sexta-feira, março 31, 2006
Para registar... (perguntas e pérolas de reacções)
À pergunta: Isso está quase, não?!
Eu continuo sem conseguir responder: está sim...
Será que vou ser capaz?!
...
Depois do fantástico "Olhar para si até dói!", segue-se um não menos fantástico:
- Ai Sandra que isso está tão grande... coitadinha de si... coitada!
Palavras para quê?!
adenda: Este comentário, assim como outros que tais, são ditos com carinho... a questão é mesmo os termos que usam :p acho piada, porque são coisas que nunca me passariam pela cabeça, e como tal quero registá-los! E é óbvio que depois de dizeres como estes retribuo um sorriso... o que haveria eu de fazer... :))
Estou...
quase a completar 37 semanas de gravidez.
Dou por mim a regressar ao passado e a recordar o início desta caminhada (e vivam os blogs). Tenho mergulhado no registo fotográfico desta gravidez (e vivam as máquinas digitais!) e nas poucas que tenho da primeira. Tenho absorvido tudo o que diz respeito ao que já passou, talvez numa tentativa de não ver o pouco tempo que me resta nesta caminhada.
Tenho um livrinho onde vou registando o que se passa desde o dia zero. A primeira entrada deste "diário", data de 2002/08/23 e reza assim: Deixei de tomar a pílula. Dizia apenas isto, sem floreados, nem pontos de exclamação, e marcou o início de uma nova forma de estar na vida.
Aqui fui registando os passos que fui dando, as análises e exames feitos, a descoberta de uma realidade muito pouco animadora, o realizar de um pequeno milagre, os primeiros pontapés, as sensações, as maleitas e um sem fim de pequenas notas que lidas à distância me deixam sempre com um sorriso nos lábios.
A diferença na vivência destas duas gravidezes, está bem patente nas minhas palavras. Uma zona dedicada ao controle diário do aumento de peso, na primeira gravidez, contrasta com a dificuldade em encontrar alguma referência ao peso desta vez.
Às quase 37 semanas, começo o processo de despedida desta barriguinha. Sou pressionada inconscientemente a aproveitar ao máximo este mundo de sensações. Dou por mim a querer eternizar momentos que sei que me vão ser muito difíceis de relembrar num futuro não muito distante. O senti-los dentro de mim é algo que me é difícil de explicar e o que me deixa mais saudades.
Sei que vou trocar um bebé na barriga por um bebé nos meus braços e que não há outra coisa que queira mais, mas ao mesmo tempo, as saudades que já sinto, dele só meu, são tantas mas tantas que às vezes dói só de pensar.
Às quase 37 semanas, dou por mim, a pensar finalmente que tenho de ter as coisas prontas para o receber. Às quase 37 semanas, dou por mim a pensar que estou na recta final especialmente porque ninguém me deixa esquecer isso. Às quase 37 semanas, estou a viver um misto de sentimentos que me deixa sem saber muito bem o que dizer sobre eles. Às quase 37 semanas, vejo uma menina e sinto um menino, e sem eles já não sou ninguém.
Ainda na onda dos sapatinhos...
Não estes não foram comprados por nenhum motivo especial. Não, também não lhe faziam falta (como se sapatitos fizessem falta a bebés de colo).
A única razão pela qual os comprei, foi porque não resisti :p
Adoro estes ténis do tipo All Star miniatura. Estes são o 14, por isso imaginem o tamanhinho...
A única coisa que tenho andado doida para comprar e que ainda não comprei foram chapéus e bonés. É que tenho um "trauma" com chapeúzinhos e afins desde o nascimento da Joana... é que ela é P95 na cabeça, logo muitos dos gorros que tinha comprado... ela nunca usou! Por isso, como gato escaldado de água fria tem medo... :))
quinta-feira, março 30, 2006
A ervilha...
é impressionante a ligação que criamos com alguém que não temos de conhecer necessariamente cara-a-cara, só pela leitura das suas aventuras e desventuras do dia-a-dia.
A Inês e suas ervilhas já conquistaram um cantinho no coração de muita gente, e é por isso que nos põe a rir e a chorar com as suas palavras.
Este seu último post, deixou a maioria com o coração nas mãos por eles, e tenho recebido através de sms, telefonemas, email e msn, muitos pedidos de novidades sobre eles.
A única coisa que vos posso dizer é que eles os quatro estão bem de saúde. Vamos dar-lhes um tempo e de certo que ela virá acalmar toda essa ansiedade que se sente ao ler as suas palavras.
A única razão que me leva a escrever estas palavras é porque todos, invariavelmente, temem pela saúde da Sara, mas está tudo bem com ela.
Um grande beijinho Inês.
Mudança da hora...
Já me apercebi que não sou a única com este problema. Embora a sensação de dias mais compridos, seja excelente, isto baralha um pouco os horários especialmente a quem não se rege por um relógio habitualmente.
Eu antigamente andava sempre de relógio, como consequência via as horas constantemente. Cheguei a um ponto que me sentia sufocada por uma noção tão exacta do tempo.
Depois decidi por um travão a este hábito e comecei um desmame de relógios. Agora simplesmente não uso. Quando tenho horas marcadas para alguma coisa, recorro ao relógio dos telemóveis ou computador. Tudo o resto é feito em modo de aproximação.
Ora isto quer dizer, que especialmente quando chego a casa me vou regendo pela luz que resta do lado de fora. E o resultado práctico deste meu hábito e da mudança da hora foi que: na segunda-feira, fui buscar a Joana à ama uma hora mais tarde; nestes últimos dias, o jantar só sai uma hora mais tarde, quando a filha, que cumpre o novo horário na ama, começa a reclamar com fome; a vontade de ir para a cama é, por sua vez, atrasada uma hora; os dias acabam por render mais uma hora, mas nesta fase isso cansa!
Enfim... espero que esta habituação acabe no fim-de-semana.
No Top Ten das barriguinhas (babyblogs)
Foi no dia 30 de Agosto de 2005 que comuniquei ao mundo blogosférico, que a nossa família iria crescer. No dia seguinte, entrei para a lista que anúncia à blogosfera os bebés que se seguem. Com 6 semanas e 3 dias de gravidez, era a 39ª de uma lista com 51 barriguinhas.
Ontem com 36 semanas e 3 dias, sou uma das próximas dez mamãs a ver chegar os seus bebés. É claro que houve uma certa menina que decidiu passar-me à frente, mas como eram dois tinha prioridade :p. Ocupo assim a 8ª posição, num total de quase 80 barriguinhas*!
Parabéns PM pelo blog, obrigada pelo esforço na sua manutenção e obrigada por ainda teres feito esta lista ontem, para mostrares à mamã apressada que também ela fez parte dos Top Ten! Noto no blog um crescimento e um amadurecimento que muito me agrada!
Resta ver até que posição eu me vou aguentar :))
* Assim que a PM actualizar a lista completa eu corrijo o número!
Se há coisas...
das quais não precisava, uma delas era uma constipação... aaaaatchiiiiimmmm... Ora bolas!
quarta-feira, março 29, 2006
Recordações e Coincidências...
Quando esperávamos pelo nascimento da Joana, queríamos comprar alguma coisa com significado para o bebé que vinha a caminho (mesmo antes de sabermos o que lá vinha). Sempre que íamos em viagem de trabalho ou lazer, tentávamos comprar algo. O pai numa ida a Vila Real, apaixonou-se por estes mocassins e comprou-os. Quando chegou a casa mostrou-me orgulhoso a sua compra e ainda me lembro do brilhozinho nos olhos que ele trazia.
Numa das minhas investidas (poucas, comparadas com as da primeira gravidez) às lojas de criança, deparei-me com os mesmos mocassins. Não resisti a comprar uns iguais (embora noutra cor e número) para o Miguel. Quando os vi agarrei-os e telefonei ao papá. Nem sabes o que eu encontrei! - foram as minhas palavras eufóricas. Não por causa dos sapatos em si, nem pela necessidade de mais um par de sapatos, mas pela coincidência.
E sorrio ao pensar neles os dois, daqui a muitos anos, a ver estas coisinhas deles, e a imaginarem-se assim pequeninos. Cada um deles há-de ter o seu baú de recordações, e acho giro que algumas delas sejam tão parecidas. Quem sabe se ainda não os vou ver calçados nos netos*!
* Estes pensamentos são demais! Com uma miúda de 29 meses e outro na barriga penso nos netos... tenho de me curar... é que só pode!
terça-feira, março 28, 2006
Mistura explosiva...
duas grávidas em final de tempo à conversa no MSN:
- então como estás?
- bem... fora estas dores nas costas, mas pronto.
- nem me fales em dores e em costas. Estou aqui toda amassada.
- e o raio da ciática que não há meio de ir dar uma volta.
- xixi... já volto
- ok
...
- olha já fiz a depilação, ou melhor fizeram-me.
- ai sim? E com o que é que fizeste?
- com creme depilatório.
- ahhh, pois eu já fiz com cera mas doeu-me muito, acho que não sou capaz de voltar a fazer.
- pois...
- mas quando crescem devem dar mais comichão, e convenhamos que isso não é agradável...
- :s
- xixi... já volto
...
- eh pá, agora a vontade de ir ao wc é fulminante! Quando dá tenho de ir logo.
- e eu basta-me levantar da cadeira!
- mas as hemorróidas é que é do caraças...
- uuiii, as minhas acalmaram.
- tou sempre a beber água e a comer verduras, mas mesmo assim o intestino não funciona... e o pior é não consigo fazer clisteres a mim própria
- o que me vale é que desta vez não tenho prisão de ventre! come kiwis em jejum
- eu como e mesmo assim...
- lindas imagens! :)
- wc... fui!
...
- estiveram-me a cortar as unhas dos pés.
- eu também cortei as minhas agora. Não convém irmos para o hospital com unhacas, né?! :p
- conseguiste cortar a ti própria?! eu já não sou capaz.
- E não te esqueças de ter as das mãos aparadinhas e sem verniz.
- corto-as todos os dias, para estar preparada.
- xixi...
...
- olha este está com soluços.
- o meu nunca teve soluços. Mas está aqui danado de estar chegada para a frente.
- com que tamanho é que devem estar agora?
- não faço ideia, ainda por cima aqueles calendários da Net, dizem todos coisas diferentes...
- contracções... :s
- respira e descontrai!
...
- cada vez que me mexo, faço um hrrrmmm, ou um aiiiiii, ou um ghmmmm
- e eu pareço sei lá o quê a andar!
- estou com umas mamas enormes. o que vale é que a barriga ainda está maior e disfarça!
- agora imagina com a subida do leite e a barriga vazia... vai ser lindo!!!
- xixi...
...
- acho que isto está para breve.
- pois olha que eu já vi isto mais bem encaminhado. Se antes julgava que ia nascer antes do tempo, agora acho que vai lá querer ficar o tempo todo a que tem direito.
- mas eu tenho este feeling que já não falta muito.
- está quase :)
- já tenho as coisas prontas. Só ainda não fiz a cama.
- pois olha... eu nem a cama ainda lá tenho em casa! hehehe
- estou com as mãos inchadíssimas.
- xixi...
Post a ser continuado... agora tenho de fazer uma pausa para... xixi! :p
Há dias que não se esquecem
Um deles foi o dia em descobri que estava grávida da Joana. 13 de Fevereiro de 2003 é a data. A euforia foi tanta que não descansei até comprar algo para esse bebé que descobri morar dentro de mim. Como não sabia o que vinha a caminho, a minha primeira compra foram estes ténis. Foi a prenda do Dia dos Namorados do papá (a minha foi um livro sobre gravidez) e sempre que abria a caixinha que continha estes sapatinhos o meu coração enchia-se. Muitos metros andaram estes sapatinhos com a ajuda dos meus dedos, mesmo antes da minha menina estar cá fora!
Desta vez, a euforia de comprar qualquer coisa no dia em que descobri que estava grávida não existiu. Já tinha decidido que o dia a recordar desta vez, seria o dia em que descobriria o sexo do bebé. Também já tinha decidido que a primeira compra que eu faria, à semelhança da primeira para a Joana, seriam uns ténis. 21 de Dezembro de 2005, é portanto a segunda data a não esquecer. E como desta vez já sabia o que lá vinha, nada como umas belas "chuteiras" para acompanhar o pai nos jogos de futebol.
Agora só me resta esperar...
Yuuuuuppppiiiiiiii !!!
Era uma vez uma menina que tinha um sonho. Sonhava com o dia em que finalmente tivesse, só para si, uma máquina tira-borbotos.
No entanto, cada ano que passava achava impossível ver esse sonho tornado realidade. Um dia, em desespero de causa, pediu ao Pai Natal. Mas o Pai Natal, não lhe concedeu esse desejo. Depois, correu atrás dos Reis Magos, mas também eles, se negaram a cumprir o seu sonho.
A menina depositava agora todas as suas esperanças no coelhinho da Páscoa. Mas um dia (mais precisamente hoje) quando chega ao seu local de trabalho (porque mesmo uma menina com sonhos de um conto de fadas tem de fazer pela vida) repara num saco plástico em cima da sua secretária.
Aproxima-se com cuidado, pois nesta altura nunca se sabe onde chega a Al Qaeda, e desfaz o nó que prende as asas do saco. Eis senão quando (e sem efeitos especiais porque não há dinheiro para isso) a menina vê o seu sonho realizado!!!
Era uma MÁQUINA TIRA-BORBOTOS!!!
A menina pulou e dançou (porque como é a primeira a chegar não há ninguém para atestar este acesso de loucura) e fez uma festa!!! Ela tinha finalmente o seu sonho tornado realidade!
Obrigada minha amiga por me teres realizado este sonho!!! Eu sabia que aturar-te estes anos todos ia dar os seus frutos mais dia menos dia!!!
segunda-feira, março 27, 2006
Capuchinho Vermelho...
A Joana tem uma verdadeira adoração por histórias inventadas, por fantoches e pela Capuchinho Vermelho.
Vai daí, nada como juntar tudo num 3-em-1, com uma colecção de fantoches de dedo, feitos com todo o carinho pela Lénia.
Partilhamos as duas, personagens e enredos e nunca sai uma história igual. Não sou boa a decorar histórias por isso não há nada melhor do que isto quando ela pede uma história com a boca. Ela gosta e eu também me divirto!
Obrigada amiga mais uma vez!!! A Joana adorou!!!
Hoje...
estou coxa... muito coxa. Mas a culpa é toda minha. No entanto não pensem que estou chateada com isso, muito pelo contrário. O meu fim-de-semana foi intenso e muito bem passado e só tive pena que fosse mais curto uma hora! No sábado, enquanto o papá e a filhota foram para a natação, arranjei finalmente uma gaveta para arrumar a roupa do Miguel, dei uma arrumação ao quarto da Joana, fiz a minha cama de lavado, arejei os quartos entre outras tantas pequenas coisas. Quando chegaram fomos libertar a garagem para receber um novo habitante (mas o antigo também fica, porque ele deu bem sinal que não gostou da ideia de ser trocado :p). Como é mais comprido, tivemos de mudar uma estante de posição e para isso tivemos de tirar de lá as máquinas de secar e lavar. É óbvio que não fui eu que carreguei com as máquinas, mas andei a lavar/varrer o chão do sítio para onde iam (e a mudar a tralha que lá estava) e da garagem. Depois aproveitei e lavei a entrada da casa, que já estava a modos para o encardido. Fiz o almoço, e fomos às compras para o Continente. Chegados a casa, convidamos uns amigos para jantar e fiz a janta para nove. Arrumei a cozinha e apanhei um susto. Nessa manhã reparámos numas pintas no corpo da Joana e ficámos alerta. À noite apareceu febre (38,8º) e tinha mais pintas com uma cabecinha vermelha no centro. O alerta "Varicela" soou e telefonei de imediato para o dói dói trim trim. Como não havia dados suficientes para tirar alguma conclusão recebemos alguns conselhos básicos e continuámos em alerta laranja. Depois recorri aos conhecimentos de uma mãe experiente para tirar mais algumas dúvidas (obrigada!) e fiquei um pouco mais inquieta confesso. A Joana dormiu mal de noite e consequentemente eu também. No entanto no domingo de manhã, fiquei mais tranquila, porque as pintas uniram-se em manchas e uma delas tinha um buraquinho. Deve ter sido alguma reacção alérgica a uma picada de um bicho qualquer! Antes assim! a febre não voltou e hoje já estavam menores, por isso, nada mais a dizer! Domingo de manhã, continuei a arrumação da cozinha, comecei um arroz de pato para seis, limpei a lareira por dentro, voltei a arrumar o quarto da Joana, o meu, a casa-de-jantar, etc. (nem vos digo o que o António fez porque tinham um colapso :p) e depois de um belo almoço ao ar livre, enfiámo-nos no Pavilhão Atlântico para uma sessão de Disney On Ice. A Joana adormeceu quando chegou à vez da Lilo & Stitch e não delirou por aí além com nada daquilo. De volta a casa, um lanchinho com as visitas para se prepararem para o regresso a casa (a uns bons quilómetros de distância) duas miúdas impossíveis de lidar com tanto sono que tinham, uma falta de comparência a uma festa que muito me entristeceu mas que com a miúda assim não dava mesmo para ir (desculpa :( fica para outra vez) e para acabar, toca a lavar a louça, arrumar a cozinha, a casa de jantar, e dar um pouco ao dedo pela net porque sono era coisa que não havia! À uma da matina achei que me devia obrigar a dormir e fui para a cama, demorei um pouco a adormecer mas depois não dei conta de mais nada!!! Nada de insónias esta noite :p E pronto, agora estou aqui feita pata muito choca, mas com as baterias da boa disposição recarregadas ao máximo! Para o próximo fim-de-semana há mais! Tenho de queimar os últimos cartuchos! :))
domingo, março 26, 2006
sábado, março 25, 2006
O 105.000 que se acuse...
e já agora o 105.105 :p
(Obrigada a todos vocês que me presenteiam com a vossa companhia!)
Adenda: Ora então já temos a primeira vencedora! A Leonor do Nenuco & Nenuca, cujo blog eu ainda não conhecia, foi a 105.000ª visitante! Vou querer conhecer um pouco mais de ti e dos teus bebés!
E priminha... ainda não foste a 105.105... foste a 105.005! Mas pela persistência aqui fica a referência :p Mas tu toma cuidado que esse estudo intensivo anda a queimar-te as pestanas :p
E a 105.105ª foi a minha Bekitas!
Para variar, o maravilhoso do Sitemeter não contabiliza correctamente os acessos... mas isso também não interessa nada! :))
Mandem tocar os sinos...
lancem foguetes e façam rufar os tambores!!!
Este dia vai ficar na história!
A minha filha comeu metade de uma batata cozida!
(ex-tra-or-di-ná-rio!)
Adenda: A Joana só come legumes na sopa. No prato é praticamente impossível enfiar-lhe o que quer que seja pela boca! Para conseguir dar-lhe legumes, em geral faço "arroz/massa de qualquer coisa" e depois desfaço os legumes em puré e misturo muito bem no arroz/massa para que ela não os consiga cuspir...
Quando é peixe, começo por mostrar-lhe os legumes inteiros, depois sem ela se aperceber desfaço alguns e dou-lhe misturado com as lascas do peixe... mas têm de ir muito bem disfarçados se não ela cospe na hora.
Batat, ela reconhece mesmo "disfarçada" e nunca comeu mesmo! Esta meia batata que comeu, foi disfarçada no peixe mas entrou!
Esta luta com os legumes têm sido difícil, e nem os purés ela aceita. Apenas na sopa ela come tudo... e mesmo assim, tem de estar num dia bom, porque de sopa ela também nunca gostou muito (e as preferidas são caldo verde, sopa de feijão, canja e sopa de cozido!)
Por conselho do pediatra, colocamos no prato (o máximo de vezes possível) legumes de várias cores, para ela manter a relação visual com os legumes... mas não passa disso, de uma relação visual e mesmo assim muito conturbada! Nem adianta, arranjar formas divertidas e afins... ela não quer saber!
Mas tem bem a quem sair porque a mãezinha dela (e o papá, mas em menor escala) nunca comeu nada de jeito até à adolescência...
sexta-feira, março 24, 2006
Consulta das (quase) 36 semanas...
Então é assim:
- Peso: só engordei 500gr! Ter tido a consulta antes do almoço também ajudou, mas mesmo assim, já estava à espera de não ter engordado assim tanto. Também da Joana, não engordei quase nada nas últimas semanas... a ver vamos como isto continua!
- Tensão - excelente
- Movimentos e Auscultação fetal - tudo em grande (o puto não pára e aquele coraçãozinho é sempre uma delícia de ouvir!)
- Análises - por se manterem uns valores estranhos nas análises à urina, vou ter de fazer novas análises à urina, ao sangue (:s) e um novo exsudado. Esperemos que sejam as últimas!
- Posição do bebé - continua bem no alto... está visto que o puto não quer largar o T0 de luxo tão cedo. Pelo tamanho do útero e pela apalpação que fez, ele pensa que vai passar os 3,500kg... xiça... é que não habia nexexidade! O sítio por onde ele vai passar é piquinino!!! :p
Resumindo, fora os valores das análises (que mesmo assim não são nada preocupantes) está tudo óptimo e recomenda-se! Às quase 38 semanas lá temos mais uma consulta... a última provavelmente (porque ele vai de férias),
PS: Sobre a análise à STREPTOCOCCUS AGALACTIAE (sobre a qual me têm alertado aqui pelos comentários) já fiz - o meu médico com estas coisas não brinca em serviço - e deu negativa que é como se quer! No entanto vou repeti-la nestas últimas análises, já que as vou ter de fazer.
Consulta das (quase) 36 semanas - Reacções do médico...
Primeira reacção - À minha entrada
Você está mesmo pançuda!
Segunda reacção - Após medida do útero
Oh Sandra, olhe que isto está mesmo grande! Você tem aí uma grande barriga!
Terceira reacção - Já no final da consulta
Oh Sandra, você tem consciência que essa barriga está mesmo grande não tem? Você está no meu TOP das barrigudas! Daqui a nada precisa de ajuda para carregar essa barriga!
Conclusão: ou ele hoje assentou finalmente os pés na Terra, ou não sei o que lhe deu! :p
E sim, a barriga está grande e gira :)
Mamã, onde está o sol?!
Calma filha... em menos de um mês temos um novo sol a brilhar nas nossas vidas.
E da maneira que isto está, este ainda chega primeiro que o verdadeiro :p
quinta-feira, março 23, 2006
Constatação...
(boa ou má, é minha! :p)
Os babyblogs fazem mais pelo aumento da natalidade em Portugal que todas (quais?!) as políticas e campanhas de incentivo à maternidade!
Com tantas barriguinhas e gracinhas de pequeninos juntas, dá ou não dá vontade de aumentar o agregado familiar?! hummm?!
(se fosse só apetecer... ai se fosse só isso! :p)
Para que conste...
e respondendo às bocas de reacção que comentaram o meu último post (:p) as respostas às vossas questões são:
- sim, eu ainda consigo calçar meias e sapatos. Ainda consigo subir bancos. Ainda consigo chegar com os dedos das mãos aos pés. Ainda consigo cortar as unhas dos pés sozinha.
Mas vejam lá que chatice, então não é (vá se lá saber porquê!) que já não consigo limpar o pó, arrumar a cozinha, tratar da roupa, limpar a casa, etc e tal?! E que por causa disso é o meu pázinho que trata dessas coisas, enquanto eu fico confortavelmente sentada no sofá?! Já viram que chatice?!
Pergunta: sei ou não sei escolher as coisas que "não consigo" fazer?! hummm?! :))
- não, o hemisfério sul (considerando que o meridiano passa no umbigo) deixou de estar vísivel há bastante tempo. Os pés também já me fugiram do campo de visão há muito, mas por enquanto ainda ninguém mos trocou!
- sim, eu tenho andar de pata/pinguim há já algum tempo. Aliás, o andar é um dos maiores indicadores que já não consigo unir as pernocas... ai a figurinha... ai a figurinha
- sim, estou mesmo a dar as últimas!
- sim, valem mesmo a pena todas estas "pérolas" que vos conto! Ao menos ainda se divertem com tanto disparate junto! E eu tenho a minha recompensa daqui a umas semanitas!
- não, pernas cruzadinhas é coisa do passado... agora só em quatro e... por pouco tempo!
E pronto... espero que tenham ficado satisfeitas com as respostas... espero é que o António não venha aqui ler este post... não vá ele descobrir que afinal ainda consigo fazer mais do que ele pensa :p
quarta-feira, março 22, 2006
Coisas que escusavam de saber, mas que não resisto a contar...
já não consigo fechar as pernas!
(imagem linda... expressão linda... tudo muito lindo :p)
Coisas de grávida em final de tempo...
Apetece-me...
escrever um daqueles posts intermináveis, onde começo a falar de alhos e acabo nos bugalhos.
Tenho tanto para dizer, sobre coisas que quero guardar para a posteridade, ou apenas opiniões que têm vindo a amadurecer e que preciso de deitá-las cá para fora.
Apetece-me, apetece-me muito. Mas sempre que abro esta janela, fogem-me as palavras e a motivação para o escrever. Por isso não escrevo. Não por agora, não para já... quem sabe se não é já o post a seguir.
Mas que me apetece, apetece. E tinha de o deixar aqui escrito.
terça-feira, março 21, 2006
Hoje também é dia...
mundial do sono (como me alertaram nos comentários do post anterior). Deve ser por isso que estou com uma pedrada tão grande mas tão grande que por mim fazia uma bela sesta aqui mesmo, sentada à secretária!
Mesmo já tendo feito uma caminhada (ou por causa disso) para entregar um frasquinho de líquido amarelo, para mais umas análises (nesta gravidez, cada vez que faço uma análise à urina o resultado é mais estranho que o anterior!) a minha vontade de me esticar ao comprido hoje está em alta!
Por falar em análises, as minhas últimas análises ao sangue estavam excelentes. O tal teste da glicose não podia ter dado melhores resultados. Além desta vez não me ter agoniado nada, o cocktail açúcarado não conseguiu fazer descolar o valor da análise do valor mínimo.
E é claro que a glicose em jejum estava bem abaixo do valor mínimo!
Sexta-feira, tenho a minha penúltima consulta... penso eu de que... :p
PS: A última consulta será na semana que completo as 38 semanas... depois segue-se apenas um ctg (no hospital) às 39... e só voltarei a ter consulta depois das 40 se ele chegar lá!
Dia Mundial da Árvore e da Poesia...
Ficava bem plantar hoje uma árvore (será que uma planta de Aloe Vera é equivalente?!) ou deixar aqui um poema lindo.
Como não sou grande fã de poesia (pecado, eu sei, mas o que é que querem) e as minhas rimas são um espectáculo... deixo-vos aqui um excerto da canção de embalar que a Joana ontem cantou ao Miguel, assim do nada, deixando os seus pais a rir como se não houvesse amanhã:
Dóme beeeemmmm... meu bebééé... a mamã está aqui... dóme beeeeemm... Miguelzinho *... já são hóias de dumiiiir...
* Donde é que ela tirou isto?! Nós dizemos sempre Miguel! Não somos fãs de diminuitivos! :p
segunda-feira, março 20, 2006
A pensar morreu um burro...
sempre ouvi dizer e acho que é verdade :p
Se as dores de costas se têm mantido desde o início da gravidez em tom crescente, a verdade é que a minha amiga ciática me deu umas fériazinhas nestes últimos dias.
Não comentei com quase ninguém para não agoirar, mas pensei cá para os meus botões que o Miguel já devia ter deixado de pressionar o tal nervo por ter descaído um pouco ou qualquer coisa do género. Seja lá como for, andava toda contente!
Hoje, assim sem mais nem menos, a minha pernoca ficou presa, não uma... não duas... mas três vezes!
Olha que coisa... quem me manda a mim pensar que esta história de ciática já era?! Ora toma lá para aprenderes!
Saiam da freeeeeenteeeee....
que a Primavera começa hoje*!!!
E finalmente entramos na minha estação do ano favorita. Por mim podia ser sempre Primavera. Não suspiro por aqueles dias quentes e abafados de Verão, nem pelo frio de rachar do Inverno, e muito menos pelos tons terra do Outono (pronto, confesso... destes gosto só um pouquinho) acompanhados de um misto de saudades do Verão, dias muito pequenos e chuva.
Gosto da Primavera! Muito mesmo! Mesmo com as chuvadas ocasionais, a despedida do Inverno deixa-nos a todos muito mais alegres. Os dias são maiores e tudo parece que a partir de agora só tende a melhorar. É a estação do anos mais positiva e é isso que eu gosto mais nela!
Espero que esta Primavera seja em grande para todos! Para mim vai ser sem dúvida! :)
* Embora o dia 21 de Março seja o dia institucionalizado para se comemorar o início da Primavera, na verdade, o início da Primavera (assim como o de todas as estações do anos) é variável no tempo! Este ano a Primavera começa hoje pelas 18h24 (ainda não consegui confirmar os minutos certos).
domingo, março 19, 2006
Dia do Pai...
35 semanas
e estamos assim...
Adenda: Algumas meninas, repararam numa saliência na minha barriga de lado... fui confirmar com as outras fotografias que tirei nesta altura, e a saliência nem sempre lá está... será que é o Miguel a dizer-nos olá?! Hummm... fica a dúvida :p Mas é giro pensar que é mesmo! :)
sexta-feira, março 17, 2006
8 meses de ti...
Hoje completamos (pelo meu gravidómetro) oito meses de gravidez.
Estás cada vez mais presente nas nossas vidas. O teu nome já entra nas conversas de forma muito natural, como se sempre delas tivesses feito parte. O pai já te ama perdidamente, e goza com aquele receio que teve há uns meses de não saber se era capaz de gostar tanto de ti como da mana. Está ansioso por te ter nos braços, e eu confesso que estou ansiosa por vos ver os dois assim juntos.
Ao contrário do que supostamente seria de esperar, estás cada vez mais activo. A minha barriga molda-se constantemente às tuas formas, e reages imediatamente sempre que ouves a voz da mana. Consegues distinguir de entre as mãos que te afagam por cima da minha pele, as minhas, as do pai e as da mana. Apenas com as nossas, não páras imediatamente.
Desde a última vez que te vimos, num ecrã de computador, na penumbra de um consultório, que o meu coração anseia pelo momento em que te vou ter nos braços. Pela primeira vez, estou curiosa por saber como és. Nem da mana tive essa curiosidade. Mas quando vi a tua cara, foi como se estivesse a ver a tua maninha com a tua idade. As parecenças são tantas mas tantas, que estou para ver se cá fora se mantém. O narizinho é igual ao do papá, isso é certo, mas a boca, parece-me ser como a minha, mais carnuda. A ver vamos.
Já começámos a preparar algumas coisas para te receber, mas por mim podes ficar o tempo todo a que tens direito (e mais um bocadinho) nesse teu T0 privado.
Talvez hoje seja um bom dia para te explicar o porquê de seres Miguel. Tu tens um tio. Um tio que não te vai dar colo ou ensinar a jogar à bola. Um tio que te vai guardar de longe como tem feito com a mana e com a mãe. Esse teu tio tinha um nome como todos temos. E esse nome não se ouve assim tantas vezes lá por casa, não porque ele não o mereça, mas porque ainda custa lembrar que nunca mais o vamos ter por perto.
Assim, além de gostarmos do nome que escolhemos para ti, queremos honrar o teu tio, mantendo vivo no nosso dia-a-dia, um dos seus nomes. Não porque tenhas a responsabilidade ou o destino de o substituir. Isso nunca. Mas porque ele merece essa honra. Porque ele merece essa lembrança. Porque o nome dele merece ser ouvido com alegria. E porque tu mereces ter um nome com significado.
Um beijo Miguel. Nós estamos aqui à tua espera. Nós estamos aqui a amar-te muito. Nós estamos aqui para ti. Mesmo quem já não está aqui para te receber nos braços.
Mãe
quinta-feira, março 16, 2006
Hoje morri um bocadinho...
Ainda não sei se deva registar aqui esta memória ou não. Primeiro, porque não a vou esquecer. Segundo, porque sempre que ler estas palavras me vou auto-flagelar por tamanha desatenção. Terceiro, porque me faz sentir a pior mãe do mundo.
Aqui em casa, temos a mania de ter sempre as janelas abertas durante o dia (enquanto estamos no trabalho). Janelas abertas, japonesas encolhidas e portadas fechadas. Não gostamos de sentir aquele cheiro viciado que fica numa casa sempre fechada, especialmente no inverno em que o ar condicionado nunca é desligado quando estamos em casa.
O último a sair (em geral, o António) de casa, abre as janelas. O primeiro a chegar (que sou eu 99,9% das vezes) fecha-as e prepara a casa (quando está muito fria, liga os aquecimentos) para ir buscar a Joana de seguida.
Hoje, cheguei e fui logo buscá-la. Ela foi brincar para o quarto dela, enquanto eu vestia a minha roupa de andar por casa. Sempre com o ouvido nela, e a tentar perceber o que ela estava a fazer. Ela chama-ma, anda cá vei mamã! Eu respondo que já vou. Anda cá mamã! insiste ela. Quando chego à porta do quarto dela o meu coração pára.
Ela está em pé na janela. Do lado de fora, a altura a que se encontra corresponde a um primeiro andar. A janela está aberta, as portadas fechadas. Ela brinca, contente, abrindo e a fechando as lâminas da portada.
Não me perguntem como conseguiu ela chegar ao parapeito da janela. Não me perguntem como é que a cozinha de brincar aguentou com o peso dela, e ela conseguiu subir em braços a distância entre a bancada da cozinha e o parapeito. Não me perguntem como é que me fui esquecer de fechar as janelas. Não me perguntem nada. Porque eu simplesmente não sei.
No momento em que a vi o meu coração parou. Morri um pouco. Pensei em tudo o que lhe podia acontecer. Jurei que nunca me perdoaria se algo lhe acontecesse. Com calma, muita calma, cheguei-me ao pé dela e segurei-a nas minhas mãos. Tirei-a dali, sem ralhar, sem alterar a voz. Fechei a janela. Fechei todas as janelas.
E depois tremi, fiquei enjoada, pálida, sem forças e sem me conseguir olhar. Peguei no telemóvel e desabafei com ele toda esta ira que sentia contra mim própria.
Não me perdoo pelo que não aconteceu mas que podia muito bem ter acontecido.
Não me vou perdoar nunca.
Adenda: Já estou a escrever estas palavras um dia depois do que aconteceu. Já li os vossos comentários os quais só tenho a agradecer pelas palavras que me deixaram. É óbvio que hoje, as palavras que escrevi ontem. me soam como demasiado marterizantes sobre a minha pessoa. É óbvio que hoje não me sinto nada a pior mãe do mundo, nem nunca hoje faria essa associação, por causa do que aconteceu. Mas foi por isso mesmo que quis escrever o post ontem. Para conseguir deixar nas minhas palavras todo o peso da culpa que senti. Foi um alerta sim, e que felizmente acabou da melhor maneira possível, mas podia ter sido mais que isso. O que lá vai, lá vai. Mais uma lição aprendida. Obrigada a vocês por estarem aí.
Ajuda precisa-se...
Estão a ver "I believe I can fly" do R. Kelly?!
Estão a ver o ficheiro mp3 correspondente?!
Estão a ver o serviço http://www.yousendit.com/ que permite enviar ficheiros de qualquer tamanho para qualquer email?!
Estão a ver ali ao lado o link para o meu email?!
Obrigada :)
Adenda: Problema resolvido!!! Obrigada Ana! Agora... mi aguárdein tá!!! :)
Memórias da minha infância...
Andam por estas bandas, umas quantas mamãs ansiosas com os filhotes e a fase do largar a chucha. Enquanto mãe, não tenho experiência nenhuma nessa área, mas eu própria já estive na pele desses meninos e meninas que com mais de dois anos resistem a largar as chuchas.
Não sei bem precisar a idade que teria, mas não tinha mais de três anos. O meu irmão era ainda bebé de colo (pelo que me lembro da minha mãe contar). Eu não usava apenas uma chucha atrás, mas sim uma série de chuchas (cada uma de sua cor) agarradas por um cordel. Um dia, uma miúda mais velha, começou a meter-se comigo por causa das chuchas. Que ela já não usava e tal e tal, que eu era feia por ainda usar, e tal e tal, e eu armei-me em valente e deitei-as todas no lixo.
A minha mãe aproveitou a deixa, para ver se conseguia que eu largasse a(s) chucha(s). No resto do dia e noite fui uma valente, não pedi nenhuma chucha. O pior foi o segundo dia. Corri ao lixo para ver se as recuperava, e nada. Depois seguiu-se um diálogo mais ou menos assim:
Eu - Mãe quero as minhas chuchas.
Mãe - Já deitámos o lixo fora, agora não as podemos ir buscar.
Eu - Vai à farmácia comprar outra!
Mãe - Mas o sr. XPTO (já não me lembro do nome) não vai vender-me uma chucha para ti porque tu és muito grande e as meninas grandes não usam chuchas.
Eu - Mas dizes que é para o mano!
Mãe - Não dá filha, porque o sr. XPTO sabe que o mano não usa chucha e ele só pode vender chuchas a bebés que usem chucha.
Bom o que é certo, é que eu ainda rondei a minha mãe com estes pedidos uma série de dias, cada vez com menos frequência. Acho que andei um pouco nervosa na altura mas depois passou-me. Um mês depois (ou coisa assim) a minha mãe mostrou-me o saco com as chuchas que tinha escondido, na caixa do correio. Pelo que ela contou, eu fiquei extasiada ao ver novamente as minhas chuchas e fiz uma festa, mas assim que as meti à boca e senti o sabor da borracha ressequida, desisti logo da ideia!
Nunca mais usei chucha.
O ridículo da situação é que a miúda que me levou a largar as chuchas, ainda usava chucha nessa altura e só a largou quando entrou para a primária! Estes miúdos... :)
quarta-feira, março 15, 2006
Evoluções Linguísticas...
Apanho-a a brincar com algo proibido:
Eu - Joana, o que é que estás a fazer?!
Ela - Estou a fazei isto! O quéquiáchas?! [o que é que achas]
E vocês?! O quéquiácham? :p
Ainda sobre a dermatite...
Então vamos lá ver se consigo fazer um post, que responda às várias dúvidas colocadas e que faça o ponto de situação para quem me acompanha há menos tempo.
Problema:
- A Joana não sofre propriamente de Dermatita Atópica (DA) felizmente! O que acontece é que ela tem Rinite Alérgica (RA) como o paizinho dela. Este diagonóstico começou a ganhar vida quando ela tinha apenas 3/4 meses de vida, altura em que ela teve a sua primeira crise. No entanto, só aos 18 meses, o pediatra achou que tinha todos os dados para concluir, sem sombra de dúvidas, que ela sofria de RA. O que acontece no caso dela, é que sempre que ela tem uma crise de RA, além de ficar congestionada a nível respiratório, a pele (especialmente na zona do peito, ombros, pernas e braços) fica cheia de eczemas que variam de intensidade.
Prognóstico:
- A RA da Joana está para ficar, resta saber se vai melhorar com a idade ou piorar. Ambos os cenários são possíveis. A única coisa que podemos fazer é tratar a sintomatologia que vai surgindo e tentar minimizá-la o mais possível.
Soluções:
- Não há nenhuma tratamento que cure a RA ou a DA (infelimente!). Os tratamentos existentes, destinam-se apenas a aliviar os sintomas de cada crise. No entanto há certas coisas que se devem ter em conta (e aqui volto a frisar que estou a falar do nosso caso em particular) para tentar evitar o recurso a medicamentos o mais possível:
> a nível da pele: mantê-la sempre muito hidratada, especialmente após o banho, visto a água secar muito a pele. Evitar dar banho diariamente (de Verão é mais difícil obviamente). Usar sempre produtos adequados (para peles atópicas ou muito sensíveis). Muitas vezes basta apenas um reforço da hidratação para solucionar logo os eczemas assim que eles surgem.
Como me estão sempre a perguntar quais as marcas de cremes utilizados, vou falar nelas agora. Mas atenção, não digo que estas sejam melhores que outras, ou as únicas possíveis (o que não seria minimamente verdade) mas aquelas que resultam connosco:
As (nossas) conclusões:
- Em Abril do ano passado, por causa das crises anteriores fizemos (por indicação médica) um tratamento profiláctico com base em anti-histamínicos, para minimizar as reacções alérgicas. Fomos de férias para o Brasil, e lá em conversa com uma mãe que tinha um filho que sofria de RA fiquei a saber que a soja era um excelente substituto do leite de vaca, e que ajudava a minimizar as crises de RA.
- Depois de umas investigações na Internet, decidi substituir o leite de vaca pelo leite de soja (mesmo sem falar com o pediatra). Ela gostou muito mais deste leite, não fez qualquer tipo de alergia (atenção que há crianças alérgicas à soja) e nessa Primavera ela passou muito melhor do que nas mudanças de estação anteriores. Ficámos no entanto sem saber se tinha sido apenas o tratamento a permitir isso, ou se o leite de soja tinha de facto ajudado.
- Na consulta dos dois anos (Outubro de 2005), o pediatra depois de saber da nossa decisão de suspender o leite de vaca e de como é que ela tinha passado até aí, aconselhou a que substituíssemos também os iogurtes normais por iogurtes de soja. Para vermos se de facto estas substituições seriam suficientes para evitar novas crises de RA, não prescreveu o tratamento com anti-histamínicos para esse Outono. Apenas ficou combinado que no caso de ela ter alguma crise forte, o contactarmos imediatamente para que então prescrevesse o tratamento. Felizmente, ela andou apenas com o nariz entupido meia-dúzia de dias, o que significa que o corte radical com estes produtos foi suficiente para minimizarmos as reacções alérgicas características de cada mudança de estação!
- A minha asneira ao voltar a dar-lhe os iogurtes tradicionais em vez dos de soja, e deixá-la beber do meu leite, há umas semanas atrás, coincidiu com o "início" da Primavera. Resultado: teve uma crise que embora a nível respiratório seja muito ligeira, a nível da pele foi violenta! A pele ficou coberta de eczemas que não conseguimos resolver apenas com uma maior hidratação da pele.
Assim sendo, nesta próxima consulta dos 30 meses, vamos conversar com o médico sobre o que se passou neste último meio ano, e obviamente, julgo que a conclusão que vamos tirar é que o leite de vaca e os iogurtes não são nada aconselháveis no caso dela, apenas porque potenciam as tais reacções alérgicas (pois ela não é alérgica à proteína do leite de vaca).
Note-se que os queijos, e os produtos lácteos à base de queijo fresco (como os Yoco Suissinhos, Danoninhos e afins) não são problemáticos (no caso dela) e ela pode consumi-los sem problemas.
Adenda: Já editei este post uma série de vezes, porque me vou sempre lembrando de qualquer coisa. Vou também deixar um link para este post na barra lateral para referência futura (neste momento vou adicioná-lo em Sobre... Experiências)
» dia-a-dia: usamos basicamente apenas três marcas: a Uriage (quando era bebé em vez das tradicionais toalhitas, usámos a 1ére eau, o Cold Cream e o creme para a muda de fraldas); a D'Aveia (dermo-óleo, creme hidratante e creme barreira); a Aderma (a linha Exomega - principalmente os produtos do banho e um creme regenerador de pele sensibilizada - Epithéliale).
» protecção solar: a Avéne.
Nota: Como a pele habitua-se aos cremes, convém ir alterando os produtos de tempos a tempos. Esta informação só a descobrimos agora, e vamos pô-la em práctica desde já. No entanto como a pele dela está sensibilizada, vamos manter as marcas que conhecemos e mudar apenas os produtos (por exemplo: usar os cremes hidratantes da Aderma, e os de banho da D'Aveia). A vaselina é óptima para a hidratação intensiva da pele e muito boa para aplicar sobre os eczemas para evitar que sequem em demasiado (algo que também desconhecia até ontem).
> a nível respiratório: fazer uma boa higiene nasal, ie, usar e abusar do soro fisiológico no nariz e spray de água-do-mar. Durante cada crise, fazer aeróssois/vapores, e levantar (bastante) o colchão (na cabeceira) de forma a que a expecturação não se acumule ao nível dos brônquios (para evitar consequentes infecções respiratórias/otites/etc.);
> a nível da roupa: lavar a roupa com detergentes o mais neutros possíveis (durante o primeiro ano, usei aqueles detergentes para roupa de bebés e não usei amaciador. Depois a medo, experimentei o Skip líquido Aloé Vera e o amaciador Pure Comfort e como não vi reacção, mantenho estes até hoje); Nunca passo a ferro a roupa que fica em contacto directo com a pele (o calor do ferro "puxa" o detergente); Só usa roupa de algodão, lã ou viscose. Os acrílicos, poliésters e afins estão proibidos.
> Evitar produtos que potenciam as reacções alérgicas, como por exemplo, a proteína do leite de vaca (mesmo que a criança não seja alérgica a esta proteína) presente no leite e derivados (especialmente nos iogurtes).
terça-feira, março 14, 2006
O princípio do fim...
Aos 29 meses, ainda se lembra de vez em quando da maminha. É raro. Não chega a uma vez por semana, quanto muito, uma vez de quinze em quinze dias. Não anoto, e mentalmente também não consigo estabelecer uma média muito certa. Desde que voltei a engravidar, comecei a distrai-la com outra coisa qualquer sempre que ela pede para mamar, e a maioria das vezes ela não se volta a lembrar disso. Outras vezes, a forma como ela pede este miminho é simplesmente inegável.
Hoje mamou. Primeiro a esquerda. A mama esquerda sempre foi a sua favorita. Em menos de um minuto, diz: Já bebi todo! Quéio a outa. Mudo-a de posição e dou-lhe a direita. Põe a mama na boquita e suga uma ou duas vezes. Tira a mama, olha para ela e volta a experimentar. Suga mais uma ou duas vezes e conclui: Já não quéio mais. Não gosto desta maminha.
Parece-me, que é mais uma fase que está a terminar. E acaba tal como sempre quis - mas que por vezes achei não ser possível - ou seja, respeitando a vontade dela, respeitando os tempos dela, sem pressões (sobre ela e sobre mim).
Fico na expectativa para ver o que se vai passar nas próximas semanas, e em especial, a sua reacção ao ver o Miguel mamar nas maminhas que até agora eram "só" dela.
segunda-feira, março 13, 2006
Conversas com ela...
No carro, eu e o pai "desentendemo-nos" nem sei porquê, e eu falo meio a ralhar com ele. Depois disso só se ouve, vindo do banco de trás:
- Não te chateies c'o António!
E é claro que o nosso desentendimento acabou logo ali! :p
Para registar...
ao vestir:
- Mãe, eu não quéio calxas... quéio uma xaia!
- Mãe, faz-me um rabocavalo!
- Mãe, quéio tótós!
ao mostrar-lhe uma saia azul, sem roda:
- Essa não, é pó Miguel!
Ainda mama, poucas vezes, mas ainda mama. Quando acaba, diz quase sempre:
- Depois é pó Miguel!
Quando quer alguma coisa, e nós não lhe damos, insiste num tom choroso, com um ar de infelicidade total, juntando os dois indicadores:
- Mas eu quéio... só um cadinho!
- Só um piquenino, tá bem?!
Já sabe os nossos nomes completos, sem falhar nos apelidos.
domingo, março 12, 2006
Vaidosas...
foi como mãe e filha andaram hoje. Simplesmente porque estrearam umas t-shirts munta giras que vieram directamente daqui!
A da mãe, é um retrato do seu estado de graça actual, com uma barriga bem p'rá frentex e um "rabo espetado" que é um mimo! A da filha-futura-mana-mais-velha é uma adaptação da história da cegonha que trás os bebés, e anuncia aos quatro ventos a chegada do seu mano!
Fica então registado para a posteridade que o nosso Miguel não vem de cegonha mas sim de avião, porque está claro, a evolução chega a todo o lado!
Obrigada Lénia! Espero que o Miguelito fique no quentinho o tempo todo a que tem direito para podermos disfrutar o mais possível destas tuas criações que simplesmente A-do-rá-mos!
34 semanas...
Ainda não me mentalizei que estamos mesmo na recta final. Daqui a seis semanas é a data prevista, mas daqui a 4 ele pode muito bem já estar cá fora. Quando me perguntam se está quase, nunca sei o que hei-de responder. Para mim, ainda falta muito, ou pelo menos era assim gostava que fosse, mas para quem está de fora, já não falta assim tanto. Seja lá como for, hoje completamos as 34 semanas, e foi um dia em cheio!
Ontem, a Joana adormeceu às 17h30 para acordar hoje às 8h40. Isso quer dizer, que o dia de hoje começou bem cedo, o que deu tempo para tomar o pequeno-almoço fora, ir tirar umas ideias ao IKEA (e a Joana aproveitou para experimentar todas as camas da secção de criança) ir ao parque, fazer umas compras e estar ao meio-dia em casa. Da parte da tarde, pai, filha e cães, juntamente com uns amigos, foram até ao parque aproveitar o sol. Eram cinco crianças e três cães, para quatro adultos e digamos que a proporção não era a mais favorável... aos adultos! Os cães treinaram o dono e um amigo no percurso de Agility. As crianças foram, simplesmente, crianças com toda a energia que isso significa!
Enquanto isso, eu fiquei a gozar do sossego da minha própria casa e (finalmente) comecei os meus bordados (em ponto-cruz). Com uma bela música de fundo (um presente da Cate, que muito agradeço, pois é do mais agradável que há!). Com um dia tão bom, decidi começar a lavar as primeiras roupas do Miguel, e confesso, que mesmo estando a passar por isto pela segunda-vez, o tamanho daquelas roupas para os primeiros dias, parece-me sempre demasiado pequena! E que saudades que tinha daquele cheirinho a lavado da roupa de bebé. Viajei no tempo, e vi a minha menina dentro de algumas daquelas roupinhas que secavam ao sol. Que saudades...
34 semanas... estamos quase lá.
sexta-feira, março 10, 2006
Dermatite...
Por culpa dos iogurtes (maioritariamente), a Joana voltou a desenvolver uma crise de Rinite Alérgica (como contei aqui). Além do nariz ranhoso, a pele apresentou imediatamente pequenos eczemas, que se concentraram no peito e nos braços.
Supendendo os iogurtes e aumentando a hidratação da pele, os eczemas mais ligeiros melhoraram quase de imediato. Houve no entanto um que piorava de dia para dia. Mesmo com o tratamento que o médico prescreveu para estas situações, o eczema chegou a deitar sangue e a Joana queixou-se pela primeira vez de comichão e dor.
No início desta semana, era o único eczema (embora ainda apresentasse umas manchitas no peito) e começámos o tratamento de choque. Se não melhorasse teríamos de falar com o pediatra porque já estava a fugir do nosso controle. Felizmente, ontem já começou a dar sinais de franca melhoria. Já quase não tem comichão (e como é no braço, felizmente ela não consegue coçar a pele directamente) e está a secar sem (grande) crosta.
Em conversa com esta amiga, chegámos à conclusão que por esta altura, houve muitos miúdos que tiveram crises de dermatite, e que a maioria dos casos, foram piores do que o habitual. Deve ter andado por aí alguma porcaria no ar que fez agravar as reacções alérgicas de cada um deles...
Este post serve apenas para registar no tempo esta crise e a sua evolução. Daqui a um mês e pouco, temos consulta de rotina com o pediatra e não sei se me vou lembrar de tudo (especialmente porque nessa consulta, já vai mais um piolhito conhecer pela primeira vez o sinhoui doutoi!)
PS: Eu sei que o início da Primavera já se faz sentir e que é também por isso que quem tem alergias anda mais aflito, mas no caso dela, a associação da crise aos iogurtes foi flagrante, tal como expliquei no outro post.
quinta-feira, março 09, 2006
Conversas com ela...
Não me deixa sair de cama dela, durante toda a noite*. Assim que me mexo, a mãozinha dela voa em minha direcção juntamente com um mãaeee, que me impedem de sair.
Quando a claridade se começa a notar, penso que deve estar na hora de me levantar para ir trabalhar (e está mesmo). Vou à casa-de-banho, e imediatamente, tenho ao pé de mim, um piolho que no meio de um choro ensonado protesta por a ter deixado.
Levo-a para a minha cama, e tento que ela fique com o pai. Num sussurro digo-lhe:
Eu - Ficas aqui com o pai enquanto a mãe vai tomar um banho está bem?
Ela - Nãaaoooo. Fica aqui mãe!
Eu - Joana, a mãe tem de ir ganhar tostão. Ficas aqui com o pai.
Ela (agarrando-me pelo pescoço, com aquela vozinha irresistível que só um filho sabe fazer) - Ficas aqui mais um cadinho tá bem? Depois vais tomai banhoca.
E eu fiquei...
* Atenção, eu não durmo com ela todas as noites! Quando ela vai para a cama, em geral, vai um de nós contar-lhe uma história e ficar com ela até que adormeça. O que acontece é que muitas das vezes adormecemos com ela, e só vamos para a nossa cama já de madrugada! Há algumas noites, que ela não nos deixa lá ficar - vai embóia pai/mãe!, diz ela muito incomodada - e outras em que não nos deixa sair! Ainda por cima, o colchão dela é trinta vezes melhor que o nosso... por isso é cá um sacrifício :p Quem disse que só os filhos é que gostam de dormir fora da cama deles?! :))
quarta-feira, março 08, 2006
Uma mãe...
vê os seus dotes culinários deitados por terra, quando o prato favorito da sua mais-que-tudo-e-ainda-mais-um-bocadinho é:
arroz branco com salsichas!
ooopppsss
(mas ao menos dá um jeitão quando não nos apetece fazer jantar! Não temos trabalho e ainda nos tornamos numa mãe hiper-porreira-munta-linda ao dizemos que lhe fazemos o seu prato especial se ela parar de pintar as paredes, ou de encher o bidé de água, ou de pintar a roupa com os marcadores! :p)
Evoluções Linguísticas... *
Ao jantar:
Ela - Está uma maravilha!
* título roubado descaradamente a uma querida amiga :p
Ok, ok... eu nem digo mais nada!
No trabalho, enquanto esperava a minha vez para atacar a máquina das sandes, iogurtes, sumos, leites e... bolos :p, chega-se ao pé de mim uma colega e diz:
Ela - Ai Sandra, olhar para si de lado até dói!
Eu - eeerrr... pois...
(e é claro que a seguir tinha de vir a famosa "está com cara de grávida"... claro! :s)
terça-feira, março 07, 2006
Conversas com ela...
Sobe as costas do sofá, empoleira-se na janela* e escorrega pelas costas do sofá abaixo. Faz isto tantas vezes até a apanharmos e obrigarmos a parar.
Ontem foi igual. À segunda descida aleija-se (mas nada que mereça o nome) e começa um choro fingido. Vem ter comigo a pedir mimo:
Eu - A mãe não te avisou? Quantas vezes é que te tenho de dizer que não podes subir para ali?
Ela (num uuuuuhhhh completamente falso!) - Tenho um dói-dói... [uuuuhhhh] dá um beijinho, mãe [encosta a cabeça no meu colo e continua o choro]
Eu (dou-lhe o beijinho) - Pronto já passou, agora vê lá se não voltas a subir para ali, está bem?!
Ela (mantendo o choradinho e o ar de infelicidade) - Pexijo de um cadinho de chocolate! [uuuuuuhhhhh]
Resultado: Mãe a rir às gargalhadas, a filha troca o ar de infeliz pelo ar de safada e começa a pedir:
Ela - só um cadinho mãe! Pode shei!? Um cadinho de chocolate! Pofavoi!
Estou tramada! :p (mas é claro que não levou chocolate nenhum! Ainda por cima foi antes do jantar...)
* Há uns meses atrás, mudámos mesmo o sofá de sítio para evitar isto, mas depois como o sofá não dava jeito no sítio onde estava e ela empoleirava-se à mesma, desistimos :p
Sobre esta barriga...
é um excelente apoio de braços quando estamos à espera em pé numa fila...
está do tamanho da barriga que fiz da Joana, a dias de ela nascer...
à conta dela podem-me chamar de "rabo espetado", porque quando me sento, espeto o rabo; quando cumprimento alguém, espeto o rabo (duas grávidas pançudas a abraçarem-se é lindo de se ver); quando lavo a louça, adivinhem, espeto o rabo, e por aí fora...
está redondinha, empinada e gira (pronto, não estou a ser modesta mas azarico :p)
expõe-me sobremaneira em todo o lado, é impressionante as cabeças (femininas e masculinas) que uma barriga destas faz girar na nossa direcção... não há 86-60-86 que resistam! :p
deve ser um íman gigante, pois todos querem por a mão e todos os pingos voam na sua direcção...
obriga-me a estar sentada no trabalho, como se estivesse num sofá, ou seja refastelada. Sempre que me chego à frente ou tento, simplesmente, endireitar, o embutido dá logo sinal que está a ser incomodado...
estou completamente enamorada por ela...
segunda-feira, março 06, 2006
Conversas com ela...
Ganchinhos. São a minha perdição, e o que ela me deixa por no seu cabelo, desde que a franja começou a ser grandita, sem qualquer tipo de protesto. As fitas, só quando lhe apetece e durante o tempo que ela entende. Tótós, embora adore vê-la com eles, dá-me pena fazê-los pela dificuldade em lhe pentear o cabelo.
Assim, com a chegada da nova colecção a uma loja aqui ao pé de mim, ataquei em força e reabasteci o stock (porque a velocidade a que desaparecem os ganchos e ganchinhos é estonteante!) já nas cores primaveris.
Nesse dia, quando lhe estávamos a vestir o pijama, lembrei-me do que tinha comprado e perguntei-lhe:
- Queres uma prenda, que a mãe comprou?
- Quéio! Vai buscai mãe!
- Então a mãe vai buscar.
...
- Toma, é para ti.
- Uma penda! A mãe compou! Óbigada mãe! - dizia ela enquanto tentava rasgar um saco de plástico aberto para chegar aos ganchinhos.
- A mãe ajuda-te - e viro o saco ao contrário, caindo os ganchinhos em cima da cama!
- Ai tantos! Gosto tanto! Óbigada mãe! Óbigada minha mãezinha!
E eu transbordo de felicidade por a ver assim tão feliz!
domingo, março 05, 2006
A Joana vai ter um irmãozinho...
é assim que começa a história. Não é o título do livro e as personagens chamam-se Sara e Vicente, mas a nossa versão tem uma Joana e um Miguel!
É um dos seus livros favoritos do momento, e um álbum que vai guardar a visão da gravidez, do nascimento e primeiro ano do Miguel, pelos olhos da mana mais velha.
Espero que ele um dia venha a gostar de ler o entusiasmo da sua mana pela sua chegada.
PS: livro da Civilização Editora
Digam... 33!
Já?! Aiiiii...
(ou 108, que é o tamanho da minha cinturinha de vespa :p)
PS: E na lista do BabyBlogs no dia 25/02 era 18ª de 62 barriguinhas... gluuppp
sexta-feira, março 03, 2006
Descubram as diferenças...
Joana às 32 semanas e 3 dias...
Miguel às 32 semanas e 1 dia...
Legenda: São as caras deles. Não estão de perfil, estão viradas de frente para nós com a cara inclinada para a esquerda. A metade esquerda da cara está na sombra por isso não se vê. A zona mais clara, corresponde a uma bochecha e parte do queixo.
(a qualidade não é muito boa mas é o que se arranja.)
Adenda: Mesmo não percebendo o que está na imagem, acho que dá para perceber a ideia geral, ou seja, que as imagens são mesmo muito semelhantes... agora estou oficialmente curiosa para saber como é a carinha dele.
Consulta das 32/33 semanas...
Tudo bem, é a conclusão que se tira e a que importa.
Depois da conversa da praxe, foi altura das medições:
- aumento de peso: 14,5kg (shame on me :p)
- tensão: perfeita
- útero: 33cm (continua acima da média)
- auscultação fetal: ouviu-se lindamente!
Depois de ouvirmos o coração, andou a apalpá-lo e acabou por me mostrar onde estava a cabeça dele. Segurei-a nas minhas mãos só com a pele a separar-nos. Foi uma sensação tão estranha senti-lo assim, e parece que o tornou ainda mais real (se isso é possível). Estou ainda nas nuvens com tal acontecimento.
As análises mostraram que já não tenho infecção urinária (ao contrário do que eu pensava) e segunda-feira lá vou eu fazer as últimas análises (e a famosa curva da glicémia).
Daqui a três semanas nova consulta, outra duas semanas depois, e finalmente, uma semana depois, vou fazer o CTG já no hospital. Como ele vai estar de férias vai deixar indicação aos colegas para o meu CTG e para o caso dele nascer nessa altura.
Esta consulta deixou-me com a sensação que a recta final aproxima-se a passos largos...
Pós-asneiras...
Sempre, depois de uma asneira, a pergunta que se segue é:
Ela - Gostas de mim mãe? Gostas? Gostas ou não?!
(e enquanto não lhe dissermos que gostamos dela, ela não nos larga)
quinta-feira, março 02, 2006
Asneiras...
Deixo de a ouvir. Sei que está na cozinha às escuras e fico alerta. Passado um pouco ouço a porta do frigorífico a abrir-se e um barulho de quem sorve algo.
Penso no que tenho dentro do frigorífico e não consigo ver nada que lhe possa apetecer comer e que faça aquele som ao ser comido.
Pé ante pé, vou espreitá-la. Está a comer a manteiga à colherada, com o pacote numa mão e uma colher na outra, à luz do frigorífico...
Fotografias não dava para tirar (é pena), por isso interrompi o "lanchinho". Pior do que a ver a comer assim a manteiga (aiii os vómitos que aquilo me deu :p) foi reparar no ar deliciado dela!!!
Conversas com ela...
no carro, depois de muita pergunta e resposta a um pai e uma mãe, que lá iam respondendo como sabiam e podiam:
Ela - Oh... já sei! Tenho uma boa ideia!!!
... e começa, com a sua lógica, a responder-se a ela própria. :p
(frase totalmente nova para a mãe, mas que o pai diz que ela já usa há algum tempo...)
Ainda no carro, se até agora já ninguém se podia sentar sem apertar imediatamente o cinto (porque temos de ie todos pesos!) agora obriga-nos a cumprir o código no que diz respeito aos semáforos:
Ela - Páia pai/mãe! Páia! Está vemeilho! Temos de paiái!
***
Ela - Podes andai pai/mãe! Está vede! Vede do sepótingue!
(ela diz muitas vezes "vede do sepótingue", "ajul do pôto" e "vemeilho do benfica")
À noite, quer no carro, na rua ou simplesmente na janela, o seu passatempo favorito é procurar as estrelas e a lua:
Quando não a vê:
Ela - A lua mãe?
Eu - Hoje está muito fininha, não se vê.
Ela - Ahhh... está escondida! Vamos pócuiá-la!
Quando a (re)encontra:
Ela - Está ali a lua! Vamos apanhá-la! Ohhh.... não chego... eu não chego à lua, pois não mãe?!
quarta-feira, março 01, 2006
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