentido?! Não sei... mas não queria deixar de anotar aqui este sentimento de total plenitude que me invade agora.

É aqui que se desliga?!

Sim... porque ele também chora!!!

quarta-feira, maio 10, 2006

Primeiro banho...

sem chorar até ficar da cor de um tomate! Está a ficar um homem! :p (ou quase... porque quando saiu abriu bem os pulmões!)

Coisas das quais não tinha saudades...

1. Aspirador Nasal O meu pequenote continua com o nariz muito obstruido. Como o soro e os aerossóis (só com soro) já não o aliviavam, tive de ir buscar este apetrecho que a Joana tanto odiava. É óbvio que já nem me espantei quando o aspirei e ele ficou quietinho! Este menino é mesmo tranquilo - já a irmã fazia um berreiro que parecia que alguém a estava a matar! Ora bolas para esta constipação...

Criopreservação de células estaminais

Têm-me perguntado a opinião sobre este assunto, por isso achei melhor dedicar-lhe umas linhas. A questão levantou-se quando estava grávida da Joana.

Criopreservação de células estaminais, sim ou não?

Na altura havia apenas uma empresa que o fazia, e não conhecia ninguém que o tivesse feito para perguntar como tinha corrido. Assim, começámos a recolher informação de todos os lados que conseguíamos. Às tantas estávamos ainda mais baralhados do que no início - o excesso de informação às vezes só complica! Falei com o meu obstetra sobre o assunto e a opinião dele foi tão clara que nos ajudou a por os pontos nos is. Fizemos então uma lista com questões a ter em conta:

- as células criopreservadas servem mesmo para alguma coisa?
Há tantos estudos a mostrar que estas células não servem para nada, ou que têm uma taxa de aplicação muito reduzida há outros tantos que provam existir casos em que o uso das mesmas tem resultados positivos e existem ainda casos concretos que o corroboram. Além disso, o que há de bom na ciência é que não pára de evoluir. O que hoje é impossível amanhã é uma realidade. Basta pensar nos transplantes de órgãos, e mais recentemente na criação de novos órgãos a partir de células específicas do próprio doente. As técnicas vão evoluindo e não se sabe qual é o limite.

- será que as células podem ser criopreservadas durante vinte anos e no final desse tempo ainda estarem utilizáveis?
Este é o período aspectável de vida das células criopreservadas. No entanto, podem durar menos ou mais. Mas à partida os vinte anos estão garantidos.

- se calhar vamos gastar o dinheiro e nunca vamos precisar daquilo...
É mesmo isso que se quer acho eu! Quem é que quer ver surgir no seu bébé ou num dos membros da família directa uma doença incurável ou quase?! É uma questão de jogar pelo seguro, se acontecer alguma coisa, temos mais esta hipótese, mas o ideal é que não aconteça mesmo. O investimento inicial é alto, mas se dividirmos o valor por 240 meses (20 anos) o valor é irrisório.

Finalmente, a última questão que nos fez decidir (tendo em conta as anteriores) se o faríamos ou não: 

- podemos dispender dessa quantia, sem que nos faça falta?
O dinheiro faz falta a toda a gente, e quando se está prestes a receber um bébé ainda faz mais falta. Especialmente se for o primeiro que temos tudo para comprar. Nessa altura o que dá menos jeito é mais uma despesa. No entanto no nosso caso, fizemos as nossas continhas, e chegámos à conclusão que podíamos dispender dessa quantia sem que nos fizesse grande mossa.

Assim sendo, não havia mais nada a decidir. Optámos por fazer este "seguro" e repetimos agora com o Miguel. Acho que o ideal seria mesmo haver um Banco de Células Estaminais, como existe um Banco de Sangue, e eu acredito que elas vão desempenhar um papel relevante na medicina mais tarde ou mais cedo. Se houvesse um Banco desses, não teria recorrido a este serviço, mas não havendo e podendo dispender do dinheiro, não vejo porque não o fazer.

Em jeito de conclusão, a minha opinião é a seguinte: Não vale a pena, arranjarmos cabelos brancos com a questão. Simplificar torna-se a palavra chave:
- ou podemos/queremos fazer e faz-se (e o único desejo é que nunca se venha a precisar do serviço)
- ou não podemos/queremos fazer e não se faz (e não se pensa mais no assunto)

Espero que tenha elucidade quem me questionou sobre o assunto. Podem usar a caixa de comentários para deixar a vossa opinião, pode ser que vários pontos de vista ajudem quem anda a pensar no assunto a chegar a alguma conclusão... ou não! :p

(este texto vai ser adicionado à barra lateral)

terça-feira, maio 09, 2006

2 semanas de ti...

e cada vez mais desperto para o mundo... Nota: Continua um bebé muito calmo, no entanto já percebemos que não gosta mesmo de confusão ao pé dele, nem de andar de colo em colo, nem de alterações de rotina bruscas. Está a querer mudar os horários das refeições e como ainda tem o nariz entupido, não tem dormido as seis horas seguidas nas últimas três noites. De resto, há já roupinhas que estão de parte... a velocidade a que crescem nesta fase deixa-me tonta...

Como a mecânica é o que está a dar...

nada como começar desde cedo a praticar! Pelo menos tem ar de quem percebe o que está a fazer :p (a montar a sua primeira bixiqueleta com o papá)

segunda-feira, maio 08, 2006

Almoçar fora: Pais OK - Filhos KO

Estes dois últimos Domingos, almoçámos fora. O primeiro almoço a quatro num restaurante, foi para comemorar o nosso sexto aniversário de casamento. O Miguel chegou a dormir, passou o almoço a dormir e chegou a casa a dormir. A Joana, aguentou-se acordada nas entradas, começou a dar sinais de sono, passou directamente para a sobremesa e adormeceu antes ainda de chegar o almoço. Resultado, crianças a dormir (cada uma em sua cadeirinha de passeio) e os pais a almoçar descansados da vida! Hoje, teve como desculpa o Dia da Mãe, aliado ao facto de querermos ir fazer umas compras para eles (sim o dia era da Mãe, mas quem recebeu as prendas foram eles!). O Miguel chegou a dormir, passou o almoço a dormir, e só acordou quando saímos do restaurante (já tinham passado quase cinco horas desde a última mamada). A Joana, mal se aguentou acordada nas entradas e adormeceu, deixando cair a cabeça sobre a mesa - não sem antes colocar o braço a servir de almofada! - enquanto comia pão com manteiga. Resultado, crianças a dormir (cada uma em sua cadeirinha de passeio) e os pais a almoçar tranquilamente e sem pressas! Agora digam que as cadeirinhas de passeio não dão jeito! Adorava ter uma foto, mas não levei a máquina comigo :( Aahhh, se pudesse ser sempre assim... PS: Nem vos digo o ar de espanto do pessoal sempre que nos vêem entrar num restaurante - ou qualquer outro lado, verdade seja dita - com duas cadeirinhas de passeio. E arranjar um restaurante com zona de não fumadores, arejado, tranquilo e com espaço para pelo menos uma delas à mesa (que a da Joana pode-se por a um canto enquanto está sentada à mesa)!? Difícil... muito difícil! PPS: Ei meninas... olhem que já tive a minha quota parte de birras em lugares públicos! Se bem que as birras da Joana, sejam curtas e facilmente resolvidas... no entanto a ver vamos o que me espera daqui a uns tempos, quando o Miguel fizer mais que comer e dormir :p

domingo, maio 07, 2006

sexta-feira, maio 05, 2006

Haverá...

alguma coisa com mais tranquilidade, mais paz, mais ternura, que o sono de um bebé?! O que eu gosto de me perder a contemplá-lo...

Estéreo...

à minha direita: quarto com porta aberta contendo bebé que acorda para comer e intercomunicador-emissor, à minha esquerda: cozinha com porta aberta contendo intercomunicador-receptor, resultado: choro de bebé faminto em estéreo!

Ponto da situação...

sobre a mãe... Estou óptima. Neste momento já perdi dez quilos, o que significa que faltam apenas cinco quilos para voltar ao peso que tinha antes desta gravidez. Não tenho dores nenhumas. Embora o médico tenha tido de abrir um pouco da costura para conseguir puxar a linha (tinha dado um nó cego e não saía) também já recuperei desse pequeno corte. Estivemos todos constipados nestes últimos dias - Miguel incluído - e eu cheguei a ficar de cama com febre, mas agora fora a tosse e o nariz entupido, estou bem. Os papás foram mesmo os mais afectados. Estou cheia de genica e é difícil controlar-me para não abusar. sobre o Miguel... É um bébé muito calmo mas não lhe podemos alterar muito as rotinas. Ontem andámos de um lado para o outro, e andou bastante tempo ao colo, resultado: um bébé muito irritado no final do dia, que só estava bem ao colo ou à mama. Dormiu bem de noite embora só tenha dormido quatro horas seguidas, mas hoje a manhã foi novamente agitada. Agora dorme tranquilamente na espreguiçadeira há já quase duas horas, esperemos que esteja finalmente a acalmar. Agora já fica mais desperto a olhar para o que o rodeia. Adora que se fale para ele e presta atenção ficando imóvel enquanto lhe vamos dizendo os disparates que nos vêm à cabeça. sobre a Joana... Continua a mesma ternura com o irmão. A nível de comportamente está melhor do que no final da gravidez, embora tenhamos entrado na fase em que ela quer desafiar a nossa autoridade. Adora as orelhas do Miguel, mas a forma de ser carinhosa é beliscando-lhe as ditas. Ontem, depois de lhe ter dito uma série de vezes para parar, tive de ralhar com ela, e tirar-lhe a mão da orelha dele. Ela quis desafiar-me e levantou a mão ao Miguel. Não lhe chegou a bater que não deixei, mas ficou de castigo e não houve mais desenhos-animados. Pediu desculpa e pareceu ter percebido que tinha agido mal... vamos esperar para ver. sobre o pai... Está a curtir o último dia em casa comigo e com o filhote. Tem sido incansável, e sem ele as coisas decerto que não eram tão fáceis! De resto, é aquele pequeno pormenor da baba excedentária (mal do qual eu também sofro) mas é uma questão de tempo, até aos valores estabilizarem :p

Pequeno aparte...

Nuns comentários abaixo, li demasiadas vezes a palavra "perfeita". Tenho de admitir que isso me incomodou um pouco. Incomodar, no sentido que não acho nada que assim seja, nem é esse o meu objectivo de vida. Eu sou, como também disseram, é descomplicada. Além disso, tenho uns filhos que me ajudam a ser assim. Se algum deles tivesse um feitio mais complicado se calhar as coisas já não pareciam tão "perfeitas". Não imponho horários rígidos, não imponho rotinas que nem eu consigo cumprir, não ambiciono coisas que não posso ter. Adapto-me também eu a eles e aos seus ritmos, evito o stress e as guerras com eles o mais possível em situações limite. A maternidade é feita de muitos erros e inexperiências, mesmo com segundos filhos. O que eu acho que ajuda muito é mantermo-nos focados naquilo que realmente importa, e tentar dramatizar o menos possível. Mas especialmente, mantermos a mente aberta às mudanças que eles nos impõem, e aprendermos com os erros que vamos cometendo. Não há famílias instantâneas, nem "perfeitas". Uma família, é algo que se constrói no dia-a-dia e evolui com o crescimento de todos os seus elementos. Uma família, precisa de ser alimentada, cuidada e protegida. Por isso, nos próximos comentários, substituam lá o "perfeita" pelo feliz... isso sim, é pura verdade. (meninas que o escreveram, não é nada contra vocês, é mesmo uma embirração com esta palavra, ok... nada de mal entendidos!)

quinta-feira, maio 04, 2006

Pediatra... A consulta dele e dela

A Joana - consulta dos dois anos e meio Sobre o desenvolvimento não há nada a dizer. Está óptima. De início mostrou-se reticente em colaborar, mas a seguir portou-se como gente grande (bastou dizer-lhe que ela tinha de mostrar ao Miguel como é que era). Por causa da pele dela e da entrada no jardim-de infância em Setembro, o médico é da opinião que ela deve levar a vacina da varicela. Quanto a pesos e medidas, vamos ter modelo :p Altura: 94cm (P90) Peso: 13,700kg (P75) P.Cefálico: 50,5cm (P90/95) Conclusão, não vale mesmo a pena chatear-me com o que ela come ou deixa de comer. Está tudo nos trinques e podemos continuar assim. A soja é para manter e as recomendações finais são sempre as mesmas: Cuidado com os Acidentes! Cuidado com os Acidentes! Cuidado com os Acidentes! O Miguel - primeira consulta (9 dias) Pois o moço passou o exame físico com louvor :p Protestou durante o tempo todo, e fez um belo dum xixi e dum cócó enquanto o médico lhe via a barrigota (hehehe, boa filhote :p). Quanto a pesos e medidas, não podia estar melhor: Altura: 52cm (bem me parecia que o tinham medido mal à nascença) Peso: 3,730kg (aumentou 400gr na última semana :|) Quanto a recomendações nenhumas, apenas para continuar a fazer o que temos feito até aqui. Questionei ainda o médico sobre o facto de estar desconfiada que ele estava a fazer alguma intolerância ao leite de vaca que eu bebo - quando voltei da maternidade, recomecei a beber leite de vaca e ele começou automaticamente a bolsar muito, suspendi o leite e ele deixou de bolsar. Ele confirmou o que eu estava a pensar, por isso restam-me duas hipóteses: ou reduzo o leite que bebo e ele não faz mais reacção, ou tenho mesmo de suspender por completo - e se assim for, confesso que vai ser um enorme sacrifício. E não preciso de dizer que saímos de lá mais babados que sei lá o quê, pois não?

Chegou o Miguel - Parto

O médico já me tinha dito, se às quarenta semanas e dois dias, o primeiro dia em que ele estava de serviço no hospital depois das férias, tudo se mantivesse igual, não havia forma de escapar à cesariana. Não há como fugir à questão, não tenho uma estrutura óssea compatível com a passagem de bebés. Aliás, eles nem sequer se conseguem encaixar. Da Joana foi assim - aliado ao facto de ela se ter enrolado toda no cordão - e do Miguel estava a acontecer o mesmo. Mas a minha teimosia, e incapacidade para aceitar esta realidade, mantinha-me a esperança de ter um parto vaginal. Sabia que ia ser quase impossível mas não conseguia deixar de pensar nessa possibilidade. Chegou então o dia e tudo se mantinha na mesma. A minha barriga empinada, teimava em apoiar a opinião do médico (e da médica que me tinha feito o CTG na semana anterior). Restava esperar pelas 20h00, a hora em que o médico entrava ao serviço. Passámos a manhã num belo passeio, almoçámos na "avó" Tina, e à tarde enquanto foram todos para o parque com os miúdos, deixei-me ficar em casa a bordar e a descansar. Com o aproximar da hora, tomei uma banhoca, depilei-me sozinha e lá fiz a famosa mala. O plano era a Joana ir dormir a casa dos padrinhos, mas como entretanto adormeceu na casa da "avó" Tina de tão cansada que veio do parque, e à hora de a levarmos ainda dormia, acabou por ficar lá para ir dormir a casa dos padrinhos do Miguel, que moram ao pé de nós. Chegados ao hospital, começou a espera. Estávamos calmos, mas depressa o tempo de espera pelo médico que tardava a chegar, começou a fazer das suas. O pai estava numa pressa de conhecer o Miguel que só visto. Eu tentava não pensar no que iria acontecer e concentrava-me naquela barriga enorme que ainda tinha. Por volta das 21h30 mandaram-me entrar para o quarto. Ligaram-me o CTG, apenas para registar os batimentos cardíacos do bebé, e canalizaram-me uma veia para o soro. Depois foi esperar. Julgava que o médico ainda não tinha chegado mas ele já estava a por tudo em andamento. Deixámo-nos ficar os dois, tranquilamente à espera. Pela primeira vez, deu jeito que o Serviço de Urgência começasse tarde na 2:. De repente, quando a série estava no melhor (é sempre assim... ainda estive para perguntar se não podiam voltar quando acabasse :p) por volta das onze horas tudo começa. A decisão já está tomada e vou ter mesmo de me mentalizar que não há outra solução. Enquanto sou levada para o bloco, não consigo impedir que um misto de desilusão e impotência se apodere de mim. Não era aquilo que queria, não era o parto que desejava, não havia nenhuma magia no que estava a ver. Entrei pelo meu pé na mesma sala onde tinha estado há dois anos e meio. Desta vez, aquela sala não me aliviou, mas deixou-me angustiada. A luz branca, os tabuleiros preparados, a mesa, as máquinas, tudo me parecia servir para tudo menos para viver a chegada de um filho. Enquanto esperava, sentia aquela tristeza a invadir-me a apoderar-se de mim e decidi por um ponto final. Carambas, afinal ia ter um bébé, o meu filho, tinha de estar feliz, não triste. Chegou a anestesista, para a epidural. Pensei que me ia custar imenso, por estar sem dores nenhumas, mas na verdade, dei apenas conta de duas picadelas de nada. Quando a epidural começa a fazer efeito, entra o meu médico e a médica que o vinha assistir. A partir daí o à vontade que tenho com ele permitiu-me descontrair. Apercebi-me de que aí a uns minutos iria finalmente conhecer o meu menino. Estando acordada e sem dores, não conseguia deixar de me concentrar no que me estavam a fazer. A epidural não chegou a tirar-me o movimento das pernas o que muito os espantou. Sentia-os a mexer e a cortar (não era dor, era apenas a pressão que eles faziam) e isso não era nada agradável. Valeu a conversa da treta que íamos fazendo. Desde os vários métodos de depilação, vantagens e desvantagens, até ao facto de a minha camada de gordura na barriga ser quase inexistente ao contrário dos músculos - o que parece complicar a vida aos médicos nas cesarianas :p - as conversas deram para tudo, especialmente para rir. Às tantas acabou a conversa e só os sinto a puxar e parecia que tudo dentro de mim, estava a ser arrancado. Começo a ouvir "Ele está mesmo lá em cima", "Tens de empurrar". A seguir sinto as mãos da médica e empurrarem-me a barriga para baixo como se estivesse a lavar roupa no tanque. Mesmo assim não chega e ouço "Tragam os fórceps". E foi assim, com a médica a empurrar-me a barriga e o médico a puxar com os fórceps que senti literalmente o Miguel a sair dentro de mim. Foi uma sensação tão mágica que apagou tudo o que senti até aí, e ainda a consigo recriar se fechar os olhos. Acho que ainda não estava todo cá fora e já se ouvia o choro de protesto. Deitaram-no sobre mim e baixaram o pano para o poder ver, enquanto cortavam o cordão e recolhiam o sangue. Aquele corpinho meio azulado e sujo. As pernas e braços esticados à procura de protecção, o cordão que nos uniu durante os nove meses, e o choro, aquele choro encheu a sala de vida e apagou a visão de uma sala estéril e impessoal. Começaram as apostas do pessoal na sala para acertar no peso do rapaz. Quem ganhou foi a enfermeira com a sua aposta nos 3,500kg. Perguntei se ainda tinha nascido no dia 25, e responderam-me que sim. "Mas não queria que ele nascesse neste dia, era?!", perguntou a anestesista, "Olhe por mim, tanto dava, mas até calha bem, que assim poupo um dia de férias todos os anos!", foi a resposta que saiu. Há que ser práctico! :p O que se seguiu não foi muito agradável porque não tinha nada que me distraísse do que me estavam a fazer. Sentia-os a puxar, e repuxar, a mexer, a aspirar. Só os ouvia falar que as trompas tinham muto bom aspecto o útero também, etc e tal. às tantas, aquela pressão toda deixou-me sem forças e parecia que não ia aguentar. A anestesista decide dar-me qualquer coisa para dormir só enquanto estavam a acabar, mas o que ela deu não fez efeito nenhum. Acho que a excitação era tanta que nada pegava. Voltaram a trazer-me o Miguel, e demorei-me a beijá-lo e a olhá-lo. Vinha a dormir, mas foi sol de pouca dura, porque o tempo que esteve no berçário com o pai, passou-o a chorar. Finalmente, saí do bloco e regressei ao quarto. Atrás de mim, um choro ecoava no corredor. Era o Miguel e o papá babado que vinham ao meu encontro. Assim, que a enfermeira o deitou junto ao meu peito, não foi preciso ninguém dizer-lhe o que fazer. Agarrou-se à mama com as forças que tinha e assim ficou durante quase duas horas. O pai entretanto regressa à casa e como já estava apenas a mamar para se consolar, levaram-no para o berçário, pois eu não me podia mexer durante essa noite. Não consegui pregar olho, e cada choro que ouvia pensava nele. Por volta das cinco horas, telefonei ao berçário a dizer que podiam trazê-lo assim que acordasse pois eu estava acordada. Trouxeram-no às sete, e ele vinha acordado mas calmo. Pelos vistos tinha dormido a noite toda e o choro que ouvia não era dele. Aqueles olhos, aquela cara, tudo naquele bebé tão pequenino, me fazia sentir abençoada. Seja que de maneira for, o dar à luz um bébé é algo de que não se esquece, algo que nos marca, e para mim, depois de os ter junto a mim, nada mais importa. Concentro-me apenas naquele ser indefeso, que traz ao de cima o que de melhor há em mim.

quarta-feira, maio 03, 2006

Estou...

sozinha com os dois. O papá teve de ir ao trabalho, e não dava jeito levar a miúda. Assim ficámos por aqui os três. No entretanto o Miguel já acordou para mamar, já lhe mudei a roupa toda (ai os xixis, os xixis) e já voltou a dormir. A Joana colaborou em tudo, e fez-me o favor de exemplificar como é que se abrem as janelas e as portadas. Declaro aberta a época dos todos-os-olhos-e-mais-alguns-sobre-a-Joana-até-comprar-uns-cadeados-para-as-janelas! Agora vou ali, dar uns miminhos extra a primogénita e já volto... ou não! :p PS: Vocês riem-se mas eu confesso que não achei muita piada... lembram-se do episódio da dona Joana pendurada na janela?! E que essa janela corresponde a um primeiro andar?! Pois... é mesmo por isso que amanhã já vou tratar de comprar alguma coisa para impedir que ela as consiga abrir na totalidade!

Caiu...

o cordão que nos uniu, que te fez crescer. Resta saber quando vai cair o cordão imaginário que ainda te mantém - a ti e à tua irmã - assim tão agarrado a mim. PS: Na boa verdade sei que nunca vai cair! Mas espero saber daqui a uns anos deixá-los seguir o seu caminho sem lhes impôr amarras...

terça-feira, maio 02, 2006

Uma semana de ti... Miguel

Escrevo-te pela primeira vez, conhecendo os contornos do teu rosto, as tuas manhas e gostos. Faz hoje uma semana que nasceste. Vi-te assim que te tiraram dentro de mim e essa imagem nunca vou conseguir esquecer. As pernas e braços esticados e um choro de protesto de quem estava bem e não percebe o que lhe aconteceu. Nasceste com uma pele macia e imaculada, que trataste logo de arranhar - tinhas as unhas compridas mas falhadas, como se as tivesses roído. Querias mamar, e até nos voltarmos a juntar, não paraste de chorar. A partir daí, tornaste-te num bebé calmo que quase não chora, mas que quando o faz chora a sério! Gostas de dormir e até na mama adormeces. Temos de te acordar para que fiques totalmente saciado. Quando estás a dormir, só protestas no caso de precisares de arrotar, quiseres a chucha ou se tiveres a fralda suja. Basta resolver o problema pelo qual acordaste que voltas a adormecer sozinho. Gostas de estar bem enfaixado e parece-me que não gostas da escuridão total. Noto que preferes ficar deitado sobre o teu lado esquerda, mas isso deve ser por ser dessa forma que tens visão sobre o quarto todo e não apenas da parede (eu sei que tu não vês bem ainda mas é a sensação que dá). És muito calmo e não toleras muita confusão à tua volta. Não gostas de ouvir falar muita gente e se isso acontece ficas muito irritado. No entanto, a mana pode gritar o que quiser ao pé de ti, que não te importas. Preferes até algum ruído de fundo ao silêncio completo. És um bebé todo "teso" com muita força nesse pescoço e consegues virar-te de lado se te deitamos de costas. Adoras chuchar seja lá onde for, e a chucha consola-te e acalma-te. Embora para mim seja bastante estranho, gostas que te limpe o cordão umbilical com álcool - que já está preso apenas por um fio. Tens dado umas noites óptimas, e durante o dia o que dormes dá-me tempo para descansar. tratar das coisas e dar atenção à mana. Não podia ter tido mais sorte contigo. Tens uma pele clara, e ficas vermelho como um tomate sempre que choras irritado. Ainda não conseguimos tirar grandes parecenças físicas, se bem que há algumas mais flagrantes: os pés e a boca são iguais aos meus, e, a ausência de pelos, a cabeça pequenina e redondinha e o nariz são herança do pai. Mesmo assim, há muita gente que diz que és parecido com o pai, vamos a ver se se confirma. Hoje também foi dia de fazer o teste do pezinho. Chegaste lá a dormir, acordaste apenas quando a enfermeira te picou, e até que ela parasse de espremer o teu pézito não te calaste. Assim que ela te largou, ficaste a dormir como se não fosse nada contigo. Todos aqui em casa estamos babados e maravilhados contigo, e parece que sempre exististes na nossa vida. Tens na mana a tua maior fã e protectora. Fazes hoje uma semana, mas parece que ainda ontem te tinha aqui dentro de mim. A mãe.

segunda-feira, maio 01, 2006

Os homens da minha vida...

Palavras para quê?! Miguel com um dia de vida

Chegou o Miguel - Pós-Parto

Está a ser muito mais fácil do que imaginei e acho que está a ser muito melhor que o da Joana. Passo então a explicar. Sempre achei que o pós-parto da cesariana da Joana tinha sido tão bom, por causa de ter passado pelo trabalho de parto. O meu obstetra sempre me disse que isso não tinha fundamento, e realmente, falando apenas nas minhas experiências, isso não interessa para nada mesmo. A única coisa que desta vez não correu tão bem como da primeira, foi o levante. Da Joana fiz o levante antes das dez horas (ela nasceu às 00h02) e nunca mais parei a partir daí. Desta vez, o primeiro levante fi-lo pelas 10h30, mas tive uma baixa de tensão o que me levou novamente à cama. Só me levantei novamente pelas 12h00, mas também nunca mais parei. Na primeira noite, não consegui pregar olho tal era a excitação. Quando fiquei sozinha entreti-me a enviar os sms, e o telemóvel parou apenas às quatro da manhã! Não me sentia cansada, e fora os calores que surgiram a meio da noite estava muito confortável. Fui sentindo o efeito da epidural a desaparecer gradualmente, e conseguia variar a posição em que estava deitada. Desde o primeiro dia, que recuperei grande parte dos movimentos (embora os fizesse muito lentamente como é óbvio). Os intestinos funcionaram nas primeiras 24 horas, e desta vez o leite começou a subir logo no primeiro dia e gradualmente - talvez por nunca ter deixado de amamentar, não sei. Não inchei muito das pernas, e desde ontem que não incho nada mesmo. Os meus tornozelos descobriram o caminho de volta a casa!!! :p Como da Joana tenho mais leite do que é preciso, mas desta vez consegui evitar a mastite, com o uso da bomba - tiro apenas a quantidade necessária para fazer desaparecer os durões, e isso equivale a uns 50ml de uma mama apenas... Consigo levar a vida normal de uma forma regrada e sem exageros (se bem que às vezes não me controle por me sentir tão bem). Não estou com os humores sempre a mudar como da Joana, aliás, estou numa calma que só vista o que também se deve à experiência anterior, acho eu. Hoje já consigo subir, descer, levantar-me e deitar-me sem problemas (nada de movimentos bruscos apenas) apenas o tossir e espirrar continuam a fazer-me tremer (e porque é que eu tenho a sensação que é nestas alturas que mais apetece tossir e espirrar?!) Amanhã vou tirar os pontos (tenho uma sutura intra-dérmica - julgo que seja este o nome) e lembro-me perfeitamente que por esta altura, na primeira cesariana ainda não me movimentava tão bem. Também quase não tenho hemorragias - eles devem ter aspirado isto tudo muito bem. E não senti contracções uterinas daquelas fortes, apenas quando o Miguel mamava nos primeiros dias, é que sentia o útero a contrair-se, mas de forma ligeira. Mais uma vez saiu-me um filho que consegue sugar com uma força tal, que consegue puxar sangue de dentro da minha mama. No entanto, desta vez, quando o vi bolsar sangue já não me assustei como da Joana. O que fiz, foi tentar descobrir qual a mama que ele "lesou" e suspender a amamentação dessa mama durante o tempo até parar de sair o sangue (fui extraindo o leite com a bomba). Quando foi a Joana a bolsar sangue, a inexperiência levou-me às urgências do Santa Maria, e ao ver fazer uma análise ao sangue a uma bébé de um mês que se revelou completamente desnecessária e bastante dolorosa (rebentaram-lhe as veias duas vezes antes de conseguirem). A minha barriga também está a voltar ao normal mais rapidamente e até agora já perdi oito quilos. Mais uma vez, não tenho um pós-parto traumático para relatar. Só espero que assim se mantenha!

Chegou o Miguel - Reacções...

do Miguel Sim, porque ele foi o protagonista desta epopeia, e também ele reagiu de maneira muito própria à situação. Sempre foi um bébé calmo dentro da minha barriga. Mexia-se, mas sem grandes sobressaltos ao contrário da irmã. Não faltaram os avisos "é rapaz, tu vais ver quando chegar cá fora!", "se é sossegado aí dentro, cá fora vai ser peste!", enfim o rol habitual de teorias. Mas este menino é teimoso e sabe o que quer. Queria lá ficar dentro, por isso até no nascimento deu luta a quem o queria fazer nascer. Nasceu a chorar e só se calou quando encontrou as maminhas da mãe. A partir daí, (quase) nunca mais se ouviu este menino. A calma que mostrava lá dentro, manteve-a cá fora. Enfim, a passagem para o lado de cá está a decorrer de forma pacífica. da Joana Quando entrou no quarto do hospital e nos viu, disse Olá mãe! Olá Miguel! e parecia que não havia nada de diferente do seu dia-a-dia. Quis beijá-lo, fazer-lhe festinhas, disse que era bonito. Veio para o meu colo, e inspeccionou o quarto. Resumindo, a naturalidade era tanta que eu e o pai estávamos de boca aberta. Ouviu o mano a chorar e sai-se com um: Ó mãe... o Miguel está a choái! Ó Miguel não chóies! Ó pa mim, eu não estou a choái! Quando chegámos a casa, manteve a mesma naturalidade. Não o pode ouvir chorar, quer ajudar em tudo, quer dar-lhe colo e mimo atrás de mimo (se bem que alguns sejam um pouco menos carinhosos... irmão mais novo sofre :p). Se alguém se aproxima muito dele na rua, diz logo Não mexe! O mano é meu!. Estas duas noites já voltou a dormir na cama dela. Já experimentou choramingar como o Miguel para conseguir o que quer, já andou com uma chucha das dela (que ela nunca usou) para o imitar, e já quis experimentar a maminha, mas desiste quando lhe digo que ela já não gosta daquele leite e que é para o mano. Fora isso, não conseguimos ver nenhuma diferença entre o antes e o depois, excepto que não exige tanta atenção como no final da gravidez. do pai Está felicíssimo e mais que babado. Tem-se multiplicado em vários para dar atenção a nós todos. Deve ter "snifado" um pouco do meu Syntocinon (aerossol de oxitocina) porque até já falou num terceiro filho! Conseguiu que a Joana voltasse a dormir na cama dela. da mãe Está muito menos "irritável" que no pós-parto da Joana. Não podia estar mais babada com os seus meninos. Mostra muito mais calma perante o que vai acontecendo fruto da experiência anterior. dos pais juntos Tentam controlar-se um ao outro para não parecer que estão sempre a ralhar com a Joana pelas suas tentativas de dar "mimo" ao Miguel nas alturas menos apropriadas. Tentam não parecer demasiado benevolentes com as suas asneiras, especialmente aquelas que servem apenas para chamar à atenção. Tentam manter o dia-a-dia o mais parecido possível com o que se tinha até aqui. Tentam e acho que têm conseguido...

Pai: 1 - Mãe: 0

é a pontuação no que diz respeito a "mijas" do Miguelito!!! Foi ainda há pouco quando lhe pegou ao colo para lher dar banho... quanto mais depressa eu falasse/escrevesse... LOL

Já me tinha esquecido...

do número de vezes que se troca a roupa a um recém-nascido e a quantidade de fraldas que se gasta por dia! (e por enquanto, nenhum de nós levou com uma "mija" do rapaz :p)

Acabei...

de ler todos os comentários. Comecei a comentar alguns blogs (por favor, neste ponto desculpem-me a ausência, mas vai demorar um pouco até apanhar o fio à meada). As palavras que vos gostava de dizer, não chegam para descrever o calor que senti no coração com cada palavrinha aqui deixada. As meninas que acompanharam a hora "P" (de parto) deixaram-me a mim e ao pai extasiados (e o pai não é nada destas coisas do blog, mas a baba é tanta que não parava de falar naquilo que se passou aqui aos amigos :op). Deixo-vos um humilde obrigada pelo carinho todo que me deram. E às tias galinhas, as únicas palavras que tenho para vocês nem as preciso de dizer, no entanto, tem de ficar aqui registado que vocês foram muito mais que espectaculares! Assim sendo, a emissão segue dentro de momentos, com os tão esperados relatos.